O Byung, após conseguir raciocinar aquilo tudo, olhou para o rosto sério da sua mãe o encarando. Deu um suspiro e se levantou, segurando a bolsa que estava em seu colo.
-Oque você vai fazer? Vai me expulsar de casa? -Perguntou o ômega, um tanto quanto confuso.
-Conversei com sua tia.
-E oque isso quer dizer?
-Isso quer dizer que você nunca mais irá voltar para essa casa.
-Como assim? -Disse o ômega com uma voz falha.
-Você irá morar com a sua tia um certo tempo...
-"Um certo tempo"? Depois desse tempo oque vai acontecer? Irei ser expulso da casa dela também?
-Byung.
-Eu não irei morar na casa da minha tia.
-Irá sim.
-Não irei.
-E onde você vai morar? Não há ninguém que te queira.
-Como pode ter toda essa certeza?
-Ninguém iria querer um ômega inútil dentro de alguma casa. -Disse a mulher, pegando o celular e começando a discar o número de alguém.
Byungjoo bufou, pegando algumas malas que estavam na sala e se encaminhou para a porta de entrada da casa. Pegou na maçaneta e a girou e logo a abrindo. Ao sair pela porta, bateu a porta da casa fortemente, para a sua mãe ter a certeza, que seu filho não a esperou e saiu de casa sem se importar.
O garoto não iria de jeito nenhum para a casa da tia. A velha era insuportável. Plenos 50 anos de idade e já tinha alguns cabelos brancos, que eram escondidos, pois a mulher os pintava, para esconder a velhice, que já era óbvia por suas rugas no rosto. Além de ser comparada a uma porca, por ser muito gorda.
Byungjoo a odiava. Era outra, que ao invés de o apoiar, o colocava para baixo sempre que podia.
O Ômega desbloqueou o seu pequeno celular e tentou ligar para alguns "amigos" seus. Mas nenhum o atendia.
O menino caminhou pela rua suja, com pequenos passos leves e pequenos. A respiração do garoto era um tanto quanto um pouco calma. O lugar estava escuro, com pouca iluminação e sem ninguém. Olhou para um canto e notou um beco, sem nenhuma luz, mas que com certeza, teria alguém ali.
Ficou com receio de tentar imaginar oque seria e de se aproximar. Não queria interromper ninguém. Ele olhou para os lados, sem ter para onde ir. Sua mãe, se conseguisse o encontrar, iria receber uma mulher o xingando de todas as formas possíveis.
Deu um longo suspiro e olhou para o beco novamente. Resolveu espiar. Não seria algo muito ruim. Deu alguns passos lentos até o lugar, soltando um suspiro em seguida, ao chegar e ver uma garota encolhida no chão sujo do lugar.
Uma menina de cabelos longos e belos.
Era uma Ômega, que não parecia ter percebido a presença do garoto. Parecia um pouco cansada. Não estava nas melhores das condições, o menino tentou se aproximar dela, silenciosamente. Seu coração estava acelerado. Nunca tinha visto uma cena dessas na vida.
O garoto encostou no ombro dela, a fazendo o olhar. Era como se a ômega estivesse machucada.
-Está tudo bem?
Óbvio que não estaria bem. O estado dela era horrível. Suas roupas estavam rasgadas e sujas, com certeza não estaria bem.
-Não me veja assim... eu estou bem...
-Você não está bem. Como que você veio parar aqui?
-Eu fugi de casa... eu estou no cio. Meu irmão é um alfa e...
-Ele já tentou algo contra você? -Não! Ele sempre me protegeu, ele nunca faria isso comigo.
-Você veio com as roupas assim?
A garota ficou um pouco calada, antes de responder. Ao abrir a boca, soltou um longo suspiro e olhou para o garoto.
-Não. Eu prefiro não falar sobre isso.
-Certo... E como você se chama?
-Park Se Hee.
Eles ficaram juntos em silêncio. Byungjoo olhou para um dos lados e viu um garoto se aproximar e vir correndo para onde eles estavam. O menino o pareceria até falimiliar, se não fosse pela escuridão do lugar. Parecia preocupado. E estava preocupado.
A garota ao notar a presença do terceiro ali o olhou rapidamente, vendo ele chegar perto e a abraçar. O outro, apenas ficou em silêncio, vendo a outra retribuir o abraço. Oque acabara de chegar olhou para o ômega, após sair do abraço de Se Hee, o encarou um pouco confuso.
-ByungJoo? Oque você está fazendo aqui?
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