História Boku no Hero Academia (BHA) ~ Gosto de vocÊ ❤(em manutençao) - Quebra ou repara?

Aquela promessa

Bakugou on

Acordei loco pra saber aonde estava. Esperei minha visão se ajustar a iluminação clara do ambiente. O quarto do hospital estava vazio.

- Finalmente acordou – Diz uma voz irritante e familiar vinda ao meu lado.

- O que está fazendo aqui Deku? Onde a Uraraka e o resto estão?

- Ela foi para casa com os pais para se trocar e me pediu pra ficar com você caso precise de alguma coisa.

- Existem enfermeiras pra que?

- Todoroki e Kirishima estão sendo tratados. Amanhã recebem alta. Os demais foram para suas casas descansar – Não era nenhum pouco confortável falar com esse idiota.

- Não lembro de ter pedido a manchete do planeta diário ou a abertura da lenda de Porra (Nota: Segundo Bakugou a letra P substituindo o nome da Avatar foi intencional. Peço desculpas em nome dele) – Ele deu de ombros com a minha resposta. Isso me deixou furioso.

- Como você sabia que estávamos naquele galpão? – Digo dando o braço a torcer depois de alguns minutos em silêncio. Já que esse merda ficará aqui, pelo menos é melhor tirar proveito.

- Uraraka ligou para mim – Já não gostei de saber disso - não entendi muito a explicação dela, só me disse que precisava de ajuda e o local onde estava, logo em seguida ouvi ela gritando e a ligação ficou muda. Juntei todos que pude e fui onde ela me alertou – Ele falava tranquilamente sentado na cadeira de visitas foleando uma revista – Todos estão bem – Deixou a revista de lado e se levantou indo em direção a porta mas parando no meio do caminho de frente para a ponta da cama.

- Que bom.. – Digo aliviado.

- Como teve a capacidade de envolve-la nisso? – Seu semblante estava escuro – Você a machuca e ela recolhe os pedaços ao tempo que corre atrás de você. O que te faz pensar que ela é de titânio para te suportar? Você já não bagunçou demais a vida dela?

- Nunca quis envolve-la. Acha que gostei de vela machucada bem na minha frente e eu estando incapaz de fazer alguma coisa?

- Você lembra quando éramos crianças e você pegou no robô de madeira que meu pai me deu?

- Claro que lembro. Mas o que isso tem av-..

- Se eu soubesse que você quebraria ele nunca teria deixado vê-lo. A mesma coisa é com ela. Você sabe que eu tenho muito mais chance de ficar com ela do que você. Ela merece um cavaleiro. Que a trate bem, a faça feliz, seja gentil e sempre cuide dela – Dei risada.

- Casais perfeitos não sabem amar, e esse é o lance da nossa relação. Nós não somos perfeitos. Você só enxerga o que quer ver nela. Já eu o que ela é. Conheço tudo o que ela não mostra, pra mim até seus defeitos são perfeitos. Você teve muitas oportunidades para ficar com ela, estava mais perto que eu para aucansa-la. Então porque não fez? Aposto que nem sabe quanto tempo faz que ela gosta de você. Eu descobri em um único Capítulo o que você demorou em 5 temporadas  – Ele ficou surpreso pelo o que eu disse continuou caminhando até a porta e parou.

- Você tem razão. Mas nós fizemos uma promessa quando criança. Nunca pegar a garota do seu irmão. Esse é uma das regras entre amigos que por alguma razão a respeito até hoje – Dei gargalhada.

- Não pode estar falando sério! Como depois de tudo você teve tantas chances mal aproveitadas por causa de uma promessa daquelas?

- E também... Porque ela estava feliz com você. Eu não tenho irmãos mas, pensei que se eu não ficasse com ela mas se pudesse escolher outra pessoa, teria sido você. Só espero não me arrepender disso depois – Quando ele abre a porta, seguranças de terno estavam na frente do quarto escoltando um senhor de idade.

- Acho que esse é o quarto errado – Diz o velho para um dos seguranças, ele se volta novamente para Midoriya cerrando seus olhos enrrugados – Eu acho que conheço você. Mas este é o quarto de Bakugou Katsuki?

- Sim, mas quem deseja? – Diz Midoriya desconfiado já serrando o pulso.

- Sou o avô dele. Posso entrar?

- Sr Katsuki! Sou eu Midoriya – O velho se surpreendeu e o abraçou com felicidade 

– Minha nossa como cresceu!

- Obrigado vovô, foi bom revê-lo, bom vou deixa-los a sós para conversarem. Até mas.

- Até mas! Como cresceu! – Ele se despede entrando no quarto desmanchando o sorriso. Vendo o estado de seu neto na cama o encarando com o maxilar tenso. Ficaram conversando por 1 hora enquanto Midoriya estava tomando um ar no jardim do hospital próximo a entrada e escutando a rádio no fone de ouvido.

Midoriya on

- Deku-kun bom dia! – Diz Ashido vindo com Uraraka. Ela usava um vestido preto com listras amarelas e Uraraka usava uma calça preta e uma blusa rosada com lasso preto. Estava bonita e perfumada.

- Bom dia Ashido-san, Uraraka-san, achei que a Momo viria com vocês para visitar Todoroki.

- Pois é, o pai dela passou muito mal hoje cedo e ela teve que ficar esperando a mãe dela chegar para não deixar o pai sozinho - Diz Ashido.

- Na casa dela não tem muitos empregados?

- Hoje é o dia de folga deles e ela consegue dar conta. Foi o que ela me disse. Trouxe umas coisas para os meninos comerem, o pessoal foram bem generosos. Vou lá até mas e obrigada por ficar de olho nele - Diz ela pouco acanhada.

- Sem problemas – Dei um sorriso forçado. Ela desviou o olhar passando por mim com o vento de seu movimento batendo em meu corpo como uma onda do mar exalando seu perfume de flores. Faz muito tempo que não conversamos desdá quele dia. Vendo as costas dela enquanto a mesma andava, me passava tudo o que tinha conversado com ele e o que não pensamos era. O que ela queria? Meu celular tocava Can i be him James Arthur. Impressionante como em momentos inusitados a música da rádio toca a canção que nos acaba por falar tudo...

Uraraka on

Ashido e eu nos separamos. Do corredor do quarto dele vi sair seguranças de escolta com um homem de idade avançada. Corri para lá preocupada. Bakugou não estava na cama. Comecei a chamar por ele. Ao lado do quarto ele correspondeu sentado numa cadeira de visitantes - Pude respirar novamente.

- Quem era aquele senhor?

- É meu avô. Você já tinha o visto lembra?

- Claro no casamento dele. Nem tinha reconhecido. O que ele queria?

- Calma. Ele veio me oferecer a casa dele para eu morar. Ele ficou sabendo o que houve pelos noticiários, expliquei a ele o que aconteceu. Ele quer que eu more com ele para me afastar dos meus pais e fazer com que aquilo não se repita. – Ele se levantou devagar da cadeira. Ainda estava com as costelas doloridas e mancando. O ajudei a se ajeitar na cama.

- E no que está pensando? Vai aceitar a proposta dele?

- Não sei. Acho que sim. Mas por outro lado penso em me mandar pra outro lugar onde eu possa viver sozinho.

- Bom ouvi falar que vai abrir as vagas de alojamento.

Quebra tempo 

Momo on

Era 23:13 da noite. Eu estava exausta. Fiquei o dia inteiro cuidando de meu pai. E minha mãe até agora não deu as caras! Sai do quarto e fui para cozinha comer algo e me arrumar para dormir. Ouso o barulho da porta abrir. Finalmente ela.

- Aonde esteve? Te liguei inúmeras vezes. Papai não está bem – Ela estava com seus cabelos pouco embaraçado, bêbada, sua boca estava borrada de batom, sua roupa amaçada, descalça e reparei que seu pescoço estava com algumas marcas roxas e vermelhas - Você estava traindo meu pai enquanto ele estava tendo uma parada cardíaca? – Ela deu risadas de deboche.

- Você não tem que cuidar da minha vida. Eu não cuido da sua! – Diz meio grogue.

- Mesmo o pouco que cuidou já a transformou num inferno. Como tem corajem de ainda fazer isso com meu pai estando doente. E se meter com outro homem que também tem família!?

- Queridinha aonde nós somos diferentes? Aparentemente ambas possuímos o mesmo gosto para homens. Gostamos dos que vem quente. Literalmente - Ela passa por mim rindo do que disse.

- A quanto tempo está traindo meu pai?

- Fiz isso por uma boa razão. Já você não tem nenhuma. Seu querido Romeu já está comprometido com outra e é com ela que ele vai morrer. E você o que pensa que é ainda correndo atrás dele? Ele vai deixar você porque esse noivado já foi planejado a muitos anos minha princesa - Diz estalando os dedos no ar - Você é uma coelhia. Sabe o que é isso? É uma cobaia pra ele praticar quando chegar à hora. Em outras palavras enquanto você continua na dele pura e inocente cheia de desejos pra matar. Pra ele você é apenas uma diversão que ele vai aprendendo a decifrar lapidando seus movimentos pra praticar com outras.

- Todoroki não é assim – Não quero acreditar no que ela está me dizendo, mas também não posso negar que algumas coisas fazem sentido.

- Você está certa. Todos os homens são assim. Quando ele começar a cancelar as coisas com você, ele vai estar com ela. Não diga que não avisei – Ela se escora no corrimão de madeira da escada.

- E enquanto seu caso com o pai dele? Porque continua sendo uma amante assumida?

- Isso é para adultos. O que nós possuímos são apenas negócios. Aproposito. – Ela se vira – Não conte nada a seu pai. O coração dele está muuito fragilizado pelo último infarto – Ela sorri virando-se subindo as escadas sobrando o silêncio entre nós e o barulho de seu scarpan pelo chão de mármore.

- Eu nunca serei como você. Está enganada sobre ele! – Ela para.

- Você quer apostar? - Ela para no degrau para se virar.

- Apostar o que?

- Bom - Diz com sua pausa dramática descendo alguns degraus - Se você provar que eu estou errada, eu me divorcio de seu pai. E saio desta casa te deixando livre da minha presença. Se eu estiver certa...

- Que isto não vai acontecer porque eu conheço ele - Ela revira os olhos.

- Se eu estiver certa. Você vai voltar pra Rússia. E não vai se meter no casamento dele com a prometida – Conheço a mulher persuasiva que minha mãe é e seu talento para apostas. Eu acredito em Todoroki e sei que esse sentimento é verdadeiro por mim. Se for para faze-la admitir uma única vez de que está errada. Pelo Todoroki eu aceito esse pacto. Estendi minha mão aceitando o acordo. Ela corresponde apertando.

- Aposta, feita – Diz com um sorriso carmim. Dei as costas e fui para a cozinha comer.