1. Spirit Fanfics >
  2. Born to Die >
  3. O anjo que veio me salvar

História Born to Die - O anjo que veio me salvar


Escrita por: deusatena

Notas do Autor


Notas finais, amores.

Capítulo 7 - O anjo que veio me salvar


Fanfic / Fanfiction Born to Die - O anjo que veio me salvar

E a estrada fica difícil, não sei o porquê
Continue me fazendo rir
Vamos ficar chapados - BtD

 

5 dias depois

Ohio, NY.

Stiles Stilinski.

Levanto a cabeça, encarando o céu nublado. Pingos de chuva molham a minha pele esbranquiçada, causando um calafrio imediato. Caminho sob a grama sintética. Cruzo os braços, apertando o casaco que me cobre. Quando paro pra perceber, eu encontro, há 10 passos, sua lápide. Respiro fundo sentindo uma certa angústia, O nervosismo congela minha espinha. É dessa forma que paro para pensar em tudo o que aconteceu até agora, todas as dores que tive que tomar, ou erros, ou problemas e como nada igualava a cada 15 de maio de todos os anos.

Fazem 8 anos desde à sua morte.

Cláudia aperta minha mão, enquanto Scott bate de leve em minhas costas, me dando algum tipo de apoio. Tomo coragem para voltar a andar, diminuindo a distância que nos separa. E, quando estou frente à frente de sua lápide, torno a ler aquilo que eu tinha gravado.

 

“Chloe Lynn Stilinski

2000 - 2008

Irmã, filha, e parente querida.”

Me abaixo o suficiente. Na verdade, estou agachado. Fecho os olhos, sentindo as lágrimas molharem minhas bochechas.

— E-eu… Eu vou comprar as flores. — Minha mãe sussurrou, apertando meu ombro.

Ela sempre faz isso. De qualquer modo, tenho vergonha pelo o que eu fiz. A culpa que me corrói não me permite nem ao menos olhar para Cláudia quando volto para a minha terra natal. E sempre que venho visitar o túmulo de Chloe, gosto de conversar com ela, apenas Scott ouve. Durante as 8 vezes que voltamos para cá, ele vem e ouve, calado, minhas súplicas e desabafo. E depois disso, não conversamos sobre o que eu disse.

— Oi, Boo. — Saúdo-a com o apelido que ela tanto amava ouvir. — Já se faz um ano que eu não venho aqui. Digo, você está aqui mas não está. Sabemos que não sou religioso, mas acredito que você está comigo dia a dia, tipo aquele filme que víamos da alma da moça que vagava pelo hospital. Bem, é aqui que o seu corpinho de albina está. — Brinco, sentindo a lágrima tocar minha boca. — Então vamos lá. Lembro que você gostava que eu te atualizasse de tudo que envolvia a minha vida. E não que ela esteja muito boa agora, mas é a minha obrigação. Bem, a mamãe me advertiu. De agora em diante, só irei poder fazer minhas lutas na academia do Charles, se eu recuperar minhas notas. Isso quer dizer que vou precisar estudar, o que eu nunca fiz em toda a minha vida. Não achei que precisasse, modéstia à parte. — Dou uma risada baixa. Respirando fundo e pensando na próxima coisa que poderia dizer. Meu coração se acelera por pensar nesse assunto. — E eu conheci uma garota. Ela é um ano mais nova, tem 17. É maravilhosamente ruiva, e tem olhos verdes em um tom escuro. Quando a vi, eu quase a acertei com um taco de lacrosse. Se estivesse aqui você estaria gritando, mas em minha defesa, não foi nada intencional. Foi como os filmes. Eu a vi e pensei que ela pudesse ser o anjo que veio me salvar. — Minha voz se torna embargada. — Salvar da vontade de morrer todos os dias, da vontade de largar tudo porque eu lhe fiz isso. Eu sabia que não era correto, e pedi para que você fizesse, agora eu estou aqui e você não. — Choro, sem segurar nenhuma lágrima. — Você teria 16 anos, e eu estaria socando qualquer namorado seu, por simplesmente não imaginar que alguém possa te ter para si. Sinto falta da minha melhor amiga. Chloe, eu sinto tanto…

— Stiles… — Ouço a voz de Scott.

— Sabe a pior parte? Eu não faço ideia de quem sou, Boo. Eu mudei após sua morte, pois quando eu tinha ataques de pânico, de asma, ou qualquer raivinha de criança, você estava lá. Eu estou intensamente morrendo por dentro, e ninguém percebe porque eu estou simplesmente vivendo e você não. Essa sim é a pior parte.

Coloco as mãos no rosto. Sinto a mão de Scott sob minhas costas, ouvindo seu choro. Passo os dedos na lápide, sussurrando um “adeus”.

Naquela tarde, eu voltei para a casa dos meus avós, onde estávamos hospedados. Minha avó, viúva, era praticamente surda mas muito sábia. Passei o dia no seu colo, pois a amava e ela dizia sentir que ia encontrar o avô Stan. E logo no outro dia, peguei um avião de volta à Beacon.

— Ei, você está bem? Não está falando comigo e eu acho que estou paranóico.

— Você está falando sério? — Me viro para o moreno com a feição confusa. — Acabo de voltar de Ohio, lugar onde perdi uma pessoa que amava. Não estou falando com ninguém.

Ele ri.

— O que foi?

— Passamos dois dias em Nova York e você estava frágil, sensível e ignorando tudo ao seu redor, isso quer dizer que você não estava bem. Agora que voltou a ser arrogante, sarcástico e usando as palavras sem ligar se elas podem ferir alguém, agora sim. Agora eu sei que está bem.

Scott sorri, pegando sua mochila e andando na frente. Reflito sobre o que ele disse e soltou uma risada. Realmente, meu melhor amigo é o melhor.

Narrador.

— Pare, por favor pare.

— Parar? — Solta uma risada sarcástica. — Eu nem comecei.

Lydia chorava em desespero. Suas cordas vocais doíam de tanto gritar, chorar e se debater. O sótão da casa era o lugar perfeito aos olhos de Roger. Ele desfrutava da cena. A garota nua no chão duro, amarrada ao poste com três cordas grossas, e quando ele cansava de ouvir seu berros agoniados, amarrava outra corda em sua boca, útil para rasgar a pele de seus lábios.

— Por que faz isso comigo?

— Você sabe porquê. Além de que você tentou ligar para a polícia, garota. Você sabe que nunca vai escapar de mim, e saiba que irei usá-la até me enjoar.

Suas palavras nojentas soaram como uma surra ainda mais dada em sua mente. Seu corpo todo doía, Lydia perdeu as contas de quantas vezes desmaiou sem aguentar a dor que sentia.

Desde que seu pai descobriu de Stiles, prendeu-a no sótão, fazendo a garota sobreviver com qualquer qualquer pão velho com queijo e água da torneira. Foram cinco noites apanhando, ouvindo coisas estúpidas e horrorosas. Lydia queria apenas morrer. Não se importava, até porque estava sozinha na droga do mundo. Mas quando fechou os olhos, relembrou dos momentos que teve com Stiles. Os beijos que recebeu, o toque, a atenção, e a sensação de se sentir desejada e querida por alguém. Se achava apresentável, mas nada que chegasse a perfeita, como Stiles descrevia. E ele foi alguém que ela não queria perder.

Se importava com ele, ou melhor, gostava pra valer e queria pedir perdão pelas atrocidades que disse a ele, mas mesmo assim, não iria poder falar com ele agora que era prisioneira.

— Você vai aprender que eu não estou de brincadeira, garota.

Roger segurou o cinto preto em mãos, vendo a garota se afastar o máximo, completamente assustada. Ele se diverte com o olhar medroso, não medindo a força quando estala o objeto em suas pernas várias vezes. Um estalo atrás do outro.

— Hm, só está ficando vermelho? Não é isso que eu quero.

Ele gira o cinto, agora afiando a ponta da fivela e sorrindo satisfeito. Agora com mais força, arrebentava as pernas da ruiva, acumulando o sangue escuro. Foram mais de vinte chibatadas em suas pernas brancas, agora banhada pelo sangue.

— Bem, agora que eu cansei de cintos, vou fazer algo ainda melhor. — Roger pega uma arma, o que fez Lydia arregalar os olhos. — Oh! Não irei te matar. É apenas mais uma diversão.

O homem dos olhos azuis pega uma silenciadora, conecta à arma, e atira várias vezes na parede, formando alguns buracos visíveis. Depois, ele retira o objeto e caminha até Lydia.

— Sabe, quando você atira, a arma tende a ficar extremamente quente por até 3 horas. Ela é capaz de queimar a pele de acordo com o número de tiros.

Lydia contou. Foram 5 tiros consecutivos. Ele sorri e pousa a ponta da arma na perna da menina, fazendo-a gritar tão alto que pôde sentir sua garganta explodir. A sua pele parecia derreter, ficando em carne viva. Ele repetiu o ato nos seus braços, pescoço, quadril e até mesmo na virilha. Ela mordia os lábios, pois não conseguia mais gritar.

— Desmaia de novo e eu acabo com você.

Disse, vendo-a perder os sentidos. Lydia parecia fraca, e estava, mas sua mente continuava lutando para pensar com saíria dali.

— V-você nunca me disse o porquê de fazer isso comigo.

— Você matou a mulher que eu amava. — Ele grita.

— Não. Você a matou. Você formou um casamento podre, e ela só queria fugir. O fato d'eu ter discutido com ela no carro não a matou, porque ela estava assustada o suficiente quando você acertou um tapa no seu rosto. Foi você que matou a minha mãe, quando tirou a bateria do carro. — Concluo. Sempre soube o defeito que o carro estava, mas nunca pensei ou disse em voz alta o que aconteceu. — Você literalmente a matou. Como pode…

— Cala a boca!

Ele acerta um murro em seu rosto, mais precisamente nos seus lábios.

— É isso que você faz. Olha para mim e vê ela. Vê que você matou a mulher que amava.

— Lydia, é melhor você calar a boca.

A ruiva então sorriu. Um sorriso cínico, mas que a fez parar de falar porque ligou as peças. E se foi tão inteligente de armar algo assim, seria inteligente para sair dali e manter Roger por trás das grades.

Queria que Stiles fosse seu herói, queria vê-lo e senti-lo, pois era como se ele fosse seu anjo. Mas naquele caso, a sua única salvação e alternativa, era usar seu cérebro para algo que finalmente salvaria a sua pele. 


Notas Finais


Depois de um tempo, cá estou eu postando.
Primeiramente, fora temer. Segundamente, queria pedir perdão por não estar postando todas as quartas/sextas como prometido. Estou de recuperação, mas acredito que eu possa voltar a rotina.
E aí? Gostaram do capítulo?
Queria mostrar um pouco mais da dor do Stiles, que logo vai ser esclarecida. Ele foi a atenção principal do capítulo, queria mostrar pra vocês como ele se sente por dentro, e como isso o fez ser tão amargo.
E a Lydia? Ela irá sofrer mais um pouquinho, mas não vai ficar um tempão nesse sótão, apanhando. Quero mostrar o quão forte ela é, embora seja submissa e frágil, ela é inteligente e não vai depender de Stiles para fugir, mas ele vai ajudar ela mesmo assim. Sem ser o próximo, o outro capítulo será revolucionário e com direito a mais de 4k de palavras, prometo!
A fic tá quase chegando a reta final, mas ainda tem muita coisa para acontecer. Esperoque tenham gostado, e até mais.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...