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História Blue Resistance... - É você?


Escrita por: Daregirl22

Notas do Autor


Turma, desculpem a demora é que eu iria postar o capítulo no domingo, mas neste mesmo dia tinha aulão e quando cheguei em casa desabei morta na cama. VCS já escutaram o novo video STROBELITE desta banda maravilhosa? Cara vomitei arco-iris de ver noodle e Stu dançando, é inclivel... Aproveitem;
IMAGENS FONTE: GOOGLE.

Capítulo 4 - É você?


Fanfic / Fanfiction Blue Resistance... - É você?


                                               ´´- Tentei comer uma nuvem, mas o que ganhei foi um machucado na testa.´´

                                                                                                  ...
´´ O que aconteceu com os integrantes da banda Gorillaz?´´, Stuart digitava rapidamente as palavras no Ipad que descansava em sua perna. Ficou esperando impacientemente  a  página carregar lentamente.
-Vai, vai logo! - Disse nervoso, queria o mais depressa possível saber o que aconteceu  com o baterista.
O site carregou fazendo com que o garoto pousasse os olhos nas palavras que estavam na tela.
´´ Não se tem muita notícia deles, ha anos estão sumidos; o mais provável é que eles tenham morrido depois do que ocorreu na tão famosa ilha da Plastic Beach...´´
- O que será que aconteceu lá? - Voltou a ler.
´´...Ocorreu um massacre naquele local, piratas atacaram a mansão, o vocalista 2D foi a primeira vítima...´´, -2D suspeitou do que iriam falar... Massive. ´´...Ele foi comido vivo por uma baleia que vivia naquela região... O baixista Murdoc sumiu junto com a garota guitarrista...´´ 
- Desgraçado...-Seus olhos se encheram de ódio.
´´... Já o baterista Russel foi visto pela última vez neste estado: (A imagem dele  gigante junto com uma garota máscarada foi mostrada)...
Seus olhos se arregalaram aquela era a garota que apareceu no seu sonho\pesadelo anos atrás, sua cabeça ficou em confusão, até que observou Russel gigante, como ele ficou daquele jeito?
´´Ele soube do retorno  da banda depois que viu o álbum THE FALL nas prateleiras de uma loja, então resolveu ir nadando até a tal ilha, ficando enorme por causa da radiação da água do mar.´´, ´´Droga, ele ficou desta forma por minha culpa,ele não merecia isso.´´, pensou tentando não chorar. ´´...A garota ao seu lado é a guitarrista Noodle, não se sabe bem como eles se encontraram, mas acabaram sendo mortos com os ataques dos piratas, ambos foram atingidos e desapareceram no oceano de plástico...´´, Stu terminava de ler atentamente para não tirar conclusões precipitadas, quando terminou uma onda de culpa invadiu seu corpo, ela ainda estava viva, e estaria se não fosse por ele. Se não fosse pelo seu pedido de ajuda idiota, eles dois ainda estariam vivos. Ele pôs a mão na boca para não berrar dentro do avião. Algumas lágrimas caiam na tela do Tablet e viu uma mensagem de voz não vista. Com as mãos trêmulas tocou na tela do aparelho, escutando uma doce voz familiar, era Little Dragon: 
´´- Olá 2D, espero que escute esta mensagem, quando acordei estava no japão ...´´ ,um chiado foi ouvido,fazendo o azul se assustar. ´´- Por acidente libertei alguém que não deveria, estou correndo o japão todo atrás dele. não posso te dar apoio neste momento,sinto muito... Árvores, lagos... Montanhas... Fantástico! Queria você do meu lado, se estiver vivo me responda...´´ , a gravação estava péssima. ´´- Eu sou a... Responda, tenho que ir...´´
2D escutava tudo em silêncio, esta mensagem foi de 2013, onde ele ainda estava na perdido na ilha. 2015 ele estava ali, naquele avião esperando sua vida retomar. Tinha que ver seus pais, eles seriam a sua única salvação.
-Senhor, - Uma Aeromoça se aproximou, tirando de seus pensamentos.- Está na hora de guardar os aparelhos.
-Me desculpe... - Colocou o Ipad na mochila, limpando as lágrimas em seguida.
Reparando no estado daquele rapaz ela perguntou apreensiva. -Está se sentindo bem?
-Hã...S-sim, só estou meio...-Parou de fitá-la, não iria falar de seus problemas para uma desconhecida, suspirou. - Não é nada.
Ela trazia um carrinho com alguns salgadinhos, sem hesitar Stu pediu um, a pagou,  pegando o pacote. Stu comia os amendoins calmamente, com o intuíto de se acalmar, mas aquilo não estava adiantando muito; o que ele queria mesmo era fumar o que era uma coisa extremamente proibida, conseguiu engolir o choro mas ainda estava tremendo, seu coração se acelerava a cada momento, o avião estava prestes a decolar, 2D tentava não pensar no Sharknado já que tinha milhões de borboletas se mexendo no seu estômago.
                                                                                                                 ...
´´-... Suas bagagens serão analisadas por nosso pessoal, que serão levadas para a parte frontal da estação, para chegar lá, caminhe direto para o final da zona sul da prataforma ,  assim chegarão na frente do depósito(...), Esperem uns minutos para que nossos empregados localizem suas bagagens. E na estacão frontal, teremos um serviços de táxis vermelhos, em frente do aeroporto.´´
Pot seguiu atenciosamente cada instrução do homem que falava incessantemente no auto-falante do aeroporto, menos o de pegar um taxi. Estava sem dinheiro para isso. Seguiu o caminho a pé, pondo os pés na estrada sentiu de imediato o frio de outono que começou a entrar em seu corpo. Sua cabeça doía de preocupação e culpa, fazendo ele chorar baixinho, caminhado muito ele parou em Heathrow ainda liberando líquido pelos olhos , ele sentia uma vontade tremenda de fumar, tateou os bolsos atrás de seu maço. Pondo um cigarro  na boca tentou acendê-lo com o isqueiro, tomando um susto com o som de uma buzina, 2D havia parado no meio da estrada.
- IDIOTA! - O motorista berrou. -Sai da rua, se não quiser que te atropele!
2D se virou com uma expressão assustada para ele, que de imediato começou a chorar.
- Peraí moleque, porque está chorando? - O que aquele homem menos queria era confusão pro seu lado. - Ei cara se acalma, foi só uma brincadeira, me desculpa tá?
Seu nervosismo era vísivel, o vocalista parecia uma criança perdida, pondo as mãos na cabeça em pânico, não conseguia se lembrar em que direção tomar.
- Estou indo para oeste, se quiser eu te levo.
O azul afirmou com a cabeça.
- Entra aí. -Abriu a porta para o azul.
 Stu entrou no carro, no banco do carona ele pôs o cinto de segurança pondo a mochila nas pernas. O homem seguiu com o carro.
- Se acalma tá, estamos chegando.
-T-tá. - Ele enxugava com as mãos o seu rosto molhado.
                                                                                            ...
O azulado desceu em West London, havia algumas pulseirinhas da amizade em seu bolso,  acabou dando uma para o motorista que agradeceu antes de partir. Suas lembranças  juvenis o guiaram até a casa de seus pais, chegando lá  soube que eles haviam se mudado a muito tempo. Desamparado e sem saber pra onde ir, 2D foi a um dentista para arrancar seu dente de ouro -Um dos poucos por sinal. Para tentar conseguir dinheiro. Obtendo sucesso,  acabou ganhando o suficiente para  poder comprar uma pequena casa, dias depois foi tentar arranjar um emprego numa loja de instrumentos músicais, conseguindo uma vaga de manhã como atendente, no final do dia caiu morto de cansaço.
                                                                                              ...
Em um bar bem frequentado no centro da cidade- Principalmente nos finais de semana o local ficava lotado, nos fundos um rapaz de cabelos cianos estava sentado num banco perto do balcão bebendo uns drinks coloridos enquanto olhava para o nada, pensando naquilo que aconteceu com os seus dois melhores companheiros, tinha que esquecé-los e seguir sua nova vida em uma casa num bairro ótimo com um bom emprego  que pagava bem, mas isso era o que menos, 2D queria ver seus pais, seus falecidos amigos, queria abraçá-los,  tocá-los, queria ter feito algo para salvá-los, nem que para isso tivesse que morrer... O que  ele estava fazendo alí? Não servia para nada, só  para está ali jogado naquele pub, não tinha ninguém para amar, ninguém que se importasse com ele, Stu Pot era  mais um casulo vazio do que uma pessoa de fato, se sentia derrotado. Queria desabafar com alguém.
Estava farto daquela dor, estava farto de se sentir culpado, a cada nova dose, uma recordação de tudo aquilo que lhe aconteceu na ilha pousava em sua mente afetada pela bebida, seria certo se remoer dos antigos acontecimentos? ou deveria esquercer de tudo e fingir que nada aconteceu? não sabia o que fazer -Estava sendo um indeciso mais uma vez.
Mais é claro que 2D se lembrava, se lembrava de tudo, do gosto de suas lágrimas salgadas em sua boca, torturas, abuso e baleias. Ele jamais se esqueceria daqueles momentos de terror. O evento acontecera a anos atrás, e a cada dia que passava Stu se sentia pior, era como se o amor e a felicidade pouco a pouco deixassse o seu corpo frágil e sem vida. 2D terminava de beber mais um copo de vodca -Abadonou os drinks coloridos, não surtiam o efeito que o vocalista tanto desejava, já o gosto ardente do alcool não lhe atingia como antes, se acostumara a tomá-los sem vômitar. Inúmeros copos vazios se localizavam ao seu lado, fazia tempo que ele não estava lúcido, mas sabia qual era o caminho de casa, como sempre, ele iria sair se arrastando até em casa e dormir, tudo ao redor lhe causava tiques nervosos: O roçar de pessoas em sua pele, a música ruim que tocava no bar, o frío do copo, e suas lembranças traumáticas.
 2D roía as unhas incessantemente, até que decidiu sair daquele lugar que agora estava ficando insuportável, pagou o Barman e saiu.
As luzes da cidade  poluíam a sua visão embriagada, cambaleando ruas afora o garoto se  debruçou na ponte. O vento bagunçava melancólicamente os fios azuis do rapaz, parou apenas para observar a correnteza do rio, queria ir pra casa dormir um pouco, mas também queria manter-se ali. Pra quê ir pra casa se a sua insônia não iria deixá-lo dormir. Seus dedos se tornaram frios, não queria chorar de novo, tentava se manter forte. Estava tão bêbado que não tinha controle de seus atos, não sabia o porque estava parado ali, apenas tinha aqueles pensamentos se alastrando dentro de si. Reparou que havia uma longa distância  da ponte até o rio, agarrou com força a estrutura de ferro, suas mãos doíam em contato com o ferro congelante. Soluçou determinado, seria uma decida rápida, um único salto iria acabar com a dor, o sofrimento a culpa.Pensava que se partisse iria se juntar com eles, rever seus colegas de banda, erro dele...
Estava decidido, seria um decida leve, não sabia nadar mesmo. Colocou o pé na viga pronto para dar o tão gloroso salto, mas no último instante pensou que os erros daquele desgraçado não valia a sua vida.
´´ Peraí, o que estou fazendo?´´ , pensou um pouco mais lúcido, se afastando das vigas.
Não podia fazer aquilo.
Não iria ceder para a morte logo agora, não iria desistir sem tentar. Estava recomeçando a sua vida mais uma vez, e desta vez tudo iria dar certo -Em todos os sentidos... - Para consertar um pouco as coisas, prometeu para si mesmo no outro dia iria procurar ajuda médica.
                                                                                      ...
Para conseguir sorrir  todo o santo dia Stu se abarrotava de remédios nas madrugadas, não queria perder seu emprego, já que o seu trabalho era atender as pessoas. Já chegava no trabalho entorpecido de uma falsa felicidade que o forçava a sorrir prazeroso, era uma sensação calma que terminava no final da manhã quando o seu turno acabava. E aquela moleza era responsável por ele não tentar cometer mais nenhuma loucura, e isto era bom. Calmantes receitados pelo psicoterapeuta. Sim, ele costumava ir ao psicólogo duas vezes por semana. Era bom escutar algumas palavras motivadoras, se  abrir um pouco. Só um pouco, ele nunca falava de TUDO que acontecera naquele quarto submerso.
Ótimo, além de tomar analgésicos para aliviar a sua constante enxaqueca, tinha agora que tomar calmantes, bem era  o único jeito; depois daquilo que quase aconteceu lá na ponte, ele tinha que se remediar.  E graças a este novo tratamento 2D seguia tranquilamente os seus dias, agora ele tinha novas manias e costumes. Frequentava aulas de meditação e dança, nas madrugadas gostava de pintar as unhas, de ler e fumar, tinha comprado um  mini-teclado onde fazia músicas abstratas e cantava  somente para si. Ele guardava algumas coisas, como a máscara de palhaço - Pregada na parede da sala. -Como sendo uma das provas que tudo havia mesmo acontecido. Ele sabia que tudo aquilo não iria se apagar da noite pro dia ,mas seguiria a vida assim mesmo, fingindo que nada tinha acontecido.
 Stu estava limpando alguns teclados que estavam nas prateleiras, quando escutou o sino  da porta tocar, ele imediatamente foi atender o cliente. A cliente era uma garota com traços orientais vestida com roupas de couro super-curtas mesmo no frio que fazia. Sim, ela era Noodle, entrou no estabelecimento apenas para comprar uma nova guitarra. ( Já que a sua ela quebrou, tentando matar uma barata que se localizava em seu quarto), fazia  apenas poucos meses que ela chegou como encomenda numa caixa  da FeDex na casa do Picles, a banda iria voltar, o único problema era que o vocalista estava desaparecido, e precisavam achar o vocalista de volta. não seria fácil, com ele sumido por ai. Mesmo as teorias da internet afirmando que ele estaria morto, a Nipônica ainda tinha esperanças de Murdoc e Russel o encontrá-lo com vida. E Noodle com todas as forças confiaria no baixista -Desta vez -Para encontrá-lo 
- B-bom dia, - Stu disse sorridente se aproximando dela. - O-o que a-a senhora deseja? - Guaguejou um pouco tímido.
- Bom dia, -Com um sorriso amarelo no rosto Noodle fala tirando os óculos de coração do rosto. - Poderia me amostrar umas guitarr... - A japonesa arregala os olhos boquiaberta, reconhecendo de imediato o cabelo azul e as janelinhas de seu involuntário sorriso.
- N-nossa, moça. o-o que foi, viu um fantasma? - Pergunta um pouco brincalhão
-O-o que? - Um pouco em choque a guitarrista pergunta nervosa.
- A senhora está u-um pouco pálida, se sente b-bem?
Ela ficou um bom tempo estudando seu rosto, Stu usava os óculos que ganhou no concurso de camiseta molhada, somente para esconder as olheiras que estavam horríveis naquela manhã.
-S-sim... Apenas me mostre as... - Do nada ela se esqueceu do que iria falar.
2D ficou ansioso esperando a garota terminar a frase.
- Guitarras?!
-isso mesmo!-Exclama estralando os dedos.
Sorrindo ele junta  as mãos uma nas outras.
-A senhora é b-bem engraça-çada... Queira me acomanhar.
Noodle o segue para os corredores.
Stuart mostrava diversos modelos de guitarras para ela, que não tirava os olhos dele um segundo sequer. Ela acabou comprando qualquer uma, estava mais enteressada no rapaz, no fundo ficava se perguntando se aquele era o seu velho amigo, mas tinha medo de perguntar.
- Aqui está! - Ele estendeu a caixa de embrulhada pra ela, Noodle o fitava  com  a cabeça apoiada na mão sobre a mesa, 2D estranhou a atitude da garota.- P-porque me olha tanto?
- Por nada, apenas achei fofo este óculos - Mentiu.
- Quer ele pra você?
- Não, não precisa se incomodar.
- P-pode pegar, não tem muito valor sentimental para mim mesmo. - Ele retira o óculos e estende para ela, mostrando suas orbes escuras, esta era a prova que Noodle precisava. Com certeza era ele...
- Tá bom...-Sem hesitar ela o pegou. - Valeu.
                                                                                   ...
Depois do expediente, 2D foi direto para casa. O efeito dos remédios havia passado  a pouco tempo e seu humor estava péssimo, andava calmamente pela calçada parando apenas para amarrar os seus sapatos, com o intuíto de prevenir uma queda. Estava tão distraído olhando para o céu que não percebeu que alguém o seguia. Noodle acoompanhava cautelosamente os passos do vocalista.
 Stu entrou numa loja de Pet shop, e rapidamente ela se escondeu, minutos depois ele saiu com um saquinho de ração em mãos, ela se impressionou; 2D virou tão responsável a  ponto de cuidar de um bichinho de estimação? Sua conclusão foi cancelada quando viu ele comer a ração de cachorro no meio da rua, ela levantou uma sobrancelha em surpresa.
Stuat continuou o resto da caminhada até alcançar a calçada perto de sua casa, retirando a chave do bolso, 2D destrancou a porta, a guitarrista viu ele adentrar a casa, entrando no gramado ela bisbilhotou pela janela vendo a máscara do clipe Stylo grudado na parede. Ela era boa em espionajem, com um sorriso no rosto ela tirou sua agenda da bolsa escrevendo o endereço da rua. 
                                                                                         ...
Um trío deveras estranho esperava alguém em específico passar pela rua, estavam  sentados numa mesa de uma lanchonete qualquer. Observavam em silêncio o movimento das pessoas sobre o vidro que dava visão da rua.
- Olha macarrão, eu acho que tudo isso foi um engano seu. -O cara verde falou fitando para a tela do celular. - Estamos esperando a mais de duas horas e nada dele.
- Murds relaxa, tenho certeza que era ele.
- Mas eu não... - Falou colocando o dedo no nariz - E você Russ, o que acha?
- Se a minha Baby Girl diz, é porque é  verdade...- Dizia calmamente enquanto devorava o terceiro hamburguér.
- De novo com essa de papai protetor? Mas que Gordo ridículo.
- Olha aqui cara, acho melhor você abaixar sua onda e ficar quietinho ai.- Russel ameaçou.
O baixista revira os olhos, se acomodando na cadeira. - Achem o que quiser, vou dormir um pouco.
-E aí Noods, como ele está? - O baterista perguntou enquanto tomava seu refrigerante. 
- Ah Russ...- Fala meio pensativa. - Não sei como explicar...- Ela toma um gole do seu café. - Ele continua sendo o ´´2D´´ de sempre. -Surge um sorririnho em seu rosto oriental. - Fofo, ingênuo e gentil.
- E também dá pra ver que você está louquinha por ele. - Russel diz de uma maneira maliciosa.
- Como assim ´´louquinha´´- Ela faz aspas com os dedos um pouco indignada.
- Ontem mesmo voce não parava de falar nele e não tirou  um minuto sequer esse óculos  3D que ele te deu.
- Deixa de ser escroto.
-Eu escroto... Olha como fala moçinha, só porque cresceu você não tem o direito de me insultar, e além do mais...
- Shhh! Silêncio grandão! - Noodle cutuca Murdoc fazendo ele abrir os olhos - Olhem...-sussurrou.
2D passava com a cabeça escondida no capuz do casaco rosa, seu rosto era sério e seu olhar  olhava intensamente o chão, suas mãos estavam escondidas nos bolso do casaco, algumas mechas de seu cabelo caiam em seus olhos. 
- Uau, quem é aquela gostosa? - Murdoc disse super interessando, se ajeitando na cadeira.
Ambos olharam indignados para o picles.
-É O STU! - Gritaram ao mesmo tempo.
- Pervetido... - Noodle resmungou baixinho.
- O que? Eu não sabia que era ele, parecia uma garota.
Aposto que você pega todos os travecos dando sopa por aí .- Russel riu da cara dele. - Mais uma vez minha baby girl estava certa.
-É isso aí Russ, eu sou demais. - Deu uma piscadela de deboche para o verde.
- Hum... -grunhiu - Exibida.
                                                                                         ...
2D ouviu algumas batidas na porta. Estranho, ele nunca recebia visitas, talvez fosse um vizinho, saiu do banho e rapidamente vestiu sua camisa branca com um macacão jeans. Passou pelo pequeno corredor que dava a sala. Quando a abriu, ele franziu o cenho reconhecendo de imediato quem estava na sua frente, seus olhos se arregalaram de supresa. Sua única reação foi puxar com força o ar pela boca fazendo um barulho de susto, como se estivesse vendo um fantasma. Stu tentou fechar a porta, mas Murdoc a segurou com o pé. Sentiu sua respiração pesar um pouco.
- Posso entrar, velho amigo? - O baixista tinha um sorriso babaca no rosto, ele aos poucos foi invadindo o pequeno comodo da casa. Era muita cara de pau, depois de anos como ele ainda tinha coragem de aparecer na sua frente?
- Saia da minha casa! - Disse em tom firme. Seu peito descia e subia rapidamente, dando passos pra trás, seus olhos o fuzilaram até a alma. O satanista apenas ignorou o azul.
-Não é assim que se trata os velhos amigos. - Noodle falou enquanto aparecia na frente deles.
O vocalista desviou o olhar para alguém que tinha adentrando a casa, era a garota da loja que ele viu dia passado, ela parecia familiar, logo sua mente lenta conseguiu captar os pequenos sinais que apareciam diante de si. Era a Cyborg, isso ele não tinha dúvidas. Seu estômago se revirou de nojo que sentia daqueles dois.
- Amigos? Vocês não passam de exploradores baratos, estou avisando saiam da minha casa ou eu chamo a polícia!
- Como assim exploradores? - A japonesa se aproximou dele.
2D Se afastou dela e riu fraco, sabia que estava sendo irônico diante daquela pergunta, mas o que ele queria naquele momento era sair correndo o mais depressa possível dali.
- Para de ser sonsa Cyborg, você sabe muito bem do que estou falando! - Ele cuspiu as palavras assustando a guitarrista.
- Cyborg?-ela falou em confusão.-Não sou ela 2D, não está me reconhecendo? - Tentou tocá-lo mas ele se defendeu com um tapa.
- ME DEIXA EM PAZ! - Agarrou sua cabeça bruscamente com as duas mãos, se afastando de ambos, aquela situação não tinha menos de dois minutos e já estava causando pânico no azulado.
- Ei Stu, se acalma. - O picles dava passos em sua direção.
Um choro pesado com emoções negativas inundou aquele cômodo, dando passos para trás suas costas encontraram a parede e do nada ele gritou.
A japonesa ficou com medo daquela reação repentina do rapaz, nunca em sua vida tinha visto algo tão assustador vinda de Stu, que sempre fora calmo e gentil.
- TOOTIE! - Noodle gritou ganhando a atenção dele, que ficou parado olhando trêmulo para ela, seu olho direito piscou incessantemente durante alguns segundos.
só a verdadeira Noodle o chamava assim... Será que era ela?
Sua cabeça doía tanto que não sabia mais distinguir quem era quem, suas pernas fraquejaram e como um boneco ele caiu sem vida no piso.
- MEU DEUS! - Ela foi em sua direção. - Eu apenas queria fazer uma surpresa e olha no que aconteceu.
Murdoc se ajoelhou ao lado da japonesa.
- Foi tudo culpa minha ...-
- Não japa... Se eu não tivesse entrado  na casa primeiro ele não teria ficado nervoso.
- Se lamentar não basta, vamos, me ajuda a colocá-lo no sofa. - Noodle se levantou segurando os  braços de D.
Russel estava estacionando o carro, ele entrou na casa devagar, vendo aquela cena um pouco surpreso o Baterista cruza os braços na diante deles.
- Deixo vocês sozinhos por uns minutos e é isto que acontece?!
- Bem não tivemos culpa, ele surtou  do nada e nem deu tempo de nos explicamos. - Murdoc disse enquanto levantava as pernas dele. - Ei balofo, tira essa porra daí de cima.
Russel vendo o mini-teclado jogado no sofá  pegou pondo o instrumento numa poltrona próxima  de si.
Ambos  colocaram o vocalista sem dificuldades no sofá.
- E agora, o que faremos? - Russel argumentou se aproximando do rapaz desacordado.
-Não podemos deixá-lo sozinho aí, esperaremos ele acordar. -Noodle disse com as mãos na cintura. 
                                                                                             ...
A casa era pequena e vazia, assim como o dono. A mobília era meio desgastada,e era visível a bagunça no local; Muitas revistas MAD estavam jogadas no piso da madeira escura enquanto  Murdoc lia algumas sentado no chão com um certo interesse. 2D descansava deitado no sofá de couro negro, sentada no braço do sofá estava Noodle colocando um travesseiro debaixo de sua cabeça, o ajeitando confortavelmete, pousou a mão em seu peito sentindo a sua leve respiração. Seus cabelos em tom ciano estavam meio bagunçados, Noodle percebeu que ele cheirava a um perfume doce de rosas, enquanto mexia nas mãos dele observando a cor das unhas recentemente pintadas.
Russel decepcionado por apenas ter ração de cachorro para comer na geladeira sentou-se na poltrona vermelha pondo o teclado no chão. No celular dava nove horas, e todos inclusive Noodle estavam impacientes, mas tentavam esconder um do outro, e isso era de fato bem visivel.
2D aos poucos lentamente foi despertando, piscou várias vezes se acostumando com a claridade do cômodo, ele sentia uma sensação estranha, como se estivesse flutuado nas nuvens, confuso pensou que foi o descanso merecido que reivindicou tanta leveza. Lentamente se levantou ficando sentado no sofá. 
Olhou assustado os estranhos bastante familiares acomodados na sua sala. Imediatamente pensou que fosse uma alucinação, juntou as pernas as abraçando.
Russel percebendo o nervosismo do rapaz se manifestou primeiro.
- Ei vocês dois poderiam ir até a cozinha pegar um copo de água?
- Porque voce não vai? - O picles reclamou com uma revista na mão.
- Porque eu estou mandando... -Seu tom era ameaçador.
- Vamos Murds colabora, deixa de provocar...-Noodle se levantou o puxando com a mão.
Os dois se retiraram.
- Finalmente a sós, Russel se aproximou dele parando ao seu lado. -D, está se sentindo bem?
- S-sai... da minha... C-cabeça - 2D escondeu o rosto com as mãos.
- Que papo é esse cara? Toca em seu ombro, sentindo um tique nervoso do vocalista. - Não reconhece mais o seu grande amigo? - Somos todos reais, olhe pra mim.
- Russ? - Encarou surpreso o baterista. - AI MEU DEUS RUSS! - Pulou do sofá para um abraço. A força do salto quase desiquilibrou o baterista. - Pensei que tinha morrido! -O som de seu nariz entupido foi ouvido.
- Sou duro na queda, Amigão. - Riu um pouco sem geito. - E a Macarrão não fica pra traz...
- Aquela garota é a Noods? - Se desprende do abraço
- Sem dúvidas. Ela cresceu né.
- P-pensei que fossem u-uma alucinação... - Vi o-os boatos na internet e pensei que...
- Fica frío cara, estamos todos aqui...
Os dois retornaram da cozinha, a japonesa estava trazendo um copo de água em mãos, O Picles não iria ser o garçon daquele bolo fofo nem morto. Stu ficou encarando ambos, fuzilava um e observava outro. Os olhares fixos continuavam até que a nipônica estendeu o copo para ele. Sem pensar duas vezes a abraçou.
-S-senti s-sua falta...- Sussurrou com a voz falha.
O inesperedo abraço quase fez com que ela derrubasse o líquido em cima dele. Se desprendeu do abraço.
- Você está bem Tootie? - Tocou em sua testa - Fiquei preocupada, você desmaiou de repente.
- Isto s-sempre acontece. - Se sentou tentando desviar um pouco a conversa.
- Acontece? - Ela se sentou do seu lado, e Russel também. Murdoc ficou sobrando na conversa, então calmamente ele se acomodou na poltrona.
- D-da última vez d-desmaiei no trabalho, tinha muitos clientes p-para atender e fiquei u-um pouco desgastado...é só estresse...
A sala ficou em silêncio,Todos engoliram em seco, D mudou, mudou muito, ele estava meio distante, com uma aparência cansada e cheio de de segredos, segredos muito bem guardados. Também a presença daquele homem só dificultava as coisas, Stu estava com uma vontade imensa de chutar aquele nariz verde. Noodle e Russel sabiam que o azul não suportava o satanista, não faziam a mínima ideia do porque, só apenas sabiam. Depois do que ele passou naquela ilha, qualquer um ficaria daquele geito diante de Murdoc.
Pot pegou o copo e engoliu o conteúdo de uma só vez, ainda segurando o copo ficou olhando para o chão com uma expressão séria, ficou um silêncio desconfortável no ar, pareciam estranhos, uns tentando não olhar para a cara do outro. O clíma não estava nem um pouco agradável para conversas ou perguntas e Russel percebeu isso de imediato. O ambiente daquele lugar exalava toxidade.
- Gente, tá tarde né, ei Murdoc porque não me ajuda a carregar o carro. - Russe falou se levantando do sofá.
2D se levantou para guiar-los até a porta, mas foi interrompido por Noodle, que agarrou a sua mão gélida.
-Tootie, eu... Eu queria te perguntar uma coisa...-Coçou a cabeça um pouco sem jeito. - Nós estamos organizando a banda de novo.- Falou com entusiasmo.
- Estão? - 2D já sabia qual era o ponto daquela conversa. - Que bom. - Soltou um sorriso sem graça.
- Obrigado, é bem...Todos queríamos saber se você quer participar da banda...
Ele sentiu um certo desconforto, sabia que ela não estava o forçando a nada mas desconfiava que iria desapontá-la, sentindo um frio na barriga apoiou as costas na parede perto da porta, respirou fundo pronto para responder. 
- E-eu posso pensar no assunto? - Ele já tinha a resposta, mas achou que seria cruel  dizer um ´´NÃO´´ de primeira na cara dela.
- Claro Deeh... - A nipônica segurou firmemente suas mãos trêmulas. - Só não pense que estamos o obrigando a fazer aquilo que não quer, - Seus olhos esmeraldas fitavam suas orbes sem vidas. - Eu não quero que nada afete a nossa amizade.- Aquelas eram as palavras que ele queria ouvir, isto lhe causou um alívio momentâneo na alma. Com um sorriso significativo apertou firmente as mãos macias dela.
- O-obrigado.


Notas Finais


Desculpem os erros e nos vemos na próxima.


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