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História Born To Die - Capítulo 8


Escrita por: Sabsyoda

Notas do Autor


Demorei sim, me desculpem gente ;--;
Era para ter postado antes, mas eu me atrapalhei com as minhas shortfic/longfic em andamento e acabei não postando D:
O que é uma maldade, considerando o fato de que vocês ficaram sem saber quem é o rapaz misterioso que entra e sai na escola na hora que quiser rsrsrsrs /kibei de um comentário hilário que vi no cap anterior haha.
Bem, hoje vocês vão descobrir haha. Só posso dizer que tem gente que acertou quem é o rapaz, o que me deixou muito surpresa (vocês são ninjas, podem falar).
Espero que o próximo cap seja maior que esse...Bem, é isso.
Boa leitura <3

Capítulo 9 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction Born To Die - Capítulo 8

A camisa que usa possui um tom mais escuro que a de ontem. Contudo, o olhar divertido e sorriso simples de são o mesmo.

— Como conseguiu entrar aqui? — questionei massageando meu braço direito que ficou dormente. Não é possível ele ter entrado e ninguém ter visto.

— Eu te disse que viria, não disse? — ergueu a sobrancelha acentuando sua expressão divertida. — Você devia ter mais confiança em mim, Yerim.

— Nem te conheço —  respondi bruscamente, me arrependendo logo em seguida. Não é esperto ser mal educada com ele logo agora. — Não posso confiar em alguém que mal conheço.

Hmmm... — ele levou os dedos ao lábio inferior, puxando-o levemente — Tem razão. Essa seria a primeira pergunta que eu te responderia, não é?

— Acho que sim — não me importo realmente com isso. Não preciso saber o nome dele, só o que ele sabe. — Então, poderia dar-me a honra de saber seu nome?

O rapaz me encarou em silêncio por um momento antes de dar uma risadinha. Em minha perspectiva ele somente iria dar uma risadinha, mas para meu espanto ele tira suas pernas da mesa e se aproxima de mim em passos rápidos se curvando para então pegar minha mão de forma delicada e deixar nela um selar.

— Meus amigos me chamam de Jin. Acho que nos tornaremos próximos, então eu deixo você me chamar assim também —  terminou de falar lançando-me uma piscadela.

— Que?

Puxei minha mão de seu aperto leve. Seu jeito de se apresentar para mim foi horrível, e o que raios foi aquele piscadela? E o nome...

— Que tipo de rapaz tem esse nome? — soltei sem pensar.

Droga, isso certamente irá se tornar um hábito horrível daqui pra frente;

— Que tipo de garota se chama Yerim? — devolveu-me fazendo meu rosto esquentar. Ele se apoiou na mesa ficando de frente para mim — Você devia se chamar Yeri. É mais bonito e suave.

— Bem, não ligo para isso. Meu nome é Yerim e gosto dele.

— Se fosse minha esposa eu o mudaria. —  disse-me, como se falássemos sobre o dia. A conversa que tive com Wendy veio a mente.

"Para mim, eles são como monstros. Egoístas, presunçosos, babacas, falsos, corruptores e eu posso continuar essa lista até amanhã."

— Então ainda bem que não sou .

Sinceramente, não era assim que imaginei todo o desenrolar da situação. Levantei sem me importar em ignorá-lo e sai dali fechando a porta da biblioteca num baque. Ninguém o viu entrando no prédio e duvido muito que se alguém o visse aqui seria ruim para ele.

Quando cheguei no quarto as meninas já estavam dormindo, com exceção da Wendy que parecia prestes a cair no sono. Ela perguntou-me baixinho o porquê de minha demora e eu apenas disse que me atrasei na hora de levar os lixos para fora. Não mencionei que troquei de trabalho ou do meu contato com o rapaz.

Fui dormir desapontada com a conversa que tive com ele e acabei sonhando mais uma vez com aqueles olhos citrino.

 

~*~

 

No final de semana Sulli acordou todas nós cedo para uma aula surpresa da professora Jeon em pleno sábado. Ninguém esperava por isso, de modo que todas se dirigiram até o espaço para estudar — onde seria a aula — com olheiras nos olhos e expressões cansadas.

— Às vezes eu sinto como se tivéssemos mais aulas da professora Jeon do que das outras professoras. —  Joy resmunga, ao sentar-se na cadeira pela terceira vez, finalmente com a postura correta.

— É porque realmente temos. — comento, a reverenciando e então sentando na cadeira de frente para ela. Sorrimos uma para. — Meu nome é Yerim e eu tenho dezessete primaveras, senhor.

— Me chamo Joy e possuo dezessete primaveras, senhor. — o sorriso de Joy aumenta mais do que achei que fosse possível. — Posso saber qual é o seu nome?

— O que é isso? Não é assim que você fala com um garoto, senhorita Joy.

A professora Jeon aparece ao lado de Joy, fazendo a mesma se encolher um pouco. Já é a quinta vez que ela briga com Joy só hoje.

— Você não pergunta o nome do rapaz, menina. Ele a dirá assim que quiser, contudo, se ficar demasiada ansiosa ao ponto de necessitar saber o nome dele, terá que perguntar de outro modo. A senhorita Yerim sabe como é esse modo?

— Sim, professora. — como eu poderia não saber? O utilizei ontem mesmo. — O senhor poderia dar-me a honra de saber o seu nome?

Exatamente — posso jurar que vi os olhos de Jeon brilharem por trás do óculos que ela usa. — Aprenda mais com sua amiga, Joy. Ela parece que terá um imenso futuro.

A professora saiu de nossa mesa e foi até Jiyoon e Momo que serviam-se do jeito errado.

— Como é que você consegue decorar tudo isso, Yerim? — Joy faz uma careta ao olhar a professora dando uma bronca em Jiyoon. — Não consigo lembrar-me nem da metade. Falar e agir corretamente, isso é tão...

— Chato? — Sandara puxa uma cadeira vazia e a coloca ao meu lado. — Eu sei. E qualquer errinho já te transformará na pior candidata à esposa.

Sandara... — repreendo minha colega. Se ela assustar Joy com isso terei que dizer mais de uma vez que ela não acabará num casamento ruim.

— O que? — a sobrancelha bem feita dela se ergue e ela possui um sorrisinho divertido nos lábios. — É a verdade e você sabe disso. Ela tem que aprender as normas, caso contrário não se sairá bem no Grande Dia.

— Do que estão falando?

Kaeun se junta a nós, também puxando uma cadeira e sentando ao lado de Joy. Sandara abre um sorriso tão falso para ela que me questiono como ela não percebeu.

— De Joy que não conseguirá um bom casamento — Sandara comenta e Kaeun arregala os olhos. — Ela não consegue se lembrar de como se comportar na frente de um rapaz.

—  Como não?! — Kaeun quase grita, botando a mão no peito dramaticamente. — É o mínimo que tem que saber para se formar e ter um bom lar.

— Não é como se todos quisessem ter um bom lar — comento, atraindo os olhares de todas em volta da mesa. — Acho que se formar já é o suficiente.

— Você não será considerada alguém se não se casar — Sandara diz e Joy concorda com ela.

— Bem, eu não ligo realmente para isso. — Kaeun faz um gesto de desdém com a mão e então suspira. — Só quero terminar logo a escola e então me casar.

Olho para ela não muito espantada. Quantas garotas na escola não devem pensar assim? Como se um simples casamento resolvesse tudo. Dessa vez sou eu que suspiro, inconformada com a fala de Kaeun. Há quanto tempo eu não penso mais como ela?

Ou algum dia eu já cheguei a pensar assim?

— E depois?

Depois? — ela abre um sorriso extasiado em minha direção. — Depois eu vou estar feliz. É só o que importa.

 

~*~

 

Para a nossa surpresa, a professora Bae apareceu logo depois do término de aula de Jeon e nos levou para o campus. Todas fomos para a sala de cinema — como Bae nos disse chamar — e lá ela nos mostrou uma foto de um objeto estranho.

— Eu realmente não compreendo como é que essa imagem é refletida ali — Mijoo sussurra para mim ao passar na minha frente e sentar ao lado de Nana.

— Também não faço ideia — sussurro de volta, recebendo um tapa na nuca de Seulgi que nos manda ficar quietas.

Na tela está uma objeto que penso que nenhuma garota sabe o que é.

— O que é isso? — Nana questiona. Todas as garotas já se sentaram e ficaram em silêncio para observar a obra.

— Me diga você, Nana. O que acha que é? — a professora Bae se aproximou de nós, olhando no rosto de cada menina presente e parando em Nana.

— Parece uma pia? — Mijoo diz, olhando confusa para a professora, e sua frase sai mais como uma pergunta do que uma afirmação — Talvez uma privada. Desculpe, professora, eu nunca vi isso antes.

— Sim, nenhuma de vocês nunca viram esse objeto antes e ele não está presente no livro — Bae encara seriamente Mijoo antes de ir para o outro lado da sala. — Mas é uma obra de arte? Vamos lá garotas, não existe resposta certa ou errada. Vocês a considerariam uma obra boa? Tendo em mente que esculturas também  são obras, apesar de este objeto em questão não ser uma escultura. Ou uma arquitetura, ou um adorno. É apenas um objeto.

Um burburinho corre entre a sala, mas ninguém responde a professora. Seulgi ao meu lado suspira irritada.

— Não, não é boa. Eu nem chamaria de arte — Seulgi diz em alto e bom som. — É só um objeto estranho.

— Arte não pode ser estranha? — Eunji indaga e todos os olhares se voltam para ela — Nem todas as obras tem que ser pinturas felizes. É um objeto interessante.

— Pra você tudo é interessante — Yuju diz e todas riem, inclusive eu.

— Não existem padrões sobre o que é arte — Eunji diz e Seulgi bufa, mais irritada que antes.

— Claro que existe ou qualquer coisa poderia ser considerada uma obra de arte — sinto pena de Eunji que recebe um olhar mortal dela. — Como, por exemplo, esse objeto estranho.

As meninas começam a discutir e o barulho se torna insuportável. Fico grata quando Bae assobia, chamando atenção de todas.

— Você tem alguma opinião para compartilhar conosco, Yerim? — é tão estranho escutar meu nome ser chamado assim, tão alto, que não percebo que a professora está falando comigo até Nana me cutucar.

— Hmmm...

Por que ela me chamou? Fiquei quieta durante a discussão das meninas. Olho para a imensa imagem e reflito sobre o que escutei rapidamente.

— Acho que Seulgi, em parte, tem razão. Existem padrões, técnicas e temas, entre outras coisas. Se você está nos dizendo que este objeto estranho é uma obra de arte, então o que é realmente arte?

— Exatamente, Yerim — o sorriso que a professora abre a faz parecer mais nova — Você chegou ao ponto em que eu quero chegar. O que é arte?

Sinto meu rosto esquentar enquanto alguns garotas assobiam para mim e batem palmas. Bae pede novamente silêncio e então começa a introduzir a aula. A imagem mudou e foi para uma foto. Espantada, reconheço o rosto sorridente e novo da professora Bae direcionado para a câmera. Seu cabelo está preso no que parece ser uma trança embutida com uma coroa de flores em cima, o vestido que usa é fechado e vai até o pescoço, dando um charme angelical para ela.

É a professora Bae? — Mijoo sussurra alto demais e tampa a boca logo em seguida, envergonhada.

— Sim, está certa, sou eu na foto, Mijoo — Bae ri e se apoia em sua mesa no canto da sala. — Essa foto foi tirada no meu Grande Dia. Eu tinha acabado de dizer sim ao meu marido quando o fotógrafo bateu essa foto. Bem, deixando isso de lado, vocês consideram fotografia uma arte?

Não — Suzy gritou lá de trás. — Pelo menos, essa não. É só uma foto que alguém tirou.

— Fotografia também é arte. É apenas um suporte diferente — Jiyoon comenta, dando de ombros quando o olhar de Seulgi recai sobre ela.

— Concordo com a Jiyoon — Eunji diz, com mais firmeza do que a amiga — Fotografia é uma forma de arte. Ela reivindica uma autoria, mostrando, portanto, a subjetividade do artista.

Ela só captura um momento, Eunji — Yuju diz com sarcasmo — Não tente deixar uma frase legal usando palavras que não estamos acostumadas.

— Mas é exatamente isso, Yuju. Ela captura o momento, o eterniza e o torna único. Como isso pode não ser arte?

— Se é assim, então realmente qualquer coisa pode ser arte — Seulgi diz, num tom ácido — Se eu pegar uma garrafa e engarrafar o ar aqui da escola dentro dela, isso seria considerado uma obra?

— Claro que sim, é o ar da escola, não qualquer ar — Sandara rebate rindo e causando risos em nós.

— Se eu dissesse que quem tirou essa foto foi o Kim Minseok, isso mudaria alguma coisa? Seria considerada arte?

A pergunta desencadeou mais uma vez várias vozes ao mesmo tempo. Algumas meninas exclamavam espantadas com a frase da professora, enquanto outras afirmavam que mesmo tendo sido tirada por tal fotógrafo, ainda não era considerado arte.

Nós garotas nunca vimos um rapaz, todavia, isso não significa que não conhecemos os nomes mais famosos da atualidade. Kim Minseok é um dos fotógrafos mais famosos do momento — e para a honra da escola — casado com uma ex-estudante daqui, Seohyun.

— Arte só é arte quando alguém impõe que é — Solar comenta lá de trás. — Digo, às pessoas certas.

— E quem são elas?

Homens.

A fala de Sandara causa alvoroço na sala. As garotas começam a falar ao mesmo tempo sem realmente escutar o que a outra tem a dizer. Bae pede que as garotas se controlem mais uma vez.

— O primeiro objeto que mostrei é um mictório de louça. Os homens o utilizam para … — a professora se interrompeu em sua fala, franzindo o cenho — bem, possui uma função semelhante a uma privada.

— Eu disse que parecia uma privada — sussurrou Mijoo e nós duas rimos baixinho.

— Privada? — escuto alguém gritar na parte do fundo — Então claramente não é uma obra de arte!

Bae abre um sorrisinho divertido.

— O artista em questão que a fez entra exatamente nesse domínio, Sra. Yein. O que é a própria definição do que é a arte, quem a define e quem a legítima. Sandara não errou ao dizer que são os homens que a legitimam, afinal, em nosso tempo, o que eles consideram como arte é arte. Eles dão a cartada final, são eles que expõem essas obras em seus museus. Nós, as mulheres, somos apenas espectadores. Mas eu digo para vocês que arte é mais do que isso.  

— Mais do que isso? — dessa vez, sou eu quem pergunta.

— Sim, Yerim — a professora faz um silêncio e olha no rosto de cada aluna antes de proferir suas próximas palavras: — Arte é tudo o que nos faz sentir, pensar e eventualmente agir.

E então ela começa a explicar o que quis dizer ao mostrar a obra e a fotografia para nós. De acordo com ela, temos que aprender uma nova concepção, olhar além da obra e aprender a pensar por nós mesmas.

Não sei se alguma garota consegui compreender o que a professora quis dizer com isso, já que a maioria não pensa realmente sobre isso. Suas cabeças estão cheias com tecidos, bailes e maridos perfeitos. Contudo, fico feliz que não sou a única a pensar assim.

Depois dessa aula, a professora Bae se tornou minha professora favorita.


Notas Finais


É O JIN MINHA GENTE JFDUDSHFUSDHFUSDFH Bem random, certo? Certo.
Aaaaaaaaaaaaah a formatação tá bem pombo e isso me irrita muito, mas não consigo arrumar nessa bagaça T.T
Enfim, o Jin foi bem babaca agora né? Nossa, não curti y.y mas ele vai melhorar gente (espero). Ele não é assim. É um amorzinho, juro.
Ainda vão acontecer vários babados e daqui uns três/quatro capítulos vocês vão entender como é que ele sai e entra na escola o tempo todo haha.
Espero voltar cedo aqui com o próximo capítulo e atualizar todas as minhas outras fics que estão precisando de att.
Ah, citrino é uma pedra amarela. Depois joguem no google, é linda haha, esqueci de comentar isso no cap anterior.
Tem uma leitora que está indo no caminho certo da fanfic. Ela teve uma dúvida, então vou dizer pra todos vocês aqui: não é porque fulano não fala com ciclano na vida real que aqui eles não vão poder ser amigos. Eu misturei bem os grupos para poder focar em todos, então sim, o Jin pode ser amigo do Taemin e do Yixing. E não se enganem pela índole dos idols na vida real, porque eu mudei muita coisa. Muita coisa mesmo #FicaADica.
Espero que tenham gostado e me contem suas teorias! Mais alguém além de mim achou estranho a Mina não ter estranhado a Yerim ter ficado até mais tarde na biblioteca? (já que a Yerim não chegou a dizer para ela que cuidaria dali a partir de agora rsrsrs).
Bem, é isso ai.
Beijão de luz <3

Edit: A obra que a Bae mostra é "A Fonte" de Marcel Duchamp. E a parte da Seulgi falando das garrafas foi uma referência a uma obra que realmente existe do mesmo cara jasudhfudshfuh (50 cc de ar de Paris). Ele realmente engarrafou o ar de Paris e isso é uma obra ^^ Marcel Duchamp é do dadaísmo e essas duas obras que eu fiz referência são ready made ("os ready mades são objetos anônimos que o gesto do artista, pelo único fato de escolhe-los, converte em obra de arte. Ao mesmo tempo esse gesto dissolve a noção de obra de arte"). Acho que agora esse capítulo está mais legal kkkkkkkk.
Beijos


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