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História Bolinhos - V - Vozes


Escrita por: KarinLima e TatyNamikaze

Notas do Autor


Hello! Voltamos com mais um capítulo depois de tanto tempo. Desculpem pela demora, Karin e eu vamos tentar não demorar mais tanto assim, ok?
Espero que gostem desse capítulo.
Boa leitura!

Capítulo 5 - V - Vozes


Fanfic / Fanfiction Bolinhos - V - Vozes

Chapter 5 - Vozes


Sakura olhou para a forma de bolinhos sobre a mesa, sentiu suas entranhas se apertarem e a vontade de chorar começava a despontar por sua expressão.

Nada estava dando certo pra ela aquela semana.

Primeiro, ela teve que aposentar o seu tênis favorito – por culpa do Uchiha –, depois, tragicamente, descobriu que zerou a prova para a qual mais estudou e tinha certeza ter sido bem sucedida.

E, agora, se já não bastasse tudo isso, quando decidiu relaxar um pouco, fazendo alguns bolinhos para vender, eles solam. Ela tinha feito tudo direitinho como sempre. Mas as massas pequenas e meia murchas em cima da bancada indicava que ela estava errada.

Aliás​, a vida dela estava toda errada.

De repente, teve a certeza que sua vida desandou depois que passou a vender bolinhos naquele prédio, ao qual recebeu sua primeira “vomitada”, o que ela acha que foi o que selou seu pacto com o diabo.

Só pode ser isso!

Sua vida foi de mal à pior desde que Sasuke apareceu para virar tudo de ponta-cabeça e, agora, ela se via totalmente perdida em todos os sentidos. Além de tudo estar dando errado, seu coração ainda se encontrava em pedaços devido a esse mesmo ser com sobrenome Uchiha.

“O que eu fiz para merecer isso?”, ela se perguntava várias e várias vezes, mas não obtinha resposta alguma, tudo que​ vinha era um sentimento de inutilidade, desânimo.

Sabe quando parece que você não consegue fazer nada certo? É exatamente isso que ela estava pensando, por isso estava se martirizando. Maldita hora em que resolveu ir vender bolinhos naquele prédio e conheceu o tal Uchiha, ou melhor, maldita hora em que decidiu começar a andar com a turma do Naruto. Se não tivesse começado a andar com eles, não ficaria tão próxima de Sasuke e assim não se apaixonaria por um dos garotos mais galinhas que conhecia, e principalmente, não se magoaria com o fato de ele não sentir nada por ela.



– Eu não vou.

– Qual é, Sakura?! Vai ser legal, a galera toda vai e não vai sair caro se todo mundo se unir!

– Ino, eu não tô com ânimo pra viajar, nem nada parecido…

– Mas a gente tá de férias! Temos que aproveitar antes que acabem e tudo volte à rotina de novo!

– Ino, olha, eu sei, tá? Mas é que eu queria mesmo ficar em casa dormindo até eu me fundir com minha cama, além do mais, eu vou ter que estudar, tenho que repetir a matéria do Kakashi…

– Você vai ter muito tempo pra dormir, vai ser só um final de semana, e estudar também! E a nota, bem, você resolve isso com o Kakashi quando voltar, certo?

Sakura suspirou.

– Você não vai desistir, não é?

– Não mesmo! – Ino sorri – Só saio daqui quando você disser que vai conosco! Vamos lá, testuda! Vai ser legal!

– Ok, Ino, eu vou, mas já deixo avisado, se lá tiver chato, eu pego o primeiro ônibus de volta pra casa!

– Ótimo! Sabia que aceitaria, melhor amiga do mundo!

Sakura revirou os olhos, mas depois sorriu, animada. Ino era uma ótima amiga também.




Sakura olhou para a minivan de forma indecisa.

– Entra logo, Sakura! – Ino gritou de onde estava, sentada ao lado de Neji, que estava no banco do motorista.

Mordendo​ os lábios, Sakura fechou os olhos e sentou no banco traseiro, ao lado de Sasuke.

Odin só podia estar fazendo graça com sua cara.

– Isso tudo foi medo do Sasuke vomitar em você de novo? – Ouviu Naruto perguntar e olhou pra trás, dando de cara com o loiro sentado atrás de Sasuke – Não se trata uma garota assim, Teme! Eu avisei – disse, agora se dirigindo ao moreno, que lhe respondeu com o dedo do meio.

Ela revirou os olhos e ajeitou-se no banco do veículo, pegando o celular e colocando os fones de ouvido.

A música alta soava, abafando as vozes de Ino e Naruto, que conversavam entre si.

Sasuke continuava em silêncio, e ela evitava, a todo custo, olhá-lo, mas, às vezes, quando todos pareciam absortos na conversa, ela o olhava, os olhos fechados, os fones no ouvido – como ela –, absorto em um mundo só dele, como se a existência dela ao lado fosse insignificante.

A cada olhar dirigido a ele, ela tinha ainda mais certeza que estava indo por um caminho sem volta.

E tendo mais certeza ainda de que sofreria se continuasse percorrendo-o.





Duas horas depois, a minivan parou em frente o portão de madeira que dava entrada para o jardim da casa de campo que eles iriam passar o final de semana. A paisagem era, sem dúvida, uma das mais bonitas que Sakura já havia visto, mas não fora suficiente para animá-la e tirar de si o pressentimento de que estava mais ferrada ao ir até ali, tanto na universidade – já que deveria estar estudando para a prova – quanto emocionalmente – já que tinha certeza que estar perto de Sasuke não a faria bem.

A porta da minivan se abriu e todos – exceto Sasuke e Sakura – saíram animados. Eles caminharam devagar pela estrada de terra, observando as árvores de pequeno porte já floridas, espalhadas pelo gramado verde intenso, o qual até brilhava sob a luz do sol. O ar puro com um leve aroma de flores os faziam relaxar, assim como o vento fresquinho daquela manhã.

Mais alguns poucos minutos caminhando naquele ritmo e a linda casa de campo pôde ser vista mais claramente, chamando atenção de todos. A fachada era simplesmente maravilhosa, o estilo antigo se destacava, assim como a madeira escura das janelas e portas em contraste com a cor clara da parede.

Assim que Neji abriu a porta da frente, os jovens adentraram a edificação encantados, inclusive Sasuke, que retirou os óculos para observar o interior da casa.

Assim como por fora, a casa tinha o estilo antigo por dentro, era um lugar simples. A sala, à frente deles, tinha um sofá grande da cor marrom com uma manta branca por cima, com algumas almofadas. À frente, uma lareira apagada, com uma tv acoplada na parede acima.

Um portal ao lado denunciava outro cômodo que logo descobriram se tratar da cozinha.

A casa em um todo era bem ampla, uma escada levava para o andar de cima, onde eles se separaram nos dois dos quatro quartos que tinham.

Depois de se acomodarem, desceram direto para a cozinha.

– Muito bem, quem vai cozinhar?

– O Sasuke não – Naruto foi o primeiro a falar, fazendo Sasuke revirar os olhos e sair da cozinha.

–  Eu tô fora! – Ino disse, e Sakura ficou feliz por não ter que comer a gororoba vegana da amiga.

– Eu posso cozinhar algo – Neji sugeriu – Mas vou precisar de ajuda.

– Eu posso ajudar – Sakura se ofereceu, e Neji concordou com um aceno.

– Beleza! Vou lá pra sala colocar um som, vamos deixar isso aqui mais animado – Naruto disse, saindo rapidamente da cozinha.

– Não coloca muito alto! – Sakura gritou, na esperança de Naruto ouvir, mas ela sabia que, provavelmente, ele a ignorou, por que não demorou muito e o som alto soou pela casa.

Sakura bufou, dando a volta no balcão que antes estava encostada e indo em direção à pia para lavar as mãos.

– Se precisarem de mim, não me chamem! – Ino disse antes de sair, fazendo Sakura revirar os olhos.

– Então vamos começar, Sakura, temos muita coisa pra fazer.

– Vamos lá!




– Naruto, pela décima vez, abaixa o volume desse som! – Sasuke já não aguentava mais, sua cabeça doía e seus olhos ardiam, e, por mais que ele pedisse, seu amigo estava irredutível.

– Deixa de ser chato, Sasuke! O som já está baixo! – Retrucou.

– Baixo o cacete! Isso vai estourar meus ouvidos.

– Aí, Sasuke, você não entende…

– O que diabos você tá falando, idiota? Não entendo o que?

– Precisamos dar privacidade para os nossos cozinheiros.

– O quê?

– Não tá escutando as risadas? Eles tão se divertindo mais do que eu que tô aqui olhando para essa sua cara amarrada.

Sasuke olhou confuso em direção à cozinha, até que pôde ouvir exatamente o que Naruto descreveu.

Risadas.

– Não sabia que o todo sério senhor Neji pudesse fazer Sakura gargalhar.

– Talvez eles estejam trocando receitas. – Sasuke disse, mal humorado.

– Ou talvez estejam flertando. – Naruto disse, sorrindo malicioso de canto antes de virar e seguir até a escada, sumindo da vista do Uchiha, que ficou parado perplexo no meio da sala.

O que Naruto queria dizer com flertando? – Sasuke se questionava enquanto escutava as risadas que não pararam tão cedo.


Decidiu que não ficaria ali para ouvir aqueles dois flertaram ou trocarem receitas.

Saiu porta a fora, caminhando pela estradinha de terra, respirando o ar puro e admirando a beleza rústica do lugar.


Caminhou o bastante até chegar à cachoeira que ouvira Neji mencionar durante a viagem, não era grande, estava mais para uma pequena queda d'água, mas mesmo assim tinha seu charme.


Sentou-se em uma pedra, tirou as sandálias e pôs os pés na água, e decidiu ficar por ali até ter ânimo o suficiente para voltar e encarar o resultado do que quer que tenha acontecido naquela cozinha.


– Você não está com ciúmes, Sasuke – Sussurrou para si mesmo, soltando uma risada sarcástica ao constatar o quão falsa era aquela afirmação.


Ele estava morrendo de ciúme por um motivo que ele não queria aceitar e por alguém que não pertencia a ele.



Já tinha passado das três da tarde quando decidiu retornar, no caminho de volta, deu de cara com Ino, que trazia em uma das mãos uma bolsa e uma pequena bacia na outra.


– Ei, Sasuke! Você sumiu! Já está tudo pronto, e o restante do pessoal chegou, já estamos trazendo as coisas, vamos fazer festa à beira da cachoeira, vai lá ajudar, heim! – Ino disse assim que se aproximou, e Sasuke apenas acenou com a cabeça e passou por ela.


Ele precisava de um tempo, precisava colocar os pensamentos em ordem. Sasuke não sabia lidar com o que sentia. Continuou andando e adentrou a casa, subindo logo as escadas e entrando no quarto em que dormiria essa noite.

Suspirou, cansado e seguiu até a sacada que havia lá, debruçando-se sobre o parapeito, mas antes não tivesse feito isso. De onde estava, podia ver grande parte do gramado e também quem andava por lá. Sakura e Neji caminhavam lado a lado, carregando algumas vasilhas com alguns alimentos e sorriam o tempo todo, envolvidos em uma conversa animada, o que incomodou e muito o Uchiha, que observava tudo de cara fechada.

Foi, sem dúvidas, uma péssima ideia ter ido naquela viagem, Sasuke dizia para si mesmo, se martirizando.

Ele se jogou na cama e ficou lá por algum tempo, até a noite cair e o calor naquele quarto se tornar impossível demais de aguentar, além de seu estômago, que começou a se revirar, lembrando-lhe que fazia horas que não comia nada, forçando-o a sair da cama e ir de encontro aos seus amigos, que se divertiam todos juntos, alguns na beira do riacho formado pelas águas da cachoeira, jogando conversa fora, comendo e bebendo, e outros dentro da água, se refrescando.   

– Finalmente, ein, Teme! Pensei que não apareceria. – Naruto gritou, chamando a atenção dos poucos que estavam na beira do riacho, inclusive Sakura, para Sasuke.

– Baka! – Sasuke xingou, repreendendo-o por tamanho escândalo.

O Uchiha então se sentou em uma das pedras em volta da fogueira, do lado do amigo e, antes que se desse conta, seus olhos pousaram na figura de cabelos rosados, que comia um hambúrguer tranquilamente, olhando para os companheiros na água. Ela estava bonita com aquele short jeans claro, a camiseta preta e os cabelos presos em um coque frouxo, com alguns fios soltos caindo ao redor do rosto, isso ele não podia negar.

Após uns segundos observando-a discretamente, viu ela virar-se para a sua direção e os olhares se encontraram, ocasionando o desvio deles no mesmo instante, ambos fingindo que não viram nada.

– Vou para a água. – Sakura disse para Ino e caminhou até a beira das águas, onde retirou sua blusa e short, revelando o biquíni florido e jogou suas roupas na areia seca.

Sasuke observou cada movimento dela sem que ninguém notasse e, quando ela pulou na água, desviou os olhos, encontrando Naruto parado, observando-o.

– O que foi? – perguntou, pegando uma garrafa de bebida e um hambúrguer na vasilha.

– Nada. – Naruto disse, sorrindo e pegando outra garrafa.

Logo, Neji, Tenten, Lee, Shikamaru e Shino saíram da água, sentando-se ao lado de Ino, Naruto e Sasuke, deixando apenas Chouji, Sakura, Kiba e Hinata na água. A conversa na beira do riacho ficou animada, todos falando sobre diversos assuntos, comendo e bebendo.

Todos pareciam estar se divertindo, menos Sasuke, que se mantinha calado e tentava alternar, discretamente, sua atenção entre os amigos ao seu lado e a rosada na água, que era como um ímã para seus olhos.

Poucos minutos depois, o pessoal que estava na água se reuniu com os outros em volta da fogueira, fazendo a conversa ficar ainda mais animada, apenas Sasuke e Sakura que mantinham-se mais calados. O Uchiha já era natural, pois não falava muito mesmo, já Sakura era por causa das suas notas, coisa que não deixava-lhe se distrair de maneira alguma, porém, após algumas garrafas de bebida, ela já estava mais solta, animada. Não estava bêbada, pelo contrário, ainda tinha bastante consciência dos seus atos, mas já estava mais animada que antes e se envolvia mais nas conversas, fato que não passou despercebido por Sasuke.

– Vou lá na casa, preciso trocar de roupa. – Sakura falou, atraindo a atenção de todos para ela.

– Vou com você, Sakura. – Ino se levantou, seguindo a amiga em passos lentos.

Sasuke observou-as se afastar e suspirou, confuso. Não entendia ao certo o que estava se passando em sua mente e, muito menos, em seu coração, na verdade, ele não queria entender, era confuso demais.

– Vou lá pegar mais bebida. – Neji disse após alguns minutos, fazendo Sasuke arquear uma sobrancelha. Era paranóia demais ele pensar que Neji estava apenas dando uma desculpa para ir atrás das garotas? Bom, paranóia ou não, ele não iria sossegar até descobrir.

Esperou Neji sair de seu campo de visão e se levantou discretamente, seguindo em direção à casa como quem não queria nada. Tranquilamente, andava pelo caminho, até que chegou na casa, passando direto pela cozinha assim que constatou que Neji estava mesmo lá, pegando as tais bebidas e seguiu até as escadas. Estava paranóico demais ultimamente, só pode, também, isso que dá ouvir Naruto. E, afinal, por que tudo isso? Sakura e ele não tinham nada, o que ela faz ou deixa de fazer não é de sua conta.

O Uchiha seguiu até o andar de cima da casa, caminhando em direção ao seu quarto, porém uma fresta na porta do quarto das meninas, a qual permitia que o som das vozes de Sakura e Ino chegassem até o corredor perfeitamente, chamou a sua atenção.

Ele se aproximou mais da porta e, sem pensar duas vezes, pôs-se a escutar a conversa das garotas.

– Está assim por causa das notas, Sakura? Ou tem algo a mais?

– É claro que é pelas notas, o que mais seria, porca?

– Você sabe muito bem do que estou falando, Sakura.

– Ino, não quero falar disso novamente – Escutou Sakura falar, sua voz, mesmo um pouco arrastada pela bebida, soou irritada.

– Mas vamos falar, você está aí toda estranha por causa do Sasuke e não quer falar com sua melhor amiga sobre isso! – Ino exclamou, e Sasuke imaginou o quanto aquelas duas o xingavam em segredo.

– Claro que não – Sakura respondeu, e Sasuke a imaginou revirando os olhos nessa parte.

– Vai me dizer que não gosta dele? – ao ouvir essas palavras de Ino, Sasuke arregalou de leve seus olhos, surpreso pelo rumo dessa conversa e um tanto quanto ansioso e, ao mesmo tempo, receoso pela resposta.

Então era sobre gostar dele? E não sobre o quanto Sakura o odiava? Interessante.

– Por que eu gostaria dele? Eu e ele não temos nada a ver, Ino.

– Isso não responde a minha pergunta, gosta ou não dele?

– Onde você quer chegar com isso? Na verdade, de onde tirou essa idéia? Que loucura.

– Olha, Sakura, eu sou sua melhor amiga, não venha querer me enganar, observei vocês hoje o dia todo.

– Eu estou estranha por causa das minhas notas, se você não percebeu, eu tô ferrada!

– Ah, pelo amor de Deus! Assim você ofende a nossa amizade, te conheço o suficiente pra saber que não é só isso! – Ino insistiu.


As duas ficaram em silêncio, e Sasuke cogitou a hipótese de parar de escutar a conversa e ir para o seu quarto, mas a descartou assim que Sakura voltou a falar.

– Eu te odeio, Ino! Você me conhece muito bem mesmo, sua maldita! – Disse, com a voz frustrada.

– Você sabe que pode me contar tudo, testuda, vamos lá, conta pra mim.

– O Sasuke é legal, apesar do péssimo hábito de vomitar no meu tênis favorito, ele é gentil, inteligente…

– Bonito… – Ino completou.

– É – Sakura concordou, dando uma risadinha.

– E você gosta dele então?

– Eu… Talvez, não sei, acho que sim.

– Ah, eu sabia!

– Olha, eu acho, tá? Mas não fica alegrinha não porque eu não quero nada com ele!

– Ué, por quê?

– Eu já disse, eu e o Sasuke não temos nada em comum, além disso, eu não tenho tempo para relacionamentos, tenho que me preocupar em terminar a faculdade.

– Sakura, você é a garota mais inteligente e esforçada que eu conheço, não é um cara que vai atrapalhar você a se formar.

– Mas um cara como o Sasuke, sim. Ele parece irresponsável demais, um pouco imaturo e narcisista.

– Para quem o chamou de gentil e legal agora há pouco…

– De qualquer forma, isso não importa porque a chance de acontecer algo entre eu e ele é nula, além disso, a última pessoa em quem ele vai ter algum interesse sou eu!

– Ah, vai dar uma de “eu não sou o suficiente” agora?

– Não, simplesmente sei que não tenho chance, a gente nem se fala, Ino!


Sasuke não conseguiu ouvir o restante da conversa porque ouviu passos na escada, então, o mais silenciosamente possível, passou pelo quarto, entrando no seu, jogando-se na cama com a cara no travesseiro, com sua mente absorvendo tudo o que havia escutado.


Sakura gostava dele, mas não tinha interesse em ficar com ele.

Que absurdo.

Ele era incrível, porque ela não queria ficar com ele?

E Sasuke até poderia ser um namorado legal para ela. A ajudaria a estudar e, quando Sakura estivesse estressada da faculdade, ele a levaria para o cinema, depois iriam até jantar em um lugar legal. A levaria até um parque de diversões se ela gostasse.

Ela parecia ser o tipo de garota que gostava de parques de diversão.

E depois eles iriam para a casa dele, ele a trataria muito bem e, se ela quisesse, eles ainda passariam o resto da noite imersos no mais intenso mundo do prazer, que ele ficaria muito feliz em levá-la.

Mas não, ela tem que achá-lo tão desprezível.


Virou-se e fitou o teto. Bufou, pegando o travesseiro e apertando-o contra o rosto.

A quem ele queria enganar? Ela tinha toda razão em achar isso.

Ele não era alguém tão legal assim. Já havia vomitado duas vezes no tênis dela e nem lembrava direito se tinha pedido desculpas, a ressaca estava grande demais até pra isso.

Ela era estudiosa, preocupada e responsável.

Ele era quase como um delinquente. Já tinha escutado isso de um dos professores quando ele chegou bêbado na aula.

Tá que foi só uma vez. Mas isso é o bastante, não é?

– Ah, eu sou um bosta mesmo – murmurou, a voz abafada pelo travesseiro.

– Ei, teme! Por que você está assim?

Assustou-se com a voz de Naruto e jogou o travesseiro, que antes estava no rosto, em direção ao loiro, que apenas colocou a mão na frente para se proteger.

– Não me assuste assim, que merda, Naruto!

– Ei, calma aí! Desculpa, foi mal – Naruto disse, se aproximando.

– O que você quer? – Sasuke questionou, erguendo-se e sentando encostado na cabeceira da cama.

– Tava te procurando ué, vim ver se você estava bem – O loiro disse, olhando em direção à porta.

– Bem? – Sasuke ergueu uma das sobrancelhas

– É, você parece estranho – Naruto olhou em sua direção, fitando-o nos olhos.

– Não estou estranho, estou bem – Sasuke disse, fazendo uma careta.

– Certeza? Nenhum problema nesse seu mundo cor de rosa? – Naruto perguntou, sério, fazendo Sasuke encará-lo com os olhos levemente arregalados.

– O quê?


Notas Finais


E então? Gostaram?

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Beijinhos e até breve.


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