História Blue whale... - Você é confortável...

Quando volto a mim eu estava sentado no sofá da sala, não sabia como havia parado ali, mas eu só sabia que não me importava.

Noodle e Russel discutiam sobre a nova casa, meu celular vibra me fazendo voltar a ter aquela aurea estranha envolta de mim.

Ele- oiiii, ta fazendo oq?

- Nada de mais so-

Murdoc rouba o celular de mim me impedindo de enviar a resposta.

- 2D TIRA A MERDA DA CARA DESSE CELULAR! – Ele grita enquanto afasta o celular de mim.

- M-mas. – Vou em direção do satanista a fim de pegar o aparelho.

-SEM MAS! – Ele grita me fazendo encolher e brincar timidamente com meus dedos. Murdoc suspira e muda sua afeição para uma mais gentil.

----P.V.O narradora----

– Depois eu te devolvo, mas hoje sem isso ok? – Murdoc explica com delicadeza como se falasse com uma criança prestes a desabar em lágrimas. 2D assentiu com a cabeça, isso fez o verde dar um sorriso involuntário sentindo seu coração melhorar um pouco. – Bom garoto. – Stuart que ainda estava de cabeça baixa recebe do satanista um afago em seus cabelos azuis. Murdoc era mais baixo que o 2D, então mesmo de cabeça baixa o verde ainda precisa usar seu coturno(que tinha um “salto”) para fazer o carinho no garoto.

Stuart não admitia, mas as palavras “bom garoto” deixavam em seu rosto um sorriso bobo que mostrava suas janelas nos dentes.

----P.V.O Stuart pot----

- Então... P-para a onde vamos? – Pergunto ao verde que se aproximou pondo seu braço envolta de mim, eu tinha que ficar um pouco encurvado para podermos ficar assim.

- Ver nossa nova casa//estúdio. – Ele fala com um pouco de entusiasmo e com um sorriso que mostrava seus dentes afiados que me atraiam e me deixavam com pensamentos lúcidos. – O que foi? -Ele me pergunta me deixando surpreso, eu balanço a cabeça em sinal de “nada”. – Sorria Stu vai ser divertido. – Ele aperta minha bochecha enquanto fala e logo meu rosto esquenta, minha febre junto com dor de cabeça volta.

Eu não me lembrava se tinha tomado meu remédio, eu não me lembrava de mais nada depois de ter ido dormir chorando. Murdoc se afasta de mim indo até Noodle falar sobre a viajem.

- Parece que o 9/10 quer ficar c o 0/10. – Diz Russel que estava atrás de mim.

- O-o que? – O olho confuso com as sobrancelhas levantadas.

- Hahaha, nada não irmão. – Ele da uma risada se afastando e indo até os outros 2.

---Quebra de tempo---

Estávamos na vãn de Murdoc (autora: n-não me lembro se é uma van m-mesmo...d-desculpe) A viajem estava calma, apenas uns bons rocks na rádio faziam aquilo ficar mais melancólico.

Eu não conseguia dormir, minha cabeça estava funcionando como engrenagens, cada uma com uma ffunção, todas indo bem veloz e fazendo um barulho irritante em minha temporada que doía.

O barulho do impacto das engrenagens entre si estava cada vez mais alto, eu estava quase sentindo que iria explodir até que...

Tudo para, no meu ombro eu sinto algo quente, todo o som parou, eu não escutava mais as engrenagens, elas haviam sumido. Devagar olho para meu ombro a onde se tinha um pequeno monstro encostado a mim, em um sono profundo.

- M-Murd...- Tento chamá-lo mas Noodle me repreende colocando seu dedo no lábio em sinal de silêncio.

Eu olho para o verde, tinha uma expressão que eu nunca havia visto, seus cabelos negros estavam bagunçados em meu ombro, coloco minhas mãos sobre meu colo e fico brincando com meus dedos.

I could stay awake just to hear you breathing

Watch you smile while you are sleeping

While you're far away and dreaming

I could spend my life in this sweet surrender

I could stay lost in this moment forever

Well, every moment spent with you

Is a moment I treasure

Don't wanna close my eyes

I don't wanna fall asleep

'Cause'Cause I'd miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

'Cause'Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I'd still miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

“I wanna miss a Thing” era o único som que eu escutava agora, meu peito se enchia com a melodia.

Murdoc se ajeita em meu ombro e eu sinto seu calor me aquecendo. Eu olho para o verde, mas desvio meu olhar com medo, mas vejo que ele realmente está dormindo e começo a passear meus olhos pelo seu rosto. Russ e Noodle começam a cantar a música me tirando a atenção de murdoc e indo a música.

- “Não quero fechar os olhos”. – Noodle cantava o refrão e Russel a acompanhava, olho para frente olhando aquela estrada sem fim, dou um sorriso, olhando para frente me junto a cantoria.

- “Não quero pegar no sono”

“Porque eu sentiria a sua falta, baby”

“E eu não quero perder nada... “

Nós cantamos a viajem toda, quando finalmente chegamos nós estávamos terminado de cantar outra música qualquer.

Murdoc se levanta e se espreguiça dando um bocejo. Ele olha para mim percebendo que estava encostado em mim, meu rosto cora e eu mexo envergonhado com minhas mãos. O verde da um tapa em meu ombro enquanto sai do carro.

- Você é confortável. – Ele sussurra tão baixo que eu penso que foi minha imaginação.

A casa ficava quase escondida pela quantidade de prédios envolta da pequena moradia de madeira. Ela tinha 2 andares, era o bastante para nós 4 . Era de uma madeira escura e tinhas grandes janelas.

Nós adentramos na casa e em questão de segundos nós já havíamos colocado todos nossos velhos móveis nela.

- Amanhã aqui será nossa nova casa! – Diz Noodle sorridente eu concordo ainda com uma caixa na mão que eu levaria para meu quarto.

- Isso demorou pra caralho. – Diz Murdoc que estava muito suado. Ele joga sua franja para trás enquanto dá um suspiro quente, eu imaginei o que eu precisava fazer para receber aquele suspiro, eu ligo coro e olhando para a caixa vou rápido até as escadas para meu quarto. – Tudo bem Stu? – Toda vez que ele me chamava assim meu coração correspondia ao chamado. Eu olho mais uma vez para o verde corando novamente e concordando vou até meu destino.

----Quebra de tempo----

Minha cabeça doía, é tudo que me lembro, acordei quando nos estávamos parando em um posto qualquer.

Teríamos mais um longo caminho para a volta, eu entro no carro a onde já estava Murdoc sentado, Noodle e Russ ainda estavam no posto. O silêncio estava constrangedor e eu não entendia o por que.

- O que houve com você? – Murdoc fala áspero como sempre.

- N-nada. – Digo tentando parecer o mais verdadeiro possível.

- Estava... confortável?- Ele pergunta tão baixo que quase não ouvi. Ele estava de braços cruzados ecostado na porta de uma forma que sua franja cobria seu rosto.

- O-o que?- Pergunto sem entender o que ele falava. Sua boca abre em surpresa.

- Não lembra?...

- Não...- respondo com medo de saber qual seria a resposta do verde, ele não me atacou nem nada do tipo, ele apenas pois a mão em seu queixo e concordou como se estivesse anotando algo sobre mim em sua mente.

- Deixa para lá. – Ele diz parecendo ter perdido o interesse no assunto. Ele tira de uma sacola um chá gelado e uma cerveja, ele joga o chá para mim enquanto abre e toma um gole da sua bebida – O que achou da casa?

Eu pego o chá contente pois era meu preferido, de menta, tomo um gole bem longo apreciando a bebida, olho para Murdoc e sorrio com a lembrança do lugar. – Eu gostei. – Murdoc da uma risada rápida enquanto aproxima a mão de minha boca limpando um pouco de chá que ficou lá, ele passa o dedo e leva o mesmo ate a boca.

- Bleee, - Ele faz cara de nojo.- Não sei como consegue beber isso. – Eu rio do verde, mas paro ao ver ele encarar meus dentes, sem jeito tomo mais chá para esconde-los. – Não precisa tampa-los. – Eu aperto o chá inconscientemente. – Eu gosto deles. – O verde fala olhando para a janela, com a mão no rosto olhando entediado para a paisagem.

Eu concordo com a cabeça tirando o chá da boca, pude ver pelo reflexo do vidro ele sorrir, mas não um dos seus sorrisos normais, esse era diferente... Era real.