Cupcake
A manhã estava linda e pouco gélida. Acordei bem cedo para comprar pão e regar minhas flores Kalanchoe antes de sair. Quando abro a porta, tropeço numa enorme caixa de presente que estava em minha frente.
- Nossa quem deixou isso aqui?
Entrei em casa com ele. Abri o lindo embrulho rosa florido. Uma bolsa vermelha Valentina vinha com um bilhete ao fundo.
Espero que aceite o presente como pedido de desculpas
~ Bakugou
- Rum.. Ele acha que uma bolsa cara vai fazer eu perdoá-lo? - Coloquei a bolsa de volta à caixa, tranquei a porta e desci com ela a deixando no correio com um bilhete colado. Olhei novamente pra caixa. Tentador, muito Tentador. Mais não! Não sou tão fácil assim. E como fica meu orgulho, aquela cena não foi normal!
DEVOLVER AO REMETENTE!
- Com o que aconteceu naquele casamento eu até perdoaria se não soubesse que era tudo um plano dele com Todoroki. E eu nem sei se vão me pagar!- Sai do prédio e reparei que tinha um velho estranho balançando os braços na tentativa de espantar moscas.
Uraraka off/Bakugou on
Vi ela sair, por pouco não consigo disfarçar o binóculos. Aproveitei sua ausência para entrar na recepção.
- ELA ESTA DEVOLVENDO MEU PRESENTE?!! – Peguei a caixa e fui para o carro voltar pra casa.
- Ela gostou do presente jovem mestre? – Diz a empregada.
- ISSO RESPONDE SUA PERGUNTA? – Joguei a caixa no chão e me joguei no imenso sofá aveludado.
- O senhor por acaso...
- Ela deixou a caixa no correio e pôs esse bilhete escrito retornar ao remetente! – Estou possesso de raiva, como uma bolsa cara não conquista uma garota como ela?
- O senhor já tentou... – Não quis escutar aquela velha e subi ao meu quarto para pesquisar por um novo presente. Depois de bolsa o que garotas gostam são joias, se isso não conquistá-la...
Bakugou off/Uraraka on
Quando voltei ao apartamento a caixa já não estava lá, pra mim foi ótimo. Eu preciso ver que roupa vou sair com Deku. Estava frio, pensei numa calça, minhas botinhas, cachecol e um sobretudo. Perfeito. Amo frio ^^
- Só pode tá brincando! Outro presente? – Bem em minha porta estava uma pequena caixinha. Nem abri. Peguei o bilhete que estava com o laço. Já sabia que era dele.
PANQUECA ACEITE COMO PEDIDO DE DESCULPAS!
~ BAKUGOU
- Isso pareceu que tenho a obrigação de aceitar. Como ele é... – Bufei de raiva. Colei na caixinha um bilhete e desci as escadas do apartamento pondo a no correio - Ele é muito insensível. Por acaso ele acha que dinheiro me compra. Já estava na hora de eu me encontrar com Deku e essa situação estava me atrasando.
- Uraraka!
- Midoriya? Você não viria daqui a 1h? – Escondi a caixinha no meu bolso.
- Nós combinamos nesse horário – Ele me mostrou o celular com nossas mensagens trocadas.
- Há é verdade! – Por que ele teve a necessidade de me mostrar nossas mensagens?
Seguimos caminho a casa dele.
Quebra tempo
- Entrem crianças! Izuko como você cresceu em tão pouco tempo! – A mãe de Midoriya era igual a ele, cabelos esverdeados e os olhos também, gordinha simpática e muito fofa, falava com ele já com os olhos marejados de tanta emoção – E você deve ser a Uraraka Ochako! Tão kawai!
- Muito obrigada. É um grande prazer conhece-la. Iida? O que faz aqui?
- O que eu Faço aqui? Acho que anda meio distraída Uraraka. Midoriya também me convidou pra passar o dia aqui.
- Izuko eu esqueci de pedir a você trazer um bolo.
- Tá bom vou lá rápido. – Ele pega seu casaco e cachecol e sai de casa fechando a porta por trás.
- Sabe Uraraka -San você é a primeira menina que o Izuko trás aqui em casa. Ele deve gostar muito de você. – Uraraka não conseguiu disfarçar o quando ficou corada em ouvir isso, Iida pegou seu celular se fechando para as caricias de meninas.
- É mesmo? – Dei um sorriso sem graça coçando minha cabeça por trás.
- Enquanto Izuko não chega vou ver como está o frango e já já sirvo uns petiscos, fiquem à-vontade – Ela dá um sorriso fofo e vai para a cozinha.
Me levantei do sofá e me aproximei das fotos penduradas na parede de Deku com sua mãe. Que fofo! Vi também uma foto dele quando criança segurando redes de captura juntamente a um outro garotinho com cabelos platinados e olhos de íris vermelhos. Nesse momento a mãe de Izuko chega com uma bandeira de biscoitos.
- Quem é este garotinho na foto ao lado do Deku? – Iida desvia o olhar do celular. A senhora Izuko se aproxima para identificar a foto antiga - Este é Katsuki Bakugou, engraçado que quando criança ele chamava Izuko de Deku. Os dois sempre foram amigos.
- Isso explica muita coisa. Mas porque eles vivem se desentendendo? – Iida.
- Até hoje não sei. Eles dois tiveram essa relação depois de alguns anos. Midoriya sempre esteve ao lado dele mesmo sendo tratado mal. É uma pena eles se desentenderem hoje em dia. Já que eu e a mãe de Bakugou fomos colegas de escola.
- Senhora Izuko reparei que só a fotos do Midoriya e da senhora, o que aconteceu com o pai dele? – A mãe de Izuko fica cabisbaixa, deu pra ver que prefere não tocar no assunto. – Me desculpe, minha pergunta foi pertinente? – Iida.
- Oh não querido, Uraraka sente-se aqui no sofá que vou contar. Bem eu e o pai de Midoriya fomos escolhidos numa agência de individualidades. E tivemos um casamento de individualidade.
- Casamento de individualidade? – Uraraka.
- Sim, na minha época era muito comum para a segunda geração fazermos isso para nossos filhos terem uma individualidade mais forte ou desconhecida e até mesmo a evoluir nosso pais.
- Faz sentido – Iida.
- Então o casamento nessa época era arranjado? – Uraraka.
- Exatamente. Fui casada por dois anos, quando Izuko nasceu o pai dele foi se afastando para cuidar dos próprios negócios. Ele dava noticias e cuidava de nós apenas de longe. Quando Izuko cresceu praticamente com a ausência do pai. Até os 4 anos foi muito difícil para ele e para mim, era difícil responder a ele quando me perguntava do pai. Até que All Might fez sua estreia. Isso ajudou muito, Izuko não parava de admirá-lo e foi se esquecendo do pai. Quando fomos ao médico ver a individualidade do Midoriya. O médico me disse que ele não tinha – Isso me surpreendeu tanto quanto Iida.
- Como assim ele disse que ele não tem? – Iida.
– Ele ficou derrotado e muito deprimido, mesmo assim ele não desistiu, continuou sonhando alto até que aconteceu o milagre da individualidade se revelar no exame. Mas não sei porque foi depois de tanto tempo – Isso deixou um questionamento bem longo em nossas mentes.
Midoriya chegou com o bolo. Mudamos o assunto para não criar desconforto para ele. juntos passaram um dia divertido conversando e rindo. Quando ficou tarde o suficiente Uraraka se despediu da senhora Izuku e foi para casa acompanhada por Midoriya. Já em frente à casa..
- Desculpe se minha mãe se empolgou demais, ela é assim mesmo sabe?
- Achei tudo ótimo! Ela é muito parecida com você. É muito fofa. E obrigada por me convidar pra passar a festa com sua família.
- Eu ia me esquecendo.. – Ele se afasta dela e põe a mão no bolso tirando uma caixinha de presente – Isso foi de última hora, espero que goste... – Ele a entrega corado.
- Que lindo! – A caixinha tinha uma pulseira de pingentes um mais lindo que o outro.
- Eu posso? – Ele se oferece pegando a pulseira e a colocando no pulso.
- É muito lindo eu amei! – Sem pensar ela o abraça novamente o deixando surpreso. Eles se despedem e Midoriya volta para sua casa com expectativa para um dia ainda melhor.
Após a despedida, reparei que havia um carro de luxo estacionado em frente ao apartamento.
- Bakugou?
- Finalmente resolveu aparecer – Diz arrogante como sempre.
- Porque comprou aquilo tudo pra mim só pra eu te perdoar? Um me desculpe já era bom.
- Bem não sabia como agir na sua linguagem de pobre. E também eu nunca peço desculpas pra ninguém – Encarei o altar ridículo que ele estava fazendo de si mesmo.
- Tão tá, boa noite.
- Espera! E como fica?
- Por que você esta exigindo meu perdão? Alguém como você não repara em meninas como eu. Qual sua real razão? Você já brincou comigo antes e quer fazer novamente porque acha que sou fácil?
- Não é isso... É outra coisa...
- Então o que é?! Me fala eu aguento!
- EU RESPEITO VOCÊ TA LEGAL?!
Isso fez ele ficar bravo. Mas me soltou um ar de “Era só isso?” - Agora me explica por que fez aquilo.
- É depois de tudo acho que merece saber... Mas antes me responda uma coisa. O que você pensa de mim? – Diz ele olhando pro céu.
- Eu acho você uma pessoa boa, apesar de sua arrogância eu acredito que você tem um lado gentil e nobre que mostra de vez em quando – Ele me olha surpreso – Bom era isso o que eu pensava depois daquele capricho de riquinho no casamento do seu avô.
- Por onde começar?... – Me aproximei sentando no capô do carro junto com ele. Meu avo é dono da melhor agencia de heróis de Tokyo. Meus pais o ajuda a cuidar da empresa as vezes, são um casal de Juiz e segurança do trabalho. Eles querem que eu assuma os negócios da família após me formar. E não é isso que quero.
- Por que seu avo não deixa seus pais cuidarem pra ele se aposentar?
- Por que meus pais desfariam a agencia e os investimentos do meu avo e usariam como centro dos negócios deles. Meu avo deixa eles cuidarem da parte jurídica. Meus pais são pessoas de poder e influencia. Meu avô foi forçado até a demitir alguns funcionários por conspiração. E também afastou meus pais do negocio. Desde então não se dão bem.
- Entendi. Então seu avo não confia mais nos seus pais e por isso quer passar os negócios pra você.
- Isso mesmo – Ele suspira pro alto como se tivesse soltado um peso dos ombros.
- Mais porque me envolveu nisso com o casamento?
- Bem.. Sei lá... Só achei que você ia entender não que faria tudo aquilo. Meus pais querem que eu tome posse da empresa pra eles fazerem oque quiser, e eu cumprir com os planos deles.
- Então você está dividido entre as duas corporações.
- Eu só queria fugir disso tudo e seguir meu caminho em paz. Fazer o que sempre almejei fazer – Ele me olhou com um sorriso de situação bad. Eu estava vendo outro Bakugou. Um que eu não esperava um fardo maior que a minha preocupação em pagar as contas no final do mês. Enquanto ele me contava não tinha reparado no semblante que meu rosto formou – Não precisa me olhar assim...
- De que jeito to te olhando? – Tentei dispetrificar minhas sobrancelhas devagar.
- Assim – Ele fez uma careta mostrando a língua e deixando seus olhos vesgos. Empurrei ele onde se desequilibrou do capô.
- Nossa que bruta! – Damos risadas juntos. Já possuimos essa intimidade? Estava frio , pus minhas mãos no bolso e senti a caixinha.
- Toma – Ela me devolveu a caixinha mas em seu pulso estava a pulseira de pingentes que comprei.
- Você gostou? – Perguntei sorrindo.
- Na verdade nem abri.
- E essa pulseira em seu pulso?
- Foi o Deku que me deu – Abri a caixinha por que não estava acreditando. Quebrei a cara, a pulseira exatamente igual estava nela – Algo errado?
- Não.. Nada...– DEKU DE NOVO EM MEU CAMINHO!
- Vou entrar – Sai do transe. Ela se virou em minha frente estendendo sua mão - Amigos? – Com aquele sorrisinho. Parecendo um doce.
- Amigos – Correspondi apertando suas pequenas mãos frias. Porque esse jeitinho dela me acalma? – Estou perdoado? – Concordou com a cabeça
- Bem boa noite!
- Boa noite! – Não sei oque me fez desviar o olhar apenas depois que ela saiu de vista. O frio me acordou, entrei no carro e fui pra casa.
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