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História Boarding School After - New Guys, New Lies


Escrita por: Annepequena e Hopele_ss

Notas do Autor


Ei, boardings!
Com a ajuda de vocês, conseguimos nos livrar da plagiadora, e nós não poderiamos estar mais felizes.
Muito obrigada a todos, por tudo. Não conseguimos postar ontem, mas hoje estamos aqui.
Boa leitura!

Capítulo 10 - New Guys, New Lies


Fanfic / Fanfiction Boarding School After - New Guys, New Lies

Algumas pessoas tiveram galos. Outros tiveram despertadores. Eu tinha Emily, com a sua voz esganiçada. Pior do que ouvi-lá cantar, era saber que ela só canta quando alguma merda acontece e ela não quer me contar. Ela era tão boa em guardar segredo como era previsível, e esta manhã não foi diferente.

Gemendo meu caminho para fora da cama, eu deslizou para o primeiro par de chinelos que encontro.

 

— Quanta animação — falei, e olhei no relógio da cabeceira. — e ainda não são nem seis horas. 

 

Um sorriso levantou os cantos da boca de Emily mas alguma coisa nublou em seu olhar por um momento.

 

— Bom dia, Claire — ela disse, animada. — desculpa por acordá-la.

 

— Não tem problema — comentei, sem convicção. —eu ia levantar cedo de qualquer forma mesmo. Preciso conversar com o Castiel, quero saber mais sobre o Vincent.

 

Emily me olha desinteressada.

 

— Hum... Ok.

 

— Eu até já tentei conversar com ele sobre isso mas não deu muito certo. Ele desconversa todas as vezes.  — fingi um bocejo. — Olha, você não lembra de alguma coisa, qualquer coisinha, que possa me contar?

 

Os olhos dela ficaram sérios.

 

— Não... quer dizer, é complicado. Eu só sei aquilo que te contei. Só quem sabe mesmo é o Castiel.

 

Pela forma como ela fala, dá para ver que está reproduzindo algo que já disse pelo menos mil vezes. Hesito por um momento. Então, decido me aprofundar mais um pouco no assunto.

 

— Deve ter sido um ano muito complicado, não? Perder um amigo dessa forma e aguentar toda essa carga que o After tem.

 

— É... foi, sim. — ela disse, evasiva. — Tenho que ir para minha classe.

 

— Ok. — eu disse, assentindo.

 

Um pequeno franzido se formou na testa de Emily. Ela olhou para a porta do quarto mas em seguida virou para mim.

 

— A Internet foi liberada. Pode usar meus cinco minutos, se quiser.

 

Dou um sorriso de orelha a orelha.

 

— Claro, obrigada. Mas deixarei pra mais tarde. Nesse momento, preciso me arrumar.

 

Fiquei de pé e reuni minhas coisas, e Emily entendeu a deixa para partir, ela não se despediu, apenas deu um tapinha no meu ombro quando saiu para a próxima aula.

[...]

Como estamos em classes diferentes, o único momento que eu e Castiel passamos juntos é o almoço. Por esse motivo, terei que esperar para interrogá-lo. Sozinha, sigo para a aula " expresse, cesse". Como de costume, sento ao lado do Matthew. A sala de aula parece a mesma de sempre — móveis escuros, quadro branco limpo, carteiras formando uma rodinha —, embora ainda carregue aquela sensação de que alguma coisa está errada.

 

A psicóloga Jamie Harper chega no horário de costume, no exato momento em que o sinal toca.

 

— Bom dia a todos.

 

Professora Jamie coloca sua xícara de café na mesinha e olha ao redor.

 

— Ótimo. Nenhum aluno novo, então não precisamos nos apresentar.

 

Ela faz uma pausa.

 

— Uma carteira vazia. Quem está faltando?

 

Espio por cima do ombro de Matthew, aproveitando o momento de distração da psicóloga, e o espeto com um lápis — sou boa em ser sutil — e ele me olha com reprovação, esfregando o braço.

 

—  O que foi?

 

— Precisamos conseguir acesso ao escritório da Jamie.

 

— Como assim?

 

—  Pensa comigo — eu começo, explicando minha teoria. — Jamie é a psicóloga, é a pessoa que arranca, literalmente, os segredos mais obscuros de todos desse internato. Na sala dela deve ter informações sobre o Vincent. E nós precisamos saber.

 

Matthew balança a cabeça, abre a boca para me responder mas Jamie o interrompe.

 

— Quietos, por favor. — ela levanta e se vira para a porta. — alunos dêem as boas vindas ao Monsieur Luca.

 

Ela sorri para Luca enquanto ele se senta na carteira ao lado da porta.

 

— Antes que me perguntem. Não,  não sou um aluno novo. Eu estava aqui no primeiro dia. — ele olhou diretamente pra mim.

 

Ele me parece familiar. Talvez eu já o tenha visto. Mas onde? 

 

Jamie abre a sua pasta e se volta para nós.

 

— Vamos começar.

[...]

Castiel está sentado no último degrau da escada dos corrompidos. Ele está usando uma camisa azul-escura estampada com uma banda de metal que não reconheço. A camisa cai muito bem nele — ficou justa na medida certa —, e, quando ele estica o braço para me cumprimentar, a manga sobe e deixa à mostra a tatuagem no braço direito.

 

— Fiquei surpreso quando Matthew disse que você queria me ver.

 

Olho ao redor, conferindo se alguém está nos corredores, como não vejo ninguém, subo as escadas.

 

— Vou ser direta — sento um degrau abaixo do dele. — preciso da chave do escritório da Jamie. E sei que você consegue pegá-la pra mim. — o meio sorriso de Castiel desaparece e ele ameaça falar mas eu o corto. — Olha. Sei que é arriscado e perigoso mas preciso ler os documentos que ela guarda lá. Se eu for pega, juro que não contarei pra ninguém que você me ajudou.

 

Castiel estreita os olhos cinzas brilhantes para mim, o canto de sua boca levanta em um sorriso leve.

 

— Você não vai desistir, né?

 

Sorri de volta.

 

— Não, não vou.

 

Ele puxa uma chave do bolso.

 

—  Você é dono deste edifício ou algo assim? — eu pergunto.

 

Castiel coloca a chave em minhas mãos.

 

— Este é um dos privilégios de ser representante. — ele responde. — Jamie costuma guardar as pastas em um cofre. A senha deve estar no computador.

 

— Ah — eu murmuro, deslizando a chave para o meu bolso traseiro. — obrigada.

 

— De nada. — Castiel levanta e, depois de alguns passos, me encara. — Tente não ser pega.

 

Eu aceno com a cabeça.

 

— Claro.

 

Eu tento dificilmente controlar a ansiedade que começa sua corrida através de mim. Eu estive planejando muito tempo invadir o escritório, mas agora que estou com a chave, eu não consigo abrandar meus nervos.

 

[...]

O escritório de Jamie tem três armários enormes, revestidos de gavetas, e eu não sei por onde começar. Ao meu lado, Matthew está curvado sobre a grande mesa de mármore, com um dedo entre os lábios. Ele sempre faz isso quando está pensando.

 

A sala está um pouco bagunçada. Tem anotações empilhadas sob a mesa de centro, e muitas marcas de copo no tampo de vidro da mesa. Jornais Corse Matin de domingo estavam espalhados em uma poltrona e havia três caixas de dvd com os respectivos conteúdos espalhados pelo chão em frente à tv. Fiquei parada com os braços cruzados, sem saber o que fazer. Poderia dar uma rápida arrumada, mas abriria um precedente perigoso.

 

— Olha o que eu achei! — Matthew falou tão de repente, que eu juro por Deus que senti meu coração na garganta por causa do susto.

 

— Merda — murmurei, me aproximando dele.  — o que você encontrou?

 

Matthew chegou para o lado, e apontou um pequeno cofre.

 

— Como eu não reparei nisso antes?

 

Matthew deu de ombros.

 

— Eu também achei essa chavezinha aqui — ele ergueu a mini chave com um formato estranho. — mas estou com medo de testá-la.

 

— Me dê aqui. — aperto a chave em minhas mãos.

 

Tenho um conflito de sentimentos dentro de mim, uma parte, a mais sensata, me diz que devo ir embora, que não preciso me envolver nisso, que esse problema não é meu e que preciso preservar minha própria segurança. A outra, a corajosa, me impulsiona a descobrir o que tem no cofre. Porque amigos fazem isso... se ajudam, mesmo quando isso os machuca. Sem pensar duas vezes, enfio a chave na fechadura.

 

— Ai. Meu. Deus.


Notas Finais


Não sei quando voltaremos, mas dependendo da repercussão desse capitulo, postaremos esse mês.
Até mais.


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