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História Blue strings (Larry Stylinson) - Amarras do passado


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Demorei um pouquinho, mas caprichei no capítulo ;)
A qualidade da imagem de capa não está tão boa, mas é uma fanart do Lou meio emburrado entregando uma flor pro Harry e eu achei que combinava muito com o capítulo. Vocês vão entender depois que lerem.
Boa leitura!

Capítulo 10 - Amarras do passado


Fanfic / Fanfiction Blue strings (Larry Stylinson) - Amarras do passado

– Você não pode terminar comigo, Louis Tomlinson. – Eu o encarei surpreso pelo tom até rude que Harry usou. – Você não pode simplesmente quebrar suas promessas assim. Eu te proíbo de me deixar. – Ele soou firme e decidido e simplesmente se levantou, indo em direção ao elevador.

Deixei uma nota sobre a mesa, para que pagasse nossos cafés intocados, e sai correndo atrás dele, o encontrando no corredor.

– Harry. – Eu o chamei em um tom controlado, para não chamar a atenção do hospital todo, mas ele continuou andando, então eu andei um pouco mais rápido, para alcançá-lo. – Harry, me escute por um segundo. – Eu disse assim que o alcancei, já na porta do elevador.

– Não, Louis, me escute você. – Era visível o quão irritado ele estava. – Eu não vou mais deixar você fazer tudo como quer, entendeu? Você não vai lidar com isso sozinho, porque isso não afetou apenas a você. Isso é um relacionamento, é um ato bilateral e eu estou cansado de ter minha vontade negligenciada. – Eu o encarava espantado por seu desabafo.

 O elevador chegou ele entrou, batendo o pé no caminho. Eu o acompanhei, chocado e até envergonhado por toda aquela situação. Fizemos o caminho todo em silêncio, eu cumprimentando as pessoas que passavam por mim brevemente e Harry batendo os pés impaciente.

Eu estava com a chave do carro nas mãos, mas ele as tomou de mim e foi para o banco do motorista, me esperando entrar no carro com uma expressão emburrada. Mal esperou eu fechar a porta, deu partida no carro e saiu dirigindo rápido.

– Harry... – Eu tentei novamente, mas fui cortado por ele.

– Olha aqui, Louis. Você prometeu que nunca me deixaria. Disse que sempre ia estar ao meu lado. Você é a única pessoa que sempre esteve ao meu lado. – Ele dizia bravo, enquanto dirigia rápido. – Você me protegia quando os garotos queriam me bater por ser delicado demais. Quando os comentários sobre nós se espalharam pela cidade e todos começaram a nos olhar diferente, você disse que tudo ia ficar bem. Quando minha avó disse que eu era uma aberração, você estava lá para me abraçar. Quando minha mãe disse que era melhor eu sair de casa e daquela cidade, você disse que viria comigo e enfrentaria o que fosse ao meu lado. Você me prometeu!

As lágrimas já rolavam por seu rosto e eu alternava minha atenção entre ele e a rua, já que sua direção se tornava mais perigosa a cada segundo.

– Eu prometi, Hazz. – Disse com calma, tentando achar uma saída para a situação. – Estacione, por favor.

– Para quê? Para que você saia do carro e me deixe sozinho como todos os outros fizeram? É isso que você quer fazer? Quebrar suas promessas e me abandonar? – Ele freou o carro bruscamente e eu ouvi uma buzina alta soar, enquanto um carro passava ao nosso lado, com o motorista xingando pelo vidro. – Por que as pessoas que eu amo me deixam? – Ele encostou a cabeça no volante, deixando as lágrimas rolarem soltas.

– Harry. – Eu chamei enquanto afagava suas costas, mas ele não ergueu a cabeça. – Amor, olhe para mim. – Ele negou com a cabeça.

– Não quero ter que olhar para você se tudo o que tem a me dizer é que vai me deixar.

– Eu não vou te deixar. – Levei minha mão até seu rosto, o virando para mim e usando o polegar para afastar uma lágrima que caia, embora fosse inútil em seu rosto completamente molhado. – Foi só uma ideia, porque eu achei que era isso que você queria. Talvez seja melhor para você viver um pouco a sua vida, fazer as suas coisas. Eu sei que estraguei muita coisa e...

– Cale a boca. – Ele foi rude de novo e eu me afastei assustado. – Pare de achar e decidir por mim! – Ele ligou o carro de novo e voltou a dirigir, dessa vez bem mais calmo. – Você quer que eu viva a minha vida? Que eu faça minhas escolhas? Ótimo. Eu escolho estar ao seu lado. Escolho ir ao psicólogo com você. Escolho entender o que acontece com você e também mudar para que nós dois possamos ter um relacionamento melhor. Porque é você que eu quero, Louis. Eu quero ter liberdade, quero ter liberdade para viver ao seu lado. É tão difícil assim de entender?

– Difícil vai ser ter que me controlar tendo você ao meu lado.

– Então vai me deixar porque assim é mais fácil? – Ele estacionou em frente ao nosso prédio e me encarou incrédulo. – Uau, Louis! – A decepção estava nítida em sua expressão. – Talvez você deva me deixar mesmo, se é assim que pensa. – Ele saiu do carro e eu revirei os olhos, indo atrás.

Eu ia me pronunciar assim que entramos no prédio, mas a senhora assustadora que nós tínhamos como síndica estava parada próxima à portaria e eu me calei, não querendo arrumar confusão com a mulher que me olhava feio.

– Sr. Tomlinson, podemos conversar?

– Não é um bom momento, Sra. Thatcher. – Eu tentei dispensar a mulher, mas ela parecia disposta a continuar.

– Eu vou aplicar uma multa a você. – Ela disse chamando minha atenção. – Eu não sei que tipo de coisas você e seu amigo fazem. – Ela deu ênfase na palavra, demonstrando todo o seu horror ao nosso relacionamento. – Mas os barulhos de ontem à noite foram inaceitáveis. Vocês não me deixaram escolha...

– Tudo bem, foi só uma festa. – Eu disse rápido, querendo encerrar o assunto e ir atrás de Harry, que já havia entrado no elevador. – Não vai acontecer de novo. Coloque essa multa na minha conta do condomínio que eu pago. Tchau e me desculpe, Sra. Thatcher.

Não dei espaço para a mulher voltar a responder, dei as costas a ela e fui em direção a meu apartamento. Misteriosamente, o lugar não estava bagunçado como quando eu sai dali e eu fiz uma nota mental de agradecer Liam, e provavelmente Niall, mais tarde.

– Harry? – Eu chamei o garoto que logo apareceu no corredor, saindo do quarto descalço e com os cabelos bagunçados.

Ele caminhou rápido até a cozinha e pegou uma das garrafas de vinho que guardava ali, abriu com um pouco de dificuldade, já que fazia tudo rápido, visivelmente transtornado.

– Harry, nós temos que conversar.

– Não, Louis! – Ele me interrompeu, tomando um grande gole do vinho direto da garrafa. – Eu não quero falar com você se tudo o que tem a me dizer é que vai me deixar. – Ele fungou e eu pude ver que o choro que ele segurava começava a se fazer presente. – Eu só quero esquecer que você disse aquilo. E eu vou.

Ele nem me deu tempo de pensar, veio em minha direção e tomou meus lábios de forma selvagem, nem me dando tempo de contestar. Suas mãos ergueram minha camiseta e eu deixei que ele a tirasse, cedendo a sua vontade. Desabotoei sua camisa e a deixei pelo caminho, já que ele me conduzia em direção ao quarto sem interromper os beijos.

Ele me empurrou em direção à cama, olhando para meu corpo de forma necessitada, enquanto tirava suas peças de roupa, ficando totalmente nu. Harry quase nunca tomava as rédeas da situação, mas quando o fazia era intenso, quente e fodidamente bom.

Ele deitou sobre meu corpo e passou a língua sobre meu mamilo enquanto em encarava, me fazendo soltar um gemido alto. Suas mãos trabalhavam rapidamente na tarefa de me livrar da calça, alisando provocativamente meu membro já meio desperto.

Desceu seus beijos pelo meu corpo conforme abaixava minhas peças de roupa restante, demorando-se na parte interna de minha coxa, onde depositou beijos molhados e mordidas antes de subir efetivamente a meu membro.  

Ele me encarava enquanto chupava seus dedos pervertidamente, o que me fazia suspirar em antecipação. Ele não quebrou a conexão entre nossos olhares nem quando se abaixou para abocanhar meu membro e chupá-lo lentamente, mas eu o fiz, pois me afundei no travesseiro, fechando os olhos e gemendo alto.

Senti o dedo de Harry acariciar minha entrada, enquanto sua boca trabalhava em movimentos cada vez mais rápidos em meu pau, e abri minhas pernas um pouco mais, lhe dando espaço. Ele introduziu dois dedos de uma só vez e eu mordi os lábios para ajudar a aliviar o desconforto.

Com o tempo, ele passou a alternar suas investidas, ora acertando minha próstata com seus dedos longos, ora chupando toda a extensão de meu pau, me causando sensações inimagináveis e gemidos extremamente altos, o que me fez gozar forte em sua boca.

Minha mente estava nublada pelo orgasmo recente, mas pude ver ele alcançar o lubrificante e umedecer seu membro, masturbando-se lentamente. Ele me pegou pela cintura e me virou sobre a cama, dando um tapa em minha bunda assim que fiquei totalmente de bruços, o que me fez gemer surpreso por sua ousadia.

Ele agarrou minha coxa direita e a ergueu, deixando-a ao lado de meu corpo e facilitando o acesso a minha entrada, que era acariciada por sua glande. Ele se enterrou em mim de uma só vez, gemendo junto comigo.               

Seus movimentos eram firmes, atingindo em cheio meu ponto de prazer. A mão que segurava minha coxa apertava forte minha carne, deixando a marca de seus dedos cravada em minha pele. Sua outra mão segurava minha cintura, auxiliando nos movimentos.

Ergui uma de minhas mãos de forma desajeitada em direção a seus cabelos, agarrando-os com força, beijando de lado e bem desajeitadamente o pescoço e rosto de Harry. Com minha mão livre, agarrei os lençóis, tentando liberar a tensão que só se acumulava.

Mais alguns movimentos firmes e certeiros e eu afundei meu rosto no travesseiro, gemendo abafado pelo tecido e gozando forte. Harry levou as duas mãos a minha cintura e aumentou o ritmo, prolongando meu orgasmo e explodindo em meu interior logo depois.

Ele caiu sobre meu corpo e manteve seu membro em meu interior, mantendo nossa ligação. Suas mãos enlaçaram-se nas minhas e ele as ergueu acima de nossas cabeças, deixando que elas repousassem ali.

Eu sentia seu coração acelerado bater contra as minhas costas e sentia sua respiração ofegante em meu pescoço, causando-me arrepios. A fina camada de suor de nossos corpos era a única coisa que nos dividia. E nesse momento eu tive a certeza de que deixa-lo foi a ideia mais estúpida que eu já tive em toda a minha vida.

Eu não sobreviveria um dia sem Harry e não pelo sentimento de posse que eu tinha em relação a ele, mas por uma coisa muito maior, por amor.

– Se lembra do dia em que nos conhecemos? – Ele quebrou o silêncio, saindo de cima de mim e rindo quando eu soltei um muxoxo triste pela falta de contato, o que o fez me puxar para junto de seu peito, me aconchegando ali e deixando nossas mãos unidas sobre a borboleta que ele tinha tatuada ali.

– Bom, nós nos conhecíamos fazia muito tempo, mas acho que está se referindo ao dia em que conversamos pela primeira vez.

– Sim. – Ele abriu um sorriso, brincando com nossas mãos unidas. – O dia em que você finalmente tomou coragem de vir falar comigo, mesmo que para me defender. – Ele riu baixo e eu me permiti apaixonar um pouco mais por ele. – Sério, Lou, eu ficava o tempo todo me perguntando quando você criaria coragem de vir falar comigo. Já fazia mais de um ano que nós ficávamos trocando olhares e sorrisos e eu sempre correspondia quando via que você estava olhando.

– Mas vir falar comigo, que é bom, nada, não é? – Eu rebati e seu sorriso se alargou mais.

– Eu não era um garoto popular, você sabe, eu não podia falar com garotos. – Ele fez uma careta ao se lembrar daquele período horrível em que sua família controlava sua vida de modo a conter sua sexualidade. – E não queria levar um não como resposta e quebrar o encanto de trocar olhares e sorrisos com você. Era bom.

– Ainda é... – Eu disse encantado, fixando meus olhos nos seus e vendo suas bochechas corarem.

– Você me fez a pessoa mais feliz do mundo o dia em que me defendeu daqueles garotos idiotas. Menos quando saio correndo quando eu lhe agradeci. – Nós rimos. – Eu estava lá, machucado, abrindo um sorriso meigo para te agradecer e você saindo correndo, me deixando falando sozinho. Meu mundo tinha sido destruído, nunca me senti tão triste na vida! – Murmurei um pedido de desculpas e ele selou meus lábios. – Você compensou quando voltou todo envergonhado, com aquela rosa na mão.

– Roubada do jardim do colégio ainda. – Eu ri. – Eu estava planejando há semanas a forma que falaria com você, aí aqueles garotos atrapalharam tudo e eu fiquei apavorado, sai correndo, mas me arrependi depois e voltei. – Ri de minha própria atitude.

– Foi o melhor presente que eu já ganhei, tenho guardada até hoje no meio do meu diário e aqui. – Ele apontou para seu braço, aonde uma rosa havia sido tatuada.

– Por isso eu fiz uma adaga para combinar, achei que seria mais real já que eu estraguei tudo... – Eu nem terminei de concretizar o raciocínio e ele me interrompeu.

– Pare, Louis. Agora não é hora de pensar nas coisas ruins, quero que pense nas coisas boas que vivemos, quero que relembre tudo de bom que aconteceu em nossas vidas. Quero que lembre de como foi o nosso primeiro beijo, debaixo da árvore mais escondida do parque e de como você estava nervoso quando me deu aquele beijo todo desajeitado. – Ele sorriu. – Quero que lembre como foi incrível andar de mãos dadas com você até a esquina da minha casa para que ninguém descobrisse. Quero que lembre que você nem conseguia olhar para o meu rosto quando me pediu em namoro, de tão envergonhado, e que eu te derrubei no chão de tanto te beijar e dizer sim. Quero que lembre que era você que estava do meu lado quando meu pai me bateu ao descobrir que estávamos juntos e que você sabia que eu não me importei tanto assim, porque deixar você nunca foi uma opção. Você deixou toda a sua família para trás para fugir daquele lugar comigo, e você tinha uma família de verdade, que te apoiava. Você não me deixou, mesmo quando todos o fizeram.

– Te deixar não é uma opção para mim também. – Eu o tranquilizei. – Foi uma ideia estúpida e você tem razão, se eu quero mudar, tenho que começar a perguntar a você o que você quer e não deduzir e fazer do meu jeito. – Afastei seus cabelos bagunçados do seu rosto para admirá-lo melhor. – É só que a ideia de machucar a pessoa que eu mais amo nesse mundo, é completamente dolorosa. – Eu coloquei uma mão em seu rosto, acariciando sua pele macia.

– Você não vai me machucar, Lou. – Ele juntou sua mão à minha que descansava sobre sua bochecha. – Você vai se livrar de todas as suas inseguranças e medos e nós vamos nos amar. Nós vamos aprender um com o outro e vamos superar isso.

– Eu estou com medo. – Encostei minha testa na sua e fechei meus olhos, sussurrando as palavras. – Tenho medo de te fazer infeliz, medo de não conseguir melhorar e mais medo ainda de te perder.

– Você não irá. Eu estarei aqui para você como você sempre esteve para mim. Você ajudou a liberar as amarras que me prendiam àquela cidade e àquela vida infeliz e retraída que a minha família me forçava a ter. E eu vou te ajudar a se libertar das amarras que te unem a essas inseguranças. Nós dois finalmente seremos livres, Lou.  


Notas Finais


Estão surpresas? Eu imagino que sim, porque várias de vocês acharam que os dois iriam se separar mesmo, mas o objetivo aqui é mostrar como eles vão superar isso juntos, por isso eu não poderia separá-los.
Eu também abordei bastante o início do relacionamentos deles e o passado dos dois. Eu já tinha dado umas indiretas nos capítulos anteriores, mas espero que tenha deixado tudo mais claro nesse.
Eu não gosto muito de alterar as personalidades dos personagens em fanfics, por isso me doeu fazer a família do Harry como homofóbica e essas coisas, mas eu precisava fazer pelo bem do enredo da fic. Mas me desculpe tia Anne, Des, Gemma e demais Styles, eu amo vocês <3
E aí, decepcionadas ou aliviadas pelo relacionamento dos dois continuarem? Dúvidas sobre o passados dois dois? Me contem ;)
XO


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