1. Spirit Fanfics >
  2. Born to Die >
  3. Você está salva

História Born to Die - Você está salva


Escrita por: deusatena

Notas do Autor


Oi meus peixinhos!
Estou fazendo de tudo para atualizar todas as fics bem rapidinho, afinal, estou de férias. Nas notas finais eu estou deixando todos os links delas, e acreditem, eu estou começando mais uma nova, mas ainda não a publiquei, então caso quiserem ler, eu sempre irei deixar os links nas notas finais.
Apesar de não ser o tema do capítulo, estou escrevendo ele ouvindo gnash - i hate u, i love u.
Bem, boa leitura ♥
PS: Capítulo especial do Stiles e da Lydia, por isso não estranhem na constante mudança de POV que pode aparecer.

Capítulo 11 - Você está salva


Fanfic / Fanfiction Born to Die - Você está salva


Eu posso ver, mas já fui cega
Eu era tão confusa quando criança
Tentava levar o que eu conseguia
Com medo de que eu não conseguiria encontrar
Todas as respostas, querido

 

Falhando, bater em uma parede
Agora eu preciso de um milagre
Apresse-se agora, eu preciso de um milagre
Stranded, estendendo a mão
Eu chamo seu nome, mas você não está por perto
Eu acho que estou perdendo minha cabeça agora
—The Chainsmokes 

Stiles — Point of View 
Delegacia, 25 de março, 2017. 
Horário: 5:34pm.

— Vocês fizeram o que?

Parrish me olha abismado e perplexo. Ao seu lado, John, meu padrasto e mais próximo de uma figura paterna.  

— Olha, nós não tivemos escolha. — Dou de ombros, colocando um sorriso educado no rosto. — John, por favor.

— Estão investigando um cara com base em quê? — A pergunta é retórica, ele realmente não quer muito saber. — É loucura.

— Desculpe interromper mas... Eu também achava isso. — Chris responde antes que eu pudesse falar algo. — Então eu segui as pistas da minha filha e realmente, a psiquiatra da Lydia afirmou que ele é louco e matou a esposa. 

— E se eu invadir a casa dele e não tiver nada? O processo que passaremos?

— O protocolo diz que se a pessoa é diagnosticada como louca, é preciso investigar. — Respondo, o olhando pidão. — Ela me ligou, John. Ela disse que ele irá matá-la, e acredite, eu não estaria aqui agora se não fossem os pais da Allison. Eu posso arcar com tudo. Se não me ajudarem, eu irei lá sem a ajuda de vocês. Se me prenderem, ótimo, farei amigos na prisão. Se for processado, ótimo, eu posso responder por mim. Mas veja: eu estou sendo educado o suficiente para vir pedi-lo amparo. 

Falo tudo muito rápido, minha voz até treme. Eu tinha convicção do que acabara de dizer e sim, poderia dar um problema que nenhum de nós estaríamos afim de enfrentar, mas agora não é brincadeira, nem cisma da Allison, que no final estava certa. Lydia corre perigo e precisamos encontrá-la. 

— Você daria um ótimo policial. — John responde suspirando, ele encara Parrish agora. — Concorda com isso?

— Se o senhor for, eu irei também. 

Então o homem de olhos claros em minha frente me olha. Não sei distinguir o olhar, mas sei que era uma mistura de argumento derrotado, e o orgulho que ele sentia.

— Não conte para Cláudia.

— Pode deixar.


Lydia Martin  — Point of View
Naquele mesmo horário
Porão, Martin's house.

Eu estava desgastada. A morte não me parecia tão ruim agora, nunca pareceu. Não conseguia ao menos pensar, parecia que esse atual brinquedo estava totalmente quebrado. Minha boca estava seca, implorava por uma mísera gota d'água. Meus pulsos doíam, as cordas não estavam nem um pouco frouxas. Meu corpo nu estava marcado pelas piores torturas, meu sistema nervoso estava acabado de tanto que eu desmaiei, não aguentando tamanha dor física e mental.

A minha situação não estava nem um pouco boa. Estava jogada no chão duro do porão, sem nenhuma peça de roupa. O telefone usado por mim foi escondido rapidamente, antes que Roger pudesse vir. Depois de tanta luta, dor e desgaste, eu pude sorrir. Estava sem forças, mas os meus lábios formaram um risco, pois apesar de ter tido uma vida tão deplorável, tive momentos bons nela. Dentre todos eles, os meus amigos, familiares e pessoas que se importavam comigo, embora Roger dissesse que não existia quem gostasse. Queria ter tido força para gritar todas vezes que Allison, Scott, Isaac e Stiles viam aqui, perguntando se eu cheguei ou coisa assim. Eles eram espertos o suficiente para saber que agora, eu não estava bem. Ah, o Stiles. De tantas pessoas que eu poderia ligar, eu só conseguia discar o seu número, já guardado pela minha memória fotográfica, clamando por ele. Eu estava perdida, machucada, e agora pronta para morrer.

 — Desculpe a demora, querida. — Ouço sua voz nojenta. Estava perdendo os sentidos novamente, mas aparentemente, minha audição era a única coisa que se mantinha intacta até o último momento de desmaio. — Estava fazendo umas ligações. Como está?

Ele era tão sínico e sarcástico que me dava ânsia.

— Boas notícias. — Roger puxa meu corpo, me apoiando em cima de uma cadeira. Porém, estou mole. Isso o faz buscar uma corda para me prender à cadeira. — Nós iremos viajar.

— V-via...

— Ei, poupe sua voz. Mais a noite estará gritando. — O dono dos olhos azuis ri. — Sim. Irei colocá-la em um avião para a Turquia. Um amigo meu aceitou você por oito milhões de dólares! Bem, geralmente o valor varia de dez a quinze, mas você está ferida, então será cuidada antes de entrar no novo trabalhinho sujo. 

Não tenho forças nem ao menos para arregalar os olhos, mas visivelmente entro em desespero. Quero berrar, mover meus braços, mas nada facilita. Seu sorriso psicótico me faz continuar de olhos fechados, sem nenhum esforço extra. Eu só queria morrer. 

— Está com fome? Sei que está. Quando entrar no avião eles vão servi-la com algo. Ou melhor, é um jatinho, afinal, você tem o prazer de estragar diversões. 

Dá de ombros. Eu precisava fazer algo, precisava fugir. Estou aqui a quanto tempo? Talvez mais de duas semanas. Sei que meus amigos estão a minha procura, mas eu precisava ser estratégica, pois eu não passo de hoje.

Roger sai do porão, ele desce as escadas, parecia entretido com uma conversa no telefone. Vejo se está tudo certo: O sino, a barra de metal, e de novo as pernas livres. Respiro fundo, repassando o plano que venho planejando esses dias inteiros. Admito que nunca fui tão observadora quanto hoje, talvez seja um ponto para mim.

— Voltei. Seu vôo é daqui a uma hora, então precisamos sair agora. E não se preocupe, alguém vai te jogar um vestido de prostituta no jatinho, não fique com medo de ficar nua.

Suas palavras me atordoam. Minha visão estava horrível, e meus sentidos também. Não poderia continuar sem qualquer força física. 

— Á-água.

Sussurro. Ele fora capaz de me entender, por isso revira os olhos. Suas mãos vão até uma mangueira, ligando-a. Coloca na altura do meu rosto. Como um animal selvagem, inclino-me e bebo o líquido desesperada, aproveitando para molhar o rosto e os cabelos que aliviam o couro cabeludo, onde tinha feridas também. A  água caía suja e cheia de sangue, afinal, era disso que eu mais estava banhada. Bebo tanta água, que parecia um pouco mais forte, mas não tanto. Eu continuava fraca, mas agora não estava morrendo pela sede. Roger desliga a mangueira, parando em minha frente.

— Olha como sou bom. 

Um homem de 40 anos como ele deveria ter pelo menos passado por uma clínica psiquiatra. Ele era completamente louco. Suas ações o entregavam como um adolescente deprimido, que queria se vingar de alguém. Bem, American Horror Story basicamente era assim. Mas ele estava longe de ser um Tate. 

— Sabe, Lydia... Eu já amei você. Éramos felizes, a típica família americana boa. Na verdade, culpo mais a sua mãe do que você mesma. Ela quem estragou a nossa relação, e eu precisava puni-la, educá-la mais. E o maior erro de Haven foi ter tentado me abandonar, por isso vê-la partir, embora eu amasse você, minha pequena sereia, o melhor seria se vocês morressem logo. 

Arqueio a sobrancelha. Ele tem noção do que diz?

— E-eu também amei v-v-você. — Me esforço para dizer algo. — Mas minhas... Esperanças... De ter meu pai de-de volta, já... — Me irrito com a forma que minha voz sai. — Morreu com uma p-parte minha, e minha m-mãe.

Boto um sorriso no rosto, ele arregala os olhos, parecia confuso. Coloco o plano em ação, era tudo ou nada. Com o joelho livre, coloco toda minha força para acertar seu membro. Como ele não esperava, o impacto foi ainda maior. Roger cai no chão, gemendo e me xingando. Me jogo no solo duro de madeira, me arrastando. Mas como não previ, ele pegou no meu pé. Segurei com tudo na porta, vendo a corda do sino tão perto dos meus dedos. Eu dependia disso. Me inclinei ainda mais, conseguindo pegar a cordinha e puxá-la varias vezes, para o lado e para o outro, tocando o sino. O barulho era estridente, todos da rua poderiam ouvir. Feito o plano, Roger me puxa ainda mais, ficando por cima de mim. 

— VADIA! 

Ele me estapeou, e quando ia tirar o canivete do bolso, puxo a barra de metal, acertando-o várias vezes. Na verdade, não sabia onde eu acertava e com qual força, pois estava  tudo muito embaçado.

Stiles Stilinski — Point of View
Minutos antes.

John dirigia rápido, ligava até as sirenes para poder passar pelos inúmeros sinais vermelhos. Me encontrava no carro de Chris, que segurava com força em sua arma. Em nossa frente, os dois carros de policia. Em primeiro, John e Mariana, atrás Parrish e a Ana Flávia, uma recém policial, e por fim o nosso carro. Dirigíamos com bastante velocidade, quando ouço um barulho fino e que a cada tempo que nos aproximávamos, ele ficava mais forte. Chris também ouviu, por isso todos estacionaram de mal jeito na frente da casa de Roger. Desço rapidamente, chutando a porta com força, e com a ajuda de Scott, ela se parte. Corro em direção do som, enquanto os policias vasculhavam a casa com a arma na mão, pronto para tudo. Seguindo o som, consigo ir até o andar de cima, que tinha no teto uma portinha. Pulo para puxá-la, quando desce rapidamente uma escada. Ouço grunhidos e barulhos, por isso subo as escadas, vendo Roger pronto para enfiar a ponta afiada do canivete no pescoço da ruiva, que o mantinha longe com uma barra de metal. Sem pensar duas vezes, pulo em cima do homem, enchendo-o de socos consecutivos. Não conseguia parar, não tinha feito questão de tomar o remédio hoje, não hoje. Por descuido, Roger consegue revidar, enviando o canivete na minha barriga. Com tal distração, ele pula da janela. Tento segui-lo, fazendo pressão com a mão no local ferido, mas ele corre. Seu rosto estava completamente atingido, sangrando totalmente. 

— Ele está fugindo, saiam da casa e vão até ele!

Grito alto o bastante para ver John e Chris saírem da casa, entrando no carro e pedindo reforços. Allison sobe as escadas, me vendo sangrando. Rasgo minha jaqueta xadrez, enrolando em minha barriga bem forte para perder sangue. Embora meus sentidos não estavam perfeitos, vou até Lydia, que piscava lentamente, balançando a cabeça de um lado para o outro. 

Você está salva. Me ouviu, Lydia? Eu não a salvei, mas você sim. 

Falava muito rápido. Sua pulsação estava fraca, seu rosto pálido, e os olhos fechados. Seu corpo inteiro estava totalmente branco, mas também ferido. 

— Lydia! Oh meu Deus, eu vou tirá-la daqui. St... Stiles você está ferido. 

Ignoro-a, tirando a jaqueta xadrez, vestindo-a e fechando os botões.

Não sei qual era a questão. Claramente, parecia pessoal. Antigamente não pude salvar minha irmã. Eu era muito novo, mas agora eu a salvei.

Eu salvei Lydia.


Notas Finais


01 - Para quem estranhou, agora quero colocar as datas, então não estranhem. É o mesmo dia em que eles estavam voltando de Atlanta, porém uma hora depois. Ou seja o capítulo começou as cinco da tarde, sendo que o ultimo capítulo eram quase quatro horas, mas o horário não é tão relevante, é apenas importante para saberem o tempo que cada momento leva.
02 - A partir do próximo capítulo não irei usar mais os pov da Lydia com Martin, a coitada odeia esse sobrenome (que vem do roger).

O que acharam do capítulo? Há, Lydia resgatada, mas Roger fugiu, merda. Bem, espero que tenham gostado, meus amores. Mari e Ana, cá está o capítulo que disse que ia envolver vocês duas, talvez vocês possam aparecer mais.
Até o próximo capítulo, lindas.

xx: Minhas fics Stydia aqui:
Behind the Scenes: https://spiritfanfics.com/historia/behind-the-scenes-3263957
Treat you Better: https://spiritfanfics.com/historia/treat-you-better-6359851
Crazy in Love: https://spiritfanfics.com/historia/crazy-in-love-7602511

BEIJOOOOOO ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...