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História Boa Sorte, Lynn. - Monstra Açougueira


Escrita por: CandyBabe

Capítulo 16 - Monstra Açougueira


"Jack, o Estripador é o pseudônimo mais conhecido para designar um famoso assassino em série não identificado que atuou na periferia de Whitechapel, distrito de Londres, e arredores em 1888. O nome "Jack, o Estripador" se originou de uma carta escrita por alguém que alegava ser o assassino e a qual foi amplamente divulgada pela imprensa da época." 

 

Nathaniel se impressionou com a própria tranquilidade. Realmente, se impressionou. Ele estava perdendo tudo pelo qual trabalhara desde o primeiro ano, mas, ainda assim, seu coração estava tranquilo, estranhamente sereno.

 - Você sabe as regras, senhor Nathaniel. – a diretora disse com a voz um pouco pesarosa. – Mas não se preocupe, nenhum dos professores assumiu isso como negligência sua, muitos admitiram colocar muita pressão sobre você, meu jovem... E claro, com todo o estresse de estar se formando e ainda cuidar da administração...

 De fato, os professores exigiam muito de Nathaniel, e de fato ele estava estressado pesquisando sobre universidades, provas e tudo o mais, além, é claro, da pressão em casa. Porém ele nunca permitiu que todo o trabalho extra, que as horas depois da aula, que o tempo gasto com organização e com tarefas inúteis no grêmio e etc. Afetassem seu boletim impecável. Na verdade, a única coisa que o intrigava naquela história toda não era o fato dele estar perdendo a cadeira de presidente do grêmio, mas sim porque é que as notas dele foram mais baixas do que o esperado. As provas não foram difíceis e ele tinha certeza de dominar todos os conteúdos.

- Bem, você vai ser liberado das responsabilidades de presidente do grêmio. – a diretora disse. – A senhorita Melody vai assumir seu cargo e suas tarefas... – já que agora a Melody era a aluna, no grêmio, com as melhores notas. – Não se preocupe, tenho certeza de que ela fará um ótimo trabalho. 

 A ironia era que Nathaniel nem tinha ido mal nas provas, não essencialmente mal. Tirar média oito não era algo ruim para a maioria das pessoas, mas para os padrões dele aquilo era como um sacrilégio.

- Não se preocupe, senhor Nathaniel. – a diretora disse. – Um bimestre de notas menores não irá afetar em nada o seu histórico.

- Eu não estou preocupado com isso, diretora. – Nath respondeu. – Só estou pensando como é que isso foi acontecer, eu tinha certeza de todas as minhas respostas...

- Isso é normal, meu jovem, você deve andar muito estressado ultimamente. – a mulher respondeu. – Relaxe um pouco, limpe a mente e suas notas voltarão para o topo num piscar de olhos.

 Nathaniel simplesmente respirou e deu de ombros. O pai dele com certeza faria um estardalhaço com aquilo, e, no fundo, ele se sentia triste, dois anos trabalhando em dobro, não em triplo, como presidente de grêmio para eles simplesmente lhe tirarem o cargo por causa de um bimestre com notas “baixas”. Entretanto, ainda assim, Nathaniel se sentia tranquilo, estranhamente tranquilo.

- Bem, eu agradeço por você aceitar isso com tanta serenidade, senhor Nathaniel. – a diretora disse.

- Eu conheço as regras, diretora, e eu não ganharia nada tentando me rebelar.

- Gostaria que todos os alunos fossem maduros como você, senhor Nathaniel. – ela estendeu a mão. – As chaves, por favor, e muito obrigada por todo o seu trabalho até aqui.

X

 - É oficial. – Rosalya disse com o jornalzinho da escola tampando seu rosto. – Nathaniel foi destronado.

 O grupo dinâmico estava, neste horário de almoço, sentado sobre uma toalha esticada na grama do jardim. Aquilo estava se tornando uma rotina depois de os três perceberem o quanto era agradável comer ao ar livre.

- Ele não era um rei. – Lynnóquio não pôde deixar de corrigir, enquanto anotava algo em seu caderninho.

- Isso é meio idiota. – Castiel falou. – Mesmo que você tenha roubado os gabaritos dele, as notas dele ainda foram melhores que as minhas.

- Você realmente está impressionado com isso? – Rosalya disse dobrando o jornal impecavelmente. – Nós não podíamos abaixar demais as notas dele, senão todo mundo iria suspeitar.

- Por que eu estou me sentindo insultado? – Castiel deu de ombros de um jeito desdenhoso. – Enfim, o que tem de errado com a Lynnóquio?

- É rude falar das pessoas como se elas não estivessem presentes. – Lynnóquio falou.

- Ela só está com as emoções confusas por causa do Kentin. – Rosalya disse se apoiando em um braço.

- Qual é a sua com esse garoto, afinal de contas?

- Bem, ele é meu amigo mais antigo. – Lynn falou.

- Se é assim, por que você não ficou feliz de saber que ele voltou?

- Eu estou feliz. – ela ajeitou os óculos e ergueu o olhar para o Castiel, talvez aquilo fosse ela demonstrando a felicidade. – Só estou tentando entender o motivo de ele beijar a Ambre.

- Você já tentou perguntar? – Rosalya levantou a questão.

- Eu ainda não tive chance de conversar com ele. – Lynn respondeu.

- Bem, você não precisa se não quiser. – Rosalya mexeu no próprio cabelo. – O Alexy disse que aquilo com a Ambre foi uma vingança.

- Vingança? – os outros dois repetiram em uníssono.

- Vocês dois estão bem próximos não é? Até mesmo dizendo a mesma coisa ao mesmo tempo. – a outra falou olhando de forma suspeita para eles. – Enfim, segundo o Alexy, ele só a beijou para desprezá-la depois.

- Isso é idiota. – Castiel falou e, surpreendentemente, Lynn concordou balançando o rosto.

- E ele também quebrou o celular dela.

- Isso é algo que de fato serve para descrever uma vingança. – Lynn falou com Castiel e o outro balançou a cabeça concordando.

- É tão fofo ver a dupla que vocês estão se tornando. – Rosalya disse de forma maligna.

- Tá brincando, Rosalya?! A Lynnóquio é a melhor dupla de Counter Strike que eu já tive na minha vida.

- O que? Melhor dupla de que...?

- Counter Strike. – Lynn ajeitou os óculos. – É um jogo multiplayer em primeira pessoa onde se pode escolher jogar como terrorista ou...

- Lynn! – Rosalya a interrompeu. – Eu não quero saber. O que eu quero saber é desde quando vocês dois fazem coisas juntos?

-Nós jogamos bastante no último final de semana. – Lynn explicou. – O Castiel dormiu lá em casa e nós jogamos on-line.

- O que?!

- Cara, eu pensei que você era a maluca da família, mas sua prima gritando no microfone me assustou pra caralho.

- Como assim?

X

- Casa da prima Lynn, final de semana passado. –

- FILHO DA PUTA! – Lynnette grita para o marido, sentado a frente dela com o notebook aberto. – Por que você simplesmente não passa para o time deles logo de uma vez?!

- A culpa não é minha! – o Cassy da prima Lynn responde. – Sua prima parece um monstro jogando! 

- Ela não é um monstro! É você quem é idiota de ficar pulando na frente de toda bala que ela atira!

- Não, Lynnette, é você quem atira em mim pra sair da sua frente!

- Isso é porque você não sai do meio!

- Isso é porque eu é quem deveria seguir na frente! Foi isso o que a gente combinou!

- Castiel, o único motivo de você ir na frente é para ela te matar primeiro.

- Então por que você me mata primeiro?!

- Porque é um jogo de sobrevivência, Castiel, é matar ou morrer! Isso é uma guerra!

- Por que você mata primeiro o seu marido?! Pai dos seus filhos?!

Silêncio.

- Deus sempre leva os melhores primeiro, Cassy. – Lynnete ajeita o próprio microfone próximo à boca. – Agora vocês me escutem bem, suas duas bolhas de hormônios, mamãe aqui não sabe qual dos dois vai pegar primeiro, mas moleque torça para que não seja você, porque você vai rezar até ano que vem,  para todos os deuses que conseguir contar, depois que eu terminar de esfregar o chão com a sua cara.

X

- De volta a Sweet Amoris. –

- Depois de um tempo ficou meio estranho. – o Castiel desta história falou. – Parece que a Lynnóquio e a prima dela competiam para ver quem matava o marido da prima primeiro.

- Isso é sério? – a musa vitoriana indagou ironicamente.

- Sério e assustador também. – Cassy estalou a língua. – É, ao mesmo tempo, preocupante e previsível que a Lynnóquio jogue usando somente facas e parecendo o Jack, o Estripador.

- Do que vocês estão falando? – a presença radiante de Alexy iluminou a cena como um raio de sol aparecendo entre as nuvens depois da tempestade. Ele chegou alegremente e se sentou ao lado da amiga Rosalya.

- De um joguinho cujo objetivo é atirar nas pessoas. – Rosalya respondeu antes que os outros dois o fizessem.

- Qual deles? – Armin, o exuberante irmão gêmeo do exuberante Alexy, apareceu também. – Tem literalmente um milhão de jogos assim.

- Counter Strike. – Cassy disse.

- Bem que eu imaginei que você tinha voltado a jogar, Lynn. – Armin se sentou na toalha ao lado do irmão. – Nos fóruns disseram que a “Monstra Açougueira” estava de volta nos servers.

- O que?!

- Essa é uma “vida secreta” da qual eu não me orgulho. – Lynn respondeu.

- Será que nós podemos parar de fazer referências e voltar ao enredo? –a musa vitoriana disse gesticulando.

- Não sei se isso quer dizer alguma coisa, mas vocês viram que quebraram o celular da Ambre? – Alexy disse.

- Sim. – os outros três integrantes da cena responderam.

- Viram que foi o Kentinho quem fez isso?

- Alexy, você já tinha me contado isso. – a musa vitoriana falou.

- Ele está todo mudado. – Armin disse. – Parece ter saído de... Sei lá, Doce Amor e entrado direto em Call of Duty.

- O Castiel disse que ele deve ter “malhado” muito na escola militar. – a garota ali que não usava óculos falou.

- Além disso, ele parece ter voltado... – Alexy pensou um tempo. – Sei lá, mais sério.

- Como assim?

- Desde que ele voltou, alguém o viu perseguindo a Lynn no corredor dizendo o tanto que a ama? – coisa que era uma cena bem recorrente nos dois primeiros anos em que todos estudaram em Sweet Amoris. – Pois é, e agora ele se recusa a ser chamado de “Ken”.

- Talvez ele tenha escutado os boatos de que vocês dois estão namorando. – Armin disse apontando para a mais nova dupla de Counter Strike. – E tenha desistido.

- É, ele sempre teve medo do Cassy. – Alexy disse. – Tadinho, será que ele malhou tanto e cortou o cabelo para conquistar a Lynn?

- É o que acontece na maioria dos filmes. – o irmão gêmeo do último falante responde.

- Na maioria dos filmes o nerd vai atrás da gostosa da escola. – Cassy observou tão poeticamente.

- Sim e na maioria dos filmes a nerd sempre fica com o bad boy. – Armin observou didaticamente.

- Sem querer ofender, mas vocês pararam de assistir filmes na década de 50? – a musa vitoriana perguntou ironicamente, pois ela tinha sim o intuito de ofender.

- Atualmente o clichê do bad boy foi deixado de lado depois de hollywood perceber que não era nada saudável, assim como o clichê do garoto perfeito capitão do time de futebol. – Lynnóquio ajeitou os óculos. – A mudança do pensamento também mudou os clichês.

- E quais são os clichês mais bem aceitos? – Castiel perguntou ironicamente.

- O garoto sensível e apaixonado. – Rosalya falou.

- O nerd tímido e carinhoso. – Lynn olhou para o Armin. – E, recentemente, tem havido uma procura crescente pelo geek inofensivo viciado em jogos.

- “Inofensivo”? – Armin questionou.

- O que você está indiretamente me dizendo, Lynnóquio... – Castiel cruzou os braços. – É que você me trocaria por um nerd tímido?

- Sem nem pensar duas vezes.

- O que?

- O que? – Lynn disse numa estratégia clara para desviar o assunto.

De súbito Castiel pulou sobre Lynn, passou o braço pelos ombros dela e começou a cutuca-la nas costelas como um irmão mais velho castigando comicamente a mais nova. Os dois começaram a rir com aquela idiotice, tanto que os outros três, espectadores, também passaram da surpresa para o riso. Era estranho, e também estranhamente tranquilizante, ver a Lynn rindo como uma garotinha.

- Você nunca me trocaria, Lynnóquio! – ele disse se esforçando para mantê-la imobilizada e rindo no processo. – Você me ama demais!

- Você deve estar drogado dos pés a cabeça! – Lynn disse num surto de rebeldia fofa, tentando se desvencilhar dos braços do seu falso namorado.

- E o que você vai fazer?! Vai se vingar de mim em dois anos?!

- Cuidado para não deslocar o ombro dela de novo. – Rosalya falou observando aquela idiotice.

- CAHAM. – alguém soltou um pigarro excessivamente alto com o claro objetivo de se forçar dentro da cena atual.

 Quando todos os olhares foram desviados, eles se encontraram com um garoto de cabelo castanho, olhos verde e vestido em roupas de estilo militar, que, por sinal, ficavam muito bem nele. Claro que, a essa altura, todos já sabiam que aquele era a versão reformada e regenerada do nerd quatro-olhos e magricela que um dia foi Kentin, mas Lynn, em seu caótico, e as vezes sanguinário, coração, soube que reconheceria aquele garoto mesmo que ele reencarnasse numa árvore, pois a primeira coisa que ela viu quando notou a presença de seu amigo de infância foi aquele brilho gentil e meio tímido que sempre houve no olhar dele.

- Kentin? – isso foi a senhorita Lynn rompendo o silencio pós-introdução-dramática de novo personagem.

- Oi, Lynn... – Kentin passou os olhos por todos os outros. – O que você está fazendo com essa caneta?

 Lynnóquio escondeu a caneta que tinha em sua mão antes que percebessem que ela iria enfiá-la no coração do senhor Castiel e se afastou prontamente do seu namorado de mentira.

- MEU DEUS! – Rosalya exclamou de forma exagerada e se levantou. – Olha só que horas são, vem Castiel! – ela disse puxando o dito cujo para se levantar.

- O... O que?!

- Você tem que provar a sua roupa do show! – ela disse e começou a puxar Cassy antes que ele pudesse protestar. – E você tem que ajudar Alexy!

- Claro! – Alexy levantou e puxou o irmão gêmeo. – Vem Armin! Você também tem que ajudar!

- O que?! Eu não vou ajudar o Castiel a trocar de roupa!

- Vai sim! A imagem agrada as fangirls. – Rosalya disse.

 Lynn, e o seu velho amigo, observaram aquela cena caricata num misto de curiosidade e pena. Os dois já sabiam que Rosalya e Alexy tinham inventado aquela idiotice para deixa-los sozinho, era meio triste ver que o esforço deles não os compensou na forma de descrição.

- Então... – Lynn foi a primeira a falar, porque ela só calava a boca quando era conveniente para os Deuses da fanfic. – Você voltou.

- Sim... – Kentin se sentou perto dela. – Eu te vi no corredor, dois dias atrás e você não falou comigo.

- Isso é porque eu pensei que você era uma alucinação...

- O que?

- ...E também porque sua alucinação estava beijando a Ambre.

 O garoto estreitou os olhos e os fixou na protagonista da história, como se com aquilo ele estivesse tentando descobrir o que se passava naquela cabecinha adorável, inexpressiva e levemente psicótica dela e escolhendo qual resposta daria. Lynn o encarou, mas, obviamente, sem deixar transparecer tantas intenções assim.

- Não fique chateada, eu tinha que seguir em frente e beijar a Ambre fazia parte do plano. – ele disse.

 Lynn pensou com seus botões que aquele era um plano muito estúpido, mas não exteriorizou o pensamento.

- Isso parece meio controverso.

- Por quê?

- O Kentin que eu conheci nunca usaria uma garota desse jeito. – Lynn ajeitou os óculos. – Mesmo que ela fosse a Ambre.

 O Kentin que ela estava conhecendo de novo franziu as sobrancelhas, provavelmente porque não gostou do último comentário.

- Ah é?! E a Lynn que eu conheci nunca ficaria brincando de cócegas com um idiota como Castiel.

- Isso parece ser um julgamento muito duro... – ela ajeitou os óculos novamente. – E precipitado, para quem beijou a rainha do bullyng na escola há dois dias.

- Eu fiz aquilo por vingança!

- Bem, não é como se eu pudesse julgar os seus atos, eu não sou nenhuma consciência superior dotada de habilidades espirituais e emocionais. – Lynn deu de ombros.

- Eu não quero que você fique chateada com aquilo. – Kentin disse de forma gentil. – Eu sei que fiquei longe por um tempo, mas eu nunca esqueci como você era gentil... – ou o mais próximo disso que ela conseguia. – E eu nunca parei de pensar em você...

- Isso não deve ser verdade.

Kentin demorou um tempo para perceber que Lynn estava sendo ácida com ele, a distância o desacostumou a entender os míseros sinais de expressão que a senhorita Lynn fazia.

- O que?

- Você mal respondeu mensagens ou e-mails durante todo o tempo em que esteve fora.

- Isso é porque eles eram bastante rígidos com tecnologia.

- Você falava com os seus pais todos os dias pelo Skype.

- Como você sabe disso?

Lynn deu de ombros.

X

- Casa dos pais do Kentin, seis meses atrás. –

 - Consegui! – Rosalya comemorou antes de abrir a janela. – Tem certeza de que eles estão fora?

- Sim. – Lynn terminou de abrir a janela pela amiga. – O computador está exatamente na mesa do escritório, nós temos um minuto antes de o alarme disparar.

- Você se lembra da planta da casa?

- Perfeitamente. – Lynn ajustou o relógio. – O plano de contenção está aí?

- Sempre esteve. – Rosalya sorriu e tirou um machado de cortar lenha de dentro da bolsa.

- Checagem de tempo, pronto.

- Pronto! Vai! Vai! Vai!

X

  - De volta ao jardim de Sweet Amoris, tempos atuais. –

 - Tem meses que eu só converso com eles por telefone. – o nerd reformado disse. – Alguém acertou um machado na nossa caixa de fusíveis e ficamos um tempão sem eletricidade.

- Curioso.

- Enfim, Lynn... – ele suspirou. – Eu só queria que a gente voltasse a nossa convivência.

- “Nossa convivência”?

- Eu gostava de passar um tempo com você. – Kentin explicou.

 Lynn, estranhamente, demorou a responder. Por alguns momentos ela o encarou, simplesmente lendo a alma dele como ela sempre soube fazer, depois abaixou delicadamente o rosto e ajeitou os óculos com as duas mãos.

- Isso não é uma boa ideia, Kentin.

 O único macho da cena, por sua vez, respondeu rapidamente.

- O que?! – ele se agitou. – Por causa do Castiel?!

- Não.

- Eu não tenho medo do que ele vai pensar! – o tom de voz dele não transparecia exatamente aquilo, mas Kentin parecia decidido.

- Não é por causa do Castiel, Kentin. – Lynn inclinou o rosto levemente para a direita. – É por sua causa.

 Silêncio constrangedor preenchendo a cena: tomada um.

- O que? Por quê?

- Não entenda mal. – Lynnóquio explicou. – Eu também gostava de passar o tempo com você e eu realmente senti sua falta... – ela novamente ajeitou os óculos, com as duas mãos. – Porém, a impressão que eu tenho é de que eu vou continuar sentindo falta do antigo Ken... E isso não é muito justo com você.

- Lynn...

- Eu gostava bastante dele... – ela disse ajeitando os óculos e depois dando de ombros. – Porém, eu acho que é mais importante você estar feliz consigo mesmo, não quero te fazer se sentir mal porque tenho saudades do jeito que você era antes de “seguir em frente”.

 Kentin não respondeu aquilo, não sonoramente, pelo menos, porque o rosto dele estava tão corado que o próprio garoto o sentia quente e vermelho, mesmo sem poder se ver. Ele teve de cerrar bem forte os dentes e apertar a boca para não deixar o “antigo Ken” emergir e fazer uma declaração cômica e ridícula perante sua amiga de infância.

- Eu preciso ir. – ela falou olhando o relógio. – Foi bom te ver, Kentin.

 Ele respondeu acenando fracamente para ela. Os dois se levantaram, Lynn recolheu a toalha e depois simplesmente voltou para o pátio.

 Kentin ainda se manteve exposto ao ar livre por mais algum tempo, colocando as próprias emoções em ordem. O único pensamento que passou em sua mente durante aquele momento de solidão foi: “Ela é mesmo única”.

 Sendo ela, obviamente, a senhorita Lynn.


Notas Finais


Alô alô graças Odin

Cá estamos nós, seres humanos em nossa humilde humanidade gastando nosso limitado tempo da melhor forma que podemos.
Acho que arrumei um jeito de colocar um Viktor na fic, mas não sei se será o Viktor ou o primo/sobrinho/filho secreto dele, adoraria opiniões sobre o assunto. Quanto ao casal eleito, bueno, cá estamos nós com Nath e agora Kentin também está no pódio. Quem será o vencedor do coração de Lynnóquio? Será que haverá mais concorrentes? Respostas não estão no próximo capítulo.

Enfim, é isso meu povo, muchas gracias pelos comentários, pelo apoio e pelo carinho :3

Obrigada por ler :3


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