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História Blue whale... - Ele esta digitando...


Escrita por: frigideira_pan

Notas do Autor


Hoi... B-bem desculpe... N-não ter postado...e... E-espero q estejam... gostando da fic

B-boa leitura...

Capítulo 7 - Ele esta digitando...


Fanfic / Fanfiction Blue whale... - Ele esta digitando...

Mais e mais pesadelos, eu não parava de tê-los. Todos giravam em torno da mesma coisa, Adam, seu nome ficou gravado na minha memória e se recusava a sair.

Não sei a quanto tempo estou deitado no chão, não sei a quanto tempo minha cabeça dói, só sei que agora é a hora.

Me levanto e vou até a mesa, com a lâmina faço pequenos cortes e depois vou forçando mais a lâmina sobre minhas veias azuis que se destacavam em minha pele branca.

- 2D?! – Murdoc chuta a porta adentrando no quarto. - Que merda faz aqui o dia todo?! Temos ensaio. – Ele pega no meu pulso indo continuar sua bronca. -Mas que... – Ele olha para o sangue que escorria e fazia um caminho pela sua palma verde. Penso que ele tenha hesitado por um momento. – Seu idiota, não é assim que se faz! – Ele me puxa até o banheiro ainda com suas mãos pressionado meu pulso.

Ele fecha a porta da sanita e olha para mim de uma forma que eu não sei o que significou. Ele aperta meu pulso fazendo o sangue descer com mais intensidade.Eu podia sentir minha veia sendo espremida para fora dos meus cortes, era uma sensação agonizante, eu queria me soltar de seu aperto, mas estava muito fraco para isso.

Quando minhas pernas já estavam bambas Murdoc para e me solta e com meu sangue faz um pentagrama.

Minha mente fica distante, eu toco meu pulso mas logo afasto minha mão do mesmo. Eu estava agoniado com o sangue que até então nunca havia me incomodado, eu queria poder fechar meus cortes e pensar que nada aconteceu.

Com a minha mente lúcida eu volto quando sinto um toque em minha mão, o verde pega minha mão com uma expressão não tão severa como de costume chegando até a ser agradável.

- Não corte aqui...- Ele fala enquanto sobe seu olhar ao meu, quando nossos olhares se cruzam ele rapidamente solta minha mão e volta a sua postura normal. – Se quer morrer corte na vertical porra, assim não tem como costurar! – Ele coça a cabeça nervoso, o verde pega na minha mão de novo dessa vez sem ter o mesmo toque que senti a segundos atrás. – Vamos começar logo isso. – Não me lembro do que aconteceu, minha memória foi cortada, só voltei a mim quando estava na sala vendo tv junto a Noodle.

Estava de manhã, eu não sentia tontura, por algum motivo eu fiquei calmo, na paz, como se todos os meus problemas tivessem sumido, até que me lembro de tudo. Olho para meu pulso e me acalmo um pouco, a sensação pós corte ainda não havia passado, isso era bom, significava que eu não teria que fazer mais danos tão cedo.

Meu celular que eu não sabia que estava no meu bolso vibra

Desconhecido-vamos?

Vamos o que? Eu não entendia, eu não queria jogar, eu apenas ignorei, mas logo recebo outra mensagem.

Desconhecido- pq se corta?

Meu coração para, uma pergunta direta assim afeta mais do que te descobrirem. Meu peito doía e eu sinto meu sangue descer pelas costas, não tinha como acontecer algo mais repentino e aleatório do que isso.

- Como sabe? – dígito devagar e apreensivo.

Talvez tivessem câmeras? Não, isso seria idiotice, mas como essa pessoa poderia saber sobre isso? Talvez um trote?

Desconhecido- eu sei de muitas coisas

Desconhecido- pq n conversamos mais?

Desconhecido- gosta de séries?

- sim eu gosto

Desconhecido- eu TB! Minha preferida é aquelas com os zumbis.

Eu gostava de zumbis, mas preferia múmias.

-Sim ela é muito boa.

Nós ficamos conversando sobre diversos assuntos, mas ele tinha um amor platônico por baleias o que era estranho, mas era até divertido falar com alguém que sabia meu segredo.

Se tornou rotina falar com o desconhecido, e cada vez mais eu e ele nós abrimos como coisas como “tomo remédios para a calma, tenho depressão, eu também me corto” essas coisas normais.

Os dias eram chatos e monótonos mas a chama de conhecer aquela pessoa que eu já considerava um amigo me fazia levantar de manhã.

Desconhecido- como vai?

-Bem, eu vc?

Desconhecido- n vc n está bem, n minta para mim.

Pelo menos havia alguém que eu poderia compartilhar meus pensamentos doentios.


Nós estávamos preparando nosso álbum novo, mas eu estava com uma ideia na cabeça e queria usá-la.

Eu apaguei com o fim do dia, apaguei

Com o fim do dia, apaguei

Com o fim do dia, apaguei

Apaguei, apaguei, apaguei

Eu estava apagado

Ela me deu o pó do sono

Eu estava apagado

Apagado, apagado, apagado

Eu apaguei com o fim do dia, apaguei

Com o fim do dia, apaguei

Com o fim do dia, apaguei

Apaguei, apaguei, apaguei

Eu estava apagado

Meu desejo de desaparecer ficava cada vez maior e eu isso saiu fácil de mim quando toco a caneta no papel. Fico satisfeito de uma forma melancolia com o resultado, com o papel em mãos vou até a banda para mostrar-lhes a música.

Eles estavam na sala vendo tv, eu me aproximo e entrego a Russel que nas primeiras estrofes já mostrava um olhar preocupado, mordo meu lábio inferior preocupado enquanto todos olhavam atentos às letra.

- Amigão eu... Você...- O gigante parecia não achar as palavras certas. – Tudo bem com você? – Ele perguntou com o semblante preocupado

- ? Hamm. - Levanto as sobrancelhas confuso. - Sim e você?- Digo sorrindo sem entender.

- Não, quero dizer sim, estou bem. – Ele sacode a cabeça se atrapalhando nas palavras. – Você está bem? – Suas palavras surgiram com mais força e impacto, senti que elas queriam uma resposta melhor do que um simples “sim”, mas eu não sabia, não sabia se estava bem, na verdade eu nem sabia a onde estava.

Abri a boca com a intenção de respondê-lo, mas nenhum som saiu. Fiquei nessa situação por alguns segundos até que meu celular vibra.

- Mensagem. – Mostro o celular para Russ que assentiu com a cabeça e cruzando os braços chocou suas costas ao sofá.

Desconhecido- oi...

- Oii oq foi?  :O

Desconhecido- só queria conversar com alguém.

- Pode falar

Desconhecido- sou triste me corto e faço visitas frequentes aos psicólogos, n consigo namorar, não tenho amigos...

Eu estava preocupado com a onde ele queria chegar.

Desconhecido- sou um lixo, inútil, e hj é o dia

-Dia?

Desconhecido-Dia que tudo vai acabar

Eu não entendia o que ele queria dizer com isso, mas ele estava diferente do costume, ele na maioria era feliz e sorridente e um pouco psicótico, pelo menos passava isso.

Desconhecido- tenho 19 anos e já perdi o sentido, o prazer, o gosto em qualquer coisa.

Eu não gostava de falar com pessoas mais novas que eu, não de uma forma tão profunda, e a diferença de idade nossa era gigante.

- N fala isso, vc é demais eu gosto de vc

Desconhecido- Vc gosta mesmo de mim? Oq faria se eu morresse hj? Na vdd... Vc tem 10 minutos

-Para oq?

Desconhecido-Para me fazer desistir

-lol para de me zoar :P

Ele não se parecia com a pessoa  o que eu conversava, parecia até um outro alguém que roubou o celular dele. Eu não estava acreditando pois ele poderia apenas estar brincando comigo, mas....

Ele manda uma foto de seu braço, ele estava mutilado, tinha a forma de alguma coisa, que não reconheci pelo sangue que escorria e fazia uma poça imensa no chão que tirava minha atenção do desenho no braço.

Meu rosto já branco e meu estômago quase me fazendo vomitar não me ajudaram na hora de digitar. Falei algumas coisas motivadoras, coisas que eu ouvia de amigos e também em filmes

Desconhecido-Não... Esse n é vc, esse é o robô que todo o mundo é!

Eu estava em pânico, nunca havia lidado com uma situação de vida tão próxima de mim, tão dependente de mim, um passo em falso e ele morria.

Eu mordia meu lábio tentando pensar em algo para falar, meus dedos tremiam sobre o teclado que as vezes eu digitava coisas como “olha eu não sou bom nisso” “ me desculpe” mas eu sempre apagava e ficava olhando fixamente para o teclado branco a onde a seta ficava piscando na mesma intensidade do meu coração.

Desconhecido- Seu tempo acabou.

Se houve um minuto de silêncio, ele não digitava e nem eu , após alguns segundos eu já tinha ficado mais calmo pois poderia ser apenas um trote , mas esse sentimento foi abafado quando ele me manda uma foto.

- O-o que e-eu fiz...- Coloco a mão sobre a boca enquanto tremulo seguro o celular. Na foto estava ele deitado no chão com muito sangue em volta e cortes na vertical, estava assim nos dois braços.

Murdoc tinha razão, para morrer bastava apenas mudar o ângulo dos cortes, eu poderia ter me matado e nem saberia.

Depois que minha fixa caiu eu me agacho me encostando na parede, eu continuava olhava para a tela.

Desconhecido-opss

Desconhecido-acho que ele exagerou.

Desconhecido-vc devia ter falado algo.

Uma foto em seguida foi mandada, era um homem um pouco familiar com um sorriso satânico no rosto tirando uma self que mostrava apenas do nariz para baixo.

Desconhecido- esse sou eu.

Por alguns segundos eu me questionei se não devia ligar para a política por ser um possível assassinato, mas me lembrei que a pessoa tinha cortes e cicatrizes, ou seja, não tinha sido “ele” que matou o garoto, mas por que estava lá? Por que não o impediu?

Eu tinha muitas duvidas e depois olhando para foto novamente eu notei o que estava fazendo. Estava tratando uma morte como algo normal! Era a vida de alguém! Essa pessoa tinha sonhos! Família! Objetivos! Não era um boneco, isso não é um filme , anime ou um seriado que quando acaba todos voltam para casa felizes, era a vida real e essa vida me assustava apartir desse dia comecei a ter pavor de viver.

Ele continuou a me mandar mensagens, mas eu não as vi e nem respondi, mas toda vez que eu escutava o barulhos de notificação meu coração apertava.

----Quebra de tempo----

Era de noite, eu me deitei na cama com o meu pijama longo e grande e me acomodei, minha tranquilidade e sono foram acabadas com a vibração do meu celular, com receio pego ele, era ele...

Ele tinha me mandado 20 mensagens, eu estava com medo, queria ajuda, mas não poderia contar para ninguém.

Desconhecido- Hey! Nós n éramos amigos? :(

Desconhecido- amigos se ajudam, fale cmg PF

- Oq quer ?

*Desconhecido está digitando*... 

Desconhecido- só conversar, já somos amigos a bastante tempo então vou te chamar de 21

Ele manda um print com o número do meu contado salvo como 21.

Eu adiciono seu número colocando o nome de “ele”

Ele me dava medo, mas se eu parasse de falar com ele as coisas podiam piorar. Mesmo sabendo do que ele fez e o quão mau e desumano ele era, eu odeio admitir, mas no fundo do meu peito eu estava feliz por ter alguém para falar.

-Somos amigos?

Ele- somos é claro

-Podemos Passar a noite falando?

Ele-Mas é claro, eu TB tenho várias coisas para te falar da série nova q estou vendo.

Eu engulo em seco enquanto sinto meu olho arder e se encher de lagrimas.

-Eu tb tenho varias coisas para falar.

A luz do celular era como um raio de luz no quarto escuro, eu me viro na cama ainda com o celular em mãos. Meu peito estava apertado eu queria parar de falar com ele, mas eu não podia, me sentia preso, indefeso, minhas lágrimas eram de medo, medo de tudo, eu estava com medo de viver...

*Ele está digitando*...


Notas Finais


O-obg por ler...
Boa tarde...


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