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História Boneco de Porcelana - Único.


Escrita por: Yusui

Notas do Autor


Eu não sei o que tô fazendo.

EU NÃO SOU EU MESMA DE MADRUGADA.

E EU NÃO PRECISO SER NENHUMA GÊNIA PRA SABER QUE ESSE NEGÓCIO VAI FLOPAR E EU QUERO QUE FLOPE MESMO
EU NEM SEI O QUE É ISSO.



Vamos ao capítulo. Concentre-se!

Capítulo 1 - Único.


Tão bonito aquele lá, tomando sol no canteiro perfumado de rosas! É Jeon Jungkook com aquelas pernas pálidas dele, com seus cabelos macios e o brilho único no olhar. Seu sorriso tímido e a a voz de anjo que havia herdado realmente dão a sensação de que ele na verdade é um presente dos céus.

Se Jimin o analisasse de longe, se orgulharia por seu menino, seu amado, mas, por outro lado, se odiaria por possuí-lo e mesmo assim, não poder tocá-lo como queria, tudo porque Jungkook era delicado, frágil e acima de tudo, feito de porcelana.

 

Feito sob encomenda.

 

Ele encomendara sua perfeição, manipulara um ser humano para que pudesse ter seu presente intacto. Não é um egoísta esse tal Jimin?

Por que? Ele não podia ter perguntado se Jungkook queria mesmo aquilo? Sua ânsia cega o impedia de fazer tal coisa. A ambição para Jimin é como um véu que cobre seus olhos, mas ele não se importa porque seu amor se tornou algo de verdade, e agora, como um mero tolo e estúpido, se culpa por não poder fazer o que quer com seu boneco, por não poder amá-lo livremente como bem quer, tudo porque ele pode se quebrar.

Ahh…! Há quantas noites Jimin não dorme? Não deita a cabeça em seu travesseiro e pensa consigo mesmo, que seria melhor que seus desejos fossem vidro para que ele pudesse simplesmente jogar no chão e destruir?

Ele se cobre com um cobertor de culpa e pensa que tudo seria mais fácil se nunca tivesse feito aquele pedido. Maldita hora em que sua cobiça se fez tão grande quanto seu bom senso!

Acaso era burro? Não; apenas cego pela sensação que sentia quando Jungkook tomava banho diante de seus próprios olhos, tirava suas roupas — peça por peça —, lambia os lábios rosados e entrava lentamente na banheira, não ficando muito tempo para que a água não se infiltrasse e molhasse suas peças. Maldita hora em que sua mão teimosa escorregou pelas coxas dele e seu cheiro o enlouqueceu completamente!

O medo é grande, mas não se compara ao amor que cresce no peito do Park, e o corrompe tanto...
O contamina, sujando-o de malícia, enchendo seu coração de tentações e perigos. Imagine se ele encosta a mão com muita força no delicado do Jeon? Deus o livre de danificar a porcelana que tanto ama no menino, que o entristece e que forma sua pele tão linda!

Ele não sabe, mas o descontrole também afeta ao seu Jungkook. Um inocente e injustiçado garoto que só queria poder ter sua vida de volta! Que sentia falta do sabor da comida, e que queria ser capaz de degustar o sabor dos próprios beijos de seu proprietário.

Oh, não...

Acaso era um pecado? Alguém que nem sequer mais respirava com seus próprios pulmões, amar de forma tão impudica aquele que desgraçara sua essência antes tão pura?!

Sua perdição o cobiçava, e não podia fazer nada mais do que render-se, render seu corpo com a enorme devoção que guarda dentro de si, render-se por inteiro à aqueles gestos rudes — mas ao mesmo tempo tão cuidadosos… Render-se para Jeon significava sofrer a ameaça de ser despedaçado pela pessoa que mais gosta, mas, ao mesmo tempo, quer dizer acompanhar de perto o calor de seus lábios carnudos descendo por seu pescoço claro, muito clarinho, tão branco feito a porcelana que o reveste.

No entanto, de que adianta um desejo que apenas cresce, mas não é realizado?

Naquela noite, Jimin o faria seu. Decido a isso, ele deixou o piano de lado e subiu as escadas em silêncio.

Entrou no quarto, contornou a cama a passos frios e invejou sua imagem adormecida, afinal, Jungkook poderia tocar-se, mas e seu dono... Não?

Passou as mãos vagarosamente por aquele corpo sem temperatura que tanto lhe chamava a atenção. Os lábios rosados eram a única coisa que se distinguiam da morbidez de sua pele perfeita.

Não sentia mais vergonha dos pensamentos obscenos que rodeavam sua mente. Julgava-se ter total controle de suas ações, mas o desejo era tão grande que não sabia o que aconteceria se abusasse do interior suave daquele boneco que era somente seu.

Com cuidado, apertou seus braços, suas pernas bonitas, sentindo a textura aparentemente tão dura quanto uma mera casca, uma proteção que guardava o vazio sem vida do Jeon.

Beijou-lhe as bochechas, a testa, os cabelinhos escuros e chegou aos lábios finos. O menino que até então não acordara abriu os olhos — tão brilhantes como as estrelas que enfeitam o céu da noite —e viu Jimin beijando-o daquele modo que fazia-o estremecer, sintonizando seus lábios e encaixando-os tão obstinadamente aos seus como se quisesse acariciar o fundo de sua alma.

Não conseguiu evitar sorrir ao saber que estava tendo o que tanto queria. Deitou a cabeça para trás e observou cada peça de roupa deixar seu corpo e cair ao chão. Observou porque queria gravar aquela cena, a cena dos lábios quentes do Park descendo por seu abdômen, trilhando delicadamente o interior de suas frágeis coxas e fazendo com que o prazer satisfizesse sua consciência e arrancasse-lhe os sorrisos bobos que agora o tornam mil vezes mais bonito, que nesse momento enchem a situação de felicidade — algo tão imenso que ele mesmo mal pode expressar— e que o fazem agradecer por estar doando-se por inteiro a ele, com todo o amor que sempre guardou e que nunca pode dar.

E então, Jungkook permite-se se deixar levar pelo amor que envolve-o tão fortemente quanto o perfume gostoso que emana em torno daquele que o comprou, que encomendou suas peças, que pediu que o deformassem e horrorizassem seu ser eternamente há muito tempo atrás.

Ele deita a cabeça para trás quando sente o calor assolando-o, a sinceridade que gemer para Jimin o traz para um universo inexplorado de sensações e o embala com um sentimento de realização ao sentir os dedos dele percorrendo todo o seu corpo, vasculhando algo delicioso que nunca pensou que fosse ser tocado antes.

Presenciou e sorriu tímido, alegre como nunca estivera antes, ao ter o Park finalmente dentro de si, acariciando seu rosto com gentileza, beijando cada pedaço da porcelana imperfeita que começava a quebrar-se diante de seus toques — por mais superficiais que estes fossem — e chorando, chorando enquanto as lágrimas molham o lençol e o rosto daquele que tanto ama.

Jimin sabe que não há mais volta, que tudo irá acabar e consequentemente seu menino vai deixá-lo em breve. Então ao menos, ao menos quer amá-lo uma última vez. Sentir que sua propriedade realmente o pertence.

Ele toma seus lábios mais uma vez e Jungkook o encoraja, passando a mão delicadamente por seu rosto encharcado pelas lágrimas, mentindo que não sente dor apenas para que continue sendo amado naquela mesma intensidade que tanto quis.

Suas partes são quebradas, todas de uma vez, mas ele ainda reluta em dormir, em abandonar sua consciência e deixar que o medo domine aquele que clamou por si durante tantos anos.

E depois disso, Jeon o faz, fica de olhos abertos até que observa os do outro se fecharem com uma tranquilidade inegável. Toma-o nos braços e aguarda somente até o limite, quando a parte mais importante e vital de si se reduz a pedaços lascados, partes quebradas e porcelana intrincada.

Fecha os olhos pela última vez e quando amanheceu…

Quando a luz do sol atravessa as janelas, o boneco de porcelana apenas não estava mais inteiro, porém, sentia como se estivesse, pois não estava mais ali e ainda sim Jimin acordou em seus braços depois de tê-lo amado naquela noite, desejado-o e o satisfeito até onde podia.

 

Orgulhando-se por ter feito o outro feliz.

 

 


Notas Finais


Ainda bem que vai flopar. Talvez eu até exclua essa OS amanhã


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