História Blue Quartz - Seja Bem-Vinda!

O pânico se espalhava na mente de Blue, ela não aguentava ficar na ignorância. Ela queria saber o que aconteceu com Lance, queria saber onde estava! Instituto Primus? Que lugar é esse?

 De repente, o barulho de sino veio do interfone de forma tranquilizante e em seguida a voz de uma mulher computadorizada fala “Área de contenção liberada, estágio de testes completa, parabéns Blue!”. A porta do quarto se abre sem ter ninguém no corredor.

 Desconfiada, chega perto da porta e olha para o corredor. Parecia um corredor de hospital assombrado, não tinha uma alma viva para ajudar Blue. Todos os quartos estavam vazios, o silêncio governava e a aflição aumentava conforme andava e os filmes de terror que Blue vira não chegou ajudar agora.

-Alguém está ai? Mary? Lance?

 O som de sua voz ecoou pelos corredores e não teve resposta. Ela continuou andar e chegou uma sala com uma TV chiando, um DVD e um CD no chão no meio da sala. Chegando perto, Blue pode ver que estava escrito “Assiste esse CD, é serio...”.

 “Que coisa mais clichê, mas ok” pensou enquanto botava o CD.

 Na tela da TV, apareceu um menino de cabelos encaracolados pretos, olhos verdes e a pele morena. Parecia ter uns 14 anos e tinha um sorriso travesso em seu rosto.

-Está gravando? Ah está sim, ok. Oi novata! Não, não, muito simples. Saudações! Esse ficou horrível! Enfim, você deve está se perguntando onde você está ou quem sou eu e blá bá blá. O de sempre! Bem meu nome é Jade e você está no Instituo Primus onde acolhe os mutantes! Bem, checando o seus status você foi botado na classe... Indefinido? Ok... Isso nunca aconteceu antes, mas enfim, o pessoal lá de cima quer falar com você logo então pegue o elevador que aparecerá e...

 -Até parece que eu vou cair nessa...

- Aaaaaaaah, mas vai sim, por bem ou por mal!- retrucou Jade

Surpresa, Blue cai pra trás sem reação e diz:

- Queeeee? Como você, o que você...

-Surpresa, mas é claro que está. Nós não estamos tendo realmente essa conversa, é uma de minhas habilidades! Prevejo algumas coisas do futuro, por exemplo: previ que você teria responderia daquele jeito e teria essa reação e “tal”. Por favor, vai ao elevador!

 Fazendo o que o menino disse, ela se levanta e segue em direção à parede a sua frente. A estrutura da parede se desfez e se transformou em uma porta cinza com alguns detalhes dourados. A porta se abre e a menina confusa entra e percebe que o interior era todo feito de bismuto e os botões de opalas.

 “Meu Deus, como conseguem ficar em um lugar com tanto brilho?”-pensou.

 A porta do elevador se fechou e sem tocar em nada ele começa a subir em alta velocidade, fazendo Blue cair no chão. Ela tentou se levantar pra tentar apertar em algum botão para parar, mas não conseguia a pressão que era feita em seu corpo era muito grande. Depois de uns segundos o elevador para bruscamente e isso faz com que Blue atinja o teto e depois caia no chão de novo.

 A porta se abre para uma sala escura e profunda. Blue sente um calafrio dos pés a cabeça, ela anda mais adentro da sala e fica apenas onde a luz do elevador pode iluminar. Tinha a sensação de estar sendo observada de todos os lados, conseguia ouvir alguns sussurros e passos curtos. Blue, apavorada, corre de volta ao elevador, porém, ele se fecha e volta a ser uma parede e assim a deixa na escuridão.

 Quando achou que tinha ficado sozinha, as luzes da sala se acendem e faz aparecer às pessoas que se escondiam na escuridão. No fundo da sala tinha duas janelas enormes com cortinas amarelas e estavam seis pessoas vestindo camisas pretas com traços brancos e cinzas sentadas em cadeiras de executivos atrás de uma mesa larga com papéis espalhados, três homens e duas mulheres. Eles olhavam Blue como fosse um prêmio que aspiravam ganhar, das cabeças aos pés.

 Os três homens e duas mulheres sussurravam entre si, sem tirar o olho de Blue. A mulher do meio apenas anotava algo nos papéis, ela parecia não ter interesse nela.

-Ok, ela finalmente está aqui. Podemos começar! Olá Blue, quanto tempo que não nos falamos!- disse Letícia tirando a cara dos papéis- Eu sou a comandante do Instituto, seja bem vinda!