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História Blue Moon (Em Hiatus) - Chapter fourteen


Escrita por: kyyyaxoxo

Notas do Autor


100 FAVORITOS
PUTA QUE PARIU
MUITO OBRIGADOOOOOO!!!!!

Cara, ces não tem noção da felicidade dessas humildes crianças aqui shuashauhshau
Temos aqui um cap bem diabético pra vcs, mas é pra preparar o coração próximo pq olha...
:3

Não nos matem por demorarmos pra postar T_T
Vão ler, desculpem qualquer erro.

Capítulo 15 - Chapter fourteen


Fanfic / Fanfiction Blue Moon (Em Hiatus) - Chapter fourteen

O sol nasceu preguiçosamente naquela manhã de quarta, ostentando sua grandiosidade majestosa e imponência. Jooheon apertou as pálpebras e soltou um resmungo, incomodado com os raios solares incidindo em seu rosto. Odiava acordar daquela forma, ficava pensando se era azar ou alguma coisa do tipo pois, de todos os lugares possíveis, os feixes luminosos tinham que pousar justo em sua face. Entreabriu os olhos, esperando que seus orbes se acostumassem com a luz ambiente. A cabeça pendeu para o lado, e ele deparou-se com uma cabeleira negra embaixo de seu nariz.

Que os deuses não acordassem Kihyun e não o fizessem aparecer ali agora porque não faria questão de largar Changkyun tão cedo. Não conseguiu descrever a sensação tê-lo em seus braços, até porque meras palavras não seriam suficientes para isso; era simplesmente... único. O rosto do Yoo estava afundado na curvatura de seu pescoço, significando que, em algum momento na noite, o pequeno havia procurado por mais do seu perfume de alfa. O lobo interior do Lee regozijou-se com esse fato, seu ego inflou de uma tal maneira que certa possessividade aflorou dentro de si, não querendo que o mais novo procurasse por uma fragrância natural que não fosse a sua. Os lábios dele estavam bastante próximos de sua pele, a área sensível sendo aquecida pela respiração calma do mesmo.

Jooheon deslizou os dedos pelas madeixas escuras e espessas, seus dígitos correndo facilmente pelos fios macios e cheirosos num cafuné lento. Pôs um pé para fora da rede e a impulsionou, embalando o leito enquanto se concentrava em fazer carinho no cabelo do ômega ao mesmo tempo que fechava os olhos para voltar a dormir.

Changkyun se remexeu encima de si, provavelmente incomodado com a claridade no recinto. A derme do alfa pegou fogo quando os lábios dele tocaram nela sem querer, um leve arrepio percorrendo pelos seus nervos sensitivos. O Yoo afastou um pouco o torso, coçando um dos olhos e olhando ao redor, confuso e sonolento.

— Bom dia. — a voz de Jooheon soou rouca e capturou a atenção do outro.

O rosto de Changkyun adquiriu um tom rubro. Não se lembrava de como havia chegado ali e sua maior surpresa foi se deparar com o Lee abaixo de si. Dormiram juntos? Era isso? Céus, o Yoo queria se enterrar de tanta vergonha.

— B-bom... — ele mordeu o lábio inferior. Não estava acostumado com o alfa tão perto de si daquela forma e era tão bom apesar de estar encabulado. Tentou levantar-se, mas a cabeça pulsou forte com seu movimento rápido. — Ai... — descansou a testa no peito do ruivo, esperando a dor passar.

— Bebeu demais ontem, Puppy. — tentou, em vão, não achar adorável o rapaz deitado sobre si. Foi impossível (impossível mesmo) ocultar um sorriso bobo ao vê-lo se encolher todo por cócegas quando fez um carinho na nuca dele. — Vamos levantar. Vou ser um homem morto se teu irmão nos ver assim e eu não quero que você fique doente.

Changkyun ainda estava com a cara no peito do alfa, mas teve quase certeza de que ele soube que estava sorrindo. Não negava que gostava de ser mimado de vez em quando, ainda mais se fosse pelo ruivo. Ele não conseguia explicar essa necessidade absurda que sentia em receber carinho e atenção dele, sabia que era porque estava apaixonado pelo alfa de olhos pequenos e, ainda assim, era algo forte, mais tão forte, que era como se todo o seu ser pedisse para mantê-lo ali consigo. Ouvir toda aquela preocupação na voz maravilhosa e rouca de sono do mais velho só fez seu coração bater feito um louco.

— Tudo bem. — sussurrou, ainda esperando o ritmo cardíaco se acalmar.

Jooheon sentou na rede, trazendo o menor consigo sem dificuldade alguma. O Lee segurou suas pernas, fazendo-o enlaçar seu pescoço pelo susto, e o colocou sentado de lado em seu colo. Aqueles lábios tentadores clamavam pelos seus e, embora quisesse tomá-los ali e agora, somente deixou um longo selar em uma das bochechas do ômega. Soava tão clichê dizer que esperaria o tempo dele, mas iria devagar e com pequenos carinhos para não correr o risco de assustá-lo e fazê-lo se afastar.

E, pelos deuses, se fosse para ver sempre aquele sorriso lindo e o rosto encantadoramente ruborizado quando fizesse isso, seria um enorme prazer chegar nele aos poucos.

Os dois permaneceram ali por mais algum tempo, olhando um para o outro sem dizer nada, até decidirem levantar. Os primeiros minutos da manhã conservavam-se frios, a brisa gélida vinda da praia contribuía para aquele clima gostoso para se ficar na cama, enrolando-se nos cobertores. Changkyun era quem sentia isso com mais intensidade, tentava aquecer as mãos, escondendo-as dentro das mangas compridas de sua camisa, além de colocá-las debaixo dos braços, os pés descalços em contato com piso gelado deixavam todos seus pelos eriçados por debaixo das roupas e estava todo encolhido. Jooheon, caminhando alguns passos à frente, parecia confortável quanto a isso. Foi então que teve uma ideia.

— Honey. — o ômega chamou baixinho.

— Sim? — virou para encará-lo, e, inesperadamente, a distância entre seus corpos se tornou nula em razão dos braços terem enlaçado seu pescoço e lhe trazido para perto. — O que foi, Puppy? — perguntou. Estava surpreso, realmente não esperava que ele fosse lhe abraçar do nada.

— Tá frio. — Changkyun sussurrou no ouvido dele. — Só me deixa te abraçar, por favor.

Droga, Changkyun, pare de ser tão fofo!

— Não precisa pedir. — retribuiu o abraço, apertando-o mais contra si. Aquela posição era muito confortável para ambos, o Lee tinha quase certeza disso; só precisava entender porque aquelas sensações estranhamente intensas irromperam tão fortes a ponto de deixar seu lobo muito alvoroçado. Iria decifrá-las uma outra hora, agora sua prioridade era aproveitar esse momento. — Pode me abraçar a hora que quiser.

— Honey. — o chamou de novo, apenas para ter certeza de que não estava sonhando, e ouviu um “Hm?” como resposta. De olhos fechados, descansou o queixo no ombro dele, aproveitando a troca de calor entre seus corpos e ignorando seu lobo agitado em demasia com o outro tão perto de si. Entreabriu os olhos e inconscientemente inalou o perfume dele, mal sabendo o tamanho do sorriso que surgiu nos lábios carnudos do alfa ao fazer isso. Seus olhos se direcionaram mais a frente, onde encontrou algo curioso. — Não são o Seok hyung e o Shownu hyung bem ali?

Jooheon se afastou minimamente e olhou na mesma direção que Changkyun olhava. Ao longe, na piscina, avistou duas pessoas deitadas no chão e, como o mais novo disse, notou que eram mesmo Hyunwoo e Hoseok. Os dois ainda estavam com mesma roupa e seus pés, dentro da água. O ruivo estreitou os olhos, já imaginando o que tinha acontecido e pensando no grande motivo para estarem dormindo agarrados, além do alfa estar segurando tão possessivamente o ômega.

— Eu não acredito que aqueles dois ficaram bêbados e dormiram ali. — o alfa falou para si mesmo. Suspirou e voltou a encarar o ômega. — Ainda tá cedo, porque não vai dormir mais um pouco, hm? Do jeito que todo mundo tá, ninguém vai fazer nada hoje. — sugeriu, arranhando de leve a cintura do menor em forma de carinho.

— Mas e os hyungs? — perguntou, preocupado.

— Eu cuido deles. — ofereceu um sorriso a ele. Deixou apenas um dos braços ao redor da cintura dele, usando a mão livre com seu vício de pentear a franja do ômega. — Volta pra cama e descansa. Depois de acordar esses dois, eu levo remédio pra você, ok?

— Tá bom. — disse a contragosto, não queria se separar do mais velho. Ah, se soubesse o quanto Jooheon estava se controlando para não morder o bico manhoso que fez. — Boa sorte com eles. — deixou um beijo no rosto dele antes seguir para seu quarto.

Jooheon o acompanhou com o olhar até vê-lo sumir mansão a dentro. Deslizou os dígitos no local onde a boca de Changkyun esteve, e um sorriso involuntário brotou em seus lábios. Em seguida, olhou para a piscina. Iria acordá-los logo, mas antes precisava fazer uma ligação.

 

(...)

 

Kihyun acordou resmungando de dor. Céus, doía como o inferno! Suas costas estavam o matando em decorrência da posição em que dormiu. Levou uma mão ao dorso, como se aquele toque inútil fosse amenizar as dores que sentia, o rosto franzindo numa careta.

Ele, entretanto, ignorou tudo ao abrir os olhos.

A primeira coisa que viu foi Hyungwon e Minhyuk dormindo juntos. Toda sua dor se tornou irrelevante diante daquela cena maravilhosa. Os dois agarrados um no outro pareciam ainda mais encantadores do que antes, mesmo tendo os vistos nessa mesma posição na noite passada, e isso o fazia sorrir como um idiota. Tinha sorte de não ter ninguém por perto, não estava afim de ficarem enchendo seu caso por estar (e isso ele sabia e admitia) com a maior cara de babão. Mas ele não tinha culpa, eram as pessoas que viriam a se tornar seus ômegas ali naquela cama! Como não ficar todo embasbacado?!

O Yoo levantou e saiu do quarto com o maior cuidado do mundo. Rumou para a cozinha, ainda naquele misto de sono e dor nas costas, pensando em fazer café para todos. Encontrou com Jooheon quando chegou lá, este não notando sua presença por estar conversando com alguém no celular.

— Tudo bem, eu espero. — o Lee caminhava pelo cômodo, o smartphone prensado entre a orelha e ombro dele enquanto o mesmo procurava alguma coisa nas gavetas. — Também te amo. Tchau. — o outro colocou o aparelho na bancada e finalmente lhe notou. — Bom dia, Kihyun. — falou, educado.

— Bom dia, Heon. — respondeu. — Sem provocações?

— Estou ocupado procurando uma coisa. Não vai se acostumando. — sorriu ladino.

— Com quem tava falando? — quis saber. Era óbvio que notou que seu dongsaeng era afim do alfa mais novo, mas preferia se fazer de cego. Não ter ouvido a conversa inteira o fez ficar em alerta, não deixaria que Changkyun ficasse de coração partido caso descobrisse que Jooheon namorava.

— Minha omma. — revelou sem rodeios, sabendo a intenção do mais velho ao perguntar. — Pedi pra ela mandar alguns empregados pra ajudar. Duvido que nós iríamos conseguir cuidar dessa mansão inteira sozinhos.

— Ah, sim. — ficou a observá-lo mexendo nas gavetas. — O que tanto procura?

— Remédios. A omma disse que guarda na cozinha, ela só não me disse onde. — falou sem parar de fazer o que fazia. — É pra dar pro pessoal ressecado.

— Quer ajuda? — ofereceu-se. — Vai ser mais rápido e fácil se forem duas pessoas procurando.

— Não, mas... — o Lee cessou seus movimentos. — eu vou precisar de ajuda pra outra coisa.

— O que é?

— Por que não dá uma olhada na piscina? — o sorriso do ruivo era enigmático.

— A piscina? — oh, Kihyun teve um pressentimento estranho quanto a isso.

— Sim, me ajude com isso lá e depois vá até teu irmão. — voltou a procurar, finalmente encontrando a caixa ao qual sua mãe se referiu, colocando sobre a bancada e abrindo-a. — Acho que ele está dormindo de novo, mas está de ressaca também. — revirou o conteúdo da caixa, leu os nomes dos remédios e pegou uma cartela. Encheu um copo d’água e, com ele em mãos, rumou para o segundo andar.

— Por que eu acho que não vou gostar do que vou achar na piscina? — perguntou a Jooheon, fazendo-o parar de andar.

— Porque alfas tem pressentimentos quase certeiros. — de costas, respondeu e continuou a se dirigir as escadas.

Kihyun se dirigiu para fora da casa, passando pela grande porta de vidro que dava para os fundos da casa. O queixo caiu imediatamente ao se deparar com aquela cena. Controlou a respiração e se aproximou dos corpos adormecidos na beira da piscina. Shownu segurava o corpo de Wonho contra o seu de modo zeloso e até mesmo carinhoso, o peito servindo de travesseiro para o ômega que muito confortável com aquilo. O alfa caminhou em direção ao amigo e se abaixou pronto para desfazer o abraço dos dois, mas surpreendeu-se com o súbito rosnado do Son que o fez cair sentado pelo susto.

— Tá louco? Que susto. — o Yoo se levantou, questionando-se o porquê de ter sentido a presença do outro alfa ficar mais forte e o modo protetor com o qual agarrava o Shin.

Uma desordem parecida se fez presente na cabeça do Son. Hyunwoo sentiu-se tão confuso quanto o mais novo aparentava estar com sua ação impulsiva. Afinal, por que diabos rosnou para Kihyun? Foi reflexo causado pelo susto de ter sido acordado daquela forma: era a única explicação coerente que justificava seu ato anterior.

— Você que me assustou. — tentou se recompor, mas, em momento algum, largou o ômega. Este último parecia desmaiado pois não acordou com a conversa, nem com o rosnado ou com sua movimentação. Um espirro o fez parar de devanear. Hyunwoo xingou a si mesmo, tirando os pés de dentro da água. — Que merda. — fungou, estava resfriado. — Ei, ômega, acorde. — sacudiu Hoseok.

O loiro se assustou ao sentir seu corpo sendo chacoalhado e desvencilhou-se de quem quer que estivesse o segurando, levantando num pulo. Encarou, amedrontado, os dois alfas a sua frente, e um suspiro aliviado escapou de seus lábios em seguida. Não contaria nada, mas pensou ser o corpo de seu responsável ali. O medo se fez presente por um momento, um curto momento, tempo suficiente para ambos os alfas sentirem aquilo se impregnar em seu cheiro, como também ver o temor estampados em seus olhos.

— Ei, hyung, tá tudo bem. — Kihyun se abaixou e passou a mão nas costas do amigo. No instante seguinte, o Shin espirrou forte e fungou como o Son havia feito anteriormente, o rosto se torcendo numa careta de dor. — Parece que vocês dois estão doentes. Vamos entrar. Vocês precisam de um banho quente e remédios. — olhou para o Shin, que parecia ainda processar o que estava acontecendo e espirrou novamente. Ajudou-o a levantar, e retiraram-se da área aberta. O Yoo parou na entrada e o Shin o imitou, olhando intrigado o mais novo se virar para seu semelhante. — Vai ficar aí, Son? — revirou os olhos ao receber um dedo do meio como resposta e seguiu, ao lado de Wonho, para dentro da mansão.

Estranho, essa palavra descreveu o estado atual de Shownu. Não era por conta resfriado recém adquirido, apesar deste também ter sua parcela de culpa, e, sim, com o súbito incômodo pelo modo que Kihyun tratava Wonho. Não achava necessário tanto contato físico entre eles por mais que soubesse do comportamento super protetor dele para com o mais velho. Outra coisa que também o incomodava foi o fato do loiro ter se assustado consigo e não com o Yoo. Teria se lembrado de seu “pai”? Por isso sentiu medo de si ao acordar? Não negaria que tal coisa havia lhe deixado magoado, não acreditava que o ômega julgava que era tão filho da puta assim.

O Son bufou alto. Havia tido uma boa noite de sono, na verdade dormiu tão bem como nunca antes. Era como se o outro tivesse contribuído para isso, seu cheiro principalmente possuía a capacidade incrível de fazê-lo se acalmar, mesmo que de forma inconsciente. A presença dele durante as últimas horas o deixou bem, não adiantava tentar se convencer do contrário, mas Hyunwoo sabia ser teimoso o suficiente para ignorar aquilo. Com a cabeça trabalhando a mil e o nariz escorrendo, levantou-se e saiu dali.

 

(...)

 

Changkyun se encontrava encolhido debaixo dos lençóis, a cabeça repousava no travesseiro macio e os olhos, fechados. Não estava, de fato, dormindo, apenas descansando as pálpebras enquanto esperava pelo ruivo. Mesmo tendo tudo para contribuir para uma outra dormida, estava sendo impossível pegar no sono novamente.

Algo o incomodava.

Era como se estivesse sendo observado, cada respiração, cada movimentação, cada pensamento, tudo; parecia estar numa espécie de vigilância. Ouvia um leve sussurrar perto de si, fazendo parecer que havia alguém surrando em seu ouvido. Não sentia tudo aquilo há anos. Porém, aquilo não o assustava. Será que podia voltar a vê-los após tanto tempo? Essa possibilidade fez brotar um sorrir em seus lábios.

— Puppy? — o ômega abriu os olhos e viu Jooheon, de roupas trocadas e banho tomado, se aproximar da cama com uma expressão confusa. — Por que tá sorrindo? Quem tava aqui? — perguntou ao passo que sentou e estendeu a ele a pílula junto ao copo de água.

— Ninguém. Só lembrei de algo. — sussurrou para si mesmo, lembrando que não deve contar isso a ninguém. — Minha cabeça dói, Honey. — reclamou, fazendo um bico para o alfa.

— Continue deitado e descanse. Kihyun vem aqui daqui a pouco. Wonho está dormindo no quarto agora, mas ele e o Shownu estão resfriados. — Changkyun riu ao descobrir isso, sabia o quanto o loiro odeia ficar resfriado. — Eu vou ver umas coisas pra casa e o nosso almoço. Quer algo especial? — disse, querendo agradar e mimá-lo um pouco.

— Tanto faz, hyung. Eu gosto de comida e isso que importa. — o ômega tornou a se aconchegar nos cobertores macios de seu leito.

— Ok. — o Lee se levantou. — Vou indo, até mais tarde. — despediu-se e deixou um singelo beijo na testa do Yoo.

Jooheon olhou para Changkyun uma última vez, este aparentando ter se entregado ao sono rapidamente, e fechou a porta devagar para não acordá-lo. Encontrou-se com Kihyun quando estava para sair e avisou como o Yoo mais novo se encontrava, pedindo para deixar a bronca para depois e saindo porta a fora para fazer as comprar após isso.

O alfa Yoo suspirou e se dirigiu para o andar superior. Era certo que não queria perturbá-lo por ele estar de ressaca e dormindo, mas queria ter certeza de que o menor estava mesmo bem. Kihyun parou assim que pôs a mão na maçaneta do quarto. O ruivo foi claramente enganado pelo pequeno pois dava para ouvir Changkyun conversando com alguém, provavelmente Hoseok. Respirou, a bronca não podia ser adiada, repetiu para si mesmo mentalmente.

A maçaneta, porém, não se moveu. Um arrepio correu pela espinha de Kihyun ao ouvir o que Changkyun falava.

— Mas eu sinto saudades. — a voz soava como uma súplica. O choro baixo deixou o alfa em alerta, mas permaneceu estático a fim de ouvir o que mais novo falaria. — Não, eu só queria- — a fala foi cortada, como se alguém tivesse sido interrompida, mas o mais velho não escutava mais ninguém ali a não ser seu irmão. — Eu sei, eu sin- — Kihyun adentrou o quarto.

O alfa revistou o cômodo com os olhos. Não havia sinal de outro alguém ali e ficou apavorado ao notar isso. Changkyun chorava baixo sentado na beira da cama, olhando para si num pedido mudo de abrigo. Chegou a cama em dois passos e abraçou o irmão, segurando-o firmemente contra seu peito. Alguns soluços sôfregos escapavam da garganta do menor, deixando-o cada vez mais aflito. Tratou de começar a mover o corpo num movimento pendular calmo, embalando-o para acalmá-lo.

— Ei, shhh. — afagou a cabeça de Changkyun. — Tá tudo bem. — beijou sua testa, sentido o mais novo se agarrar a si. — Calma, sim? Quem tava aqui com você? E por que está chorando? — falou ameno, sem necessidade de elevar o tom. Tudo aquilo era estranho, muito estranho. — Jooheon fez alguma coisa com você? — perguntou de supetão, a mente já formulando um meio de torturar o alfa.

— Não... — respirou fundo e controlou o choro. — Eu só lembrei, hyung. — disse, sabendo que o mais velho entendeu. Sentiu o aperto ao redor de si ficar mais forte, porém não sufocante, deixando o enlaço aconchegante para ambos. Direcionou as mãos para as costas dele e apertou a jaqueta que o outro ainda usava. — Hyung... — sussurrou com o rosto no peito do irmão.

— Sim?

— Eu acho que posso ver meus amigos de novo. — completou o ômega, e o alfa arregalou os olhos sem o irmão perceber. A tristeza que adornava o Yoo mais novo era quase fisicamente tocável, e o mais velho podia sentir tudo.

— Olhe pra mim. — segurou o rosto de Changkyun entre suas mãos e descansou a testa contra a dele, olhando no fundo de seus olhos marejados. — Você sabe que nada disso é real, não é mesmo? Está me ouvindo, Changkyun? Lembra tudo que já passamos, lembra o quanto você sofreu com isso. — esfregou os polegares pelas bochechas úmidas. — Quero que a partir de agora até nosso retorno para casa você me conte tudo, entendeu? Seus amigos não vão te tirar de mim de novo. — o menor respondeu a todos os questionamentos com um balançar de cabeça.

— Eu estou com fome, hyung, e com sono. — o maior notou o desconforto nítido do outro que mudou de assunto.

— Vamos lá pra baixo. Vou fazer seu café. Suba. — ofereceu as costas para ele que calma e prontamente subiu, sentindo-se melhor e mais seguro com seu irmão ali.

— Hyung, será que não vai ser eu a te perder de novo? — Changkyun sussurrou o que alguém lhe ordenou.

Uma série de lembranças se passou pela mente de Kihyun, causando um calafrio. Não gostava daquelas memórias, elas o deixavam triste em demasia.

— Não, Kyunnie. Eu prometo que vai ser diferente. Eu vou estar com você. — disse, e rumaram para a cozinha, ambos se sentindo mais confiantes um no outro.

 

(...)

 

Minhyuk se amaldiçoou por ter acordado. Por incrível que pareça, o ambiente estava escuro, o clima, gostoso e onde dormia, confortável, sem nada para o importunar, mas ele simplesmente abriu os olhos. Um despertar nunca foi tão inoportuno quanto antes, além de ter trazido à tona a enxaqueca decorrente da ressaca. Queria tanto voltar a dormir e bufou ao ver que não iria conseguir graças a dor de cabeça irritante.

Que droga! Só por que eu tava sonhando com o Hyungwon e o Kihyun!

Ah, aquele sonho... o pouco que se lembrava só o fez querer mais voltar tal realidade que, para si, devido as circunstâncias, era utópica. Afinal, Hyungwon se afastava de Kihyun caso o mesmo se aproximasse, então como estaria deitado junto consigo no peito do alfa? Como deixaria ele distribuir selares em seu pescoço? Como beijaria a si e depois o Yoo, sorrindo para ambos após isso?

Por um segundo, o Lee só quis que coisas fossem tão fáceis quanto no seu sonho.

O platinado se remexeu e olhou ao redor, buscando se situar. Mesmo tendo bebido além da conta noite passada, as lembranças estavam bem nítidas em sua cabeça (bom, parte delas). Formou um bico quando encarou a poltrona e a encontrou vazia, perdendo a chance de ver Kihyun dormindo. Ergueu a cabeça, vendo a imagem meiga de Hyungwon dormindo. O rosto tombando para o lado oposto ao seu no travesseiro estava sereno, os lábios formando um quase bico. Um dos braços dele estava caído para fora da cama e o outro, repousando sobre si.

Remexeu-se sobre o maior e ficou de bruços, apoiando o peso do corpo pelos braços e virando o rosto dele em direção ao seu. Seus narizes quase se tocavam naquela posição, as respirações se mesclando, os lábios a centímetros de distância. Deixou um selar sobre a boca carnuda e não obteve resposta. Ele, mais do que qualquer um, sabe do sono pesado do outro, mas, se tinha uma coisa que conhecia tão bem quanto isso, era usar a sensibilidade dele para acordá-lo. Depositou beijos nos lábios chamativos e depois no rosto, aproveitando a sensação quentinha e macia da pele dele. Desceu as caricias para o pescoço, distribuindo selares mais longos e molhados, enfim conseguindo uma reação. Inspirou fundo, inalando o perfume do ômega, e se surpreendeu por sentir outra fragrância ali.

Aquele era o cheiro de Kihyun.

Sorriu quando notou isso. Claro, não deveria tirar conclusões precipitadas, mas, se Hyungwon estava vestindo as roupas do alfa, poderia considerar-se um passo mais próximo de ver seu desejo se tornando realidade.

Deixando isso de lado por um instante, voltou a tentar acordar o mais novo a seu modo. Beijou toda extensão da garganta do ômega, fazendo-o soltar um suspiro. Minhyuk sorriu com a reação e continuou a beijá-lo ali. O Chae se encolheu abaixo de si e gemeu baixo ao começar a mordiscá-lo, além de ter se arrepiado todo com o contato dos seus dentes na pele dele.

— M-Min... — Hyungwon falou a um fio de voz, emaranhando os fios descoloridos do mais velho entre seus dedos.

— Bom dia. — colou seus lábios aos dele com beijos rápidos, porém consecutivos, que arrancavam estalos. Ah, ouvir aquele som era magnífico. — Ei, acorda. — acariciou o rosto do Chae, que permanecia de olhos fechados e com a mão em seu cabelo. — Hyungie. — chamou manhoso.

— Bom... dia. — o tom continuava sonolento, mas agora estava de pálpebras entreabertas. — Como tá se sentindo?

— Tô com dor de cabeça. — o estomago do platinado roncou alto. — E com fome.

— Vamos tomar café.

Minhyuk saiu de cima de Hyungwon. Ambos se espreguiçaram e levantaram, tratando de levantar e caminhar para o primeiro andar.

— Hyungie, espera. — no corredor, o moreno virou com seu chamado. Enlaçou o pescoço dele e fechou os olhos, colando suas bocas. — Deixei seu pescoço com algumas marquinhas. — confessou, rindo rente aos lábios dele em razão dos olhos arregalados do mesmo. — Vamos. — segurou a mão do maior e entrelaçou os dedos, saindo puxando-o antes que o mesmo falasse algo.

Os dois ômegas adentram a cozinha, notando que todos estavam os esperando. Sentaram-se a mesa, onde um Shownu de braços cruzados aparentava estar de mal humor, espirrando vez ou outra, tal qual a um Wonho de nariz vermelho e voz fanhosa que os cumprimentou. Jooheon ria da condição dos mais velhos, olhando quase que o tempo inteiro para Changkyun que ia para onde Kihyun fosse, mas sem atrapalhá-lo. O alfa Yoo terminou de fazer o café e, junto do irmão, trouxe a comida a mesa. Ambos sentaram-se e começaram a comer junto deles.

Kihyun olhava para os demais na mesa com um sorriso no rosto. Apesar das enxaquecas e dos resfriados abatendo alguns e outros, os amigos continuavam animados, afinal seria só um dia ou dois a ficar em casa sem fazer nada e o resto da semana ainda estava por vir. Aproveitou o momento de distração e tirou o celular do bolso. Desbloqueou o aparelho e procurou o número de Donghae. Escreveu sobre como ele e o irmão estavam, não se esquecendo de falar sobre Changkyun. Guardou o smartphone e o sentiu vibrar não muito tempo depois, mas ignorou por hora a mensagem pois sabia do que se tratava.


Notas Finais


Eae? esse passado dos Yoo hein u.u
shuahsuahushahsua

Uma enquete aqui rapidola, vocês gostam de caps grandes ou preferem menores como esse?
nos tirem essa dúvida.

Logo estamos de volta, beijos no coração.


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