- Como assim? Você não se lembra de nada? - Perguntava a morena de óculos, incrédula.
- Não, tudo que eu me lembro é de estar no Exame, vendo a luta do Boruto-kun e em seguida desmaiar e acordar aqui. - Respondeu a Sakurai, cabisbaixa, com um tom triste em sua voz.
- Você tem uma habilidade incrível para esquecer das coisas hein? - Riu Boruto, sorrindo e animando um pouco Sayuri.
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- Você não faz ideia do quão importante você é, Sayuri... - Falou Kou, olhando para o céu. - Nem do seu potencial e nem do quão longe você pode ir.
- Como assim Kou-kun? - Perguntou a morena, mas o rapaz ao seu lado fingiu dormir. Ela suspirou, dando-se por vencida a não insistir no assunto.
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-Sayuri, eu prometo.... daqui pra frente, eu vou sempre te proteger.- Ao dizer isto, os olhos da Sakurai se encheram de lágrimas. Ela se levantou e o abraçou, deixando-o surpreso, mas correspondeu o abraço.
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Lembranças invadiam aquele sonho, lembranças queridas, lembranças até mesmo sem o menor sentido. Sayuri abriu os olhos, com certa dificuldade. Estes pesavam por conta do sono, ninguém mandou-lhe acordou depois das 5:00 da manhã. Mas também ninguém culpou-lhe por, diversas vezes, perder o sono por causa de um sonho ou lembrança de seu passado. E como não queria acordar Kou, decidiu se levantar.
A jovem, já beirando seus 17 anos, ganhara um corpo mais maduro nos últimos anos. As madeixas negras como a noite ficaram ainda maiores, ultrapassando sua cintura. Os olhos azulados permanecia os mesmos, mas ainda com pouquíssimas olheiras pela falta de sono nas últimas noites. Além de ter crescido em questão de altura, algumas curvas poderiam ser vistas na garota. Não muitas, afinal, para cobrir o pijama preto, pegou um casaco branco e se cobriu. Ainda sim, um pouco das suas pernas, com coxas um tanto grossas, podiam ser vistas. Por mais maduro que seu físico tenha se tornado, uma certa inocência permanecia. Na opinião da própria, ela era só uma garota no corpo de uma mulher, não exatamente quem as pessoas esperam que ela seja.
Sentou-se, ajoelhada, no chão decorado com flores. Ali, não havia nenhuma árvore, e os prédios pareciam bem abaixo de si. Era o topo de um monte, e que nele Sayuri encontrava a paz. Além do som acalmante dos ventos sussurrando em seu ouvido, a vista dali era magnifica. Apenas admirou a paisagem, que clareava aos poucos, por bom tempo. Tempo suficiente para o sol finalmente nascer, algo belo de se presenciar. A Sakurai não só admirava aquilo, como trazia uma lembrança muito querida para ela.
A luta entre ela e Boruto.
Ela admitia, estava com muitas saudades do loiro. A sua luta com ele foram a última memória que criaram juntos. E por mais que a distância e a ausência de contato fosse presente, ela tinha medo de mudar essa realidade. Mas por causa de Boruto, ela estava viva. Por causa dele, ela era quem é hoje. Mas...
- Quem eu sou? O que me aguarda? - Se perguntou, por um instante, em seguida, suspirou. - Quando tudo isso vai acabar?
Acabar? Mal começamos, querida.
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