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História Born to Die - Você precisa se recordar


Escrita por: deusatena

Notas do Autor


Hellou, its me.
Cá estou eu com um novo capítulo pontinho para vocês e realmente espero que gostem, pelo menos um porquinho.
Não pulem as notas finais, ok?
Beijos ❤🌸

Capítulo 6 - Você precisa se recordar


Fanfic / Fanfiction Born to Die - Você precisa se recordar

Não me deixe triste, não me faça chorar
Às vezes o amor não é o bastante - BtD

Seis anos antes

Atlanta, Georgia

— Lydia.

A ouço dizer pela terceira vez, talvez. Não estava contando e nem dando-a atenção. Porém, a mulher de cabelo marrom e pele negra era insistente e passava a mão no meu joelho muitas vezes, a fim de me reconfortar ou apenas transmitir certo carinho. Não respondo-a, apenas encaro seus olhos escuros, enquanto estava sentada na cadeira de plástico cinza. Ela aparentava ter trinta anos e tinha Hawaki de sobrenome. Era esquisito, talvez de outro país ou tradição distante. Eu me agradava mais do seu primeiro nome, Marié. Basicamente, se pronunciava Marríê. Mas isso não me importava, não ela, não o lugar, não a ocasião. Entretanto, para ela sim.

— Vejo que temos um progresso aqui. — Ela sorri. — Provavelmente é a primeira vez em quatro sessões que você me olha. Tem olhos muito bonitos.

— Se me permite dizer, a senhora é bastante insistente e isso pode ser chato, sem querer ofender. — Acompanho sua curta risada.

— Oras, é importante ter alguém para conversar.

— E qual é o ponto?

— Terapia. — Ela é direta. Talvez entendeu depois de um tempo que eu não gosto de delongas. — Tem quantos anos, Lydia?

— Onze.

— É traumatizante ter que lidar com perdas tão grandes sendo tão nova.

— Mas eu sou muito madura! — Exclamo, vendo-a sorrir mais uma vez.

— Sim, você é.

— Então porque estou aqui? Não acho que preciso...

— Você já vai para casa, nossa sessão terminará daqui a pouco, não se preocupe. —  Afirma.

Há um silêncio entre nós. Ela me encara, como uma observadora, pronta para ler meus pensamentos. Não é de pena, nem de julgamento. Sei o que vem em seguida, sei o que ela quer. Não é algo grande, ela apenas precisa que eu lide comigo mesma e com o fardo. Mas eu não quero, nem ao menos preciso. Levanto-me da cadeira, sendo advertida no mesmo instante. Marié segura meu pulso com delicadeza, mas se levanta e diz firme, suspirando por ter que agir tão diretamente.

— Lydia, preciso que se esforce.

— Para quê? — Eu sei essa resposta, mas quero uma conclusão.

— Se recordar sobre o que aconteceu exatamente com o acidente de Haven Argent

Hoje.

Ouço baterem na porta, ato que me assusta e faz com que eu me levante da cama. A forma bruta com que ouço seus gritos me faz reconhecer quem está me chamando. Destranco a porta, levando a mão à maçaneta dourada. Roger entra no quarto possesso, ele está realmente com raiva, aparentemente. Sigo seus olhos azuis que acompanham todo o quarto e ao mesmo tempo eu.

— Seu telefone. — Diz. — EU O QUERO AGORA!

A partir do que ele grita eu me assusto, recolhendo o aparelho e colocando sobre a mão estendida. Quando o faço, Roger levanta a mão direita e atinge meu rosto, de forma com que meu corpo caia na cama com o impacto. Seu anel corta com meu lábio, sinto um certo o gosto metálico e astuto de imediato. Não me permito olhá-lo, nem ao menos chorar, mas ele ainda está no quarto e grita.

— Se eu achar qualquer coisa nessa droga, você verá.

— Por que acha que eu…

— Não se faça de tonta, Lydia. — Áspero, ele responde. — Ouvi Allison no telefone sobre você estar de encontros com um garoto. Se eu o ver, saiba que eu vou quebrar suas duas pernas e fazê-la andar escada abaixo.

Após a ameaça, Roger deixa o quarto. Suspiro fundo, ainda deitada de bruços. Lágrimas começam a rolar sobre meu rosto, sentindo o gosto salgado sob a língua. Não quero que Roger me afaste de Stiles, mas eu não posso correr tal perigo de ser ferida ainda mais, não iria suportar a sua ira em modo avançado.

O que deveria fazer?

 

Narrador.

No dia seguinte, Lydia levantou-se com o rosto inchado. Era um hábito para ela ficar chorando e a noite deu muito disso à pequena garota. Allison até foi à sua casa, perguntando-a se Roger havia voltado à bater nela desde que ela deixou Atlanta, mas a ruiva negou, não querendo pior resultado para sua prima. Lydia teria que viver com o fato de que ela não daria certo com ninguém, enquanto seu pai estivesse vivo, ou apenas em sua vida. Ela teria que se afastar de Stiles, pois seria ainda mais doloroso se seu pai descobrisse da aproximação entre os dois.

Mas essa decisão apenas escapou pelos dedos quando a garota tocou seus pés na escola, vendo-o junto à Scott andando na sua direção e da prima. Scott como sempre estava alegre, sorridente e saltitante. Diferente de Stiles que mantinha o mesmo olhar obscuro, irônico e cínico. Ele não se deu o trabalho de sorrir, até porque seu sorriso baseava-se numa tremenda ironia e sarcasmo. Além do mais, ele apenas parecia estar seguindo seu melhor amigo. Após andarem, chegaram até as duas garotas.

— Allison.

— Scott.

— Lydia.

— Scott.

— Já aprendemos nossos próprios nomes, certo? — Stiles disse, cansado daqueles cumprimentos estranhos. Não bastava um “oi”?

— Vocês tem aula de quê agora? — O moreno pergunta.

— Lydia de álgebra, eu de química.

— Eu também. — O sorriso do garoto com o maxilar torto cresceu.

— E eu de física, então…

Antes de terminar a frase, percebeu o olhar dos amigos no fundo do famoso corredor. O garoto de cabelos castanhos caminhava, atraindo olhares de garotas histéricas assim como de caras que tinham interesse fundamental nos esportes, já que sempre gostavam de usar os calouros nos seus times. Quando sua caminhada dramática terminou, ele parou ao lado de Stiles, retirando os óculos e revelando os olhos claros, quase verdes.

— Isaac Lahey, seu puta dum filho da puta. — Stiles exclamou, abraçando o amigo. — Eu realmente amo esse corredor, ele sempre dramatiza as pessoas que passam.

— É um enigma. Nunca saberemos o porquê de que ficarmos mais lentos, com ventos no corpo e “descolados”. — Lydia, pela primeira vez, diz. Ela era observadora, todos já perceberam isso. Mas o toque de sarcasmo na voz era apaixonante aos olhos de Stiles. Após rirem, Isaac se aproximou da morena, beijando sua mão.

— Allison Argent, você está mais linda do que nunca. — Isaac diz com o sotaque britânico, assim como o que ela tinha.  Recebeu um sorriso e um abraço aconchegante — Manter contato com você é praticamente impossível.

— Minha viagem à Minnesota foi tudo de bom. Vistas para o mar, centros históricos, baladas chiques e de rua, danças e costumes renomados, vinhos, champagnes e bebidas caríssimas. Meu telefone foi usado apenas para tirar fotos de como uma garota pode viver na parte mais rica de um estado. — Brinca e em seguida dá de ombros, balançando-os em forma de dança. Extrovertida, sempre. O sotaque britânico que possuía era evidente, já que foi morar em Atlanta apenas com cinco anos, e seus pais eram belos amigos dos do Lahey.

— Você é maravilhosa, Alli. — Ele ri. — E quem é essa?

— Minha prima, Lydia.

— E namoradinha do Stiles. — Scott interfere fazendo com que a ruiva ficasse ruborizada e o moreno revirasse os olhos.

— Então, Isaac… Vai passar a morar aqui? — Stiles ignora o amigo, dando atenção ao outro.

— Estou na casa do Scott até o final do ano, irmão. Minha mãe ainda não sabe se iremos ficar aqui mesmo, já que moramos por dois anos e ela decidiu voltar para L.A. — Explica.

— É interessante o ponto de que todos nós nos mudamos alguma vez. — Stiles comenta. Realmente.— Menos o Scott.

— Sempre estarei aqui esperando vocês aquietarem. — Brinca. — Bem, vamos para a aula?

— Infelizmente, ei Isaac você está em que aula agora?

— Química. — Responde, olhando em um pedaço de papel.

— Então vamos.

Scott, Isaac e Allison andaram pelo corredor até virarem em uma escada apressados, por saber que o professor antigo estava de volta. Saíram da vista de Stiles e Lydia, que voltaram a olhar um para o outro.

— Oi. — O moreno diz, se aproximando da ruiva. Ele tentava até mesmo não ser rude por um momento, claro.

— Ei.

O garoto se aproxima para dar um abraço na mais baixa, puxando seu rosto. Mas Lydia vira o rosto, gemendo baixinho.

— O quê…

— Não é nada.— Ela ri nervosa. — Eu sou sonâmbula, e como sempre deixo a porta do quarto fechada, eu bati o rosto. — Dá sua melhor desculpa. Era inteligente demais para simplesmente dizer que bateu num poste.

— Não acho que ficaria com um vergão.

A ruiva fica confusa, até porque ela usou bastante maquiagem antes de ir à escola.

— Tá vermelho aqui e com um corte no lábio, Lydia. Por isso estava calado, eu estava tentando observar porque mordia tanto a boca, já que o machucado foi aciden...

— Stiles! — Ela o corta. — Pare. Estou dizendo que foi isso, acredite se quiser, ou cuide da sua própria vida.

De alguma forma, doeu para a ruiva ser a grosseira, mas é assim que tinha que ser. Ela deveria ser forte e se afastar.

[...]

A aula de inglês havia acabado, fazendo com que Lydia levantasse da sua carteira e fosse até seu armário, a fim de pegar sua bolsa e esperar a carona de Allison. Seu telefone vibrava no bolso da calça, — sim, é importante lembrar que Roger não achou nada de útil em seu celular e a devolveu pela manhã. —, irritando-a com o toque chato. Cansada de tanto vibração, Lydia recolhe o telefone, lendo as seguintes mensagens.

16;16

Desculpa, amorzinha! Não poderei te deixar em casa hoje.

16:17

Scott me chamou para ir à casa dele, mas não se preocupe, Isaac estará junto.

16:20

Eu senti saudades do Isaac, ele transmite um calor em mim…

16:24

De qualquer forma, ele faz um trio entre eu, ele e Scott para baladas e coisas enigmáticas. Eu sou uma rainha, eles me tratam como uma. Mas Scott é mais meigo e fofo, não que eu não goste.

16:25

Uau, um menage não seria um problema para mim, desde que seja em uma cama de colchão d’agua, com travesseiros de penas de avestruz, em um quarto de Páris, com um vinho de, no máximo, anos 70. Talvez uns Scotty's e cervejas.

16:27

Provavelmente você está cansada de mim, pois não me responde. Ok, eu ainda te amo

16:29

Anyway! Sorry, cat-cat. Stiles poderá te levar, kisses.

Xx, A.

— Oi.

Lydia bufou, fechando o armário. Viu o garoto com o corpo escorado no armário do lado, sorrindo de modo sacana. Maldição! Ela adorava aquele sorriso.

— O que foi?

Stiles desviou o olhar por um momento, encarando as pernas da garota, que mesmo cobertas pela calça, eram atrativas. A ruiva não percebeu, as vezes dava surtos de inocência e as vezes era esperta demais.

— Ahm, nada. Irei te levar em casa.

— Não quero.

— Amor, eu não perguntei. — Diz frio, ainda sorrindo. — Ou vem ou fica aí, você escolhe.

Ele pisca, enquanto saía em direção as portas que davam acesso à saída. A escola se esvaziava e Lydia não podia se dar o luxo de demorar para chegar em casa. Por fim, bufou e foi atrás de Stiles, abrindo a porta do carro e entrando, esforçando-se para não olhá-lo. Ele dirigiu em silêncio, as vezes olhava para a garota, perguntando-se como alguém tão tagarela conseguiu ficar calada. Quando estacionou em frente à sua casa, a ruiva se preparou para sair, mas Stiles trancou a porta.

— Lydia.

— Me deixa sair.

— Eu fiz alguma coisa errada? — Pergunta simplesmente, sem medo da resposta ou ao menos de perguntar, odiava indiretas.

— Escuta… Isso não vai dar certo, ok? Eu não quero e não posso, então me deixe em paz.

— Por que? — Respirou fundo, tendo uma ideia em mente.

— Você é só um garotinho assustado com a vida, não me merece. É dependente da mãe para fazer o que gosta, que foi um covarde que não ficou para superar pelo o que passou, eu tenho vergonha de você. — Cospe as palavras, sentindo seus olhos lacrimejarem por ser tão cruel, mas era o jeito.

— Você…

— Sim, eu sei. Você não lutou pela própria irmã, eu…

— Saia. — Ele abre a porta para ela, se curvando e puxando a alavanca. — Lydia, some.

— Eu só…

— CARALHO, SAI.

Ele grita, socando o volante. Lydia se assusta, pois mesmo que ela queria feri-lo, não deveria ter sido tão bruta. Mas já que estava feito, deveria se acostumar. A garota deixa o carro, batendo forte e vendo-o dirigir com uma velocidade grande. A ruiva bufa de ódio de si mesma. Deveria afastá-lo e agora definitivamente tinha conseguido.

Sentiu gotas na sua pele, e logo várias outras. Ela correu para dentro de casa, fechando a porta. A garota gira os calcanhares, se assustando ao ver Roger escorado na parede, com um olhar ruim e com um cinto na mão, afiando a fivela na parede.

— Quem era ele? — Pergunta calmo.

— N-ninguém.

— Seu novo “namorado”?

Ao passo que ele se aproximava, Lydia tentava se afastar, até seu corpo bater na porta.

— ME RESPONDA.

— É apenas um colega.

— Eu avisei sua vadia insolente. Você não pode ter outro amigos, você não pode deixar qualquer outro ou até mesmo outra te tocar. Eu avisei e agora você irá sofrer.

— Não, por favor!

— Eu tento lhe educar, te tornar melhor. Você vai levar isso de lição.

Ele sorriu para a pobre garota assustada. Stiles dirigia muito rápido, com ódio nos olhos. Mas simplesmente parou o carro bruscamente, com o coração apertado na mesma hora que Lydia gritou. Ele não ouviu, nem sentiu na pele, mas sua alma doeu até mais que a garota. Foi no badalar do relógio, daquele exato dia, que foram escolhidos à se amar.

Before

— Eu não me lembro muito bem.

— Lembra-se porque estava no carro apenas com a sua mãe?

— Meu pai. Ele… Ele é mau.

— Como assim, mau? — Pergunta, sem manter expressão alguma, apenas mostrando-se interessada.

— Ele bateu nela, bateu muito. Acho…  que estávamos fugindo.

— Fugindo?

— Sim, mas eles nos achou, mas agora apenas ela teve o presente de conseguir ir embora. — Responde, ainda olhando para o chão, sentindo as lágrimas se acumularem.

— Acha que foi um presente sua mãe ter morrido?

— Deus a deu esse benefício, mas não para mim.

— Então você acha que deveria ter morrido no acidente?

— Não, não foi um acidente.


 


Notas Finais


Voltamos!
Então , esse capítulo foi uma forma de lançar a dúvida para vocês de como foi realmente a morte da Haven (mãe da Lydia), como aconteceu e tal. E essa mulher é apenas uma psiquiatra, ela não tá num hospício nem nada.
Eu tenho varios planos para a personalidade chique e requintada da Allison, e a forma com que Isaac se assemelha, mas pfvr não pensem que o Mascott é assim, porque ele é muito bonzinho e meigo.
Sem querer complicar nada:
Isaac é da Inglaterra, mas foi morar em Los Angeles com a mãe com 15 anos. Depois eles foram morar com a avó em Beacon Hills, e quando acabou as férias, voltaram para L.Á. mas Isaac voltou e agora mora com o Scott.
Allison foi para Atlanta com 5 anos, e saiu de lá bem mais tarde, morando em Beacon.
Lydia era de Atlanta e mudou-se para Beacon esse ano.
Stiles era de Ohio e foi para Beacon com dez.

Explicado? Explicado. Próximo capítulo é especialmente para o Stiles, beijoo


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