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História Blue Resistance... - Folhas de Outono...


Escrita por: Daregirl22

Notas do Autor


A demora é pq..... hum, a mesma historia minha de sempre. Eu sempre demorarei para postar pq ... Ai hj estou indecisa. Não tenho muito pra falar hj... AH! muito obrigado pelos comentários, eu me divirto muito respondendo. Motiva bastante, e obrigado tambem por favoritarem. vou logo dizendo q a fic esta bem grandinha e meio dificil de digerir, então quem não tem paciencia de ler muito, le um pouquinho de cada vez, e bem esta semana é o meu aniversário (29/08) e gostaria q vcs me desejassem parabens, pelo menos neste ano eu me lembrei, acredita que no ano passado eu esqueci do meu aniversario?
kkkkk desleixada total, irei completar 18 anos ( q bosta, vida adulta NÃO!!!! :C) to ficando veia e, tebho orgulho de mim por ter sobrevivido até hj, e que a minha mente ainda é a mesma. bem pelo menos eu não mudei para a pior. falei demais pq vcs sabem q sou tagarella! kkkkk é... só isto q gostaria de dizer mesmo e aproveitem o capitulo.
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FONTE: IMAGENS DO GOOGLE.

Capítulo 5 - Folhas de Outono...


Fanfic / Fanfiction Blue Resistance... - Folhas de Outono...


                                                                    ´´- O meu olhar tem mais tristeza pra chorar que o seu...´´

Mais uma vez aquela maldita insônia estragou sua noite. Ficou a madrugada inteira andando como um zumbi pela casa, e quando finalmente conseguiu pegar no sono, teve um horrível pesadelo com aquele demônio verde o estrupando. Isso lhe assombrou a manhã toda.  
Eram sete da manhã, e Stu ainda estava na cama. Hoje ele não estava com a mínima vontade de ir trabalhar, ainda bem que hoje era o seu dia de folga. Mas o costume  de se acordar cedo o fez se levantar para tomar banho  quente, sem nada para fazer ele voltou para a cama tentar cochilar um pouco. 

Sua cabeça estava tão pesada que ele não tinha coragem de sair da cama para tomar os remédios.
Havia se passado uma semana desde o tão inesperado reencontro, sentiu uma felicidade imensa por saber que seus dois melhores amigos estavam bem. sãs e salvos, comprovando que as teorias da internet eram falsas, e isso o aliviava. Por outro lado, o choque de ver aquele capeta verde na sua frente o deixou em estado de pânico.

 E, por causa disso,  2D  não saiu mais de casa com medo que o sequestrasse. Não iria deixar ser pego com facilidade: Morderia, arranharia e brigaria por sua liberdade.
A proposta de retornar para a banda foi imediata, e criando forças - Que ganhou ao longo dos anos, ele recusou temporariamente. O bom foi que Murdoc não dirigiu uma palavra  para ele. - Com certeza, o Picles tinha consciência do erro que fez, somente ficou distante, olhando para o nada, apenas escutando a conversa.
 

A proposta era boa: Fazer música e se divertir viajando pelos arredores de Londres, mas... Sabia que tudo iria ser como era antes assim que aceitasse.

 Era como um mal relacionamento, começava bem e terminava mal.

Mas Stuart mantinha contato com Russel e Noodle quase todos os dias, principalmente  com a japonesa. Ambos viviam conversando o tempo todo, ele gostava de ir com ela para  a sorveteria, como irmãos. Algo que ambos sempre foram de coração desde sempre.

 O vocalista adorava a sua companhia, sentia-se bem na presença dela, esquecia de seus traumas. Estar com Noodle era como se a conhecesse de novo.

Batidas na porta são ouvidas, abrindo os olhos D se levanta indo direto para a sala atender . Abrindo a porta viu uma Noodle sorrindo de um jeito terno para ele, ainda meio sonolento retribuiu um sorriso cansado para ela.

 Seu cabelo estava prendido  num coque, usava uma blusa vermelha sangue que lhe caia muito bem, shorts com botas pretas alternavam seu corpo esculpido com curvas. 

- Bom dia Tootie. - A nipônica faz uma reverência asiática para o azul, costume do japão.

- B-bom dia, Noods. - Ainda sonolento coçou o cabelo.

- Tá afim de passear comigo, ou vai a algum lugar hoje? - Fala apreensiva.

- Eu... - Fez uma carinha pensativa. - A-acho que tenho aula de m-meditação hoje... Mas a-acho que não vou h-hoje... - Abaixa o olhar, ele estava com medo de sair na rua e ser sequestrado por Murdoc.

- Por que não vai? - Retruca estranhando o comportamento do mais velho.

- P-por nada, não  q-quero ir hoje, e-eu meio que fico sobrando na sala.

- Não seja por isso... - Puxa o azulado pela mão o arrastando para fora da casa.

- N-noodle.... -Fica surpreso com a reação espôntanea da garota. - O-o que tá fazendo?

- Vou com você. - Sua voz tinha uma certa determinação, queria passar um tempo com o azul somente para matar a saudade. 

- É-é que e-eu não p-posso.

- Não seja tímido Tootie, eu vou ser a sua parceira.

- M-mas... - Gagueja.

- Pare de reclamar Tootie, vamos.

- Noods... E-eu não posso ir s-somente de meias! - Finalmente retruca, fazendo a guitarrista pausar os passos e observar os pés do vocalista, era verdade, o garoto estava descalço de meias pinks no meio da rua.

- Deeh! - Solta um gritinho feliz. - Desculpa, eu acho que me empolguei! - Dando um risinho ela o solta.

- Tá bom, e-eu vou com você. M-mas preciso me calçar primeiro, e trancar a casa que NÓS deixamos aberta. - Se afasta dela.

- Tá... - Desesperadamente ela tentava conter o riso. Stu saiu correndo entrado na casa.

Minutos depois Stuart saiu da casa já calçado trancando a porta.

´´ Nossa! Ela é forte!´´ , pensava consigo mesmo, enquanto alcançava ela que estava parada no mesmo lugar.
Mas da última vez que a viu, ela era apenas uma garotinha de 15 anos, como ela pôde ter mudado daquela forma? Noodle estava diferente, mas ainda era aquele aquele amor de pessoa que ele sempre amou.
                                                                                      ...

Numa sala relativamente silenciosa, uma quantidade de pessoas meditavam imóveis, sentadas com as pernas cruzadas em almofadinhas coloridas. Todos estavam com os olhos fechados, menos a japonesa, que olhava incessantemente o vocalista em um estado de transe consciente. Ele era bom naquilo. parecia que estava dormindo sentado.

- Pessoal! - A professora fala chamando a atenção da turma se levantando em seguida. - Terminamos por hoje. Deixo vocês com a Cherry a nossa ótima professora de dança, aconcelho os novatos a participarem desta aula. - Parando na porta. -E lembrem-se: Somos felizes apenas por esquecer daquilo que nos machuca, então, boa aula.

-vObrigado!

 Depois da turma agradecer, ela sai da sala.

Noodle toca no ombro de Stu, chamando sua atenção .

- Também tem aula de dança? - Pergunta interessada, e um pouco surpresa também.

- Ah, lembra?! V-você me puxou antes de eu te f-falar sobre isso. - Meio brincalhão argumenta seguida de uma risada alta.
Um sorriso sapeca inundou seu rosto oriental, que rapidamente ela o empurrou de leve.

- Não precisava ser tão irônico!

- Silêncio... - Uma garota com cabelos encarocolados falou, sua voz doce era como um eco, viajou ao redor da sala, fazendo com que todos escutassem o seu pedido de silêncio.Vendo a tranquilidade reinar sobre a sala voltou a falar. - Obrigado, estamos aqui hoje para uma coisa especial, muito especial... A dança. Com ela nossos corpos se movimentarão  de acordo com as nossas emoções.

 Se dirigindo a caixa de som, a garota colocou uma música meio exotérica com uma batida feliz. 

- Mas primeiro, uma palavra de instrução: Por favor deixe todos os seus pertences no canto daquela porta, vocês podem ficar sentados ou em pé, votaremos.

 Algumas pessoas se levantaram, inclusive Noodle, que agarrou 2D pelas mãos, o levantando bruscamente, ele não queria dançar, era muito tímido para isso, em todas as aulas Stu só ficava observando as pessoas dançarem.

- Estou vendo que alguns são novos por aqui, então vamos um pouco devagar, então: PREPARAR, APONTAR, VAI! - Cherry começou a dançar.

Seus passos de dança eram graciosos e difíceis, algumas pessoas falhavam miseravelmente tentando segui-la, mas Noodle amava dançar então foi fácil. O azul apenas ficava olhando aqueles corpos se movimentarem rapidamente. Dança snicronizada não era o seu forte.

- Quem não entendeu, são alguns passos para o lado, giro completo, agarra e segura o ar com as mãos. Então pisamos mais um pouco, prenda as mãos do seu parceiro com a sua. E então damos a volta e pisamos mais um pouco, sacou? 

A guitarrista segurou as mãos de 2D, mas ele não dava nenhum passo, estava mais duro do que uma estátua.

- Se solta D! - Falava ofegante, enquanto tentava influênciar ele a seguí-la.

- E-eu acho que não consigo s-seguir os passos de v-vocês, é-é muito rápido...

- Não precisa seguir os meus passos Deeh, olha - Teve uma ideia. - porque você não cria os seus próprios passos?

- Improvisar? - Pergunta já sacando qual era a parada. 

- Sim, eu te sigo, vamos! - Ela ficou ao seu lado pronta para seguir os movimentos do rapaz.

2D com um pouco de vergonha, moveu os quadris devagar, balançando os braços como um gato prestes a pegar uma presa, rapidamente  girou três vezes com os olhos fechados deslisando os pés descalços no piso liso da sala, A nipônica rebolando e balançando os braços seguia sem problemas o passo de seu parceiro de dança, quando abriu os olhos, ele estava de volta no mesmo lugar um pouco tonto com o ato, então ele pula ele chuta e levanta os braços com um sorriso mega-feliz no rosto, se sentia incrível, mesmo com o seu pulmão queimando com a falta de ar, ficando um pouco fora de corpo com aqueles passos. 

Uma roda se formou observando aquele casal que dançava de um jeito estranho mas divertido de se ver. Ambos não se importavam de errar ou repetir os passos, só queriam se divertir.

Ainda improvisado os passos Pot deixou que se escapasse algumas palavras de sua boca.

- Todo mundo diz que sou tristonho, mas isso não é verdade... Eu só preciso beber um pouco, para me sentir grande, grande, grande... Mas quando eu volto a ficar sóbrio só preciso dançar um pouco para me sentir tão bem... - Stuart meio cantava, meio falava, seguindo a batida da música sua voz saia meio sexy. Como uma música poderia ser sexy? não se sabe, depende da voz da pessoa. E 2D tinha a voz perfeita para isso, a melancolia de uma voz jovem, um pouco rouca que aparentemente gritou muito na vida arrepiava e fascinava todos naquela sala, os deixando estáticos.

Noodle havia parado para escutar aquela frase um tanto estanha vinda do vocalista, se perguntava se aquilo era um canto ou um desabafamento. Algumas pessoas aplaudiram calorosamente o rapaz que ainda estava meio perdido em pensamentos como os olhos fechados, se assustando, D parou de dançar um pouco envergonhado.

- Uau Tootie, - O abraçou um tanto feliz, aquele 2D que cantava bem tinha voltado. - Isto foi incrível.

Pot, sentindo o suor escorrer pelo corpo inteiro, retribui o afeto.


                                                                                                                      ...

 

Folhas de outono caiam sob o chão, parecia chuva dourada e quando finalmente caia no solo, elas formavam uma espécie de tapete alaranjado.

 A medida que o vento uivava, elas dançavam suavemente pelo ar, fazendo um pequeno redemoinho de folhas. 

No horizonte o sol estava amarelando o céu, várias árvores ornamentavam a paisagem onde um casal estranho tomava sorvete sentados num banco de jardim feito de madeira, sobre uma robusta árvore, o cheiro delicioso de amêndoas invadia os narizes atentos das pessoas. 

Uma cor divina chamada ´´amarela´´ tornavam o lugar um mais pouco relaxante, O dia estava assustadoramente agradável, e isto preocupava 2D.

- Nossa D, não ouvia você cantar desde que escutei o álbum The Fall... 

- Sério?

- Claro.

- Ouvi dizer que os fãs da banda odiaram... 

- Bem uns sim, outros não...O albúm é impressionante. Amei algumas músicas, Mas o que realmente ele, você queria expressar? 

- N-na verdade e-eu nem sei...Acho que e-expressa algo d-diferente, T-the Fall é um diário, e-expressa vivências, momentos e m-memorias... A-acho que não tem necessidade de descrever em uma só palavra... S-só experimenta emoções. Pode ser melancólico...  ou  feliz! ... E a-assim como Plastic Beach, em que se escuta numa tarde na p-praia, ou escutar Demon Days numa noite em uma cidade mal iluminada, o-o cenário de The Fall é algo mais melancólico... P-pode ser num dia frio... Iluminado por uma memória, onde  pequenas bolsas de plástico flutuam sendo sopradas em uma solitária estrada, se encontrando com o a-acaso onde as montanhas morrem com luzes de ouro... O-ou pode ser em uma tarde de chuva ensolarada, onde o céu espera ficar...

- Deeh...

Ele é tirado de seus pensamentos. - S-sim.

- Seu sorvete está derretendo.

- E?- pergunta um tanto confuso.

Os lábios da japonesa se curvaram, formando um sorriso. - ´´E´´ que ele está sujando toda  a sua roupa. - Fala com ironia no tom da voz.

- AH! - Ele afasta o sorvete de si, um pouco bravo. - Droga!
 

- Se quiser eu tenho um lenço bem-

- Não tem problema. - Puxa o tecido da camisa até a boca lambendo o sorvete, sentindo o gosto doce na boca. 

- Eca! Que nojo, come direito Tootie.

Ambos caem na risada, ficando em silêncio por um tempo.

- Noods, - 2D joga a casquinha fora. - O-o que esteve fazendo e-este tempo todo?
Aquelas orbes escuras a encarava, enquanto ela observava as folhas secas caírem sobre  sua cabeça.

- Não se lembra? Eu te mandei uma mensagem anos atrás.

- M-mandou?

- Sim mandei, ou não se lembra mais da Little Dragon?!

- E-ela era você? - Diz um tanto impressionado.

- Mas é claro que era eu, eu nunca te esqueci Tootie, sempre me preocupava com você, mesmo lá no japão enfrentando aquele demônio que libertei. E voce o que fez?

- F-fui devorado por uma baleia, furei seu coração e encalhei numa ilha deserta... F-foi um saco comer aquela gordura e aquele lixo.

A nipônica escutava tudo boquiaberta. - Foi horrível não foi?

- N-na verdade não, eu estou esperando voltar para a ilha algum dia - Meio nostálgico ele olha para o céu. - Pra aprender mais h-habilidades de sobrevivência. 

- Tootie, você não leva jeito mesmo.

- AH, f-foi relaxante!

- Bem, já que estamos falando nisso, queria retomar aquele assunto.

- Q-que assunto? - Stu se fez de desentendido.

- Aquele sobre voltar para a banda.

- Eu, eu ainda não decidi. - Disse meio nervoso.

Ela suspirou meio decepcionada com ele, ela sabia que 2D estava mentindo ele amava fazer música e cantar, estranhava aquela nova atitude dele.

- Porque está se comportando desta forma? - Fala se aproximando um pouco dele.

- Q-que forma?

- Sei lá, meio frio, indiferente com a gente. Você não é o 2D que conheço.

- Noodle eu...

- É o Murdoc né?!

- N-não... - O azul desvia o olhar mentindo.

- Eu não sou burra Stu, o que ele fez com você naquele lugar?

- N-nada. - Falou desviando o olhar para o nada.

- Conte para mim 2D, eu poss-

- N-não precisa se p-preocupar comigo, eu estou bem, eu só preciso de mais tempo. - Stuart encara o chão. 

- Tem certeza? Você sabe que pode confiar em mim.

Ele não parava de olhar para o chão, tentava não chorar, não queria deixar que a a garota se preocupasse com suas bobagens.

- Eu sei que aquele ser verde fez algumas atrocidades... Mas ele quer redimir de seus erros. sebe, mudar...

Parando de encarar o nada 2D volta a encará-la com uma sobrancelha arqueada.

-O-o Murdoc?! - Fala um pouco indignado pensando que aquilo não se tratava de uma piada. 

- Sim, ele mesmo, parece até outra pessoa, parou até de bebe-

- Eu não acredito nisso. - Balançando a cabeça negativamente o azul a interronpe um pouco chateado.

- Eu sei que é dicifil confiar nele novamente, mas nem tudo do gorillaz é ruim. - Fala com um tom mais alegre. - Porque você não vem comigo até o nova sede da Kong´s Estúdios e vê as coisas legais que estamos fazendo? Tenho certeza que irá gostar do que estamos tramando.

Uma buzina de carro foi se ouvida, um Geep azul bastante desgastado havia parado perto da calçada.

- São os rapazes. - A garota se levantou do banco em um pulo. - Tenho que ir, - Entrelaçou sua mão nas dele. - Espero que pense com carinho sobre aquilo que disse... - 2D sentiu os lábios da garota beijarem a sua testa delicadamente, e isto fez com que  o rapaz fechasse os olhos em gratidão. - Até mais... - Se afastou dele indo em direção do veículo. 

Saindo do carro Murdoc deu um aceno caloroso para o vocalista, tirando o sorriso de esperança dele. 

- E aí 2D! - Um sorriso de ponta a ponta estava estampado naquele rosto esverdeado. 

 Sem mudar a expressão, Stu apenas observava ferozmente para ele enquanto apertava os punhos, aqueles olhos vazios continham um toque assustador voltados para o baixista.

- Murdoc, entra no carro. - Russel falou no volante. - Ele não quer falar com você. - O afro-descendente dá um aceno, sendo correspondido de imediato pelo azul. - Tá vendo?

O satânista entrou no carro xingando baixinho algumas coisas interligíveis. 
Dando partida no carro, Russel olha pela última vez o vocalista sentado no banco. - Eu faria o mesmo se estivesse no lugar dele...

- Mas eu tentei, vocês viram que eu tentei. Aquele garoto está mais parecendo um animal selvagem de tão arisco que é...

- Sério Murdoc. O que você fez com ele naqueles dias? -Russel perguntou um  pouco curioso.

- Muitos erros. -  Falou um pouco baixo com sua voz rouca. 

- Porque não tenta conversar com ele? - Noodle  pergunta.

- É o que estou tentando fazer se você não percebeu. - Retrucou de uma maneira ignorante.

Noodle levanta os braços em sinal de rendição.

- Sei que fiz merda, e muita, mas já se passaram anos, as coisas mudam, as pessoas mudam-

- Mas parece que ele não mudou. - Russel pela primeira vez deixa Niccals sem palavras diante da resposta.
                                                                                         ...

O ódio é um sentimento mais corrosivo que o ácido e mais destrutivo que o fogo, mas que se torna irrelutável a medida que seu portador continua a recordar e a se  angustiar com as lembranças que o marcaram de maneira negativa com o passar dos anos.

 O tempo passa sem parar, a noite chega, vem outro dia, e outro, e mais outro... E sem perceber, lá se foi uma semana,um mês um ano. Novas coisas aconteceram.

 Mas 2D nunca se esquecera do que aconteceu, as lembranças do passado ficaram guardadas em sua mente, apenas alimentando aquele ódio. 

Naquele mesmo bar, sentado em um sofá vermelho, um anjo depressivo afogava as suas  dores na velha e amiga Vodca de sempre. 2D Acabava com a sua terceira garrafa de bebida. 

E sem dúvidas ele estava bêbado, estava disposto para ir pra casa, ter sua ressaca e aproveitar algumas horas de sono, sem ter aqueles pesadelos atingindo seu psicologico.
 

Foi até o balcão pedir mais uma garrafa ao barmam, aquela seria a sua última. Voltando para o sofá colocou a garrafa na pequena mesinha de centro, se sentou pondo o líquido num copo.Meio cansado, repousou sua cabeça no encosto da sofá. Sentiu alguém sentar do seu lado, e virou-se para ver quem era.

Niccals.

 Stu piscou uma ou duas vezes para ter certeza de que aquilo não era apenas uma alucinação. Não era. 

- Mas que peste... - Ele apenas arregalou os olhos. - É real! - Ele virou a cabeça para o lado evitando contato visual.

O esverdeado se impressionou vendo a quantidade de garrafas pousadas em cima  da mesa.

- Nossa! Isso foi mulher ou chifre?! - O esverdeado se virou para o lado pegando o copo do azul. - E eu achando que estava fudido. - Bebeu de uma vez o conteúdo do copo.

- Sarcástico, como sempre... - 2D o ignorou pegando a garrafa. 

Com o canto do olho, 2D reparou que o baixista estava usando uma jeans escura, botas de couro e uma jaqueta de couro preta, ele sempre usava aquele tipo de roupa, parecia mais um foragido dos anos 60. 

- Idiota. - Pot sussurrou, pondo a garrafa na boca.

Murdoc apenas suspirou, tinha escutado aquela, mas decidiu não falar nada.

Stuart ingeriu uma absurda quantidade vinda do conteúdo da garrafa.

- Pega leve cara. - Disse um pouco sério. - Desse jeito tu vai pôr os bofes pra fora mais tarde...

- Cala a porra da boca Niccals, - Provocou. - Você nunca se preocupou comigo antes!

- Até agora não.

- Não diga, graças a você tive que buscar refúgio em álcool e remédios, devido ´´aquilo´´ ! ...  - Se levantou exaltado pegando a garrafa e jogando-a com todas as forças no chão, inúmeros cacos de vidros se espatifaram no piso. O barulho da garrafa foi abafado com o som alto daquele lugar. - Devia estar satisfeito, já que nunca se importou com nada!

- Desculpa tá! - Eu não devia ter te... - Tentava buscar as palavras certas para não ferir os sentimentos dele. - Tocado... Te torturei em busca de sucesso próprio, por dinheiro. Eu quero tentar de novo, eu não quero ser mais um imbecil, um... -

- ESTRUPADOR, PSICOPATA E UM DESGRAÇADO QUE NÃO SE IMPORTA COM NINGÚEM A NÃO SER COM SI PRÓPRIO!!! - Aqueles adjetivos não muito agradáveis fugiram de sua boca, e pela primeira vez se sentiu satisfeito de não ter gaguejado. - Ops, eu me preciptei... -Ironizou.

- O que você quer afinal? - Eu já me descul- 

- Quero justiça, monstros como você devia estar nas grades!

- E onde você acha onde que estive este tempo todo? Fiquei mofando no xadrez este tempo todo!

- Hum, foi pouco...

- Ainda acha que não me importo com você? Você não acha que depois de tanto tempo, em algum momento a pessoa não quer se redimir de seus pecados?

- Corta este papo furado, todos os dias aquele incidente assombra a minha cabeça, por sua  causa eu tenho que ir num psicologo toda semana. Isto não tem perdão. Eu não merecia isso, não fiz nada para você... Só queria ser seu amigo... - Seu rosto pálido estava vermelho de tanto gritar. - Não consigo dormir a noite por sua culpa.

- Você não era assim...

- Já devia saber... Você me transformou no que sou hoje lembra?!

- Eu sinto muito.

- Não sinta. - Secamente o azulado falou com convicção.

2D pegou seu casaco rosa que estava em cima da mesa e andou com passos rápidos em direção da rua, sentindo de imediato o vento gélido, e isto era bom em contraste com o abafado daquele bar. 

Ele não iria mais levar desaforos para casa, muito menos ser  o  submisso de sempre.

sentiu uma zonzeira por causa das bebidas que tomou excessivamente. Sua cabeça batia incessantemente, queria tomar as suas pilulas para dor. mas apenas sentiu a bebida subir em seu estomago. ótimo.

2D segue alguns passos cambaleantes em direção a sua casa. Sabia que seu estômago não estava nada bem, ele estava enojado, e aquele enjôo geraria um resultado horrível se não saísse de lá, um pouco tonto ele apoia a mão em uma parede respirando pausadamente, esperava chegar até em casa, não queria vomitar ali, não agora.

Alguém pegou no seu braço o impedindo de seguir seu curso. O toque frio doía na sua  pele, pelas unhas pontiagudas deduziu que era o verde.

- Espera!

- O que você quer de mim?!

- Eu só quero conversar.

- Se não reparou, a conversa já terminou quando eu sai por aquela porta!

Stu puxou seu braço com força se livrando daquelas mãos mortas, o baixista mais parecia um zumbi, estava parado ali, mais juvenecido do que nunca, parecia que seu corpo era imortal.

- Escute a minha proposta pelo menos. 

- Eu não quero mais isso! - Sua raiva era expelida em gritos, sentiu seu sangue esquentar de uma maneira insuportável.

- Eu mudei, se ao menos pudesse me escutar.

Uma risada seca foi se ouvida, o cabelo azul ria sem graça daquela conversa do verde.

- Mudou? Desde quando você se importa com alguém a não ser você?! Não se importou quando Russel, Noodle desapareceram, não se importou quando me deixou para morrer naquela ilha plástica.

- Eu tava muito chapado neste dia, eu... Não sabia o que fazia. Desculpe. 

Sua cabeça ardia em confusão, queria sair correndo dali, para bem longe dele. Seus pensamentos estavam o deixando a beira da loucura, seus olhos se cerraram e as grossas sobrancelhas se abaixaram de puro ódio daquela resposta desprezível.

Se aquele ser ousasse o tocar mais uma vez, iria se defender, não, ele não iria bater,  apesar de estar com uma terrivel vontade de fazer isto. Stu tinha uma arma escondida entre sua cintura. 

 Fechando o zíper do casaco, deu as costas para o baixista e se afastou rapidamente. Murdoc vendo aquilo, ficou furioso com aquela atitude daquele ser arrogante.

- Ei, você não pode me ignorar assim seu merda. - Se aproximou agarrando com força seu ombro.

Rapidamente 2D sacou uma arma, Niccals arregalou os olhos em surpresa - ficou com um pouco de medo naquele momento, por ele ter uma arma de fogo.

O vocalista ficou parado na sua frente apontando trêmulo a arma. Aquela expressão estressada de 2D dizia tudo: Ele tinha perdido o juízo.O ódio havia o consumido.

- O maluco ficou doido... - Sussurrou para si, enquanto fazia um sinal de rendição com as mãos.

- Se aproxime de mim outra vez ou estouro a droga dos seus miolos! - Dava passos para trás saindo da calçada e ficando no meio da pista.

- Se acalma Stu, não faça isso... - Engoliu em seco.

 Aquele garoto pela primeira vez estava conseguindo o colocar medo no satânista, aqueles olhos escuros não demonstrava medo nem hesitação, confessou que estava com vontade  de enfrentá-lo e tirar aquilo das mãos dele, mas também o verde não era burro, sabia  o  que poderia acontecer se desse um passo em sua direção.

- Me deixe em paz, ou se não acabo com a sua raça... Me deixe, em pa-

Murdoc olhou para o lado onde vinha um carro em alta velocidade, mas quando abriu a boca para falar alguma coisa já era tarde demais. - D cuidado!

Em um ato sem pensar Niccals fechou os olhos apenas escutando uma batida surda e um gemido forte. Quando abriu os olhos avistou o corpo jogado de Stu no asfalto, a arma foi engolida pela escuridão. 

Escutando um gemido fraco a poucos metros, o baixista ficou paralisado, sentindo um frio na barriga. Saindo do transe, o verde correu para ajudá-lo.

-Stuart!

O menino de cabelos cianos estava encolhido, chorando baixinho. E sem esperar um segundo  Murdoc se ajoelhou para ajudá-lo a se levantar, a escuridão daquele lugar não facilitava em nada com a situação, o motorista naquele momento já havia sumido.

- Filho da puta... - Xingou enquanto ajudava o azulado a se levantar.

Incessantes gemidos de dor foram ouvidos quando Murdoc agarrou seu braço e seu tórax,  o sacudindo em seguida para poder segurá-lo com mais firmeza, o esverdeado percebe  que o garoto estava meio trêmulo - Não era pra menos.

 Meio mole Pot sente a bebida subir quente pela garganta. Vodca quando entra é ruim e quando sai é pior. E sem forças não conseguiu impedir o líquido de sair, o gosto ácido fez com que seus pelos se eriçarem, e com o mínimo de forças que lhe restava 2D vomita com força, o gosto da vodca junto com o doce do sorvete o deixa enjoado.

 Vomitar nunca é legal, principalmente quando se vômita em cima de alguém, neste caso, este alguém é Murdoc.

- Mas que porra, - O verde olha indignado para sua jaqueta de couro toda suja. - Não acredito que voce fez isso! - Merda... Minha jaqueta preferida, - Suspirou tentando  não pirar com aquela situação. - Tomara que saia com sabão em pó!

Se 2D não estivesse naquele estado, o baixista abandonaria o seu ´´acordo de paz´´ e quebraria aquele serzinho insignificante no murro.

- Eu juro por satã que vou quebrar a sua cara quando você melhorar! - Falou furioso.

- Humm... - Meio grogue e com a garganta doendo, o máximo que Stu conseguiu falar foi alguns gemidos indecifráveis, estava zonzo com o que terminara de fazer.

Aos poucos, o vocalista sentia seus sentidos se perderem lentamente, aquela dor no braço era tão forte que ele não conseguia sentir mais nada, estava dormente, aquelas orbes queriam dormir. E tudo ficou negro, a moleza o chamou. 

- Mur... - Ouviu o cantor murmurar o seu nome antes de amolecer, desmaiando.

- Não cara, não apaga agora. - O fino suor escorreu pela suas costas indo em contato com a sua roupa. - Bem, é agora ou nunca. -

Posicionando o braço do azul ao redor de seu pescoço o colocou no colo com o intuíto de carregá-lo melhor. 

Respirou fundo para obter força, aquele moleque magricela pesava igual a um rinoceronte.

Não sabia o  porque, mas tinha a sensação de que aquela iria ser uma longa noite.


                                                                                                             ...

 

Com bastante dificuldade o esverdeado conseguiu carregar Stuart até a sua casa. Chegando na porta da casa, Murdoc chutou a porta três vezes. Russel abriu a porta pronto para dá um sermão no verde, mas ao ver Murdoc todo melado de vômito com 2D nos braços praticamente adormecido nos seus braços, o baterista abriu a boca em surpresa sem dizer uma palavras sequer.

- Mas que merda você fez agora? - Noodle sentada no sofá viu a cena horrorizada

- Saí da frente Bolo Fofo!

Russel saiu do caminho, Murdoc adentrou a sala deitando o azulado no sofá.

A nipônica correu em sua direção vendo uma boca ralada com diversos arranhões no seu rosto.

- Olha aqui... - Hobbs batia nervosamente o pé contra o assoalho, em busca de respostas. - É melhor você me dizer o que aconteceu, porque senão esse punho vai parar na sua cara. - Direcionou um olhar raivoso para ele.

- ESPERA! Não foi eu, nós estavamos... Aí ele...-

- DIZ LOGO QUE PORRA ACONTECEU! - Gritou impaciente, Noodle geralmente era uma pessoa bem calma, mas naquela hora não dava pra ficar tranquila. Sentiu uma tremenda vontade de cortar com a Katana aquela cabeça verde dele. ´´ Calma Noodle, calma...´´ , pensava tentando se acalmar, naquele momento não dava pra fazer aquilo, não agora. Não com 2D naquele estado.

- Se acalma macarrão, isto não foi culpa minha! - Tentava se explicar engolindo em seco.

- Não diga, e quem foi então?! - Ela falava entre dentes, não acreditando naquelas palavras.

- Antes que me culpe, nós discutimos e depois ele apontou uma arma para mim ficando no meio da rua, e então ele levou uma batida de carro.

Suspirou, seria dificil acreditar naquelas baboseiras vindas dele, tinha que escutar a outra versão da história por 2D, mas ele estava muito mal para isto.

- E  você o deslocou até aqui?

- Sim, eu não sabia o que fazer.

- SEU BAKA! NÃO SE PODE REMOVER UMA PESSOA DEPOIS QUE ELA É ATROPELADA!

- Desculpa tá, eu só queria ajudar!

  Se voltou para o vocalista. Não poderia perder tempo discutindo com aquele traste, tinha que tratar daqueles ferimentos o mais rápido possível, para evitar o pior.

- Tomara que ele não tenha levado uma fratura, isso poderia deixar sequelas graves. - Falou abrindo seu casaco e o tirando, procurando algum volume estranho por debaixo de sua camisa. Sem encontrar nada, só algumas marcas roxas, suspirou aliviada. - Ótimo, suas costelas estão intactas.

Olhou para os lábios inchados do rapaz que saiam estiletes finos de sangue que escorriam até seu queixo fino, Seu braço esquerdo estava com alguns hematomas espalhados, e cuidadosamente puxou o braço do azulado, a dor daquele movimento acabou arrancando um grito dele, 2D tossiu sem parar, aquela vontade de vomitar era presente naquele momento, arregalou os olhos, virando a cabeça para o lado, vomitou o que quer que fosse a mais que ainda havia em sua barriga. 

Todos não poderam ficar mais espantado com aquela reação repentina vinda dele. Depois do ato 2D retornou para a inconsciência, ainda hiperventilando.

Ao ter aquela visão na sua frente, Noodle reparou que começou a tremer sem parar.

- Droga, ele vomitou de novo. - Murdoc argumentou com os braços cruzados.

- Acho que seu braço não está legal, temos que levá-lo no hospital.
Sem perder tempo Russel o colocou cuidadosamente em seu colo o levando para o carro o mais depressa possível. Ambos seguiram apressados o Baterista, Stu gemia incessantemente, estava anestesiado, ele havia bebido demais.

No banco de trás, Noodle ficou do seu lado para aparar qualquer reação que viesse. Russel deu partida no carro a a viajem foi silenciosa, o trío não conseguia conter o nervosismo, e o único som era a da pesada respiração de Stu.

A garota entrelaçou as suas mãos com as dele.

- Aguenta Deeh, vai ficar tudo bem. - Sussurrou um pouco apreensiva, queria que ele ficasse bem, mas sua intuíção dizia o contrário.

Ele era muito importante para ela. - Eu prometo...


                                                                                              ...

 

Numa maca estava deitado um rapaz bastante pálido de cabelos estranhos desacordado, o garoto tinha na realidade uma certa beleza. Basiê, uma médica que prestava ajuda ao azulado naquele momento deduziu que ele possuia alguns traços de uma beleza doentia, uma beleza triste e suicida. Ela estava fazendo o último exame no rapaz para conferir se o acidente não havia deixado ossos quebrados ou alguma hemorrágia.

 Isto era bom, os resutados foram positivos em questão de doenças internas, mas havia algum problema que a mulher desconfiava que o cantor tinha. 


Depressão.

 

Bem, os amigos do rapaz havia lhe dito que ele tinha se atirado no meio da rua, e isto não era bom. Estava esperando ele se acordar para fazer o último exame, o psicólogico.

Aquele escuro do nada se clareou com as luz do hospital, ferindo a visão  com a luz, Pot se assustou com médicos em cima dele engessando seu braço quebrado, ele ainda estava bêbado, uma tontura interminável o deixava um pouco enjôado, sentia um gosto estranho doce na boca e sua garganta ainda estava doendo, juntamente com o braço, favorecendo ainda mais para aquela sensação ruim.

A dor era tão insupórtável que ele não se controlou e começou a gritar, ganhando atenção dos médicos ao seu redor. Com um olhar zonzo observou uma doutora ruíva se aproximar dele.


- Anestesia.
                                                                                                                ...

Os três estavam esperando sentados nas cadeiras do hospital, bem ansiosos por sínal. Noodle era a mais nervosa, esquecera os óculos escuros em casa e era possível ver os seus olhos vermelhos bastante inchados.

Se tudo acabasse daquela forma, não teria sentido para ela. Se 2D morresse, primeiro mataria Murdoc e depois choraria.

- O responsável do paciente Sturt Pot poderia me acompanhar? - Basiê falava com prontuário em mãos.

- Gente, eu vou. - A nipônica falava meio nervosa ganhando um sinal positivo vinda de ambos, se levantando em seguida em direção a médica que trajava um jaleco branco.

Fechando a porta atrás de si, ela se sentou numa cadeira, observando quieta enquanto a mulher também se sentava na cadeira de couro branco atrás da mesa.

- Boa noite senhorita, bem, desculpe a demora. - Ela olhou para os papeis que estavam jogados em sua mesa. - O exame geral do senhor Stuart saiu, e... Os resultados não foram posítivos.

- Então doutora, como ele está? - Noodle engoliu em seco, aquele comentário a deixou ainda mais preocupada.

- Não se preocupe com o estado físico de seu amigo, a única preocupação era o seu braço quebrado, mas cuidamos disto o mais depressa possível. - Basiê suspirou cansada. - A psicóloga conversou com ele, e, os resultados não foram bem positivos...
Noodle apenas escutava tudo atentamente.

- A senhorita pode me dizer se o seu amigo lida com depressão?

Ela se endireitou na cadeira, pronta para responder algo sem muita certeza.

- Bem, não sei... Faz pouco tempo que nos reencontramos... E desde então não prestei atenção nisso. Mas porque você está me perguntando isso?

- O estado da saúde mental de seu amigo é preocupante. O que foi dito para a psicóloga na outra sala é realmente assustador.
Aquilo era apenas mais informações sendo arquivadas na sua mente, a guitarrista sabia que 2D não estava bem, mas não esperava que ele estaria neste ´´ponto´´ de pior. 

- Ele vive sozinho?

- Sim.

- Soube que ele costumava ir para as consultas com uma psicóloga daqui, e de repente faltou em todas as consultas marcadas ...

- Como posso ajudá-lo?

- Faça com que ele fique sob sua tutela, faça ele Tomar os remédios periodicamente e incentive que o senhor Pot faça as consultas ao psicologo semanalmente... Ou senão o pior pode acontecer.

 - Farei o que poder.

- Eu sugiro isso.

Será que o seu Tootie estava tão mal assim?

A doutora anotava algo em um papel, possivelmente receitas de remédios para o azul,  Basiê entregou os papéis para a japonesa que sem hesitar pegou as receitas. Noodle já de pé, leu a receita médica com diversos calmantes, e medicamentos para a dor.

- Compre estes remédios numa farmácia mais próxima e faça ele tomá-los para que cure rapidamente o seu braço danificado.

- AH, sim... O senhor Stuart está meio desorientado com a anestesia que não fez muito efeito, até agora ele está acordado... Se ele demorar para dormir, ou se exaltar, dê este pó-de-sono para ele.

A nipônica e pegou algumas das amostras que estava na mesa. 


                                                                                                                       ...

 

Já era por volta da meia-noite e estava frio, o hálito congelava só de alguém abrir a boca. Stu abre os olhos, encarando o céu escuro aveludado da noite. Alguns minutos depois ele percebe que alguém está o carregando. Virando a cabeça para o lado Pot descobre que era o Russel.

- R-russ...? - Estica a mão tocando no rosto do baterista.

- Fala amigão...

- E-está doendo... - Falou um pouco rouco.

- Eu sei... Só descansa um pouco tá?!

O azul fita o chão por alguns segundos. - T-tudo bem... E-eu posso andar... - Falou com uma voz embriagada.

- Sem chance cara, aproveita o passeio e cala a boca.

Um sorriso cansado surgiu naquele rosto doentio, em seguida ele olhou para Murdoc e Noodle que estavam ao lado de Russel.

- Mu-murdoc...

- Que foi?

- Porque d-diabos você é verde?

Russel e Noodle caíram na gargalhada enquanto o baixista fuzilou o azul pelos olhos pronto para responder qualquer xingamento abusivo, mas desistiu de falar, estava muito cansado para isso.

- Por nada, eu só comi Picles demais. - Ironiza.

- Ahhh!!! - Em seguida deu uma risada estranha.

- Ei baby girl. O que ele tem? - O afrodescendente pergunta um pouco curioso por aquela atitude estranha vinda do cantor.

- Foi os remédios que deram a ele, depois o efeito passa.

- Ele assim está me lembrando os velhos tempos quando ele dizia coisas estúpidas e sem sentido.
Noodle abre a porta traseira do carro, o baterista o colocou no banco traseiro, ela permaneceu no banco de trás ao lado do azul, que encostou sua cabeça em seu ombro adormeceu sorrindo. 


                                                                                                                     ...

 

A nipônica não se impotava em dormir no sofá, pelo menos o vocalista estava bem, o pior  já havia passado.

A conversa entre a médica não saia de sua cabeça. Iria fazer o impossível para ajudá-lo. Noodle não era burra, e sabia que algo havia ocorrido entre 2D e Murdoc naquela maldita ilha. Deduzia que tinha sido algo ruim, muito ruim... E não mediria esforços para descobrir o que aconteceu. 

 Stu repousava em sua cama, a guitarrista deduziu que aquelas roupas que o azulado usava eram bastante desconfortáveis para dormir, decidiu tirá-las, sabia que o mesmo gostava de dormir com cueca. Arrancou a camisa dele sentindo de imediato o seu cheiro casual de tabaco com rosas enpreguinado no tecido.

Em seguida retirou os sapatos deixando as meias rosas no pé dele, sabia que aquela noite estava fria, então é melhor deixar no mesmo lugar. E por último tirou a calça do rapaz, escutando um grunhido vinda dele.

- M-mur...doc... Não f-faça d-de novo...

´´ Fazer o quê?´´, Pensou cerrando os olhos em confusão.

Sem aviso prévio ele pousou uma das mãos em seu membro, num sínal de proteção.  Na hora ela não entendeu direito, mas ao ver tal ato ela arregalou os olhos em surpresa um pouco indignada, deduzindo o que ele queria dizer.

- Dói, p-pára...

- Tootie, o que ele fez com você? - Noodle o chacoalha.- Ele te violentou?

Com os olhos semi-abertos ele afirma com a cabeça.

- Meu Deus... - Leva uma das mãos a boca. - Tootie, me diz o que aconteceu!

- S-só quero... D-dormir... - O azul sentiu o sono o chamando, e 2D deixou que o levasse.

Vendo que mais uma vez ele tinha apagado, a única coisa que Noodle fez foi cobrí-lo. Ela depositou um beijo delicado na testa dele, Abrindo a porta do cômodo ela parou para encará-lo.

- Boa noite Stu...

Noodle desceu as escadas bufando de ódio procurando Murdoc, dissera para aquele Capeta verde que não toleraria mais atrocidades. Invadiu com um chute na porta o quarto do baixista, ele não estava lá, pensou um pouco, ou aquele demente foi ao puteiro ou foi encher a cara. Tudo bem, amanhã ela iria pegá-lo de qualquer jeito.

- VOU MATAR ELE!
                                                                                                         ...


Notas Finais


O BIXO VAI PEGAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
AMO ESCREVER FICS, É degastante mas é legal.
até a proxima.
Se quiserem comentarem a vontade.


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