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História Born To Die - Capítulo 10


Escrita por: Sabsyoda

Notas do Autor


Desculpem-me a demora, qualquer erro e espero que curtam o capítulo.
Nos vemos nas notas finais haha.
Boa leitura.

Capítulo 11 - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction Born To Die - Capítulo 10

— Eu pensei melhor sobre a noite passada e acho que o que fizemos foi um erro — olho em volta para me certificar de que estamos sozinhos, e então o puxo para dentro da biblioteca — É arriscado demais. Poderíamos ter sido pegos. E sabe-se lá o que fariam conosco.

— Então quer dizer que você ficou pensando sobre a noite passada? — Jin possui uma animosidade na voz ao me questionar, seus olhos me fitando gentilmente e causando reviravoltas em meu estômago. Ele veio como prometeu, todavia, dessa vez trouxe algo consigo. Apenas passo os olhos pela caixa em sua mão e o fito incrédula.

— O que? De tudo o que eu falei você só prestou atenção nisso? — tenho vontade de fechar os olhos e esperar que de algum modo ele desapareça da minha frente. Contudo, sei que fazer isso não mudará em nada.

— Não, você também disse algo sobre "ser arriscado" e que "poderíamos ter sido pegos", mas preferi me concentrar apenas na parte em que você pensou sobre a noite passada — Jin riu e sentou na primeira cadeira que viu disponível — Sabe guardar um segredo?

— Agora não é hora para piadinhas, Jin — digo, sentindo o nervosismo tomar conta de mim.

Não é como se alguém fosse me ver agora. Eu disse para Joy que iria ver alguns livros na biblioteca e não demoraria mais do que vinte minutos. Ela acreditou na minha mentira. Bem, meia mentira, afinal, realmente vim até a biblioteca.

— Você não devia estar aqui.

— Eu disse que viria, não disse? — Jin batuca os dedos da mão livre na perna, enquanto me observa — Você não respondeu minha pergunta.

— Não é como se eu tivesse tempo para isso — cruzo os braços, a preocupação começando a se transformar em irritação — Será que você não percebeu o que pode ocorrer se formos pegos juntos?

— Discursos sobre como é errado o que estamos fazendo e punições. Várias punições e de vários modos possíveis. Acredite, eu sei o que pode ocorrer — diz, com uma naturalidade incrível. É como se tudo o que ele disse fosse coisas pequenas, sem muito importância. — Mas agora você está ciente disso? O que aconteceu com aquela garota que agarrou meu pulso e praticamente me ameaçou a lhe mostrar o mundo?

Seus olhos praticamente brilharam para mim e tive que desviar o olhar.

— Você ficou corada — sua risada me deixa ainda mais constrangida. Evito olhar em seus olhos, pois sei que não aguentaria o peso do seu olhar, então fito sua camisa cinza. Com uma frustração que espero não ser evidente, percebo que qualquer cor que ele usar combinará com seu tom de pele, olhos, cabelo...

Meus olhos param na caixa em sua mão esquerda. Ela é mediana e a cor lilás a faz parecer inofensiva.

— Ela compreendeu o quão perigoso é conhecer o mundo.

Suspiro, e dessa vez sou eu que sento na cadeira. Passo a mão pelo cabelo, arrumando os fios que insistem em ser rebeldes. O silêncio toma conta da biblioteca, o que de certa forma me deixa mais calma. Não consigo pensar direito com a voz de Jin em meus ouvidos. Recordo o que Mina me disse hoje mais cedo.

Deixo meu cabelo secar naturalmente, mas espero as meninas secarem o delas. É isso o que as amigas fazem, Joy diz virando-se para então perguntar se a parte de trás do seu cabelo está boa. Respondo que sim e Gain confirma, nos puxando pelo braço para irmos logo ou chegaríamos atrasadas no café da manhã. E Joy ainda teria que arrumar um para Wendy. Devíamos chegar cedo e não levantarmos suspeitas.

Concordo e começo a acompanhar os passos rápidos de Gain quando Mina me para, dizendo que quer tirar uma dúvida a respeito da biblioteca.

— Você está cuidando da biblioteca agora? — Tiffany pergunta, finalmente nos alcançando.

— Estou. Percebi que teria que estudar um pouco mais em algumas matérias e resolvi cuidar da biblioteca — vejo a confusão no rosto de Tiffany e logo trato de explicar melhor.  — Quase ninguém usa a biblioteca. Quanto menos pessoas, melhor. Ademais, a pessoa que cuida da biblioteca pode ficar fora do quarto depois do período de recolher.

— Entendo — Tiffany diz. Não parece desconfiar da minha desculpa —  Não se atrase, está bem?

— Prometo que serei rápida com ela — Mina diz. Seu rosto está sereno e ela parece mais bonita hoje do que nos outros dias. Ou talvez eu só tenha percebido sua extrema beleza agora, já que sempre que a vejo ela está andando por ai de cabeça baixa.

— Eu te agradeço muito por isso — Tiffany aperta meu ombro e logo segue o caminho com as meninas.

— Olha, se você possuir alguma dúvida sobre eu cuidar agora da biblioteca, pode me perguntar. Eu fui falar com a professora Bae sobre isso e ... — viro para Mina, começando a falar antes dela.

— Não, eu não vim falar disso — a expressão calma de Mina some e ela olha para os dois lados do corredor antes de suspirar. — Você parece ser uma pessoa legal, Yerim.  Não estaria aqui se não achasse isso, então por favor preste atenção no que irei dizer. Não teremos essa conversa novamente e espero que você faça a coisa certa.

— Você está me asustando, Mina — engulo em seco, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha, um movimento nervoso.

— Você está brincando com fogo ao se encontrar com ele. É perigoso, errado. E quem brinca com fogo sempre sai queimado. É isso o que você quer? Acabar morta?

Não a respondi. Não pude encontrar força em minhas palavras para indagá-la, fazê-la se explicar sobre o que disse. Tudo o que faço é permanecer aqui, parada, sentindo o medo entrar pela ponta dos meus dedos e seguir até minha garganta deixando-me paralisada.

Consigo escutar mais um suspiro de Mina e seus passos rápidos saindo dali. Ela deixou-me com meus próprios pensamentos e pesares.

E foi a pior coisa que alguém poderia ter feito para mim.

— Você sabe guardar um segredo?

Minha cabeça lateja e meus olhos doem ao piscar. Talvez esteja precisando dormir. Sinto como se tivesse corrido bastante e parado abruptamente, esgotando meu estado físico e mental. E pensar que tudo o que fiz foi preocupar-me.

Não só comigo, é claro que não. Em meus pensamentos, já podia ver-me sendo arrastada até o salão principal, cheia de hematomas e sem força para lutar contra. Consigo sentir o metal das algemas que colocariam em meus pulsos e sei que logo os chicotes encontrariam a pele das minhas costas. Todavia, o que me afligiria não seria isso. Não seria o mais arrebatador.

De onde eu estaria, possuiria uma visão privilegiada das lágrimas de Tiffany e soluços de Gain. Joy a esta altura já teria desmaiado com a mínima menção de minha punição. Eu as decepcionaria. E, definitivamente, isso seria minha morte.

— Por favor, me escute. Isso que está acontecendo é... — perigoso. A palavra morre em meus lábios quando Jin deposita a caixa em minhas coxas de maneira delicada. Se ele não tivesse mexido na mesma, eu com certeza a esqueceria depois de algum tempo.

— O que é isso? — pergunto, ainda hipnotizada pela cor lilás. Toco a tampa da caixa com o dedo indicador e percebo que ela não é áspera como eu pensei a principio. Tampouco é macia.

— Algo que você vai gostar...Eu acho — Jin se ajoelha em minha frente e abre a tampa da caixa — É uma velharia que tenho em casa. A princípio, pensei em trazer um outro objeto, mas refleti melhor e fiquei com medo de você não entender. Eu me lembro da sua reação quando viu o meu celular.

Dentro da mediana caixa lilás estão pequenas fitas cassetes, cada uma possuindo uma etiqueta branca e algo escrito na mesma. Levanto a cabeça encontrando o olhar de Jin. De alguma forma, seus olhos estão mais intensos que minutos atrás.

Celular? — engulo em seco e volto a observar as fitas — Está falando daquele objeto que fez barulho e você colocou na orelha?

— Sim — os dedos de Jin seguraram uma fita. Na etiqueta, com uma letra mais elegante que a minha, está escrito algo que não compreendo — E isso é uma fita.

— Eu sei o que é uma fita — reviro os olhos, meu orgulho um pouco abalado pelo simples pensamento de que Jin acha que sou burra.

— É claro que sabe — diz. Me atrevo a levantar o olhar e vejo um sorriso em seu rosto. Ele observa atentamente a fita que segura — Essa aqui é uma das minhas favoritas, sabia?

— Hmmmm, e o que ela mostra?

— Ah, ela não mostra nada. Não é esse tipo de fita. Ela só reproduz sons, mas para isso acontecer... — ele mexe na caixa com a outra mão, erguendo um objeto apenas alguns centímetros maior que as fitas — Precisamos disso. Um walkman.

— Como? — olho para o objeto de nome difícil.

— Walkman. Walk-Man — Jin repete e ri da minha expressão confusa — Não se preocupe, no começo eu também tinha problemas em pronunciar nomes como esse.

— Não parece ser algo daqui.

— E não é — surpresa, pego o tal do walkman na mão para inspencioná-lo melhor — É um nome inglês.

— Inglês? —  olho para Jin que aquiesce. O pequeno walkman parece brilhar em minha mão— Isso deve ser caro.

— Bem, não são todos que possuem um desse em casa, mas se for comparar com um celular...

— O quê? O outro negocio é mais caro?

— Sim — Jin pega uma outra fita na mão, abandonando a antiga na caixa — Mas isso não é o que importa nesse momento.

— Não?  — não sei o que dizer. Ele traz um objeto que só pessoas de bairros da classe alta possuem e isso não é importante? — Agradeço que você tenha trago isto para me mostrar, mas...

— Eu não trouxe para te mostrar — Jin diz, como se eu tivesse acabado de proferir uma ofensa contra ele — Eu trouxe para te dar. É seu agora.

— E o que, exatamente, eu faria com isso? — não compreendo Jin. Para que eu usaria aquilo?

— Você escutaria minhas músicas favoritas.

Arregalo meus olhos e encaro o objeto que agora, além de brilhar, também parece mágico.

— Como isso é possível? — dou uma risada curta, incrédula. Seria verdade? Olho desconfiada para Jin — Você está caçoando de mim. É a única explicação. Músicas só são possíveis de serem escutas através de rádios e é praticamente impossível possuir um, porque é extremamente caro.

Tão caro que quando nosso rádio quebrou, demoramos seis meses para comprar outro porque a escola não possuía verba para gastar com futilidades, como disse a professora Jeon. Ele deve estar mentindo para mim.

— Eu não seria tolo o suficiente para caçoar de você, Yerim — Jin procura algo na caixa e quando encontra, encaixa no pequeno walkman. Agora ele possui um estranho fio comprido que no meio se bifurca em dois, sendo que nas duas pontas possuem pequenas caixinhas de sons. Do tamanho de nosso ouvido. Fico espantada em ver como a tecnologia avança tão rapidamente — Pronto. Coloque o fone em suas orelhas e comprove o que eu estava dizendo.

Fone? — me sinto frustrada por não conhecer essas coisas. Jin fala com tanta naturalidade que demora para perceber que eu não sei o que é um fone.

— Ah, me desculpe — ele ri e segura as duas caixinhas de som com os dedos — Me esqueço que você não tem conhecimento dessas coisas. Veja, isto aqui é um fone. É como se fosse...

— Uma caixa de som? — indago, percebendo que ele demoraria para encontrar uma palavra. Jin concorda, animado.

— Sim. Duas caixas de som que você pode colocar em seus ouvidos — Jin fez a demonstração, colocando o tal fone nos meus ouvidos como disse que era para fazer — Desse jeito.

— E agora elas vão soltar música? Não parece fazer sentido.

— Na verdade, elas vão reproduzir uma música que está gravada na fita. Você só precisa colocar a fita aqui dentro e... — ele pega uma fita aleatória e põe dentro do walkman, apertando um botão em seguida — Pronto. A música começa a tocar.

Espero alguns segundos e nada acontece. Já estou prestes a tirar as caixinhas de som das minhas orelhas e pedir que Jin pare de me fazer de boba quando uma voz grave e suave, quase igual um veludo me faz arfar.

 

"Wise men say only fool rush in..."

 

Não entendo sequer uma palavra do que a voz disse. Contudo, não é como se isso importasse porque eu pude sentir o sentimento tão intenso na voz que os pelos dos meus braços se arrepiaram. É como a chuva, nos molhando de repente ao mesmo tempo que nos faz sentir vivos com as minúsculas gotas que caem sob nosso rosto.

— Isso é lindo — minha voz sai rouca e tenho que pigarrear para não deixar muito evidente o quanto fiquei abalada com uma simples música — Digo, a canção.

— Você compreende? — sua expressão surpresa me faz sentir-me constrangida. É tão impensável assim que eu compreendesse a canção?

— Não. Mas dá para sentir a emoção que ela traz e... — Jin me olha como se eu estivesse falando outra língua. Apesar que sabendo o pouco que sei dele, se eu estivesse mesmo falando em outra língua, talvez ele compreendesse — Você acha que sou louca, não acha? Por isso está me encarando dessa forma.

— O que? Não — ele ri e eu fecho ainda mais minha expressão — É que você me surpreendeu. Você é a primeira pessoa que vejo falando da emoção que a música passa. Normalmente, as pessoas não prestam atenção nesses detalhes.

— Acho que é porque as músicas que escutamos são diferentes — digo, recordando-me de algumas músicas que as professoras passaram para nós.

— É que essas são especiais — Jin diz, demorando para concluir o seu pensamento. Como se estivesse avaliando o que deveria ou não contar — Lembra do que eu disse sobre o walkman? A mesma coisa pode ser dita sobre as músicas.

— Hmmmm... — me delicio com o refrão extremamente tocante da canção — Você quer dizer que só pessoas ricas podem escutar essas músicas?

— Está mais para pessoas que possuem acesso a esse tipo de informação — Jin responde e abre um sorriso maroto — O que é o meu caso.

— Não me surpreendo pelas pessoas não prestarem atenção ao sentimento. São poucas que escutam. Tenho certeza que se mais pessoas escutassem, você veria mais reações iguais às minhas.

Não digo mais nada. Deixo a tocante música deixar-me extasiada. Quando a mesma acaba, percebo algumas lágrimas caindo por minhas bochechas. Abro um sorriso envergonhado e seco meu rosto com as costas das mãos, piscando várias vezes para expulsar qualquer resquício de lágrimas.

— Me desculpe por isso. É que a música é tão... — não encontro palavras certas para descrevê-las — Nem imagino como farei para escutar o resto das músicas, minhas amigas certamente perceberão se eu começar a chorar sem motivo algum.

— Sobre isso... — Jin parece ficar nervoso de repente — Você não pode mostrar a elas essas fitas ou o walkman. Nada.

— Por que não? — franzo as sobrancelhas, a expressão do meu rosto se tornando confusa.

Que mal faria contar a elas? Joy absolutamente amaria o pequeno walkman e seria uma briga para ver quem escutaria as músicas primeiro.

— Eu pensei que isso estaria claro — Jin suspira, sua voz não tão animada quanto antes. Ele passa a mão no cabelo incrivelmente loiro. Espanto-me comigo mesma pensando o quão macio seria seu diferente cabelo loiro — Nosso contato é proibido. Você vive me lembrando disso. O que acha que aconteceria caso alguém nos pegasse aqui e fôssemos castigados?

— Elas também seriam consideradas minhas cúmplices e também seriam castigadas.

As palavras saem com certa dificuldade de meus lábios.

Não, isso não poderia acontecer. Eu aguentaria qualquer castigo aplicado em mim. Não nas meninas.

— Sinto muito por isso. Você parecia tão contente em mostrar para elas.

— Não, está tudo bem — balanço a cabeça como se isso pudesse organizar meus pensamentos — Você tem razão. Seria burrice metê-las nisso.

Tiro o fone e aperto o botão que Jin apertou antes.

— Obrigada, por as fitas e o wa...

— Walkman.

— Isso. Obrigada por ele também.

Ficamos num silêncio constrangedor até que Jin se ergue e começa a perambular pela sala.

— Você sabe guardar um segredo?

— Acho que essa é a terceira vez que me pergunta isso — respondo, rindo baixinho. Jin me olha de canto de olho — Hm, eu sei. Guardar um segredo. Se é o que você quer saber.

Me levanto da cadeira e ponho a mediana caixa lilás em cima de onde eu estava sentada.

— Você me pediu para te contar tudo o que sei, Yerim. Eu concordo em te contar desde que você prometa que manterá em segredo tudo o que eu lhe disser.

Fito Jin. Ele me encara ansioso, suas íris numa tonalidade mais âmbar do que quando nos conhecemos pela primeira vez. Sinto novamente como se eu pudesse mergulhar na força de seu olhar e me perder por lá.

Como se não bastasse apenas isso, minha excessiva curiosidade me queimava por dentro. É quase como uma necessidade, eu preciso saber.

Percebo, relutante, que minha curiosidade é tudo o que tenho.

Não sou bonita como Nana, espirituosa como Seulgi, esperta como Tiffany, bondosa como Gain ou o suficientemente sensível como Joy. Nem ao menos sou normal como deveria ser, como as outras garotas são.

Eu só sou curiosa e apesar de não ser uma coisa boa ou ruim, é o que me define.

Como eu poderia negar algo que me mostraria o mundo? Como ele realmente é. Não pela boca das professoras ou pelas palavras nos livros.

— Se você me contar o que sabe, eu prometo que guardo segredo.

Jin hesita por um momento e então abre um glorioso sorriso, um dos muitos que ele ainda não tinha mostrado.

Meu coração para por um instante.

— Escute, não sei se conseguirei vir aqui todos os dias e reconheço que ter ido até seu quarto não foi a melhor ideia que já tive — como se entendesse meu olhar, Jin começa a se explicar sobre ontem — Eu verifiquei o registro de vocês. Fica guardado na sala ao lado da biblioteca.

— Como você entrou lá? — lembro da sala que ele diz. Apenas as professoras e a diretora tem acesso a ela. Nem mesmo somos autorizadas a limpá-la.

— Digamos que Jongdae me ensinou uma ou duas coisas — ele ri da própria frase e deu pra perceber que ele parece bastante íntimo desse tal Jongdae só pela forma como o citou. Será que é algum professor? — Ah, Jongdae é o meu amigo.

— Ah... — estranho. Recordo claramente que não foi esse um dos nomes que ele disse na primeira vez que nos vimos. Taemin e Yixing. Se Jongdae é seu amigo o que será os outros dois?

— Talvez um dia você o conheça — diz, simplista.

— Eu? — coro só de pensar na ideia. Mal me acostumei a falar com um garoto e já teria que conhecer outro? — Ele viria aqui? Porque isso seria bem mais arriscado do que só você vindo e...

— Não exatamente — Jin molha os lábios com a língua e põe as mãos em meus ombros. Sinto todo o meu corpo travar com este pequeno contato inesperado — Você está me distraindo do que eu ia dizer. Talvez eu não consiga aparecer todo dia e está fora de cogitação nos encontrarmos em frente ao seu quarto. Tem a biblioteca, não é o melhor lugar, mas por enquanto é a única opção. Tentarei pensar em algo quando não estiver por aqui.

— N-Não seria melhor eu pensar? — gaguejo, me sentindo estranha com suas mãos em mim. Elas são tão diferentes das delicadas e finas mãos das meninas — Quero dizer, eu conheço minha escola. Posso pensar em algo.

— Se você acha que é melhor...Talvez seja mesmo. Eu dei sorte que minha faculdade se parece com a sua escola — arregalo os olhos quando ele diz faculdade, contudo, Jin ainda parece perdido em seus próprios pensamentos — Não posso prometer que voltarei amanhã. Ou no dia depois de amanhã. Só posso prometer que voltarei.

— Então... — inspiro e expiro profundamente, tentando clarear meus pensamentos — Basicamente, você espera que eu apareça todo dia de noite na biblioteca almejando que você consiga vir?

— Quando você diz assim, parece uma péssima ideia — ele parece constrangido.

— Não, está tudo bem. Não é uma ideia boa o suficiente, mas é o que temos. Ademais, eu que comecei tudo isso. Posso te esperar toda noite na biblioteca — Jin aquiesce e eu olho para sua mão ainda em meu ombro. Ele se dá conta de que ainda está tocando em mim e tira suas mãos rapidamente.

— Bem, acho que nossa conversa por hoje acabou — ele ri e pega a caixa mediana da cadeira onde eu estava minutos atrás — Tome. Guarde isso e quando puder ouça as músicas. Vou querer saber o sua opinião sobre cada uma.

Dessa vez, ele é o primeiro a ir embora. Não escuto seus passos no corredor, o que acho um feito incrível, já que quando eu saio andando meus passos ecoam pelo silêncio sombrio. Espero alguns minutos, encarando a caixa em minhas mãos seu realmente olhá-la. Não consegui acabar com esse contro proibido ou pelo menos lhe devolver a jaqueta.

— Espero que tudo isso realmente valha a pena — sussurro comigo mesma, suspirando, e saindo da biblioteca em seguida.


Notas Finais


Eu disse que arrumaria essas notas finais, não disse? Pois bem, aqui estou jdushfudfhuh. Deixei super largado essa fanfic porque eu disse a mim mesma que só postaria aqui quando atualizasse todas as fanfics que eu pretendo continuar escrevendo. Como eu consegui atualizar a maioria, resolvi postar logo porque provavelmente vocês iriam esperar ainda mais (porque eu não escrevi o cap final de uma short-fic e a provável continuação de outra fanfic minha </3 ). De qualquer forma, finalmente apareci! E com esse capítulo as coisas foram tomando o seu rumo na história, e vai ser mais fácil continuar os próximos capítulos (amém Deus).
Eu acabei de ver os dois comentários que recebi (os quais irei responder logo) e percebi que vocês estão captando as dicas que eu estou deixando haha \o/ isso é maravilhoso, mas me faz questionar se tenho que parar de dar dicas porque no final vocês já vão entender tudo sem eu nem postar nada jdushfsdufhuh.
Teve uns capítulos passados que uma leitora acabou por entender que o Jin é um pedófilo e isso me deixou agoniada.
Então vou esclarecer aqui: o Jin NÃO é um pedófilo. Ele é mais velho que a Yerim? SIM! Mas isso NÃO SIGNIFICA que ele é um pedófilo (estou colocando essas letras garrafais pra entrar melhor na mente). Eu ABOMINO a pedofilia e NUNCA romantizaria algo assim. Se por um acaso da vida eu escrever algo sobre isso, não será romantizado (como foi o caso da Amber com o estupro num dos capítulos passado. O que me faz lembrar que se o marido, namorado, vizinho, o estranho na rua te obriga a ter relação sexual com ele e você não quer, é considero estupro. É errado, é crime, é cadeia na certa).
Agora sobre o que é considerado pedofilia: "O código penal considera crime a relação sexual ou ato libidinoso (todo ato de satisfação do desejo, ou apetite sexual da pessoa) praticado por um ou mais adultos com criança ou adolescente menor de 14 anos. Conforme o artigo 241-B do ECA é considerado crime, inclusive, o ato de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente."
Não sei se vocês sabem, mas tem aqui no Brasil nós possuímos a idade de consentimento, que serve para identificar se houve pedofilia, abuso de vulnerável, etc. Ela é diferente da maioridade penal e civil (o que seria 18 anos). No Brasil, a idade de consentimento para o sexo é de 14 anos, conforme o novo artigo 217-A do código penal, modificado pela lei nº 12.015/2009, artigo 3º. Então se houver um caso de conjunção carnal com um menor de 14 anos vai ser considerado estupro de vulnerável. E mesmo se um menor de 14 anos praticar algum ato sexual, ainda vai ser considerado legalmente uma violência sexual, mesmo que tenha sido realizado o ato por livre e espontânea vontade.
Estou colocando isso aqui para que não haja mais algum mal entendido entre os leitores. Se alguém pensou a mesma coisa, me desculpe por passar essa imagem. Colocarei isso no prólogo para que ninguém mais tenha essa ideia.
Sobre o Jin ser mais velho, já confirmei acima que ele realmente é mais velhos. Está na faculdade, como vocês viram no capítulo. A idade dele? Isso vocês vão ter que esperar porque ele vai falar para a Yerim, né jdushfudhfuh. Então não é pedofilia os dois juntos.
Tive que esclarecer isso aqui porque eu fiquei mal de pensar que uma leitora minha que poderia estar curtindo a história em paz acabou tendo um julgamento errado que provavelmente a faria parar de acompanhar a história.
Vou colocar aqui o que disse para a leitora "Eu não estou usando as idades reais das pessoas que uso como base para personagem, então você vai ver muito casal com essa variação de idade, mas na história eu mudei a idade deles (como a Tiffany e Gain, por exemplo. Elas são bem mais velhas que muitas garotas dos outros grupos, mas em BTD elas tem a mesma idade da Yerim)". Não se baseiem nas idades reais.
Outra coisa: vai ter muita conversa de vestido, bolo, afazeres domésticos e casamento sim, porque isso é uma distopia. É importante todas essas coisas porque elas só são reconhecidas como alguém perante a sociedade após o casamento, então é normal que elas falem disso toda hora. Tipo, realmente toda hora. O estranho (nesse mundo distópico) no caso é a Yerim nem achar grande coisa o casamento djudsfhdusfhuh.
E para completar toda esse textão das notas finais: o último capítulo vai ser sobre O Grande Dia. Fiquem ansiosas, mas não tanto, porque quando ocorrer O Grande Dia, vai ser o final da fanfic :D.
É claro, que até lá (e também no dia) vão ocorrer muitas coisas. Afinal, o nome da fanfic e as fotinhos que eu posto com sangue não estão ai pra nada, né? Haha.
Não sei se disse tudo o que queria dizer, mas espero que sim. Obrigada pelos comentários e favoritos. Obrigada mesmo <3
Beijos de luz.


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