1. Spirit Fanfics >
  2. Bookcase >
  3. Daddy issues

História Bookcase - Daddy issues


Escrita por: Chellyar

Notas do Autor


Desculpa a demora, como avisei no insta @chellyar, iria postar certos caps, mas não disse quando. Espero que gostem, fiquei triste escrevendo esse, não revisei como sempre. E eu sempre posto uma música de inspiração no final, acho que a maioria que lê nem vê mas blz kk

Capítulo 5 - Daddy issues


Fanfic / Fanfiction Bookcase - Daddy issues


Dos momentos felizes que ela teve com ele foram poucos, na verdade nem consegue lembrar de um desses momentos. Faz um bom tempo ou nunca aconteceram, talvez pela falta de conhecimento naquele tempo, era apenas uma criança que não sabia de nada, mas inocente.


De segunda a sexta ela vai para à faculdade. Não sente nada pela manhã, apenas um vazio, um pouco de tristeza, clima frio e seco, silêncio das duas partes. Ninguém se atreve a falar nada, como de costume ela fica olhando a paisagem passando, ele continua dirigindo. Sempre o mesmo desconforto quando ela está do seu lado do carro, aquele terrível silêncio e ela tenta escutar suas musicas fingindo que está sozinha. Na moto tem que segurar sua cintura mesmo sem vontade. E nas despedidas tem que dar o seu beijo de despedida. No carro sente aquela sua barbar parecendo espinhos tocar lhe a pele, aquele beijo seco e rápido que só machuca. Na moto por conta do capacete ela da seu beijo no pescoço também rápido e seco, mas não o machuca, mas machuca ela. Tudo aquilo é tão falso, assim como ele força ela o beijar e abraçar todo os dias. Ela corre, ela não gosta, ela não quer, ela quer ficar longe dele.


Eles se davam tão bem, ela amava quando ele chegava do trabalho, não tinha muito tempo para ela, mas adorava brincar quando dava tempo. Ela não sabia com o que ele trabalhava, por que ele demorava tanto ou por que ele não passava mais tempo com ela. Ele costumava se irritar muito fácil naquela época, quebrava os brinquedos dela que ele não queria concertar por saber que seria ele pra quem ela pediria ajuda, mas ela não entendia.


Ela era uma criança que gostava de brincar e tinha poucos amigos. E com seus poucos amigos da vizinhança ela brincava. Foi convidada para um lugar onde tinha um “circo” diferente, feito por crianças. Só que ela precisava da permissão do seus responsáveis... e assim ela foi pedir. 
 

- Posso andar pela casa grande ao lado?
- Por que você quer andar pela casa grande?
- Só quero andar.
- Tudo bem.


Foi dada pouca atenção para a criança que falava olhando atentamente o adulto, enquanto o mesmo estava ocupado. A criança andou pela a casa grande quando atravessou a rua onde estava seus amigos da vizinhança que estavam lhe esperando para ir ao “circo”. Eles passaram por uma abertura de uma parede, passaram por um mino canal aberto que dava para umas casas de origem humilde, como alguém poderia morar naquele local? No quintal de uma das casas havia uma pequena fachada que estava com varias coisas que pareciam um pequeno circo, estava tudo escuro, do que poderia ser visto era apenas por conta das pequenas luzes da outra rua. Foi ai que começou uma pequena apresentação das crianças, fazendo piadas e brincadeiras. Ela não parava de rir vê aquelas cenas. Foi então que umas duas garotas que pareciam mais velhas começaram a dançar e chamaram um dos meus amigos (Jef o mais velho) para dançar, algo sem graça até que eles começaram a se beijar e já não fazia mais nenhum sentido para mim. Chamaram meu outro amigo, mas Luc não queria ir, fiquei observando sem entender. Até que o coração da garota começou a doer.

- Tem um homem lá fora atrás da garota. - Uma voz sai pela abertura.
- Ela tá ali. - Uma das garotas mais velhas aponta para a garotinhas sentada olhando sem entender.


A garota se levanta e segue o homem que deu aviso. Ao sair viu o homem grande a esperançando. Não falou nada, apenas lhe empurrou em direção para casa. A garota não sabia o que iria acontecer, apenas sentia vergonha por ver as pessoas da rua lhe observando e se perguntando o que estava acontecendo. Quem era aquele homem que parecia mais que nem a conhecia. Ele a fez entrar no quarto da garota e esperar lá dentro. Entrou no quarto e fechou a porta.

- Fique de joelhos e comece a orar.


Foram apenas essas palavras que a garota escutou daquele homem naquela noite. Ela estava desesperada, com medo, já sentia as lágrimas quentes descendo pelo o seus rosto.

- Meu senhor me perdoa, por fav...


A garota não conseguiu continuar a frase. Ela sentiu algo quente queimando em suas costas e caiu, suas lágrimas aumentaram de intensidade. Ela levantou o olhar e viu a fúria nos olhos daquele homem. Ela fechou os olhos quando viu a mão do homem baixar com rapidez, a garota sentiu varias dores seguidas.

A garota abriu os olhos, não conseguia enxergar direito, estava no quarto. Seus olhos ardiam por conta da luz forte e por conta dos seus olhos embaçados por conta das lágrimas, seus rosto continuava molhado. Seu corpo doía, ela estava na cama sem forças, olhava para a porta fechada. Não estava conseguindo pensar direito, mas começou a chorar ao lembrar de minutos atrás. A garota esqueceu todo o seu passado com aquele homem, não por que ela quis, mas algo dentro dela por aquele homem simplesmente desapareceu. E com isso ela começou a reparar no homem com quem convivia.


Ele é sério, para onde ele vai sua feição é a mesma. Observador, olha sua roupa, como fala, o que está fazendo. Autoritário, ele gosta de mandar, ele se acha o dono da razão, acredita que é o melhor do que os outros com quem ele convive. Ele vai te julgar, com palavras e olhares, ele sempre faz isso. Mas a garota percebeu que ele tem pontos fracos, ela sabe que ele não sabe esconder seus erros. A garota já o enfrentou varias vezes e já o conseguiu em poucas vezes o deixar sem o que falar. Ele tenta sempre impressionar achando que sabe de algo, que só faz as coisas certas, mas ele erra e muito. E com esses erros ela vem guardando para jogar na cara dele assim como ele joga ate coisas desnecessárias na cara da garota. Ela não sabe se isso é por conta da sua família ou pelo fato dele ser um policial, talvez os dois.
Com o tempo a garota já não era aquela criança que não entendia nada. Ela já sabia que de todas as burradas ele iria voltar para tentar se desculpar, mas não conseguia. Ele percebeu que tinha perdido aquela garota. Quando ela achava que a relação com ele não poderia piorar, aconteceu. A garota descobriu que uma mulher estava envolvida na história e essa mulher fez destruir uma parte da família dela, tudo iria acabar, mas no final tudo deu certo, pelo menos ela achou. Já bem madura a garota não espera mais nada, só se surpreende se for algo bom vindo daquele cara. Quanto mais os anos passava a garota brigava mais sério com ele e sempre que isso acontecia ela não conseguia evitar o choro, aquele homem mesmo não sendo mais nada para ela, ainda fazia chorar de raiva e tristeza. Ele não era presente e quando era, era apenas para sua infelicidade. Ele nunca foi de estar presente para ajudá-la em algo, apenas para julgar o que ela errou quando precisava da ajuda dele. Ele a deixa nervosa, com raiva, triste, ela não consegue fazer nada perto dele. Ela tenta o ignorar com todas as forças, ele a faz passar vergonha nas frente das pessoas, fofoca sobre ela. Das tantas coisas ruins que aquele homem fez para aquela garota a única que ela se surpreendeu foi quando ele a deu apoio, quando? Quando ela se admitiu lésbica. Ela não entendeu aquilo, depois de muito tempo. Ela não consegue acreditar naquele homem, talvez apenas tenha sido para ela ficar melhor no meio de tanto choro aquela noite.
Aquele homem acha que ela cobrava muito dela e dava tudo de bom para ela apenas pelo fato de dar tudo o que ela precisava, mas materiais não é amor, sem falar que algo dado com tanto desgosto e reclamação é a pior coisa. E tudo que ela recebeu dele, sempre se acaba de uma forma ruim ou a afeta psicologicamente, não basta sua ignorância, seus presentes também a deixam louca. A garota acredita que um dos seus problemas é causado por ele. Ela sente isso sempre quando ele chega em casa, sua cabeça já se prepara para a dor de cabeça ou quando a garota está com seus amigos ele vai falar algo de ruim dela, até mesmo aquelas piadas ruins que ele solta e ninguém ri. Os amigos dela tem medo dele ou assim como ela, também não gostam.


E por fim, a mulher não voltou. Mas outra mulher entrou na nossa vida. Ele fez de tudo para impressioná-la, esqueceu das pessoas com quem ele convive e fez chorar mais uma vez as pessoas próximas. As lágrimas já fazem parte, mas dessa vez ela não chorou, ela já espera tudo dele. As brigas são constantes, mas não só as dela, delas duas também que vivem com ele, ela sabe que elas também sentem um pouco de rancor como ela, mas ela sente mais que elas por ele. Sinceramente, ela queria saber qual o problema desse cara, ele não sente nada, ele com certeza nem sabe o que é amor na vida dele. Ele diz que a ama, mas ela não consegue dizer o mesmo. Ele não a viu aprender a ler e escrever, não ficou presente quando ela precisava, mas quando estava só fez o inferno daquela garota. Ele pode até ter visto a nascer, crescer e sorrir, mas ela nunca viu o seus sorriso, o homem que não sorrir. Ela sente tristeza e raiva sobre tudo isso, principalmente da asma, ele passou isso para ela, mas asma não se transmite se não for pela genética. Sim, ele é meu pai... e a vontade de chorar continua.

Interessante como eu conheço pessoas que também não tem seus pais próximos ou não gostam dos mesmos. Os pais não sabem criar os filhos? Não sabem da valor a família? Talvez eu não tenha conhecido um pai de verdade. Uns não tem outros já não querem ter.


Notas Finais


esse cap foi um dos piores até agora para mim, mas acho que essa é intenção de escrever toda minha tristeza, raiva e sentimentos aqui e os proximos cap dou mais informações no insta. Vai ter putra historia continuando essa, esperem.

Música de inspiração: Daddy issues - The Neighbourhood ( Minha banda favorita, recomendo, tem mta musica boa)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...