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História Blue strings (Larry Stylinson) - Estopim


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Eu sei que demorei, mas tenho sempre que pedir para terem uma super paciência comigo, eu tô bem ocupada esses dias e tenho três fics para atualizar, estou tentando adequar as atts da melhor forma possível. Tenham paciência e não desistam de mim <3
Boa leitura!

Capítulo 7 - Estopim


Fanfic / Fanfiction Blue strings (Larry Stylinson) - Estopim

Diferente de todas as outras vezes em que eu tinha que ligar para Louis para avisar e vergonhosamente pedir permissão para ir a algum lugar, hoje eu apenas mandei uma mensagem a ele, informando que iria sair com alguns amigos do teatro e que não demorava.

Eu estava tremendo enquanto digitava as poucas palavras e fiquei receoso antes de envia-la, mas juntando toda a coragem que ainda estava em mim, eu a enviei. Não demorou dois minutos e meu celular estava tocando com “amor” brilhando na tela.

– Oi, Lou. – Tentei soar animado, embora eu estivesse amedrontado.

– Você vai sair de novo? Achei que essa noite seria só nossa. Aliás, por que me mandou mensagem? Por que não me ligou? – Ele disse tudo muito rápido sem ao menos me cumprimentar.

– Eu achei que você estaria em aula, não quis incomodar ou te atrapalhar.

– Você nunca me incomoda, Harry. – Abri um sorriso mínimo. – Mas por que quer sair hoje? Você já saiu ontem, não foi o suficiente? Quem vai? Eu posso ir? Vem pra casa, estou com saudades... – Meus ombros pesaram, mas eu senti uma mão sobre ele, e os olhos azuis de Niall me fitaram compreensivo, me dando força.

– Nós tivemos um dia difícil no teatro hoje, então Nick achou que seria bom sairmos e nos unirmos como uma equipe, para dar mais química e entrosamento no palco.

– Quem é Nick?

– O amigo de Niall, lembra? O de ontem.

– Niall está me saindo pior do que a encomenda. – Louis comentou baixinho e eu senti meu corpo reagir negativamente a seu comentário.

– Louis, não se meta mais na vida dele e deixe o Liam bem longe dele, entendeu? – Niall continuou a me fitar.

– Tá bom. – Ele disse contrariado. – Mas sério, Harry, vem para casa. Nós podemos pedir pizza e ficarmos na cama vendo filmes românticos. – Seu tom de voz era brando e eu estava quase aceitando quando Nick apareceu.

– Eu não posso, Lou, fazemos isso amanhã, ok? Eu tenho que desligar já estamos indo.

– Harry, espera! – Ele quase gritou e eu me mantive na linha por mais uns segundos. – Aonde você vai? Com quem? Amor, por favor, vem pra casa. – Ele já estava implorando.  

– Eu não posso, Lou, isso é importante pra mim e para minha carreira. Eu não sei aonde vamos ainda. Tente entender. Eu vou indo, te amo.

– Harry! Harry!

Eu ainda pude escuta-lo chamando por mim antes de desligar e tive que juntar toda a minha força de vontade para não voltar para casa. Então simplesmente dei um sorriso triste para Niall e Nick e os dois me puxaram para longe do teatro.

Eu caminhei ao lado de Niall, com as mãos no bolso e o pensamento distante. Os outros pareciam em um ritmo totalmente diferente, rindo e brincando durante todo o caminho. Só fui desperto de minhas preocupações quando Jake parou a meu lado.

– Que milagre é esse que fez o queridinho Harry Styles se juntar a nós meros mortais. – Ele provocou e eu revirei os olhos.

– Não enche, Jake. – Niall revidou.

– Seu namorado sabe de seu caso com o Horan? – O garoto continuou a destilar seu veneno. – Porque ele me pareceu bem ciumento quando eu o conheci. – Ele deu de ombros como quem explicava seu ponto de vista. – Ele fez questão de deixar bem claro que eu jamais encostaria em você.

– O que? – Eu o encarei surpreso e senti todos os olhares sobre mim.

– Não liga pra ele, Harry. – Perrie interveio. – Seu namorado só disse a todos nós que vocês estavam juntos e que não era pra ninguém tentar nada com você. – Ela tentou amenizar.

– Diga por você. – Jake continuou. – Eu realmente me senti ameaçado. – Vi algumas pessoas concordando com a cabeça.

– Ele falou com todos vocês? – Eles assentiram e eu senti meu coração e apertar. – Oh meu Deus! – Levei as duas mãos à boca. – Eu não fazia ideia, me desculpem!

– Louis está passando por alguns problemas. – Nick passou os braços por meus ombros. – Mas nós já estamos resolvendo tudo. – Ele sorriu para mim e eu assenti receoso.

Fizemos o resto do caminho trocando poucas palavras e eu já estava preparado para entrar no pub que sempre íamos quando Nick me puxou.

– Vamos ao outro lado da rua hoje, H. – Ele piscou para mim e eu o segui confuso.

– Por que?

– Achamos que seria melhor irmos a outro lugar. – Niall respondeu. – Caso Louis vá até lá.

– Então seria bom se ele me encontrasse, não acha? Assim ele veria que não há nada demais.

– Não, Hazz. – Niall disse compreensivo. – É melhor que ele não te encontre e que você chegue em casa sozinho, como deve ser. – Ele afagou meu braço e eu suspirei, me sentando a seu lado.

Não demorou muito para a animação tomar conta do lugar, conforme as cervejas eram consumidas, as histórias engraçadas eram contadas e tudo parecia leve, como deveria ser, já que trabalhávamos juntos há um tempo considerável.

Eu estava realmente me divertindo quando senti Niall apertar meu braço, indicando com a cabeça o lado de fora do local. Paralisei ao ver, pelo vidro, Louis do outro lado da rua, parado em frente à porta do local que sempre frequentávamos. Me levantei de abrupto, indo mais próximo da vitrine e Niall e Nick fizeram o mesmo.

Eu encarava o garoto do outro lado da rua, que estava olhando para a porta do lugar como se travasse uma batalha contra si mesmo decidindo se entrava ou não. Ele bufou uma última vez, passou as mãos sobre os cabelos e entrou.

Não demorou muito e ele saiu, estando de volta à calçada ainda mais transtornado do que estava quando entrou. Ele olhou para os dois lados completamente perdido, olhou para onde estávamos, mas não pareceu nos ver, já que continuou a passar as mãos sobre os cabelos e ofegar.

Eu senti uma lágrima escorrer por meu rosto e ameacei ir até lá, mas fui contido pelos outros dois.

– Ele não está bem. – Eu disse aos dois enquanto lutava para me esquivar de seus braços. – Vocês estão vendo! Me deixem ir até ele, me deixem acalmá-lo. – Novas lágrimas rolavam por meu rosto.

– Você vê agora que ele não está bem? – Nick perguntou enquanto me encarava. – Você tem que encontrar outra forma de ajudá-lo, Harry. Você não pode servir a ele para o resto da vida, não dessa forma.

– Ele precisa de uma ajuda profissional. – Niall murmurou próximo a mim. – Eu andei pesquisando alguns psicólogos especialistas nisso, tem como ajuda-lo da forma certa, Harry.

– Vocês nem sabem se realmente tem algo errado com ele. – Eu tentei argumentar, embora fosse visível que ele estava mal.

– Harry, pare de negar. – Nick revidou. – Será pior para você e muito pior para ele. Você está vendo que ele não está bem, ele parecia à beira de um surto.

– Então me deixem controla-lo!

– Nós vamos, mas não aqui. Vá para casa, converse com ele lá.

Eu procurei Louis do outro lado da rua, mas ele não estava mais ali, olhei em todos os cantos, mas ele já havia ido. Me sentei em uma das cadeiras próximas à entrada e apoiei minhas mãos sobre o rosto.

– Como eu deixei chegar a esse ponto, Niall?

O loiro não respondeu, apenas se sentou a meu lado, fazendo carinhos em minhas costas. Eu decidi que já era hora de ir embora pouco tempo depois, voltei aos amigos ali reunidos e me despedi de todos, recebendo olhares compreensivos e até de pena por parte deles.

Niall se propôs a ir para a casa comigo, embora eu tenha insistido para que ele ficasse, mas ele disse que tinha um jogo importante hoje e que queria ver em casa, já que seu sofá dava sorte, o que até me fez rir em meio a tantas perturbações.

Ele me deu um abraço no elevador, antes de me deixar sozinho para encarar Louis. Me disse que estaria ali caso precisasse e eu agradeci por ter um amigo tão bom e tão próximo a mim.

O caminho até a porta do apartamento pareceu curto demais, talvez porque eu estava sem coragem para encarar meu namorado e a ideia de não vê-lo parecia ainda mais assustadora. Eu senti meu coração bater acelerado e quando finalmente abri a porta, paralisei.

Ainda no corredor eu pude ver a bagunça em que o local estava. A mesa próxima à porta estava no chão e nossa foto que ficava sobre ela estava perdida em meio a cacos de vidro. Caminhei lentamente até a sala para encontrar um cenário ainda pior.

Algumas cadeiras da mesa de jantar estavam caídas, havia plumas e pedaços de tecido espalhados pelo chão, os restos das almofadas que enfeitavam o sofá. Alguns livros, assim como o abajur e algumas fotos também estavam espalhadas pelo chão.

O caos havia se instalado no local.

No canto da sala, encolhido próximo à janela, estava Louis. Seus cabelos estavam bagunçados como se ele tivesse os puxados com uma força extrema, seu olhar estava vago e seu rosto estava molhado pelas lágrimas.

Sua aparência era o retrato de sua obsessão.

– Louis... – Eu sussurrei com a voz fraca, parecendo tira-lo de seus pensamentos e olhar para mim.

– Por que você fez isso comigo, Harry? – Sua voz era carregada de dor e eu senti a ardência típica do início do choro.

– Meu amor. – Eu caminhei até ele, mas ele se levantou rápido, caminhando para longe de mim e fazendo meu coração se quebrar.

– Amor? Não venha me falar sobre amor. – Seu tom de voz havia mudado. – Não venha falar sobre amor quando eu dedico minha vida a você e você agradece me traindo com sei lá quem. – Ele acusou quase gritando.

– Trair? Louis, eu estava com amigos...

– Amigos... – Ele debochou me interrompendo. – Você sai por dois dias seguidos e vem me falar que não estava me traindo. Você acha que eu tenho cara de idiota? Eu fui atrás de você, Harry. Você não estava no lugar que sempre vai com Niall, essa história toda de sair com o pessoal do teatro é mentira, eu sei que é. Vocês mal se falam, eles te odeiam, todos te odeiam, nem sua família te ama. – Ele esbravejou, trazendo fatos sobre o passado de volta, me destruindo de uma forma que eu nunca seria capaz de imaginar que ele faria. – Mas eu te amei, Harry. Eu estava ao seu lado. E o que ganhei com isso?

– Louis, para... – eu disse fraco, com a voz embargada pelas lágrimas, caminhando até ele. – Eu te amo, você sabe disso.

Eu o abracei, mas diferente das outras vezes, ele não me abraçou de volta. Uma de suas mãos puxou meu braço para longe dele, apertando meu pulso com força, a outra segurou firme em meu maxilar, fazendo-me encará-lo.

– Você me amou enquanto estava com outro? Você pensou no quanto me amava enquanto me destruía dessa forma? – Seus olhos estavam escuros, com uma expressão doentia.

Ali, naquele momento, dominado por um sentimento desconhecido, não era o meu Louis.

– Você está me machucando. – Eu murmurei sentindo seu aperto se tornar cada vez mais forte.

Ele me encarou por breves segundos e pareceu acordar de um transe enquanto encarava meu rosto dominado pela dor, pois ele me soltou de repente, olhando assustado para suas próprias mãos.

– Sai daqui, Harry. – Ele falou com a voz fraca, caminhando para longe de mim.

– Me deixe te ajudar, meu amor. – Eu tentei me aproximar novamente.

– Sai de perto de mim! – Ele gritou, me afastando de vez.

Eu sai do apartamento às pressas, andando sem rumo até a porta e quando estava no elevador pude ouvir o grito enlouquecido de Louis. As lágrimas rolavam soltas por meu rosto e eu não segurava os soluços de meu choro.

Foi nesse estado que eu bati à porta de Niall e fui prontamente recebido por um abraço. Ele me conduziu ao interior do apartamento e deixou que eu chorasse o quanto quisesse e eu o fiz por muito tempo, até que voltasse a me acalmar e pudesse ao menos falar.

– Você quer me contar o que houve? – O loiro, que acariciava meu braço, enquanto eu tinha minha cabeça deitada sobre seu ombro, disse quando julgou que eu já estava em condições de falar.

– Meu Louis, Niall. – Eu disse forçando a voz que estava fraca. – Meu Louis precisa de ajuda. 


Notas Finais


Foi o capítulo mais pesado até aqui e será o capítulo mais pesado de toda a fic. Eu precisava de um momento assim para fazer o Lou e o Harry verem o quanto isso é prejudicial aos dois.
Eu tentei demonstrar da melhor forma possível o descontrole e o surto do Lou e espero que tenha ficado claro que ele estava movido por um sentimento de possessão e obsessão muito forte, que o fez perder totalmente a cabeça.
Eu sei que é difícil imagina-lo assim, ele é um bolinho de amor e fofura, por isso não desistam de mim e continuem aqui, ele vai começar a melhorar a partir de agora.
No mais, espero que tenham gostado.
XO


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