História Blue - Its Over

 Estamos desmoronando, e ainda assim ficamos juntos

Ultrapassamos o fim, então nos perseguimos para sempre

Pois isso é tudo o que conhecemos

Este sentimento é tudo o que conhecemos

Eu ando na minha bicicleta até o topo do mundo

Desço as ruas, atravesso a cidade

Eu irei onde você for

De Chicago até a costa

Você me diz, "Fume isso e vamos lá

Sopre a fumaça pela janela"

Pois isso é tudo o que conhecemos

(All We Know,The Chainsmokers ft. Phoebe Ryan)

 -Eu não acredito que voce fez isso! – Me sentei na cama.

  -Foi so uma bricadeira maquenzie – ele riu.

  -Voce fingiu esquecer o que nos tínhamos – fui ate a sacada a fechando, por conta do vento frio.

  -Voce tinha que ver a sua cara de assustada.

  -Para Hamilton – taquei o travesseiro em cima dele. – Como você conseguiu?

  -Consegui o que? – ele se encostou na porta e colocou as mãos dentro do bolso da calça jeans.

  -Me ver com o Raphael – olhei para minhas mãos.

  -Voce não faz idéia como foi difícil – ele suspirou – eu ainda não entendo o por que de você continuar com esse babaca.

  -É que você não sabe a verdade por trás de tudo – o encarei enquanto ele vinha em minha direção.

  -Entao me conta – ele se sentou ao meu lado segurando minha Mao.

  -Eu não posso te contar – Respondi em um sussurro.

  -Por favor – a palma da sua Mao tocou em minhas bochechas.

  -Se ele descobrir – fechei meus olhos.

  -Ele não irá – um beijo em minha bochecha foi depositado.

  -Tudo não passa de uma armação – abri meus olhos novamente,me virei em sua direção e cruzei minhas penas em forma de índio.

  -Eu sabia – ele sorriu me puxando para perto.

  -Ele tem fotos minhas com você.

  -Como ele conseguiu isso?

  -Não faço idéia – dei de ombros.

  -Esse filho da puta vai pagar – ele se levantou batendo o pé.

  -Nash fala baixo – o puxei de volta para a cama – nossos pais estão La embaixo!

  -Eu sei desculpa – ele sorriu agora me dando um beijo.

                                                        ***

O sol hoje estava maravilhoso, assim como o calor infernal.

Meu biquíni rosa se destacava em meu corpo já bronzeado.

  -Vou buscar a carne – Meu pai fala dando se afastando da churrasqueira vermelha.

  -Ta – voltei a fechar os olhos e a sentir o calor do sol invadir cada vez mais minha pele.

Abri os olhos vendo que alguém estava parado em minha frente me tirando da frente do sol.

  -Nash! – falei fazendo um movimento com a Mão para ele sair da frente.

  -Você vai pegar um câncer de pele desse jeito – ele colocou sua Mao para frente para eu me levantar.

  -Deixa de ser exagerado – ri me levantando.

  -Vem – ele me puxou.

  -Para onde você esta me levando? – falei mas logo entendi que ele ia me empurrar dentro do lago. – Não Nash por favor.

  -Vamos – ele continuou me puxando.

  -Pai o seu filho quer me matar – gritei mas ele tampou minha boca com a sua outra Mao livre.

Assim que ele pulou me levando junto, voltei para a superfície e bati em seu braço varias vezes mas Nash não tinha nenhuma reação só me puxou para perto me beijando.

  -Posso saber o que esta acontecendo aqui? – Meu pai apareceu pasmo.

Eu encarei nosso pai me largando de Nash que estava com a boca totalmente aberta.

  -Pai – eu falei já tentando me explicar.

  -Nada de pai – ele largou a carne na churrasqueira e se virou indo em direção a casa de madeira.

  -Nash fudeu – sai correndo de dentro da água gelada – ele vai contar pra mãe.

  -Ferrou – ele me olhou e correu atrás do pai.

Me ajoelhei na terra já sentindo as lagrimas virem, eu estava ferrada.

Nossos pais iriam nos matar.O que eu iria fazer?Nada.Eu não posso fazer nada por que agora já esta feito.A gente sabia desde o começo que isso não daria certo de nenhum jeito e isso é a prova.Minha Mae com certeza iria me mandar embora para o outro lado do planeta para nunca mais ver meu próprio irmão.

Me levantei assim que vi pela porta de vidro da sala meu pai bater em Nash.

Corri o mais rápido que eu conseguia.

  -Há quanto tempo isso esta acontecendo? –Minha mãe falou saindo de dentro da cozinha.

  -Não esta acontecendo nada – falei me enrolando na toalha – foi sem querer,aconteceu.

  -Não foi sem querer coisa nenhuma – meu pai gritou já pronto para bater em Nash de novo.

  -Não bate nele – gritei me enfiando na frente do meu irmão.

  -Entao eu vou bater em você – meu pai levantou a Mao.

  -Robert não – minha Mao chegou perto e abaixou sua Mao. – não é batendo que vamos conseguir alguma coisa.

  -Mae – falei mas ela me olhou feio.

Nash permanecia parado atrás de mim, enquanto Gigi estava parada na porta da cozinha assustada.

  -Vamos mandar maquenzie para sua Mãe – minha mãe falou se referindo a Mae do nosso pai e  se afastou um pouco da onde nos estávamos.

  -Voces estão brincando não estão? – retruquei – nossa vó mora na frança.

  -Cala essa boca – meu pai disse revoltado – se eu quiser vou te colocar ate no Alasca.

Fiquei quieta porem me virei para olhar Nash que estava completamente apavorado.

Meu pais subiram me deixando sozinha com Nash, tirando minha Irma que nos olhava sem entender nada.

  -O que aconteceu? – Ela perguntou chegando perto.

  -Não fiquei com ninguém – falei para ela – que você saiba que não vai conseguir ficar com ela.

  -Mas – ela iria perguntar mais alguma coisa e eu a cortei.

  -Me deixa sozinha com ele por favor.

Assim ela me obedeceu saindo de dentro de casa.

  -Não vou deixar você ir – ele me abraçou.

  -Nash a gente não tem escolha – falei sentindo meus olhos serem tomados pelas lagrimas que insistiam em sair.

  -Eu não vou me afastar de você – seu abraço me reconfortava.

Quando eu ia responder escutei passos e me afastei dele.

  -Esta decidido – minha mãe falou.

  -O que esta decidido? –Eu perguntei com medo.

  -Voce vai morar com a sua vó alguns meses.

  -Voces não podem fazer isso! – Nash ficou ao meu lado.

  -Já fizemos – meu pai falou indo para o lado de fora.

  -Pode arrumar suas coisas – minha mãe disse – por que nos vamos voltar pra casa amanha e te levar para  o aeroporto.

  -Amanha? – falei olhando para Nash.

  -Amanha.

                                                        ***

Eu arrumava minhas malas ainda não acreditando que eu iria passar meses longe no Nash.Meses.Nao eram dias,nem horas,nem minutos,eram Meses.

  -Anda maquenzie, já estou ficando sem paciência – minha mãe gritou me fazendo acordar dos meus próprios pensamentos.

  -Estou indo – falei saindo do quarto com todo praticamente todo o meu guarda roupa nas minhas três malas enormes.

Meu pai não olhava na minha cara e minha mãe fazia de tudo para me irritar.

Eu estava no carro com a cabeça encostada no ombro de Nash,chorando sem fazer barulho.

  -Vai ficar tudo bem – falei para mim mesma tentando me controlar.

  -Vai ficar tudo bem – Nash repetiu fazendo carinho em minha Mao.

Nós já tínhamos chego no aeroporto que estava lotado, e meus pais decidiram ficar dentro do carro para não ver minha melação com o meu próprio irmão.

Nash e eu andávamos de mãos dadas ate meu portão certo,o da letra B.

Ultima chamada para Versalhes,França.

  -Entao eu tenho que ir – o abracei.

  -Eu vou estar te esperando – ele me abraçou.

  -Nash – suspirei – acabou.

  -Como assim? – ele me soltou me encarando.

  -Quando eu voltar – suspirei mais uma vez – não vais existir mais ``nós´´.

  -Por que não? – vi que seus olhos azuis estavam se enchendo de lagrimas.

  -Por que agora eles me mandaram para França, e o próximo lugar pode ser pra mais longe ainda.

  -Não – ele negou com a cabeça –não pode ser.

Ultima chamada para Versalhes,França.Se apresente no portão B imediatamente.

   -Eu te amo – falei finalmente.

  -Eu te amo – ele deu um beijo em minha testa – e saiba que por mais que você tenha me dado um fora – ele riu – vou estar te esperando.

  -Sempre? – ri.

  -Sempre.

O beijei como se fosse a ultima vez e me virei indo em direção ao portão B.