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História Body on Me - Unkiss Me.


Escrita por: sandrabullock

Capítulo 5 - Unkiss Me.


 

 

Eu me lembro de ter subido o elevador tensa, entrado no quarto cambaleando um pouco, ter tirado o vestido com a ajuda de Cate... e depois disso, mais nada me remetia a memória da minha maldita noite passada.

Acordei assustada, o meu celular vibrou algumas vezes sobre a escrivaninha próxima a cama e parou. Eu me sentei sobre o colchão pelo qual estava sozinha, encarei meu rosto no espelho enorme que havia na parede a frente da cama, percebi que meu cabelo estava um caos e eu estava sem sutiã; isso não era NADA bom.

- Bom dia, flor do dia! – Levei um susto quando Cate saiu do banheiro, apenas de lingerie, com o cabelo molhado. – Você estava muito bêbada ontem, não deixei você ir dormir no seu quarto porque o Bryan estava lá, e você ficou falando sobre ele e blá blá blá... – Ela riu e eu fiquei em silencio, morta de vergonha.

- Onde estão as minhas roupas? – Foi a única coisa que consegui dizer.

Ela me entregou o vestido e o sutiã, aponto a minha bolsa na cadeira e foi em direção ao closet do enorme quarto, a procura de algo para vestir.

- Antes que você se faça essa pergunta: não, eu não transei com você, e nem deixei você transar com alguém. – Eu respirei aliviada, mas aquilo me fez rir. – Você só ficou na sua a maior parte do tempo, não estou entendendo a razão da vergonha.

- Eu não estou com vergonha... – Coloquei o sutiã e me levantei para colocar o vestido, percebendo os olhos dela sobre mim, descaradamente. – Eu sou tão previsível assim?

- Não. Mas eu sou. – Arqueou as sobrancelhas, sorrindo de canto e virando as costas para arrumar o cabelo em frente ao espelho. Aquilo me deixou sem fala por alguns segundos, eu apenas neguei com o rosto e tentei manter a minha boa sanidade. – Bryan veio te ver hoje cedo, disse que está arrependido, e que ama você, essas coisas de homem arrependido da merda que fez. Eu não cairia nessa.

- Eu o amo. – Peguei o celular e vi as 13 ligações perdidas.

- Ele também te ama, pelo que pude perceber. Por isso, o arrependimento, mas infelizmente o arrependimento não apaga os erros das pessoas. – Virou-se de frente pra mim, arrumando o meu cabelo assim que eu levantei o meu rosto do celular para poder encara-la.

Aquilo me fez fechar os olhos consequentemente, por alguma razão, e eu abri os meus lábios levemente, sentindo a respiração dela muito próxima ao meu rosto. Um de seus dedos deslizaram sobre minha bochecha e abaixo da linha dos olhos, indo em direção aos meus lábios, me fazendo fecha-los.

- Eu não posso, Sandra. Você sabe que não. – E saiu de perto de mim, sorrindo fraco assim que abri os olhos. – Se eu fosse você, iria atrás do seu namoradinho. Eu tenho uma briga pra finalizar com o meu futuro ex-marido.

- Tudo bem... eu não esperava... nada. – Falei, um pouco confusa, pegando minha bolsa na cadeira e colocando meu celular dentro da mesma. – Eu estarei logo ao lado caso você precise de companhia ou qualquer outra coisa... – Estreitei meu olhar a ela, que fez o mesmo comigo, acenando com a cabeça uma única vez, abrindo a porta pra mim.

- Obrigado pela companhia... – Encostei-me sobre o batente da porta, próxima a ela. – Foi muito bom conhecer você. – Sorri fraco e encarei os lábios dela ao falarem comigo. – Espero que você consiga se acertar.

- Eu digo o mesmo pra você. – Encaramo-nos por alguns segundos, o que me fez olhar para o chão e perceber que aquilo estava indo longe demais. Eu não iria mentir pra mim mesma, eu me atraí por ela, e tive vontade, mas não iria estragar nada por conta das minhas maluquices. - Bom dia.

- Bom dia. – Falou e fechou a porta delicadamente.

Depois disso, eu fui até o meu quarto, e assim que adentrei o mesmo, avistei Bryan me esperando sobre a cama, como sempre fazia, enquanto assistia algo na televisão. Eu o encarei, respirei fundo e tentei ignorar não só a sua presença, mas também, os motivos de nossas malditas brigas frequentes.

- Bom dia, Sandra. – Falou conforme passei por ele e fui até o banheiro, retirando minha roupa e entrando no banho. – Você está se sentindo bem? Quer que eu compre algo pra você comer? – Disse, indo atrás de mim no maldito banheiro.

- Não, Bryan. Não estou me sentindo bem, e não quero comer. – Fechei os olhos e fiquei com o rosto sobre a agua um pouco gelada que caia do chuveiro, tentando me acalmar e assimilar tudo que estava acontecendo ultimamente. – Para com isso... – Disse quando senti ele me abraçar por trás.

Eu não queria ceder, eu não queria acreditar no que estava acontecendo, e eu queria terminar logo com esse inferno.

- Hey... – Virou-me de frente e acariciou meu rosto. Eu apenas o abracei e apoiei minha cabeça em seu peitoral, sem dizer nada, apenas chorava. – O que foi? Você pode falar comigo.

- Não, eu não posso. – Respirei fundo. – Já faz muito tempo que não posso falar com você, pensar em me abrir com você, ou sequer dividir os meus sentimentos com você. Você só sabe brigar comigo, olhar para si mesmo, e me fazer chorar por eu ser quem eu sou. Quando começamos a namorar, você sabia sobre tudo isso que está acontecendo, e me prometeu com todas as palavras que não iria me machucar, e olha só o que você fez... – Eu abri os meus olhos e o encarei. – Você fez tudo errado. Você pisou tanto em mim nesses últimos meses, que eu não sei mais quem sou, eu não sei mais o que eu quero... mas se tem algo que eu tenho certeza, é de que eu não quero um relacionamento desse jeito. – Segurei seu rosto com as duas mãos e beijei-o lentamente, tentando ao máximo não continuar chorando. – Eu amo você, mas infelizmente, você não me ama. Não do jeito que eu sou, e eu não vou mudar quem sou para agradar você. – Me afastei dele, encostando minhas mãos na parede.

- Eu não posso apagar os meus erros, não da mais. O que eu fiz não tem concerto, mas eu amo você...

- Você me traiu, não é? – E ele ficou em silêncio. Aquilo doeu mais do que eu pude imaginar. Mais uma vez... – Responde, Bryan! – Virei-me de frente, encarei-o no fundo dos olhos.

- Sandy... – Abaixou a voz, desviando o olhar.

- Olha pra mim, Bryan. – Bufei, encarando-o. – Eu não vou abaixar a cabeça. Não de novo. É só responder: sim ou não.

- Sim. – E aquilo bastou.

Eu o empurrei, pedi para que ele saísse, e tomei o meu banho. Eu devo ter ficado por uns 40 minutos esfregando a minha maldita pele como se aquilo fosse realmente tirar todo o sentimento de nojo e desprezo que eu estava sentindo.

Quando saí, ele estava sentado na cama, me esperando. Eu não queria conversar com ele, nem olhar pra ele, mas seria necessário, e eu ia terminar de uma vez por todas. Eu o encarei, sentei-me do lado dele, e segurei as suas mãos.

- Eu amo você. Eu sei que você me ama, mas você cometeu o maior erro que alguém poderia ter cometido em um relacionamento. Eu acho melhor darmos um tempo... – Ele assentiu e eu não consegui mais segurar. – Eu só não entendo... – Ele me abraçou e eu nem relutei, mas não o retribui. – Era só ter conversado comigo, a gente daria um tempo. Eu não iria me importar, iria ser saudável, mas você preferiu me machucar... – Ele me apertou mais forte e eu o retribui dessa vez. – Por que, Bryan?

- Eu não sei. – Me soltou e segurou o meu rosto. – Me desculpa. É a única coisa que posso fazer agora. Eu estou errado, eu assumo a culpa, mas por favor... me desculpa.

- Eu entendo. – Limpou minhas lagrimas, me dando um selinho demorado. Aquilo estava realmente doendo mais do que deveria. – Eu não desculpo. Pelo menos não agora. – Ele assentiu como se tivesse me entendido e eu o beijei pela ultima vez.

- Vou sair do hotel o mais rápido possível. – Se levantou, soltando minha mão lentamente.

- Não precisa, eu vou pro meu apartamento amanhã mesmo. Você pode dormir aqui. – E ele se virou para me olhar. Eu não estava mais aguentando esse inferno... eu o amava, mas não iria aceitar esse tipo de coisa. – Eu vou sair, ir ver como estão as coisas no meu apartamento e comprar comida. As crianças estão bem?

- Estão. Irão voltar pra L.A amanhã cedo por conta da escola. – Assenti e fiquei parada por alguns segundos, o encarando. Não teríamos mais conversas como essas, eu sentiria falta disso. – Ficarei longe deles, ok?

- De maneira alguma. – Rebati rapidamente. – Eles te amam, eu não quero que eles se prejudiquem por conta disso. Eu já te coloquei na vida deles, não quero tirar.

- Você quem sabe. Eu farei o que for melhor pra você.

- Melhor seria se você não fizesse essa merda que você fez, não é? – Rebati novamente. – Enfim, eu vou sair. – Tirei o anel de compromisso que ele havia me dado, colocando na mão dele e fechando-a em seguida. – Até depois, Bryan.



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