História Boku no Hero Academia (BHA) ~ Gosto de vocÊ ❤(em manutençao) - Que as luzes se apaguem

Que as luzes se apaguem

Domingo a noite. Bakugou e sua família estavam a caminho do grande baile de galas na limousine. O salão era imenso e brilhante, cada janela tinha uma ornamentação floral com suas cortinas perfeitamente presas e muito bem passadas. Nos corredores e o salão em si o chão brilhava com o mármore branco refletindo o teto enfeitado por garbolas de cupido e no centro um imenso lustre de cristal. A maior parte dos convidados já tinham chegado ocupando as mesas metricamente arrumadas. Todos aguardavam a presença dos anfitriões, o baile era dedicado ao novo casório do avô de Bakugou pela 5° vez. Assim que a família Katsuki entra no salão não demora muito para os convidados o cumprimentá-los. A senhora Katsuki estava vestindo um belo vestido preto de ceda longo uma echarpe de pelagens negras e uma bolsa. O pai usava um smoking preto insuportavelmente perfeito sem alguma ruga, cabelos escovados para trás e seu típico óculos.

- A maioria chegou, vou ir na cozinha rever o menu.

Bakugou corre a sua frente para impedi-la.

- Espere!

- O que está fazendo Bakugou?

- Não é melhor você checar a coleção de vinho primeiro? Acho que eu vi alguém bebendo shampanhe.

- Shampanhe?! Mas ainda não é a hora! - Ela fica brava - Okey vou checar. Tudo tem que estar perfeito! – Enquanto ela ia na direção oposta, o pai de Bakugou foi chamado para fumar charuto no escritório com outros ricos.

Com a distração realizada Bakugou foi até Uraraka sem demora. Assim que a encontrou pegou a pelo braço e levou a para o corredor subindo as escadas e entrando num dos quartos de hóspedes.

- O que você pensa estar fazendo me levando até aqui em cima?! – Pergunta assustada pensando em todas as maldades.

- Como você pode estar tão mal vestida para uma festa de galãs? Você é burra?

Ela usava um simples vestido plissado rosa de bolinhas com seus cabelos penteados como de costume e um arco de pérolas de plástico na cabeça, seus causados era uma sapatilha um pouco gasta. Parecia que uma criança a vestiu. Uraraka não pensava na beleza e sim na praticidade que teria no trabalho. Após analisa-la com uma mão na cintura e outra tampando a boca ele pegou seu celular. Uraraka não entendia nada, mas a reação dele a deixava nervosa.

- Aqui é o Alfa, já pousei no ninho com a canário tragam as armas. Repito. Tragam as armas!

- Bakugou o que tá acontecendo?! – De súbito a porta se abre e uma equipe de mulheres entram vestidas de preto fazendo barulho no piso de mármore com seus salto scarpin agulha de 15cm e malas de safe yins enormes e pesadas infestavam o quarto. Parecia um desfile de moda, as assistentes montavam as mesas onde abriam as malas em cima.

– Você me dá quanto tempo para concertar isso?! – Bakugou pergunta a mulher que chega por último parecendo Miranda Priestly e apontando para Uraraka como se ela fosse um troço ou não estivesse ali de verdade.

A mulher francesa de meia idade a analisa de cima a baixo e responde com um sotaque bem arrogante.

- Umas meia hora, se ela não morder.

- É muito. Te dou 15 minutos. Faz seu milagre! – Ele se vira para Uraraka – Quando terminar saia do quarto e me espere no corredor de acesso à sacada, estarei lá – Ele se vira e sai do quarto fechando a porta por trás.

- Bakugou me diz o que está acontecendo!? – Uraraka grita. A mulher e algumas meninas a impedi dela ir atrás dele.

- No, no, no querida! No se preocupe. Ele está tão ansioso quanto você – Ela pega sua fita de estilista e passa pela cintura, ombros e busto de Uraraka e a empurra sentando bruscamente na cadeira por trás de si que uma das assistentes avia colocado.

 – Okey meninas vamos transformar esse bicho em gente! Gigi pegue os vestidos tamanho 32. Seus pés tem cara de 35 – Ela se vira abrindo uma das enormes malas e o que se vê é uma pequena sapataria onde Cinderela perdera seu sapato. Todos os tipos de saltos que Uraraka nunca tinha visto e agora ali em seus delicados pés. As meninas começaram a maquiá-la e arrumar seu cabelo enquanto outras viam a tonalidade ideal do vestido para ela. Ela estava cercada de pessoas em cima dela. A arrumando e produzindo. Estava ficando zonza de tantas perguntas e correria.

- Sabe querida, esse seu namorado é um grosseirão e não tem a menor idéia de como se deve tratar uma dama. Mas com você ele parece ter percebido algo especial – Ela fala com o sotaque de francesa e pega seus pincéis de make juntamente com um estojo profissional de sombras 3D de 36 cores e começa a pintar como uma artista.

- Algo especial em mim? – Uraraka repete tentando entender.

- Ele veio em meu estúdio ousado, passando pelos corredores do meu solo sagrado como um príncipe das trevas emanando a morte e insistiu que eu o ajudasse, o maldito fez todas as minhas assistentes desmaiarem – Ela troca o pincel da make o sujando de outra cor e fazendo um esfumaçado na parte superior - antes que eu vinhe-se organizar essa produson ele escolheu uma única peça de vestido e disse que era para abrir apenas se você não gostasse de nada do que eu mesma escolher. O achei estúpido! – As assistentes pegam todos os vestidos pondo-os a frente de Uraraka no espelho um pouco coradas.

- E me fez prometer não abrir antes do tempo. Nem se quer para eu avaliar, fiquei surpresa pela confiança sega dele. Confiante de que você talvez gostasse mais do vestido que ele escolheu. Do que os que eu mesma fiz e escolhi! – Ela para de maquiar. Cola os cílios falsos, passando delineador e finalizando com a máscara de cílios para dar um melhor alinhamento.

- Gostou de algum desses? – Ela dá espaço para suas assistentes mostrar os vestidos.

- Não me sinto confortável com nada, eu não sou dessa classe de garota – Diz Uraraka cabisbaixa. Os vestidos pareciam algo que a Lady Gaga usaria. E outros impróprios para sua idade.

- Se nenhum dos meus lhe serviu enton abriremos o que ele escolheu – Ela estala os dedos para uma de suas assistentes onde ela pega um vestido ainda na capa protetora. E abre o revelando a todos.

- Esse vestido é... Não se fazem mais vestidos assim hoje em dia, onde ele conseguiu? – O vestido era de princesa formato A decote redondo cauda de sereia tule e renda da cor rosa pérola, na forte luz do quarto ele parecia branco, mas dava pra ver seu fraco pigmento rosê.

Assistente – Senhora há um bilhete atrás do vestido no nome da senhorita Uraraka Ochako.

Uraraka pega quando abre vê que era apenas a etiqueta mostrando o preço do vestido, a mesma abre a boca assustada.

- Começo a temer pela minha vida se algo ruim acontecer com esse vestido - Era equivalente a 3 salários mínimo que ela recebe da lojinha.

Assistente – Não senhorita a trás da etiqueta!

Uraraka vira e lê em voz alta.

O preço é barato comparado a como você vai estar assim que vesti-lo ...

Fique linda ~ de Bakugou

As assistentes fazem Ohhh em conjunto.

- Ele.. É perfeito – Diz Uraraka com seus olhos brilhantes.

- No demore querida! Vá se trocar! Se precisar de ajuda é só chamar.

Quebra tempo

Em quanto isso.. Bakugou encontra Todoroki.

- Já raptou sua princesa? – Pergunta Bakugou.

- Não enche! – Responde Todoroki – E a sua princesa como está?

- Está se tornando outra coisa no quarto.

- Isso é jeito de falar? Estamos falando de uma dama afinal.

- Tanto faz. A hora está chegando por que ela demora? E as suas princesas já chegaram?

- Sim. Elas estão cumprimentando os outros convidados. Ainda não me viram. Deixei tudo pronto no palco. E o holofote já está em posição.

- Ainda dá tempo de pular fora do barco.

- Está tudo bem, chegou a hora de enfrentar meu pai.

- É assim que se fala. Está vendo o corredor da sacada? – Todoroki levanta o olhar – Meu avô vai caminhar com a noiva na sacada esquerda. Nessa hora eu irei caminhar com a Uraraka pela sacada direita. Você vai nos acompanhar com a luz. Vamos nos encontrar frente a frente nas escadas descendo ao palco.

- Entendido. – O celular de Bakugou vibra.

- Outra coisa... Se tudo der errado, ou não for conforme o plano. Quero que você abandone tudo. Haverá outras oportunidades – Bakugou tira o celular do bolso.

Mensagem: Cinderela está pronta!

- Chegou a hora.

- Boa sorte mano - Eles dão um toque de mão. Bakugou sobe as escadas aguardando Uraraka no corrimão envernizado da sacada. Do outro lado da sacada o avô de Bakugou aparece com sua noiva e olha ele surpreso. O que meu neto vai aprontar? Pensou o velho. Bakugou fica de frente a ele o cumprimentando da forma mais elegante e arrogante dando sua típica risada. O avô corresponde apontando a aliança no dedo. Uraraka sai do quarto ficando de costas para ele.

- Bakugou? – Ele vira irritado pela provocação do avô.

- O QUE É?... – Ele fica de boquiaberto e arregala os olhos completamente desacreditado. Uraraka era a imagem da beleza mas pura, era tão doce que seus dentes podiam pegar cáries só de olhá-la.

- Como estou? – A francesa sai do quarto olhando a cena patética do Sr. Arrogante.

- Se ficar mas tempo com essa boca aberta vai acabar engasgando com uma mosca – A francesa da sua risada escandalosa. Bakugou se repõe e vê que seu avô já está caminhando na sacada.

- Essa não! Vem! – Ele pega a mão da sereia rosa e começa a andar com ela na sacada com o braço entrelaçando na mesma.

- Bakugou me diz o que está fazendo? E pra que tudo isso?

- Relaxa isso tudo faz parte do plano – Ele dá o sinal para Todoroki.

- Que as luzes se apaguem – Diz Todoroki apagando o interruptor e ligando o 2° holofote direcionando a eles.

- Aquele ali é o Todoroki? – Pergunta Uraraka – Ele também está envolvido nisso!?

- Digamos que sim – Eles apressam um pouco o passo para acompanhar o avô.

- Mas o que Todoroki está fazendo? – Yaoyorozu pergunta pra si mesma.

- Mas o que esse moleque pensa que está fazendo? – Diz a Senhora Katsuki – Bakugou de encontro a decida da escada com Uraraka e seu avô descem na mesma sintonia chegando juntos ao palco onde será a cerimonia de matrimônio.

- Espero que você tenha uma ótima explicação para isso, meu querido neto.

- É claro que sim. Quero lhe apresentar minha futura esposa – Uraraka olha para Bakugou surpresa. No que ele está pensando? Era esse o “plano”!? – Agora velhote, engula suas palavras.

Todos ficam maravilhados menos os pais de Katsuki, os fotógrafos que cobriam o evento formaram um muro na frente tirando várias fotos no ocorrido. Todos se perguntavam quem era a garota que seria a noiva de Bakugou.

- O que você está fazendo com seu avô não é certo.

- Fique quieta e deixa a coisa rolar – Uraraka franze a sobrancelha. Pega o braço de Bakugou dando um golpe por trás fazendo ele ficar de joelhos e imobilizado. Todos ficam surpresos.

- Pesa desculpa a seu avô, você não deve tratá-lo com diz respeito em seu casamento!

- O que você tá fazendo!! – A cena surpreendeu tanto Bakugou quanto seu avô.

- Senhor Katsuki. Peço desculpas por esse encontro. Eu não sabia sobre esse plano de Bakugou.

- Peça desculpas Bakugou!

- NÃO VOU ME DESCULPAR COM ESSE VELHO! – Uraraka solta Bakugou. De pé ele a encara furioso. Uraraka vai a frente do avô fazendo uma reverência de respeito.

- Desculpe por tudo isso senhor! Com licença - ela sai do palco com todos os fotógrafos a observando. Bakugou pula do palco correndo atrás dela.

Música On: Impossible – James Arthur

- Uraraka espere! – Bakugou corria pelo estacionamento gritando por ela. Ela fingia não ouvir – Espera por favor! – Ele pega em seu braço.

- Me larga! – Ela o empurra pra trás – Como você pode fazer isso comigo? Com seu avô ainda por cima! Você o desonrou e faltou com respeito na frente de todos! – Ela vira continuando a andar.

- Me diga seu preso! Quanto você quer pra ser minha namorada de mentira? Posso te dar quanto dinheiro você quiser, assim não vai precisar trabalhar naquela lojinha da cidade! – Ela para e volta o caminho. Ela pega as mãos quentes dele e as estende. Retira os brincos e colares pondo os na mão dele.

- Não vou me vender pra você. Não preciso de roupas lindas, joias nem sapatos para ser notada. Eu tenho orgulho do meu trabalho temporário, não quero ser ninguém além de mim mesma – Ela tira os sapatos pondo os na outra mão dele – Dinheiro não compra felicidade, e o que você fez lá dentro com o seu avô é imperdoável – Ela tira o vestido o pondo sobre os braços dele - Eu achei que você era uma boa pessoa mas não dá pra te entender. Parece que você prefere se mostrar mal para as pessoas mas faz coisas boas por trás. Você tem dúvidas do que quer ser? Ou essa é só mais uma das suas atitudes de garoto riquinho? Ter feito aquela cena me envolvendo na festa do seu avô não se faz! – Ele nada diz. Ela vai na ponta do estacionamento e pula. Bakugou corre para a ponta do edifício a vendo pousar devagar no térreo. E seus pés gelados e sujos pelo chão úmido. Magoada sentou na calçada a chorar.

Midoriya passava por perto quando viu uma bela princesa sentada na calçada.

- Com licença mas.. Você está bem?

- Estou – Diz ela cabisbaixa secando as lágrimas insistentes – Midoriya?...

- Uraraka?! Você está.. – incrível era a palavra que ele queria usar, mas ao ver o triste semblante da amiga preferiu dar apoio – Vou te levar em casa.

- Não precisa.. – Ela seca as últimas lágrimas forçando um sorriso.

Ele encara ela seriamente - O que aconteceu? – Ela se levanta e abraça Midoriya, ele retribui a apertando em seus braços de uma forma confortável e afetuosa – Você estava certo sobre ele! – Ela desaba em lágrimas.

Midoriya sentindo seus braços gélidos tira seu casaco a cobrindo e oferece um lugar na bicicleta enquanto isso Bakugou corria por trás observando a cena parado na rua ofegante rangendo seus dentes de raiva tentando recuperar o fôlego. Uraraka montava na bicicleta segurando firme no guidom e arrumando a nágua. Estava completamente envergonhada tanto pela situação quanto a roupa que está usando ser pouco transparente. Midoriya envolvia seus braços no guidom com sua respiração quente arrepiando os ombros de Uraraka. E seguiu pedalando.

- DROGA! – Grita Bakugou derrotado. Voltando ao salão todos os convidados estavam se retirando mudando a festa para outro lugar. Bakugou sentou nas escadas de um salão vazio.

Music Off

- A Cinderela já se foi? – Diz a francesa chegando perto dele estendendo a roupa de Uraraka para ele cuidar – A coitada esqueceu a roupa. Bem já vou indo, espero que as coisas tenham dado certo para vocês dois – Ela sai do salão levando uma garrafa de vinho. Todoroki chega sentando se a seu lado - Nada deu certo não é?

- É... Vamos embora – Eles se levantam e saem do salão - Apaguem as luzes! – Grita Bakugou para os funcionários. Uma à uma se apaga.