História Boa Sorte, Você Vai Precisar - Papai

"Aquela mulher estava novamente bebendo com seu marido, na larga mesa de jantar. Que saco. Eles só fazem isso?"

Byungjoo, o ômega, todas as noites, lia os pequenos cadernos de Gohn. Pensou em pegar um deles para ler no quarto, mas será que não dariam falta?

Recolocou o diário na gaveta e a fechou. Respirou profundamente, enquanto se levantava do chão. Foi até a porta, com um bocejo atrás do outro. Quando começou a abrir, ouviu alguns sussuros pequenos que viam se aproximando.

Parou.

-Olhe o que Kidoh causou! 

Disse a única voz feminina que tinha naquela casa.

O garoto ficou paralizado, correu para trás da cama e se abaixou, mas era grande demais para entrar de baixo da cama, então, ficou por ali mesmo.

Ouviu uma porta se abrir, mas não era do quarto onde estava. Quando ouvira se fechar, se levantou do chão, correndo para o seu, onde iria dormir.

♢▪♢▪♢▪♢▪♢

Enquanto estava em seus profundos sonhos naquela cama, com um colchão macio e confortável, sentia seus cabelos serem afagados, o fazendo entrar ainda mais naquele sono. Abraçava e babava no travesseiro, que segurava. Estava envolto nos cobertores e lençóis daquela cama.

Até ouvir algum louco gritar seu nome.

-Byungjoo!

No mesmo momento, o garoto se senta na cama assustado e totalmente confuso. Esfregou os olhos e olhou para a pessoa que teria gritado seu nome.

-Já se passam do meio dia, se eu não te acordasse você nunca acordaria hoje. -Disse Hansol, com uma expressão sorridente.

-Me deixe dormindo então... -Resmungou voltando a se deitar.

-Dormiu tarde ontem, suponho. -Disse baixo. - Oque você fez ontem a noite?

-Nada... -Resmungou novamente, ainda com um pouco de sono.

-Acorda!

-Oque você quer? -Perguntou, um pouco irritado.

-Um passeio.

-Pode fazer um passeio sozinho. Sai daqui e me deixe dormir.

-Byungjoo! -Exclamou. -Colabore comigo, pelo menos uma vez na vida! Por favor! 

Disse mexendo em seu ombro, fazendo o outro virar para ele.

-Eu queria conversar com você, mal te conheço.

-Eu também mal te conheço e prefiro assim do que de outro jeito.

-Byung! Como que...

-Não! Não vou me casar com ninguém dessa casa!

-Bjoo... por favor... você também não me ajuda...

-E você não me deixa em paz.

Hansol respirou fundo, se leventando da cama, indo até a janela, passando os dedos no vidro. Suspirou e se virou oara o ômega mais uma vez.

-Só uma chance! Pequena...

-Depois disso você vai ter que parar de pegar no meu pé.

-Tudo bem... mas por favor...

-Certo...

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Estavam no jardim da casa. Hansol, estava tão animado, que poderia explodir e de si sair confetes. Já o Byung... estava de má vontade, mas estava. Os dois parecia estar tão quietos, nenhum deles parecia conseguir puxar o assunto. O ômega, além de não conseguir, nem queria. Preferia ficar ali o tempo que fosse, sem falar nada e a npite voltar a ler e novamente, poder dormir.

O alfa, parecia querer tanto puxar alguma conversa, mas não tinha tanta coragem. Aparentemente, formulava tantas perguntas na sua cabeça, mas esquecia e tentava pensar em outras. 

-Oque você achou dessa casa?

-Bonita. -Disse, um pouco seco.

-E das pessoas daqui?

-Sua mãe é horrível.

-Eu sei... ela parece meio insensível né? Ela não é tão ruim assim. Ela só é meio...

-Chata?

-Não. -Negou com a cabeça. -Ela gosta de se exibir as vezes e preserva tanto a imagem da família, que chega a ser repetitivo. Sabe?

-Não.

Hansol soltou uma risada fraca.

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O resto da tarde fora tão calma.

O jantar não tivera tanta importância para o garoto. Mas para Hansol sim. O amigo dele viria para passar uns dias ali. E isso não deixava Byungjoo tão animado. O único empecilho para ele, é que haveria mais um integrante na casa -se é que poderia ser considerado um empecilho. 

Na hora de todos dormirem, Byungjoo já se preparava para voltar naquele quarto, mais uma vez. Quando foi até a porta, ouviu uma voz flando no corredor.

-Levem as coisas de Kidoh para o meu quarto... quando Xero voltar para a casa dele, arrumem de novo... -Disse uma voz masculina. Era o pai de Hansol.

Esperou um pouco antes de sair do quarto, quando saiu, ouviu alguns murmúrios perto dali. Byungjoo, como um bom curioso foi ver oque era. Encostou a olheira na porta de madeira e suspirou tentando ouvir.

-Gohn, meu neto... tão mal agradecido! Demos de tudo para ele e ele... -Ouviu se um resmungo.

E uma mão tocou o ombro de Byungjoo.