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História Blur - Unilateral


Escrita por: UchihaSpears

Notas do Autor


Hello!

Capítulo 6 - Unilateral


“É mais do que poderia dizer; momentos que jamais serão esquecidos e um futuro incerto. Relatos de uma viajante que tenta ir no caminho certo, porém, sempre puxada pela correnteza errada. Minha mente qual antes costumava ser um turbilhão, hoje encontra-se em um abismo, onde não sei como entrei. Sou lançada à procura de respostas, no entanto não há ninguém que se compadeça em me ajudar, então eu sigo sozinha, trilho solitariamente, esperando alguém me ajudar.“

Desventuras de uma viajante.

Sasuke lembrou-se de um pequeno trecho do livro escrito por Sakura. Tornou-se um feroz devorador de ficção contemporânea e principalmente quando se tratava dela. Desde quando uma mulher tinha essa capacidade de prendê-lo e instigá-lo?

Cherry Bomb, It, Shakespeariana e por fim Sakura. Tudo apenas em uma embalagem.

Estacionou seu carro e verificou o gato que dormia tranquilamente no banco de trás. Ligou o ar para o bichano.

— Quanta mordomia.

Entrou correndo em direção ao elevador, ignorando outros pacientes. Naruto estava no quarto, onde uma hora antes presenciou a cena da mulher esperneando e gritando, ela não queria ser sedada.

A Shakespeariana havia tentado suicídio com uma agulha da medicação. Foi segurada por três enfermeiros, que a amarraram na cama. Estava fora de controle e era um perigo eminente para Sakura.

Suicídio e autoagressão entre pessoas detentoras desse transtorno não era algo raro. Temia pela segurança de Sakura, mesmo com todos adventos causado por esse transtorno, ela não tentaria suicídio.

Ele sabia, sua ambição era ficar livre desse transtorno e tentar uma vida normal como qualquer outra pessoa. Essa era a única ambição de Sakura.

Naruto o aguardava ao lado da cama. Sua glicose estava alta, sentia o ressecamento de sua boca e sua visão turva. Precisaria tomar insulina urgente. Diante dos fatos dos últimos dias, mal prestou atenção à sua própria saúde, um grave descuido. Odiava ter diabetes, já que era um amante de doces. O diagnóstico sobre a doença dois anos atrás o devastou.

— Por favor Sasuke, fique a observando. — o gosto amargo de sua saliva era sentido. — Vou à enfermaria. — Sasuke apenas assentiu.

O Uchiha se aproximou da borda da cama onde a mulher estava dormindo tão tranquilamente. Sakura não era uma mulher feia, sorriu ao lembrar de uma passagem do livro que a própria escrevia. Ele estava aos poucos compreendo aquela mulher de faces.

A franja rosada repousada sobre a testa, dando uma semelhança com uma boneca e uma das frágeis. Passou a mão pela franja dela.

Qual delas iria acordar?

Essa resposta valeria um milhão de dólares, já que era tão imprevisível.

Sentou-se na poltrona ao lado, viu o buquê de rosas endereçado à ela. Pegou o cartão, curioso do jeito que era.

Era de Tsunade.

Suas preferidas, minha flor de orquídea rosas.

Vamos sair dessa, minha querida.

Perdoe pela minha ausência como sempre.

Sua mãe, Tsunade.

A personagem do livro gostava de orquídeas rosas. Ela colocava até os mínimos detalhes de si naquele livro.

Olhou no relógio de pulso, ainda era cedo. Numa hora dessas, em circunstâncias normais, ele estaria saindo do trabalho e indo para casa, ou para algum pub. Passou a mão no rosto pesaroso, nem ele conseguia acreditar o que estaria fazendo em um hospital naquela hora, e com ela.

Uma hora tinha se passado, Naruto ainda não havia retornado da enfermaria e lá estava ele desajeitadamente sentado na poltrona com o segundo livro do best seller. A personagem principal tinha chegado em uma ilha e estava prestes a encontrar o segundo medalhão, o que não foi fácil, no entanto conseguiu encontrá-lo.

Tirou seus óculos de leitura por um instante e bocejou. Voltou ao seu relógio. Já estava preocupado com o amigo.

A mulher deitada despertou lentamente, seu olhar ainda era sonolento. A intensa luz fluorescente irritou seus olhos, não lidava bem com a claridade. Estava ali novamente.

— Aqui. — tentou levantar-se, tentou uma outra vez e nada. Constatou que estava amarrada. — Ótimo. — Sasuke observava silenciosamente a mulher tentando se soltar.

Quem seria?

Resolveu levantar-se e ajudá-la de algum modo. Ela o encarou, seu cenho franzido mostrava desconfiança e o principal, ela não o conhecia. Só podia ser a ela, a própria Sakura.

— Calma, vou te ajudar. — tirou a fivela que prendia as pernas e em seguida a dos braços. Ela o olhava estreitamente, logo após ser solta, sentou-se na cama.

“Ainda aqui.” Pensou.

Olhou seus braços e tinham manchas roxeadas, que entravam em contraste com sua pele alva e alguns furos, não era uma das melhores cenas. Viu um curativo em seu pulso, tocou e sentiu dor.

— Quem é você? — sua atenção era toda no homem de cabelos pretos, queixo definido e um terno indiscutivelmente alinhado.

— Uchiha Sasuke, sou o seu advogado e sou amigo do Naruto.

— Claro, o Uzumaki. Então sabe do que acontece? — ele assentiu, ela desviou o olhar para o buquê de flores. — Eu não o matei, se é que você quer saber.

— Hm. Recorda de algo?

— Só quando acordei e estava aqui, não sei quantos dias tem isso.

— Fará uma semana. — disse pacientemente, ela não esboçou surpresa alguma.

 — Cadê o Uzumaki?

— Ele foi resolver uns assuntos pessoais, logo volta. Bem, só lembra disso? — ela meneou em afirmação.

— Sim, só consigo lembrar disso. Me disseram que o maldito do Gaara estuprou uma de nós e foi assassinado. Ainda bem que elas o mataram, pois eu mesma faria isso. Maldito canalha!

— O mataria? — perguntou bastante interessado. Desde que aceitou o caso Sasuke montava o perfil da possível assassina do homem de cabelos ruivos. Cada leitura a agenda, recados e seus livros. Ele estava iniciando seu quebra cabeça. Já tinha pistas importantes da It e da Shakespeariana.

— Sim, o mataria. Ele era um aproveitador de primeira e ainda zombava de mim. — pausou. — Mereceu o seu fim.

— Isso não lhe ajuda.

— Dane-se, aquele maldito conseguiu estragar minha vida. Mereceu. Quantas personalidades você conhece? — o Uchiha foi pego de surpresa, o claro sinal foi o sobressalto de sua sobrancelha direita. Enfiou as mãos nos bolsos laterais da calça.

— It, Shakespeariana e agora você. — por um minuto Sakura teve um alívio. — E a Cherry Bomb. A It foi estuprada por ele. — Sakura o encarou. Pensou imediatamente na It e nas consequências, seu alter ego era uma das melhores e nunca lhe causava problemas.

— Não merecia. Como a Shakespeariana e a Cherry reagiram?

— A Shakespeariana não acredita e a Cherry, bem eu não sei. Eu não falei com ela ainda sobre isso. Ela não apareceu.

— E como você a conhece? — Sakura parou e o encarou firme, temia pela resposta que poderia vim. Pela demora do Uchiha a falar tinha algo errado.

— Tem uns quinze dias, ela estava em uma festa. — Sakura sentiu seu corpo estremecer. Estreitou os olhos e uma pequena fúria já estava emergindo em seu semblante.

— Dormiu com ela? — disse em alto tom. — Que tipo de advogado de quinta é você?

— Eu não sabia e advogado de quinta é uma coisa que não sou, minha querida.

— Cai fora daqui. Seu aproveitador, está despedido! — Sasuke nada fez e até mostrou desdém ajeitando sua gravata.

A porta foi aberta e o Uzumaki com uma aparência já saudável entrou. Não precisou de muito para ele deduzir que a própria Sakura estaria ali. — Sakura.

— Isso tem sua mão, você. — disse rude e gritando. — Você Uzumaki!

Em situações como essa Naruto contava até dez, mas viu que não iria seguir sua sequência, conseguiu até o quatro. Sakura estava histérica.

— Trouxe um aproveitador querendo fama as minhas custas.

— Minha filha, eu não preciso disso, já sou famoso o suficiente. — ele disse escarniando a mulher. — E além do mais, foi sua mãe quem me contratou. Não pode fazer nada. — Sakura grunhiu de raiva.

— Sakura, acalme-se. O Uchiha, não é nenhum aproveitador, ele não precisa disso e o chamei por isso, ele é discreto e é o único advogado nesse país que tratará do acontecido em pleno sigilo de estado. Por isso o indiquei para sua mãe. Sabe o quanto ela preza pela discrição e o quanto isso a prejudicaria. Sasuke é meu amigo de infância e um brilhante advogado, tanto que o ramo dele nem é direito civil e sim comercial. Discrição. — a breve explicação parece ter surtido efeito na mulher. — Confie nele.

— Está melhor? — o Uchiha perguntou para o amigo.

— Sim, consideravelmente bem. — voltou a olhar para ela. — O Sasuke tem pleno conhecimento sobre você e as outras. — Sakura caminhou em direção a janela do quarto, ela não gostava quando os outros sabiam de seus problemas. A primeira reação era chamá-la de louca. Ninguém a compreendia, apenas os profissionais da saúde, no caso o Naruto. Sua própria mãe custou para aprender a lidar com essa situação. Ninguém a entendia.

Ela não se achava alguém maluca.

— Deixarei você e ele a sós para se entenderem. Pode ser? — o silencio dela foi a resposta de um sim, Naruto sabia o quanto ela era orgulhosa. — Quando terminar me avise, certo?

— Claro. — o psiquiatra saiu, os deixando. Ela voltou para a cama, percebeu na poltrona antes que o Uchiha estava sentado um de seus livros.

— O quanto sabe de todas? — perguntou em um tom brando. Essa pergunta era difícil até para ela, não conhecia a si mesma.

— O bastante para saber que você não é maluca. — Sakura o olhou com certa surpresa. — Quando o Naruto me apresentou o caso, eu totalmente achei maluca.

— E o que fez mudar de concepção? — disse ríspida. Era sempre assim, todos duvidavam de suas faculdades mentais.

— Eu a conheci. — ele sentou-se na cadeira e segurou o livro e abriu em uma página.

“Penso que por trás desse medo que eu tenho de demonstrar os meus sentimentos, que ao passar do tempo ele transformou-se em um iceberg. Acredito que há uma mulher, abundante dos mais variados sentimentos possíveis; sinto que eles querem desabrochar e derreter tal frieza, mas o meu orgulho e medo não me permitem demonstrar. Então fico presa e deprimida pelos cantos, presa em uma geleira, gritando por liberdade, mas ninguém pode me ouvir. Enquanto ninguém me encontrar e despertar o derretimento de tal gelo, vou seguindo como as gélidas águas do Ártico no seu inverno mais rigoroso. Esperando um dia alguém me salvar no entanto, o gelo pode ser mortal.”

— É você, não é? — Sakura estava perplexa e lhe faltou palavras, por mais que ela quisesse falar. — É o seu desabafo.

— Por que pegou meu caso? Não é só por ser discreto. É pela Cherry Bomb, não é?

— Primeiramente, eu nem sabia que a tal Sakura era a Miss Bomb, o início foi por curiosidade, pelo o modo que o meu amigo lhe descreveu. Então, resolvi vim com o Naruto e dou de cara com a Shakespeariana, quase surtei. Era a Cherry na minha frente e ao mesmo tempo não. Eu achei loucura no início, mas aos poucos o Naruto foi me explicando tudo. Talvez, pelo o seu caso ter me tirado da zona de conforto, eu fiquei interessado. — tinha tempo que ele não era desafiado deste jeito. — Quem você acha que o matou?

— Qualquer uma, sei lá. Cherry?

— Por quê?

— Ela o odiava, eu o odiava. Talvez tenha sido ela. — respondeu sem convicção.

— Eu sei que você não aprovava o relacionamento.

— Eu nunca me relacionei com ninguém, as pessoas se afastavam de mim ou vinham até mim, com a intenção de se aproveitar do nome da minha família. O Gaara era esse tipo, a Shakespeariana não percebia, pois estava cega em seu lunático romantismo. Eu o pedi para se afastar na primeira vez, eu o expliquei.

— Acha que ele não se relacionaria com você?

— Por favor, quem se relacionaria com alguém como eu? — ela pausou por um instante. — Você, você dormiu com a Cherry, pois achou que ela não era como eu sou. Aposto que se fosse eu naquela noite e local, você sequer teria se aproximado de mim.

— Por que não?

— Pessoas normais se afastam de mim quando sabem de tudo. Essa é a verdade.

— Aconteceu isso com o Gaara?

— Por que você acha que ele ficou com alguém como a Shakespeariana? É claro que foi por isso, interesse de poder e ele não foi o único. Minha família é rica e influente no país, sempre atraio esse tipo. Ninguém sairia com alguém com um transtorno desse sem querer nada em troca, Uchiha. — Sasuke apenas concordou, de fato era uma situação delicada e fazia sentido.

 — As personalidades e até o modo como você escrevia na agenda, você parecia estar farta e você ameaçava o Gaara. — ela ficou em silêncio e desviou o olhar.

— Na minha situação, não estaria cansado disso tudo? Eu fui ao fórum e fiz uma liminar como medida preventiva para ele ficar longe de mim e do nada, eu apareço com ele. A Shakespeariana foi atrás dele, voltei ao fórum com outra medida e sabe se lá quantas vezes eu fiz isso. Sem mencionar das noitadas da bomba de prazer ambulante. Isso não seria o seu ápice, não ter controle do próprio corpo? Talvez eu cometesse alguma besteira, estou saturada disto tudo e olha no que deu.

— Entendo. —assentiu, a situação era complicada.

— Tem um gato no meu apartamento.

— O senhor Chandler está comigo. — Sakura franziu o cenho. — Fui persuadido a ficar com o gato. Por que senhor Chandler?

— É invenção da It, ela gosta daquele seriado da década de noventa, Friends.

— Agora sei porque ele me olha, às vezes, com um olhar irônico. — ele conseguiu arrancar um discreto sorriso espontâneo dela.

— Senhor Joey? Acho que você gostava também. — Sakura lembrou do seu finado cachorro. Subitamente ela caiu em si, naquele momento o advogado na sua frente sabia mais dela do que a própria. Ela estava assustada e ele mergulhado em sua mente.

Um aparente silêncio regado de constrangimento apoderou-se do quarto, algumas trocas de olhares discretos e a mulher roía suas unhas. Ela procurava algo para falar e ele a estudava seus pequenos trejeitos.

— Acha que eu vou ser presa? — perguntou, mordendo os lábios.

— Não. O seu caso só precisa ser apresentado para um juiz, mas claro, preciso descobrir quem matou o Gaara para fechar tudo.

— Compreendo.

— Bem, eu tenho que ir. Deixei o bichano no carro e espero que ele não tenha arranhado o estofado. Eu voltarei amanhã.

— Se eu estiver por aqui.

— Quem sabe. Tchau senhorita Haruno. Ah... Sakura. — ela o fitou. — Como a Lucy vai escapar do capitão, ela vai aceitar aquela chantagem?

— Leia! — ele fez uma careta.

***

— Ela não me garantiu que iria vim amanhã, foi apenas uma suposição. — Naruto falava com ela, desde que o Sasuke foi embora. O psiquiatra explicou o motivo do curativo no pulso dela. A situação estava outrora sem controle. — Consegue manter alguma estabilidade por esses dias?

Não era fácil para ela e também não era algo impossível; às vezes ela passava semanas sem ter uma alteração de personalidade. Tudo dependia de si.

— Eu vou aumentar a dosagem de alguns medicamentos, terá alguns sintomas no início, mas nada que a prejudique. — Sakura? — chamou, ela parecia aérea.

— Oi? — respondeu surpresa.

— Aconteceu algo? — Naruto compreendeu aquele olhar vago. — Pensando em alguém?

— Ele me conhece tão bem, isso é assustador. Eu não acreditaria nele, o estereótipo dele e daqueles típicos. — uma breve pausa. — Eu sei que ele está sendo pago e pelo jeito muito caro, mas ele sabe de mim coisas que eu não sei. Ele é...

— Charmoso, bonito e o preferido de nove entre dez. — Sakura ficou corada. — Não se martirize por isso, Sakura. Você é uma mulher adulta e é normal achá-lo bonito, atraente e tudo mais. — ela empinou o nariz em forma de protesto, mas era a mais pura verdade, porém, não era só pela beleza dele e sim o modo como ele a tratou.

— Oras, você sabe...

— Não é pelo dinheiro e muito menos pelo prestigio. Você tem algo que chamou a atenção daquele arrogante e orgulhoso.

— Eu sei muito bem o que é, e sei que até o nome: Cherry Bomb.

— Pode ser, mas desde que eu o conheço nunca vi Uchiha Sasuke saindo do seu mundinho por alguém desconhecido. — ele encostou a mão no ombro dela. — Sakura.

— Eu sei, eu sei. — encostou a cabeça na parede. Não que ela estivesse apaixonada à primeira vista, longe disso. Ele apenas a entendia.

***

Na volta do hospital ele parou em um pet Shop, o senhor Chandler agora tinha uma cama azul com estampa de peixes palhaços como o do Procurando Nemo. O estofado do carro não estava arranhado, o gato ganhou uma bela ração gourmet de presente.

— Então o senhor agora tem um gato? — Kurenai olhava o bichano mimado em sua cama lambendo sua pata, enquanto servia o jantar do Uchiha. Ele apenas afirmou com a cabeça. Ela não aprovou tanto a ideia, teria que espanar pelos de bichano. — Nunca o imaginei com um gato. — ele estreitou os olhos em sua direção. — Gato, Como Ser a Amante Perfeita e está solteiro.

— O que insinua?

— Nada.

Sua mente trabalhava. Desde que a mulher de cabelos rosados apareceu em sua vida ele mudou, e agora ele estava esquisito. Concluiu que ele estava carente.

Que tipo de homem, beirando os trinta, ler livros de romances adultos e tem um gato?

— O gato é de uma pessoa, estou cuidando para ela. — aquilo não a convenceu muito. — Obrigado pela refeição. — ele foi ao quarto e o gato o seguiu, causando risos da empregada.

O gato era esnobe como ele.

Ele chegou ao quarto e o senhor Chandler pulou em cima da cama. Sasuke abriu seu notebook, acessou a pasta de nome Sakura na área de trabalho. Na pasta ele mantinha tudo o que sabia até agora, dela e suas suspeitas.

Lembrou das aulas de Direito Civil, no qual teve uma ocasião em que precisou montar um perfil para descobrir quem estava mentindo.

Pegou a agenda novamente e abriu onde tinham as páginas rasgadas. Não iria obter respostas sem elas, ali estaria a chave para desvendar o caso.

Clicou nas fotos do homem assassinado. Não sentiu pena e sim um desprezo, ele realmente mereceu.

Pegou seu celular e discou alguns números. — Atende. — tamborilava seus dedos no teclado do computador.

Alô, Sasuke.

— Kakashi, estou olhando as fotos do Sabaku no Gaara.

Percebeu? — ele passou o ponteiro do mouse sobre a foto do morto.

— Sim.

Quem fez isso sabia o que estava fazendo e não era de uma pessoa desesperada. — o homem era perito do instituto médico legal e um conhecido do Uchiha. — Pode observar que as tesouradas seguem um padrão e se o homem estivesse por cima dela, ele teria força para evitar. Ele tinha noventa quilos e um metro e oitenta, Sasuke, e ela tem uns cinquenta e um e sessenta, pelo laudo da perícia nas tesouradas, ela estava em cima dele.

— Entendi, foi premeditado então?

O pegou de surpresa, posso afirmar.

— Obrigado Kakashi.

De nada, precisando é só falar. Boa noite meu amigo.

Nem tudo era tão simples quanto elas diziam. Ele precisava apenas de uma personalidade para resolver esse mistério. Miss Cherry Bomb, era a chave para concluir, afinal ele já tinha uma suspeita número um.

Betado por Icunha, melhor índia que você respeita!


Notas Finais


Hm, então a assassina praticamente premeditou isso.
Estamos na reta final. E aí, vocês já tem suas apostas?

Beijos e mereço algum Review?


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