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História Blue Eyes - Kelly, o piano e o sorriso angelical


Escrita por: glorynoid

Notas do Autor


Olá amores, como estão? Mais um capítulo fresquinho para vocês.
Hoje iremos ver mais um pouco do primeiro dia do Adam e também iremos conhecer uma nova personagem.
Espero que gostem!

Capítulo 4 - Kelly, o piano e o sorriso angelical


Fanfic / Fanfiction Blue Eyes - Kelly, o piano e o sorriso angelical

Capítulo quatro

 

Adam viu que ainda era cedo, por isso pensou que seria melhor conhecer a casa por inteiro. Passou pelo seu quarto que era médio; tinha uma cama de solteiro em baixo da janela, duas cômodas perto dessa, um mini guarda-roupa e uma porta branca fechada - o mesmo supôs que fosse o banheiro - estava tudo vazio, já que Adam não tinha colocado nada seu ali.

Depois passou em outro quarto; era do mesmo tamanho que o seu, parecia que já estava ocupado por alguém pois havia lençóis beges na cama de solteiro, havia alguns perfumes e maquiagens na única cômoda, o guarda-roupa também era médio. Adam ficou curioso, de quem poderia ser aquele quarto?

O maior quarto era do casal; uma enorme cama de casal com um belíssimo lençol azul com travesseiros pretos era o maior destaque do quarto, ficava no meio deste que ao redor tinha duas cômodas brancas, cada uma com perfumes, acessórios e alguns objetos. Havia uma enorme porta branca de correr e ao lado desta havia uma porta branca média fechada, Adam ficou estático com aquele quarto, nunca tinha visto um quarto tão grande daquela forma.

Resolveu sair dali para ir até o jardim de trás, era belíssimo como o da frente; a grama muito bem aparada com um belíssimo jardim de rosas e girassóis, havia uma grande piscina ao fundo muito bem conservada, com a sua água cristalina. Ao lado da piscina havia uma pequena churrasqueira com uma bela mesa de pedra branca. Adam se perguntava se tudo ali era tão.. belo.

Alguns funcionários estavam ali; da jardinagem e os seguranças, andou por eles recebendo educados “bom dia e olá” até que viu em meio às inúmeras peças de roupas já estendidas no varal uma mulher: de tamanho médio, morena dos cabelos ruivos escuros, seu rosto era redondo que era bem destacado pelas bochechas gordinhas e sua boca carnuda, seus olhos eram pequenos, mas chamativos, suas mãos eram ágeis, rápidas, fazia seu trabalho com rapidez e perfeição, não tinha visto Adam até o mesmo se aproximar.

— Ah, olá! O que posso te ajudar? — A mesma perguntou de forma educada ainda fazendo seu trabalho.

— Eu sou o Adam, o novo enfermeiro do Bill. — A mesma parou o que fazia e o olhou, deu um belo sorriso estendendo sua mão.

— Ah então você que é o famoso Adam! Prazer, sou Kelly, a governanta da casa. — Adam apertou sua mão dando um sorriso, ela parecia ser nova para tal profissão.

— Governanta? Pelo que eu sabia governantas são mulheres mais velhas. — Kelly riu do comentário do ruivo terminando de estender a última peça de roupa, limpou as mãos no seu vestido azul e olhou para Adam.

— Eu sempre escuto isso, mas é geralmente as governantas são mais velhas. Mas comecei a trabalhar aqui como faxineira, minha mãe era a governanta da casa então ela se aposentou e Tom não queria colocar outra pessoa sem ser da sua confiança, e então cá estou eu. — Kelliy dizia enquanto entrava dentro de casa, Adam o acompanhava prestando a atenção na conversa.

— Tom parece ser uma pessoa difícil de ter sua confiança. — Adam comentou enquanto Kelly começava a fazer o café.

— Você não sabe o quanto. — Kelly confirmou. — Comecei aqui aos 16 anos e desde então pouca gente tem a confiança dele. Tom já passou por muita coisa difícil, já foi traído muitas vezes e hoje em dia ele é muito desconfiado.

— Por isso pouca gente trabalha aqui. — Adam havia percebido que enquanto conhecia a casa via poucos funcionários, se perguntava como que uma casa tão grande tinha tão pouco funcionário.

— Acredite, muita gente trabalhava aqui antes. — Ela olhou para Adam. — Mas não aproveitaram a chance que tiveram, Tom e Georg são ótimas pessoas, a mídia infelizmente não sabe reconhecer isso.

— Eu era do tipo que achava que Tom era um ser mesquinho. — Adam confessou. — Pois só conhecia o que a mídia mostra.

— Tom infelizmente sabe que a imagem dele fora dessa casa não é uma imagem boa. — Kelly voltou a sua atenção para o café. — Mas se ele mostrar o que ele é realmente as pessoas vão querer se aproveitar e ele não quer isso.

— E Bill? Quem o cuidava antes de mim?

— Faz um mês que Bill chegou aqui, antes de se mudar pra cá ele era cuidado por uma enfermeira amiga da família. Mas como ele teve que vir pra cá ela não pode vir junto por conta da sua vida na Alemanha, então quem cuidou dele aqui fui eu. — Kelly tirou a toalha da mesa para colocar uma grande da cor branca, começou a colocar algumas comidas como bolo e pães em cima desta. — Mas Tom sabe que eu cuido dessa casa sozinha, eu que limpo, eu que dou as ordens enquanto os dois não estão, eu que a deixo em pé e no lugar, não podia dar toda a minha atenção para Bill que precisa, e também ele queria que um profissional o cuidasse, um profissional que não o machucasse.

— Em falar nisso preciso ver que horas é o café da manhã dele. — Adam pegou a lista que estava em seu bolso e começou a ler. — É daqui a pouco, devo chamá-lo?

— Ele gosta de ficar por perto enquanto preparo o café dele, então pode chamar sim. — Kelly deu um leve sorriso para Adam sem parar seu serviço.

Adam apenas assentiu e foi até o quarto do loiro, a porta estava aberta e Bill estava sentado na escrivaninha ainda lendo, fazia caras e bocas enquanto decifrava o que estava escrito ali, seu belo sorriso estava ali no seu rosto.

— Bill, o seu café tá quase pronto, quer vir pra cozinha? — Bill parou seus movimentos ao ouvir a voz de Adam, a bela voz do ruivo caiu nos ouvidos do loiro como se fosse uma canção. Bill gostava daquela canção.

— Kelly está aí? — Bill perguntou repousando suas mãos na mesa.

— Não, está na cozinha. Quer ajuda? — Bill apenas assentiu se levantando, Adam foi até ele para entrelaçar seu antebraço no braço de Bill, o mesmo adquiriu um tom rosado em suas bochechas o deixando ainda mais fofo.

Com a ajuda de Adam Bill caminhou encostado na parede, sua mão livre deslizava sobre a mesma para sentir sua textura - agora Adam entendia porque não havia quadros nas paredes. -

— Kelly? — Bill chamou a morena quando chegou na cozinha, sua mão estava esticada como se estivesse procurando por algo.

— Bom dia meu querido! — Kelly foi até Bill que assim que ouviu a voz da morena, se soltou de Adam segurando Kelly pelos ombros, deu seu belo sorriso ainda segurando a morena.

— Você fez meu bolo preferido?! — Kelly riu da animação do loiro que sorria como uma criança, Adam estava logo atrás observando tudo.

— Você acha que iria deixá-lo sem o seu bolo de nozes? Claro que não! — Kelly o segurou pela mão, o ajudando a se sentar, o mesmo ao cheirar o belo aroma que vinha da mesa soltou uma leve risada, logo tocando a mesa para sentir a comida em suas mãos. — Agora seja um bom menino e coma tudo, ok?

Bill apenas assentiu pegando um pedaço de bolo já fatiado em suas mãos, logo começou a comer em silêncio.

Kelly chamou Adam com um gesto de mãos, o mesmo estava escorado na parede da cozinha observando Bill comer; não havia nada cortante ou pontiagudo próximo ao loiro, toda a comida estava já cortada e pronta para Bill.

Adam foi até Kelly que estava próxima a pia.

— Adam, você prepara o remédio dele enquanto eu fico cuidando dele, ok? Mesmo sem nenhuma faca por perto é perigoso ele se machucar. — Adam assentiu logo pegando sua lista para ver o nome do remédio, Kelly foi até a mesa se sentando ao lado do loiro que comia tranquilamente.

Na lista havia três remédios, cada um tinha o nome e o horário para tomar, Tom era um cara perfeccionista e Adam tinha percebido isso, mas agradecia por fim pelo fato do moreno ter listado tudo para Adam não se perder.

Preparou o remédio que era um comprimido roxo que era pra ser esmagado e tomado com água; Bill o tomava depois da primeira refeição do dia e Adam não teve problemas para prepará-lo.

Bill terminou de comer e ficou esperando seu remédio, não gostava do gosto de nenhum remédio, mas não reclamava pois sabia que era pro seu bem.

— Aqui Bill, beba. — Adam o ajudou a segurar o copo d'água - que já estava com o comprimido - e Bill bebeu, fez uma breve careta mas agradeceu ao ruivo.

— Pois bem Bill, hoje você tem que estudar para amanhã, não esqueça. — Kelly o alertou enquanto Adam o ajudava a se levantar.

— Estudar? Para que? — Adam perguntou confuso.

— Eu estudo Adam, faço história. Não é legal? — Bill dizia com entusiasmo. — Amanhã é meu primeiro dia de aula com a minha nova professora e eu tenho uma prova para fazer amanhã.

— Aaah então é melhor você já começar a estudar! — Adam disse o segurando pelo braço com delicadeza.

— Bons estudos querido! — Kelly disse dando um beijo na testa de Bill, o mesmo sorriu docemente antes de sair da cozinha com Adam.

Adam ajudou Bill o guiando até seu quarto, o ajudou a sentar em sua escrivaninha, Bill agradeceu se ajeitando na cadeira.

— Qualquer coisa grite, está bem? Estarei por perto. — Bill assentiu e Adam andou até a porta. — Bons estudos!

Adam saiu deixando a porta aberta — Tom disse na lista que Bill não podia ficar sozinho com a porta fechada de seu quarto, a mesma devia estar aberta caso o loiro precisasse de ajuda - resolveu conhecer o resto da casa por dentro, já que até meio dia não tinha nada para fazer.

Virou para a esquerda e encontrou um belo estúdio de pintura, havia vários quadros já pintados na parede, várias tintas muito bem guardadas e no meio estava um quadro em branco, parecia que o dono deste estava prestes a começar mais um dos seus belíssimos desenhos; os quadros eram perfeitos! Haviam quadros de paisagens, um quadro de Tom, um quadro de um cachorro de porte grande malhado e mais um quadro de um buldogue marrom.

Adam estava abismado com tamanho talento, quem tinha esse dom nas mãos? Resolveu olhar na assinatura nos quadros quem poderia ser e era Georg. Adam saiu da sala se perguntando como o mesmo com tanta coisa para fazer tinha tempo e disposição para pintar quadros tão grandes?

Resolveu por fim olhar na direita - onde mais cedo Tom havia surgido - vendo que ali tinha um dos seus sonhos; um estúdio de gravação. Era pequeno, havia as aparelhagens de estúdio - a famosa mesa de mixagem - uma sala de gravação de áudio, um teclado, uma guitarra, um violão e um piano.

Adam tinha várias paixões e uma delas era piano, tocava piano desde os seus 8 anos de idade aprenderá com o seu pai que era músico; Adam amava cantar, tinha uma voz perfeita mas o mesmo não achava isso, cantar era um hobby, não tinha pensamentos em levar aquilo como sua profissão, seu amor maior era a enfermagem.

Não tocava em um piano fazia meses - parou de tocar após terminar com o seu ex namorado - não tinha mais vontade em tocar, porém ao ver um na sua frente sentiu uma grande vontade em tocar, sabia que Tom não iria achar ruim - o mesmo escreveu no bilhete que Adam não era um estranho, já era bem vindo e que podia andar pela casa e tocar nas coisas como quisesse - então Adam não via erro em tocar um pouco de piano.

Sentou-se no banco e estalou os dedos, respirou fundo e começou a dedilhar as primeiras notas, logo a música War Of Hearts soou pela casa de forma calma. Adam tocava de olhos fechados, sentindo a música tocar em si, não tinha percebido que uma certa pessoa estava parado na porta ouvindo a melodia.

Quando Adam parou soltou sua respiração, pensava que depois de meses sem tocar o mesmo tinha perdido a prática.

— Uau! Que melodia linda. — Adam levou um susto quando Bill soltou sua voz, virou o seu corpo vendo Bill segurando a patente da porta enquanto sorria docemente.

— Bill!! Eu atrapalhei os seus estudos? — Adam perguntou sem jeito tomado por uma vergonha total, tinha se esquecido que Bill estava estudando no outro quarto.

— Não, pelo contrário me ajudou. — Bill sorriu com timidez. — Estava tão perfeito que achei que era Tomy que estava tocando, mas vi que era você.

— Você viu?

— Sim, eu sinto as pessoas, sei como é cada uma só pelo seu jeito de tocar ou andar. — Bill saiu da porta e andou com cautela tocando ao seu redor. — Quando cheguei mais perto vi que o som vinha de forma diferente, aí senti que era você. Você toca bem, Adam.

— Ahn.. o-obrigado.. — Adam estava sem jeito. — Fazia tempo que não tocava então resolvi tocar um pouco.

— Você pode me ensinar? É-é que Tomy não tem tempo para me ensinar e eu tenho um sonho em aprender tocar piano. — Bill parou poucos centímetros perto de Adam. — E eu posso estudar mais tarde, não tem problema.

— Claro Bill! Venha, eu te ajudo. — Bill sorriu alegremente ao ouvir Adam concordar, sentiu as mãos gélidas de Adam tocando as suas, o guiando até o banco. — É simples, você só precisa saber a melodia certa...

Adam começou a explicar enquanto seus dedos estavam em cima dos de Bill, guiando-os entre as teclas soltando alguns sons agudos e finos; Bill ouvia tudo atentamente logo tocando algumas notas que Adam o ensinava, Bill soltava sonoras gargalhadas ao ouvir o próprio conseguir tocar - aos poucos - aquele instrumento que Tomy sempre tocou para fazer o loiro dormir.

Adam às vezes se perdia no sorriso angelical que Bill tinha em seus lindos lábios, aquela bela risada estava fazendo o dia de Adam ser um dos melhores da sua vida.


Notas Finais


Para quem quer saber quem é a pessoa por trás da personagem Kelly: É a Jesy Nelson, uma das integrantes da Litlle Mix (minha girlband favorita)
O que acharam? Bill aos poucos vai conquistando ainda mais o Adam..
Comentem o que acharam e favoritem caso seja um leitor novo.
Vejo vocês no próximo capítulo!


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