História Boa Sorte, Você Vai Precisar - As Roupas.

 O Pequeno, subiu as escadas correndo, após sua mãe e seu pai brigarem por causa dele mais uma vez. 

 Chegando na porta a empurrou, pois ela estava aberta e logo adentrando o quarto. Andou até sua cama e se deitou.

 Fechou os olhos lentamente, observando o teto do seu quarto branco. Abriu a boca para dar um leve bocejo. Se virou de lado para a porta, procurando uma posição confortável.

 Ouviu passos passando por seu quarto, com eles ouvia resmungos com uma voz embargada com oque parecia ser de choro.

 Ouvia lágrimas.

 Ele não gostava de ver pessoas chorando.

 6 Anos depois

 -Sehyuk? -Diz tentando tirar a concentração do colega da aula.

 -Oque foi?

 -Me ajuda?

 -Com oque moço? -Diz dando uma risada.

 -É difícil.

 -Só você tentar. É difícil sabe por que? Sabe? Você que não presta atenção na matéria. -Diz voltando a olhar para o professor.

 O Byungjoo, bufou e logo procurando alguma coisa na mesa para rabiscar as folhas do objeto que usava para o estudo.

 Passou levemente o grafite do lápis pelo papel branco, logo pegando o caderno e levantando para mostrar a Sehyuk sua "obra".

 -Oque é isso?

 -Estava tentando me distrair da aula. -Disse mostrando um sorriso e vendo o seu colega revirar os olhos, voltando a prestar atenção, ao que Byungjoo queria fugir.

 O garoto, deixa o caderno na mesa e olha a janela ao seu lado. Logo passando as mãos por ele. Observou oque tinha além dela, pássaros? Pessoas? O céu e as nuvens?

 Deu um longo suspiro quando ouviu o professor chamar a sua atenção, por estar tão vibrado na paisagem do lugar.

 -Byungjoo, quer que esperemos você apreciar a vista, até você decidir voltar a aula?

▪

 -Mãe?

 -Oque foi menino?

 -Por quê está arrumando as minhas roupas?

 Passou pela mãe olhando a cama cheia de roupas e algumas sacolas e bolsas. Foi até a mesa do quarto e deixou a mochila, tirando alguns cadernos e os jogando em cima da madeira. Puxou a cadeira logo sentando.

 -Estou decidindo oque vai fora e oque não vai.

 -Não seria eu que deveria arrumar?

 -Tenho que saber oque é bom para o meu menino e oque não é. Agora fique quieto, estou tentando pensar. Ou também se preferir pode se retirar.

 Começou a observar as sacolas e logo se levantou indo até a cama. 

 -Oque é isso mãe?

 -Byungjoo, pare de mexer ai!

 -Por quê?

 -Porque você não vai nunca mexer ai! E nem usar essas coisas que estão ai dentro.

 -Mãe, por que você está colocando as minhas roupas dentro das bolsas?

 -Pare de perguntar essas coisas! Byungjoo, pode sair daqui. Se é para atrapalhar pode indo.

 O filho, logo percebendo sinais de raiva da mãe, anda até a porta do quarto, logo a abrindo e saindo e fechando a passagem. Já do lado de fora, passou pelo corredor, observando as paredes brancas. O passo era lento e leve. Não podia fazer barulho algum.

 Chegou até as escadas logo segurando no corrimão e descendo os degraus, rapidamente. Quando tocou o último degrau com os pés, deu um leve suspiro e foi até a sala, indo de encontro ao sofá vermelho macio, logo se sentando.

 Depois de um tempo, decidiu que iria ligar a televisão, estava cansado, com um pouco de sono. Fechou os olhos tentando relaxar e pegar no sono.

 Tentativa falhada.

 Por quê? Alguém, na cabeça dele, pergunta, ao receber uma mãe de cara fechada ou amarrada, puxando algumas bolsas para a sala. 

 -Mãe... para que vai servir isso? -Disse quando uma delas foi jogada para seu colo, seguidas de outras que foram jogadas no sofá.

 -São suas coisas.