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História Blue Neighborhood - Wild.


Escrita por: CahAGouv

Notas do Autor


Olá, sou a Caaah... Essa é a minha segunda fanfic nesse site, e eu escrevi ela com muuuito amorzinho <3
Espero que gostem!

As personagens tem suas personalidades próprias, criadas por mim, nada com a realidade.
Fic de minha autoria.

Capítulo 1 - Wild.


Fanfic / Fanfiction Blue Neighborhood - Wild.

Olá… meu nome eh Jeon Jungkook. Tenho 17 anos, e não tenho família, apenas meu pai. Minha mãe nos abandonou quando eu era apenas uma criança, e eu não lembro muito dela. Apenas sei que, depois que ela se foi, meu pai virou um alcoólatra. Quando nasci, já não tinha avós por parte de pai, apenas de mãe. Portanto, a única pessoa que eu tinha, era meu pai.

Por conta disso, me apeguei muito a um amigo meu. Somos amigos desde quando eu era bem pequeno… Nos conhecemos na vizinhança do bairro. E sempre nos demos bem.

 

--

Com nove anos de idade.

- Kookie, Kookie! - chamava Jimin desesperadamente, me cutucando.

- Fala Jimin - respondi segurando seu dedinho gordo.

- Nós vamos andar juntos na escola amanhã, né? - perguntou ele com os olhinhos brilhando.

- Claro que sim - falei colocando uma mão em sua cabeça.

Ele sorriu abertamente, feliz com minha resposta.

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Jimin e eu nos vimos pela primeira vez em um dia chuvoso, quando eu brincava na rua sozinho com meus barquinhos de madeira que meu pai fizera para mim. Ele ficou muito animado quando viu meus barquinhos flutuando nas pequenas poças d'água formadas nos buracos da rua, mas sua mãe não queria deixar ele ir brincar comigo porque não sabia quem eu era. Até que tomei coragem de me levantar e ir até eles, fazendo com que a mãe dele sorrisse pra mim gentilmente quando, de mãos juntas, pedi para brincar com o loiro baixinho. Ela, vendo que eu era apenas uma criança que queria um amigo para compartilhar os brinquedos, deixou o pequeno Jimin brincar comigo.

 

--

Com sete anos de idade.

- Jimin, apenas não fique até muito tarde na rua! E tome cuidado com os carros - gritava a mãe dele com o objetivo de nos fazer ouvi-la, enquanto corríamos até onde os meus barcos estavam.
Ele estava completamente deslumbrado com o fato dos brinquedos flutuarem.

- Como que eles voam assim? - perguntou ele, encostando um dedo num dos barquinhos.

- Ele está flutuando na água, está vendo? Meu pai fez eles pra mim - falei.

- Sério? Que legal! - falou o menino loirinho, colocando as mãos nas bochechas gordinhas.
Eu ri de sua empolgação.

- E como é seu nome? - perguntou, jogando a cabeça para o lado.

- Meu nome é Jungkook. Jeon Jungkook - falei sorrindo, fazendo meus dentes aparecerem.

- Meu nome é Park Jimin - falou ele - podemos ser amigos?
Eu não sabia o significado dessa palavra ainda. Mas eu queria entender o que quer dizer “amigo”.

- Sim - falei feliz.

--

Era tanta inocência naquela época… Como eu gostaria de ter tudo aquilo de volta. Se eu soubesse o tanto de coisas que aconteceriam em minha vida por ter conhecido Park Jimin naquele dia chuvoso, eu acredito que não teria dito que queria ser amigo dele.

Não me entenda mal. Apenas acho que se eu estivesse fora de sua vida, ele estaria bem hoje. E não destruído, com toda merda que eu causei.

E no dia de hoje, eu preferia que sua mãe não tivesse deixado ele falar comigo… E que eu não tivesse ido pedir se ele poderia brincar comigo.

 

--

Com treze anos de idade.

- Sobe também, Kookie - falou Jimin, já em cima da enorme árvore.

- Mas eu não consigo - falei resmungando.

- Claro que consegue, até eu consegui - falou ele, se movendo de galho em galho.

- Não vai cair -  falei cruzando os braços, emburrado porque não conseguia subir mais alto do que nos primeiros galhos.

- O que… - ele foi perguntar, antes de se escorar em um galho frágil, fazendo com que ele quebrasse.
Jimin caiu de, pelo menos, dois metros de altura no chão.

- Jimin! - gritei desesperado, pulando do baixo onde eu me encontrava e correndo em sua direção.

- Ah, isso dói - falou ele segurando seu braço, deitado na grama.

- Deixa eu ver - falei levando minha mão até o local que ele reclamava.

- Não - falou ele puxando o braço bruscamente, quando fiz menção de tocá-lo.
E em seguida ele começou a chorar de dor.

- Eu avisei pra ter cuidado - falei revirando os olhos.

- Você podia ser um pouco mais sensível - falou ele tentando se sentar.

- Eu suspirei, colocando a mão na cabeça do menor.

- Desculpa - falei.
Ele sorriu minimamente, ainda demonstrando em sua expressão a dor.

 

--

Até aí estávamos bem. Até começarmos a entender um pouco mais de nossa vida. Até começarmos a sentir coisas das quais desconhecíamos… Até começarmos a experimentar coisas das quais desconhecíamos. Acontece que eu sou filho único de um casamento que se acabou sem eu nem saber o motivo. Muitas vezes meu pai jogou em minha cara que era culpa minha que ela foi embora e nos largou. Todas as vezes, ele estava completamente bêbado… E no outro dia, ele apenas chegava em mim e me dava um abraço. Sem contar as vezes que ele me batia… E foi assim que começou a decadência de tudo. Quando ele começou a ficar violento comigo.

Jimin sempre foi extremamente cuidadoso comigo, e todas as vezes que eu aparecia com roxos na escola, ele me levava para casa dele, e cuidava de mim, como se fosse médico e soubesse o que estava fazendo quando me dava antibióticos e colocava bolsinhas de gelo nos hematomas… Mas eu amava tudo isso.
Eu amo tudo isso.
Eu amo tudo que seja relacionado a ele.

--

Com dezesseis anos

- Jungkook, de novo isso… - falou Jimin tocando no meu olho roxo, fazendo com que eu virasse meu rosto para o lado oposto.

- Não foi nada - falei sem olhar pra ele.

- Estou vendo que não foi nada! - falou ele impaciente.

- Não alarme, as pessoas vão começar a olhar pra gente - falei.

- Vamos, eu vou colocar um gelo nisso - falou Jimin se levantando e pegando nossas mochilas.

- Mas e a aula? - perguntei confuso.

- Já ficamos pra fora em uma… Não vai fazer diferença ficar pra fora nas outras - falou ele sorrindo.
Sorrindo lindo como sempre, me fazendo sorrir levemente e me levantar.

***

- Não tem ninguém em casa - falou ele, quando viu que eu hesitei entrar.

Eu sorri tímido… Eu brincava muito aqui quando pequeno, mas depois que entramos no ensino médio, vinha apenas quando ele insistia em cuidar de mim. Meu pai implicava um pouco de nos ver juntos, por isso eu evito... Mas isso não me importava no momento.

- Senta no sofá que eu vou pegar um pacotinho de gelo - falou ele, com tom autoritário.

Fiz o que ele pediu, e logo ele voltou com um saquinho de gelo na mão. Antes que eu pudesse fazer menção de pegar, ele mesmo colocou no local machucado, se aproximando de mim, e sentando ao meu lado.

- Não gosto de ver isso - falou ele, tirando a toca do meu moletom que cobria minha cabeça - o que houve?

Eu hesitei. Não queria falar sobre isso pra ele. Não queria que ele se preocupasse comigo… E muito menos que ele soubesse que era por causa dele.

- Ele ficou bêbado novamente, e se irritou que eu estava no meu quarto estudando - falei, mentindo descaradamente.

- Ah, é? - perguntou desconfiado. Eu sei que não consigo mentir para ele.

- Sim - falei - não se preocupe.

Eu sorri levemente, fazendo com que ele sorrisse pra mim de volta.
E seus lábios eram perfeitos. Seu sorriso desenhado. E pareciam tão macios... Tanto que no momento seguinte, quase como um ato involuntário, toquei seu lábio inferior com meu dedo indicador, causando um arrepio em mim mesmo. Causando sensações das quais eu nunca havia sentido antes. E seus olhos pequenos se dirigiram para minha mão que se encontrava em seu rosto. E os meus não desgrudavam do local o qual eu estava tocando. E comecei a me perguntar como seria ter aqueles lábios nos meus… Quer dizer… Faziam tantos anos que nos conhecíamos… Tanto tempo que ele era o meu melhor amigo, meu amigo de todas as horas.

Tanto tempo… Que comecei a me perguntar se aquilo seria apenas uma amizade… Se o amor que eu tinha por ele era um amor de irmão… Ou algo a mais. Eu não entendia essas coisas. Mas entendia que aquilo que eu sentia era forte demais.

- Kookie… O que foi - perguntou ele baixinho, com os olhos fechados.

- Jiminie… Eu… Eu posso tentar algo? - perguntei completamente entorpecido pelas sensações que passavam por meu corpo naquele instante.

Ele abriu os olhos e me olhou, abaixando lentamente o pacotinho com gelo, fazendo com que ele caísse no chão.

--

E eu não sabia o que estava para descobrir. E nesse momento penso que preferia não ter descoberto. Ou melhor, queria não ter feito ele descobrir.
E ao falar isso, não é porque foi ruim.
É porque foi a melhor coisa que me aconteceu... Mas, talvez o início da pior coisa que poderia acontecer também.
Aquela sensação… Aquela sensação das mãos dele em mim, de seus lábios fartos nos meus…
E eu não sabia mais viver sem aquilo.
Eu não sei mais viver sem aquilo...

--

Com dezesseis anos

Segurei em sua nuca delicadamente, trazendo-o para mim, e selando nossos lábios. Ficamos assim por alguns segundos, enquanto uma explosão de sensações passava por todo meu corpo por causa daquele toque diferente… Toque que eu nunca havia sentido antes em minha vida… E que não achei que o sentiria pela primeira vez com o meu melhor amigo. E realmente, sua boca era muito macia…

Parti o beijo, mantendo ainda nossos rostos próximos, enquanto respirava descompassadamente, e Jimin olhava para baixo envergonhado, respirando tão forte que seu peito subia e descia desejando ar imediatamente. Não sabíamos muito o que fazer depois disso. Então eu apenas me afastei, olhando para um Jimin completamente desconfortável e sem saber o que fazer com as mãos, e eu olhando para as minhas também inquietas. Eu poderia apenas fazer aquilo de novo e cessar por mais algum tempo essa tensão que se formou. Mas fomos interrompidos pela mãe dele, que abriu a porta da sala, fazendo com que Jimin desse um pulo ficando em pé.

- Ah, olá meninos… Meu Deus, Jungkook querido, o que houve com seu olho? - perguntou a Sra. Park preocupada ao me ver.

- Ah isso, não é nada - ri nervoso.

- Como não, está bem roxo - falou ela se aproximando da gente.

- Um menino bateu em mim, mas nem foi nada - falei tentando fazer com que aquilo não parecesse que eu era uma pessoa que sai brigando na rua.

- Ai esses jovens - falou ela rindo - já colocou um gelo?

- Sim, Jimin me deu - falei sorrindo.

- Ah ótimo, vai melhorar… Quer almoçar conosco? - perguntou ela.

- Eu… - olhei para Jimin de lado.

- Ele vai sim, eu já havia convidado - falou Jimin rapidamente.

- Ok… Espero que não se importe de ser comida esquentada - falou ela simpática.

- Não - eu sorri.

Continua...


Notas Finais


Espero que tenham gostado... Me desculpem qualquer erro.
Beijinhos xoxo.
💕🐯


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