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História Boruto e Sayuri II - Luz e Escuridão - Boruto


Escrita por: CyberGirl01

Notas do Autor


E eis o primeiro capítulo desta maravilhosa história, perdão pela demora, mas espero que gostem ^^
Perdão pelos erros "^^

Capítulo 2 - Boruto


Fanfic / Fanfiction Boruto e Sayuri II - Luz e Escuridão - Boruto

Flashback ON...

Sayuri!!!!!-Grita com todas as forças um jovem de cabelo loiros bagunçados, que corria rumo a uma garota de longos cabelos negros.

Boruto!!!!!-Grita a jovem de longos e belos cabelos negros, indo em direção do garoto loiro. Ambos tinham manifestação de poder em suas mãos. A garota tinha uma manifestação elétrica em sua mão esquerda, enquanto o garoto tinha uma esfera espiral em sua mão direita. Quanto mais se aproximavam um do outro, erguiam as mãos, pronto para atingir um ao outro. "Chidori", foi o que ela gritou, enquanto o garoto gritou "Rasengan", e ambos colidem os golpes. Depois disso, tudo foi engolido por uma luz intensa e capaz de cegar. Mas isso não os cegou. Estavam felizes assim. Podiam gravar as feições um do outro em suas mentes, admirando sua beleza, seu rosto gentil e frágil juvenil. Nada importava mais. Estavam felizes assim, com apenas a visão um do outro para si. "Ela é linda", pensava Boruto. Para sua sorte, isso manteve apenas em seus pensamentos, e felizmente, não ficou com suas bochechas rubras. Pelo menos, não que soubesse disso. Queria sorrir, vendo o rosto dela, queria tocá-la... quando ele tenta tomar atitude, sua mente torna-se pesada, sua visão escurece, ficando apenas com as feições de Sayuri gravada em sua mente, com um último "Sayuri", antes que sequer percebesse que estava desacordado. 

Flashback OFF...

Depois da colisão, Boruto acorda, deitado em sua cama. Boruto não havia acordado assustado, muito menos nervoso. Para ele, já era normal tal sonho que não se importava de que jeito acordaria. Agora, a única coisa que fazia era observar fixamente o teto do quarto, mas sua mente não estava ali. Estava recordando da luta, até o último momento que viu Sayuri. 

Se eu a tivesse parado... o quão diferente as coisas seriam? Isso influenciaria em alguma ordem dos acontecimentos? Isso teria impedido "certas coisas" de acontecerem? Pensou, e não era a primeira vez que pensava nisso, nem a primeira vez que tivera o mesmo sonho. No começo, a culpa era algo que até tinha tornado-se um ímpeto para Boruto. Mas, com o passar do tempo, a culpa não era latente. A raiva de si mesmo, não era latente como era outrora. Era, diga-se de passagem, "mais racional". O único sentimento que poderia sentir era tristeza. Uma tristeza passageira, talvez. Não sabia. Hora ou outra, já não a sentia mais, outras, ela insistia por continuar. Não queria pensar nisso. Boruto queria deixar de pensar nisso. Era um ninja, e se ele se prendesse nesse pensamento, poderia se arriscar demais, e isso não era permitido para um ninja.

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Após fazer sua higiene pessoal, se vestir, Boruto desce até a cozinha, pronto para tomar café. Nada muito complexo, estava sem muita fome. Queria ter de fazer o que tivesse qu fazer e pronto. Queria ter pelo menos o mínimo de disposição pra isso. 

Hima... mamãe... acordei... bom dia.-Diz, descendo as escadas, apenas com sua blusa branca e sua calça negra, com as mãos nos bolsos. Esperava alguma resposta, e se o vento falasse, teria sido esta a resposta. Quando Boruto tenta verificar se tinha alguém em casa, verificando apenas pela presença do chakra, percebe que não havia ninguém ali. Apenas ele. Chuto que mamãe foi fazer compras, e Hima quis ajudar... Pensou, indo para a cozinha, ignorando completamente a existência de um papel que estava na mesa que supostamente, o alertaria sobre isso. Boruto faz um pão com manteiga e come o pão, voltando pro quarto para se arrumar.

Boruto procurava sua jaqueta e bandana. Já tinha tudo, exceto isso... sua bolsa ninja estava com tudo que era necessário, enquanto já vestia as roupas para ir. Não havia mudado nada. Já estava bem daquele jeito. A blusa branca destacava lentamente seu corpo esbelto e levemente forte, mas queria a jaqueta, pois era o que, segundo ele, "lhe dava charme". Boruto achou a jaqueta no armário do quarto. Dentre todos os lugares, não havia procurado onde seria mais óbvio. Ele veste a jaqueta, e acha a sua bandana debaixo da cama. Por que estava ali? Não fazia ideia. Costumava ser arrumado, mas às vezes era bagunçado como o pai. A mãe, Hinata, achava engraçado. Himawari, no entanto, achava graça às vezes, mas tinha vezes que era severa com Boruto quanto isso. Himawari era a mescla da mãe e do pai, tanto na aparência, quanto na personalidade. Um verdadeiro "sol" para a família. 

Enquanto Boruto tinha uma personalidade que, por vezes, acabava por ser parecido com o pai, e outras era o total oposto. Era irônico. Não queria ser como ele. Queria seguir seu próprio caminho, da forma que ele quisesse ou pudesse. Alguns viam Boruto como a cópia de seu pai, mas apenas por não conhecer sua personalidade. Boruto carregava as feições doces e gentis da mãe, mas também tinha os cabelos e marcas do pai. Na concepção de alguns, ele era uma versão "invertida" do falecido Neji Hyuuga, ou até mesmo de Sasuke Uchiha. Seu pai via isso. E era isso o que Boruto acharia apropriado. Queria ser alguém como Sasuke, podendo agir e proteger a vila dentro das sombras. 

Boruto olha para si mesmo no espelho, completamente pronto. Um ninja da folha, filho do Hokage e da herdeira do altamente nobre clã Hyuuga. Se fosse outrora, ele diria que sentia raiva de seu pai e ódio do cargo de Hokage, mas, agora, reconhecia claramente o que isso significava, e respeitava o pai por isso. Muitos diziam que ele sentia ódio do pai, mas ele o amava, e sempre o amou. Boruto era apenas mal compreendido por alguns, e isso mudou? Mudou relativamente. Para ele, não importava o que seria para as pessoas, mas o que ele seria para ele mesmo era o que importava. Não estava machucando ninguém, nem mesmo a si próprio, sendo assim, estava perfeito. Era isso que as coisas devem ser, e o que deveriam sempre ser.

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Boruto sai de casa, calmamente, a trancando. Não tinha que se preocupar. A mãe tinha sua própria chave, e poderia entrar quando quisesse. Caminhando pelas ruas da vila, Boruto atraia certos olhares, mas aquilo já era indiferente para ele. Logicamente não se sentia confortável, mas não sentia raiva. Se o que queriam era admirá-lo, que fizessem. Estava tudo bem. Não ia precisar do reconhecimento de nenhum fã. De vez em quando, Boruto acenava calmamente, e isso atraia gritos, mas era apenas para calarem a boca. 

Se eu pudesse, ficava invisível... pra quê arrumar esse tipo de fama, cara... isso é uma merda. Como atores aguentam isso? Pensou, evitando os olhares, suspiros apaixonados e gritos. Não ia correr. Estaria fugindo, e isso tornaria sua situação pior. Se respondesse como uma celebridade, estaria agradando, e as pessoas o chamariam de "a celebridade ninja", e não queria essa dor de cabeça. Se recuasse dali, seria dito como "Ingrato". De qualquer forma, traria dor de cabeça pra ele. Mesmo que tivesse passado anos, desde o ataque de Momoshiki, ainda haviam uma ou duas pessoas que o amassem como se ama uma celebridade. Inevitavelmente, era agora conhecido, e isso o tornava uma verdadeira celebridade. Isso o incomodava. Não queria este tipo de babação. Ainda bem... Pensou, vendo o portão da vila. Estava pensando tanto que nem havia notado a presença do portão. Quando chegou lá, só havia Nagachika.

Onde está Hajime?-Pergunta em tom alto, pois ainda estava um tanto longe. 

Ele já foi! Ele é rápido!-Disse em quase um berro, e a essa altura, Boruto já estava bem próximo dele.

Rápido é apelido.-Zombou, com um sorriso leve nos lábios.-Foi mal ter me atrasado pro meu primeiro dia.

Sem problema, eu cheguei agora pouco.-Diz, sorrindo de volta, e ambos trocam aperto de mãos. Nagachika era um homem de estatura média, com longos e lisos cabelos vermelhos que chegavam até aua cintura. Ele tinha uma pequena cicatriz no lábio superior, resultado da Quarta Grande Guerra Ninja, segundo ele. Era animado, porém sério nos momentos necessários.-Vamos?

Vamos.-Diz, e ambos vão para os arredores, onde havia um problema que poderia se tornar maior.

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É aqui.-Disse, e Boruto olha para o caminho adiante e vê uma tenda verde. Era provavelmente ali onde Hajime estava. Eles andam calmamente até lá, sem a menor pressa. Boruto estava calmo, agora sabendo da situação. Nagachika havia dito tudo, enquanto caminhavam até ali.

Flashback ON...

As ondas de assassinatos tem seguido um padrão, segundo Hajime. Parece que alguém quer causar o terror por aqui.-Diz, olhando para Boruto, que ouvia atentamente a cada detalhe. Havia sido mandado como apoio para eles. Era uma missão simples. Duraria, no máximo, 7 dias. Alguém, sabe-se lá quando, havia começado a matar pessoas que chegavam até a vila, ou saiam dela. Às vezes, deixava o cadáver, aempre bem ferido. Outras, as pessoa era dada como desaparecida. Parecia simples, mas o que pertubava a mente de Boruto era quem estava condenando as pobres almas. E o motivo disso. Um desejo de violência gratuita? Seria tão simples assim? Não fazia sentido. Boruto queria entender cada detalhe.

Essa pessoa... tem suspeita de quem seja?-Perguntou, e agora que tinha se ouvido, parecia mais tolo do que era em seus pensamentos. 

É sobre isso o que Hajime quer mostrar. Ele tem uma suspeita que pode ajudar.-Disse calmo e seguro. Hajime e Nagachika eram irmãos. Até onde sabia dos dois, um era calmo e inteligente. Outro é intuitivo e mais emotivo. Até agora, tudo o levou a acreditar que Hajime era o intuitivo. Nagachika mostrava uma segurança e calma admirável. Como seria alguém emotivo coordenando algo assim? Se questionara Boruto.-Segundo ele, tudo tem seguido um padrão. 

"Padrão"?-Perguntou, confuso.

Sim. Até agora, não teve nenhuma mulher ou criança envolvida nisso. E isso chama minha atenção. Por que alguém faria um trabalho tão meticuloso de escolher, apenas pra matar a pessoa?-

Eu diria que seria falta de opções. E o senhor?-Perguntou. Nagachika tinha 33 anos.

Pra chamar atenção.-Diz definitivo e sério. 

Atenção de quem, exatamente?-Perguntou, e Nagachika não soube como responder. Eu consegui incurralar um veterano de guerra, é isso mesmo? Uau! Palmas pra mim! Pensou, esperando a resposta de Nagachika e nada houve. Depois de minutos em silêncio:

Não sei dizer. O meu primeiro pensamento foi direcionado ao Hokage, mas não faz sentido. Não é algo que minha intuição diria.-responde, e Boruto compreende, além do que estava acontecendo, entende que se tivesse apostado, teria errado. Nagachika era o intuitivo. 

Flashback OFF...

E aí, senhores, o que a gente tem?-Pergunta para ambos, e o homem de cabelos vermelhos espetados vira o rosto para Boruto e responde:

Entende de anatomia, Boruto-kun?-Perguntou um homem sem cicatriz. Hajime. Se não fosse a cicatriz e o cabelo, Hajime e Nagachika poderiam ser gêmeos. Nagachika estava de braços cruzados, abanando a mão no pescoço. Estava , morrendo de calor. 

Eh... eu diria que essa é minha fraqueza...-Diz coçando a cabeça, com um sorriso envergonhado. Hajime sorri e fala:

Tudo bem...-Diz, cobrindo o corpo.-Coitado desse cara... levou vários golpes por todo o corpo... primeiro no torso, depois na cabeça, sem contar a viri--Hajime é interrompido por Nagachika:

Ei! Poupa o garoto dos detalhes, e fale logo.-Diz, sério e "tranquilizador" para Boruto. Se Hajime não tivesse parado, ele teria vomitado ali.

A-Agradeço, Nagachika-san...-Diz levemente desconfortável, com um sorriso bobo. 

Bem... resumindo tudo...é uma mulher.-Diz, olhando para o rosto de Boruto, esperando alguma reação. Boruto ainda processava aquilo, e os longos minutos em silêncio não ajudaram.

Hã...uma mulher...?-Diz Boruto, lentamente para esperar alguma resposta de Nagachika ou de Hajime.

É.-Diz, sorrindo animado, como se tivesse feito a descoberta do século. Passou dois minutos em silêncio, Boruto ainda queria entender o porquê dessa resposta, digamos, "Direta". Mais dois minutos se passaram, e nada. Nagachika corta o silêncio:

Bom...-Diz colocando a mão direita no ombro esquerdo do irmão. Ele sorri zombeteiro e fala: Meu irmãozinho... dá pra ser mais... explícito?-Pergunta, e Boruto agradece à qualquer força superior que estivesse vendo sua situação "complicada". Se não fosse Nagachika, ele mesmo teria perguntando, e tinha medo de constranger os dois. Não ficaria minimamente confortável com isso.

Ah...ahahahahah, sim!-Diz, vendo a confusão que estava em Boruto.-Minhas desculpas. Tenho problemas pra explicar, sabe?-Fala envergonhado. Mais envergonhado do que Boruto era impossível. 

Ah, não, não se preocupe...-Diz mantendo seu sorriso bobo. Valeu, Nagachika. 

Bom... basicamente, as mortes seguem um padrão, todos são homens, não houve mulheres ou crianças mortas. Apenas homens. Aí, dei uma pesquisada. Todos que iam da vila pra outras, ou voltavam, e que tinham um companheiro junto, viam uma estranha adolescente de manto branco. Ela se cobria completamente, como se não quisesse ser identificada. Apenas deixava seus lábios amostra. Sempre que ela notava algum camarada interessado nela, ela sorria, como se quisesse seduzir. E advinha: Esses mesmos caras que viram ela, ou são os assassinados, ou simplesmente sumiram.-Explica, e agora tudo fazia sentido. Era muito mais lógico do que um simples "é uma mulher".-Além disso, eu estava vendo, e captei sinal de chakra bem fraco em uma caverna não longe daqui.

Espera, aqui tem uma caverna que era usada pra criminosos se esconderem... ou pra experimentos do nukenin Orochimaru.-Diz Boruto, e Nagachika fica um pouco impressionado.-Sei um pouco de história. 

Agora, a pergunta é: Por que Orochimaru se atreveria a matar pessoas daqui, sabendo do poder do nosso Hokage?-Questiona Nagachika, e Hajime solta um riso:

Não, não seria o Orochimaru, seria alguma aprendiz dele.-Diz, sorrindo para o irmão, que troca olhar confuso.

Aprendiz?-Pergunta curioso.

Estou certo ou não, Boruto-kun?-Pergunta, olhando para o rosto de Boruto, que não deixava de pensar numa coisa, mas ignora tal pensamento e responde:

Exato.-Diz direto, querendo evitar o provável tom de insegurança na voz, pois havia algo que lhe incomodava.

Viu?-Pergunta Hajime pra Nagachika. Tinham a mesma estatura, então era fácil os dois trocarem olhares e terem ideias apenas com eles.

Entendi...-Fala,entendendo tudo. A cara de Nagachika era como a de uma criança babona, admirando um doce. Hajime solta uma gargalhada:

Eu sabia que seria fácil.-Diz limpando as lágrimas de tanto rir. Boruto via claramente a diferença de personalidade dos dois. Um era introvertido, e outro extrovertido.-Tudo graças ao Boruto-kun.-Diz olhando nos olhos azuis claros de Boruto com um sorrisinho. 

Ah, não. Não precisa me dar todos os créditos.-Diz ainda mais bobo do que nunca. Eu jurava que isso daria dois dias... acabou que foi em tempo recorde. Pensou, sorrindo bobo. Por um momento, o que incomodava simplesmente sumiu.

Acho que agora só precisamos pegar a malandra.-Disse Hajime, todo contente. Não sabia como explicar.... mas Boruto gostava do jeito de Hajime. Era divertido ficar perto dele. Na verdade, era bom ficar perto dos dois. Sentia uma harmonia respeitável entre os dois irmãos. Tamanha a harmonia que já tinha esquecido do que a incomodava.-Boruto-Kun, obrigado por tudo. Não se preocupe com mais nada. Graças à você, tudo já está resolvido. Só precisamos ler todos e possíveis aprendizes do Orochimaru... quando obtermos a resposta, amanhã iremos entrar na caverna. Como você sabe onde fica, não precisa se preocupar, certo?-Diz, e Boruto não parecia prestar atenção. O que o incomodava voltou com mais força do que nunca. Hajime estrala os dedos diante dos olhos de Boruto e fala-Boruto-kun?

Ah, sim... tudo bem.-Diz, sorrindo, voltando a si.-Que tal, pra comemorar, nós comermos uns hambúrgueres?-Pergunta, e os irmãos concordaram. Mal sabia eles o que estava por vir.

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Depois de irem comer na lanchonete mais próxima que conheciam, Boruto se separou dos irmãos e foi pra casa. Eles foram pra biblioteca, como disseram que fariam, e Boruto voltou pra casa. Ele foi recebido muito bem Himawari e Hinata. Ele mal sabia que já era hora de jantar, quando voltou. E assim, seguiu-se um tempo de felicidade com a família Uzumaki, faltando apemas o patriarca da família. Mas já era esperado, e Boruto já não se irritava com isso. Agora compreendia isso. Depois do jantar, Boruto foi ao seu quarto e seu deitou. Tudo parecia tão bem, mas havia algo que ainda incomodava Boruto:

Nagachika disse que os atos pareciam querer chamar a atenção... só consigo pensar numa única coisa... mas... Não, não é impossível... mas... parando pra pensar... o que "ela" ganharia com isso? Tudo o que eu e Hajime pensamos fazia sentido, mas... a única aprendiz que consigo pensar é ela... mesmo ela não sendo aprendiz, de fato... bom, eu acho... Não sei quase nada dela... Pensou, observando o teto do quarto. Tudo aquilo parecia mais complicado do que parecia. Boruto tinha a primeira suspeita, mas que provas teria contra ela? Seria mesmo Harumi? Ou seria apenas "achismo", por parte do Boruto? Ele não sabia. Boruto se levanta da cama, e decide ir para o banheiro, para pensar melhor nisso. Curiosamente, as ideias e raciocínios tornavam-se mais claros e mais lógicos enquanto a água escorria pelo seu corpo levemente definido. 

Já no banheiro, Boruto se despe, ficando sem qualquer trapo, deixando tudo num gancho, ao lado de uma toalha rosa. Boruto nunca teve problemas com a cor rosa. Debaixo do chuveiro, enquanto a água escorria por todo o seu corpo nu, dos cabelos agora molhados, até os dedos dos pés, Boruto volta a pensar em tudo aquilo. E, como pensou, conseguia encaixar algumas coisas.

Harumi nos atacou naquele dia... e ainda encriminou a Sayuri... parando pra pensar, não seria difícil dela ir atrás dela... claro, tem o idiota do amigo dela com ela, mas pra quê ficar aqui...? O que ela quer comigo? Se ela quisesse foder de vez com a Sayuri, ela poderia envenenar algum Kage, e isso tornaria a Sayuri a maior criminosa procurada do planeta. Teria dois livros Book só pra ela... mas pra quê manter-se matando assim, se pode fazer além?  A não ser que... Pensa, analisando tudo corretamente... quando Boruto chega ao resultado, ele fecha o chuveiro e seca o corpo com a toalha o mais rápido possível para se arrumar. Poderia ser um chute, mas não custava tentar, era a ideia mais "racional" que tinha.

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Após se vestir rapidamente, Boruto sai sorrateiramente pela janela e vai em direção do possível lugar onde Harumi estaria. Pulando de tronco em tronco, sorrateiro, Boruto estava a caminho. Nesse meio tempo, Boruto havia chamado Hajime e Nagachika. Eles não respodiam, provavelmente, já haviam descoberto tudo. Boruto os chama pelo grampo:

Ei... pessoal. Vamos pra tal caverna...-Diz curto e rápido. Como convencer os dois assim? Mas não custava tentar.-Eu tenho suspeita de quem possa ser... preciso de vocês dois. Câmbio. 

Boruto...!-Diz, em meio a estática, não muito claro. 

Nagachika, ouça. Acho que sei quem está por trás dos assassinatos. Lembra da caverna que Hajime disse que havia trilhas de Chakra? Acho que é aí. Câmbio.-

Boruto... nó... os... j...Já... a... es.... mos...-Disse, quase incompreensível. Porém, Boruto conseguiu decifrar. Era algo como "nós já estamos", que poderia dizer que eles tiveram um raciocínio próximo ou parecido. Era excelente. Agora, só precisava alcançar eles.

Nagachika, me escuta. Me esperem até eu chegar, não falta muito. Consegui ser silencioso pra ninguém notar. Me esperem, é melhor todos irmos juntos. Câmbio?-

Boru--Nagachika para de falar, e o grampo solta um terrível ruído de estática. Boruto se assusta e para num tronco para testar e tentar chamar Nagachika novamente. 

Nagachika...! Nagachika...!!-Tenta chamar, apertando o grampo em uma breve raiva. Nada. Um silêncio mórbido se instaurou. Por um breve momento, Boruto acreditou que havia acontecido o pior. Afastou o pensamento para longe, continuando o caminho.-Deve ter ficado sem sinal... Não preciso me preocupar...-Tentou se reconfortar, pulando de tronco em tronco, mas não conseguia deixar de se preocupar. Poderia realmente Harumi ter ficado louca ao ponto de matar pessoas só pra chamar sua atenção? Ela teria ficado louca assim? Isso atormentava Boruto. Se ela fora talvez capaz de matar Nagachika, o que Boruto se recusava firmemente em desacreditar, o que ela poderia fazer com Boruto, sabendo que ele estaria vindo?

Se controla... tá tudo na boa... é só ir, capturar ela, e pronto... Não tenho que ficar nervoso. Pensou, continuando seu camimho. Estava tão concentrado que nem mesmo reparou que já havia chegado omde queria chegar:

A caverna. Fora ali que perdeu sinal com Nagachika. Boruto parou por breves instantes, para não adentrar a caverna. Precisava recuperar o fôlego e pensar direito. Se fosse correndo como um louco, poderia caminhar direto pra morte. Então, Boruto pega de sua bolsa de acessórios uma lanterna do tamanho da mão, erguendo a lanterna para adentrar a escuridão. A caverna era maior do que pensava. Não conseguia ver o final dela, mesmo com muito esforço. A única coisa que podia ver e não conseguia distinguir direito era uma "fita" de cor vermelha. Boruto aperta o olhar, e quando vê, seu coração começou a bater mais aceleradamente. Não era uma fita. Era sangue. Não sabia se estava seco ou não, mas pelo modo que estava espalhado pelo chão, jurava ser sangue. Boruto começa a andar lentamente, adentrando a caverna, apontando a laterna de cima para baixo. A última coisa que queria era ser atacado por uma aranha gigante ou uma cobra de dois metros de comprimento que pudesse se esconder no chão. Quanto mais se aproximava do sangue, mais seu coração palpitava. Ter um ataque cardíaco em tais circunstâncias... que merda que seria... Pensou, tentando manter a calma. Não queria mostrar sinal de nervosismo. 

Se Mitsuki estivesse ali, ele diria que cobras farejam o medo através da pele, ou algo do gênero. O amigo era assustadoramente perito em cobras. Talvez por ser filho de uma "cobra", que, segundo Sarada, não era nem homem ou mulher?  Provavelmente. Não importava. Boruto caminhava lentamente, e quando um peculiar cheiro veio até suas narinas, ele puxou sua kunai, com ela na mão esquerda. Para evitar qualquer confusão durante a possível luta, Boruto prende a pequena laterna na calça. Era pequena e portátil, para este tipo de situação. Com a kunai na mão dominante, agora, com a laterna lhe dando melhor visão, ele consegue ver melhor o sangue. O cadáver não estava ali. Harumi teria se dado ao trabalho de carregar um fétido cadáver? Não fazia sentido. Conhecendo o que achava que conhecia dela, ela não seria do tipo tão "organizada" para este tipo de coisa. Poderia ser realmente um animal? Afinal, o sangue estava arrastado, em outras palavras, alguém ou alguma coisa o arrastou até mais além da caverna. Boruto estava prestes a continuar a procurar, porém percebe uma coisa:

Está fresco...-Fala como um sussurro para si, não querendo chamar a pessoa ou a criatura. Agora, acreditava que Harumi havia assumido a forma de uma cobra gigante. Não fazia sentido. Ela queria chamar a atenção dele para devorá-lo? Boruto volta seu olhar para a caverna, e logo vê que, realmente, a pessoa havia sido arrastada, e logo a frente, tinha uma elevação de terra, com quase dois metros de altura. Pelo modo que o sangue estava ali, a pessoa havia sido morta brutalmente. Boruto já estava realmente cansado daquilo, e resolve ir ver de uma vez. Ele corre e escala a elevação para subir, e quando vê de primeira o que havia ali, não acreditou. Felizmente, uma visão de flores brancas e um cheiro de fruta madura se manifesta em suas narinas, disfarçando o que estava ali.

Mas por que...? Por que vejo flores...? Se estou repleto de pessoas mortas, por que vejo beleza? Pensou, vendo diversos corpos mutilados indo do ponto que ele estava até onde a vista dava. Poderia haver 40 pessoas mortas ali, em uma estimativa rápida. Havia pessoas com o crânio perfurado na testa, outras com a mandíbula quebrada, outros com corte na garganta, sem contar os ferimentos horríveis pelo resto do corpo. Boruto fica realmente assustado em ver dezenas de corpos pálidos e frios, cobertos e banhados em seu próprio sangue. Boruto engoliu em seco, tentando afastar o medo. Parecia um cenário de filme de terror. Mas cadê o diretor para dizer "corta"? Boruto queria acreditar que não havia dezenas de pessoas ali. Pensava nas famílias, nas possíveis crianças das pessoas... Não havia crianças ali. Havia apenas adultos. "Menos mal", poderia Boruto pensar, mas aquilo era realmente horrível para tentar tal proveito da situação. Boruto caminhava lentamente dentre aquele cemitério, agora com a lanterna na mão esquerda, examinando os pobres coitados. O fedor era algo que Boruto suportava e poupava de si próprio de ter de sentir. 

Harumi... o que você fez...? Isso tudo foi pra chamar minha atenção...? Por que ferrar com tantas vidas...? Pensou, com os olhos quase se enchendo de lágrimas, mas Boruto foi forte o suficiente para impedir de chorar. Boruto continuava a examinar as pessoas, e quando vê um cadáver em específico, seu lábio inferior começa a tremer, e quase que as lágrimas saíram sem poupar Boruto daquele circo infernal. Com o seu cabelo vermelho atirado no chão, sangue cobrindo sua cicatriz do lábio, o cadáver de Nagachika foi o menos mutilado, dentre todos ali. Boruto cai de joelhos ao ver que não só Nagachika estava ali, como o irmão dele, Hajime. Nagachika estava com sua garganta cortada, e, a primeira vista, teria se engasgado com o sangue. Enquanto Hajime estava com o estômago aberto. Boruto não queria ver mais aquilo. A vontade de vomitar era maior a cada segundo que se torturava com aquilo. Ele até mesmo deixou a lanterna cair ali, e não se importou de pegar. Quando Boruto ia omeçar a lamentar de joelhos, uma voz surge:

Ora, ora... lá estava eu, curiosa para saber quem veio me visitar...-Disse uma voz suave feminina, vindo do fim da caverna. Boruto não estava realmente disposto, e apenas ergue seu olhar para o fim da caverna, ouvindo os passos da garota que, em sua mente, era Harumi, tornando-se mais e mais altos, mostrando o quão próxima ela estava. Quando Boruto vê, era uma garota de altura média completamente coberta por um manto branco, que sutilmente a tornava algo diferente de tudo da caverna. Boruto se perguntava como não havia notado alguém completamente coberta de um manto branco escondida dentro da escuridão. Era fácil de achar, mas pareceu tão sutil e discreta que parecia impossível de achar.

Você... você não é...-Fala quase gaguejando, tremendo, mas não de medo. De ódio. Mesmo que conhecesse os dois fazia pouco tempo, sabia que os dois tinham família, e pensava na dor deles, e isso o torturava. 

Hmm? O que foi? Quem achou que eu era?-Perguntou peculiarmente curiosa. Estaria ela se fingindo? Pouco importava. O importante agora era levar aquela maluca para a vila com vida.

Não... não, não importa. De qualquer forma, tenho todo direito de levar você presa...-Ergue-se lentamente do chão, com um olhar sombrio pra garota. 

Levar-me presa?-Diz tirando o capuz da cabeça, revelando seus belos cabelos brancos, e seus olhos tão lilás que pareciam azuis.-Por que? Uma garotinha como eu não pode simplesmente sair por aí pra se divertir?-Diz dando um beijinho no ar para Boruto. Boruto ainda a olhava sobriamente, mas isso apenas animava ela. 

Tenho total direito de levá-la... agora, não me obrigue a apelar pra violência.-Diz sério e frio, enquanto apertava com força a kunai. A garota sorri e fala:

Só de imaginar você me levando a força, eu fico tão excitada!-Diz calmamente, mas com um sorriso medonho nos lábios. Boruto fica enojado com tal insinuação, e antes que percebesse, ela havia sacado uma kunai de seu manto, e estava vindo em sua direção. 

Opa!-Diz e Boruto acaba rasgando o manto dela, revelando um pouco da barriga dela. Boruto é ágil, e tenta dar um chute na garota sem nome, dando um giro de 60 graus, mas para sua surpresa, ela consegue ser mais ágil e segura as pernas do loiro. Tinha muito mais força na mão esquerda, e Boruto não sabia o motivo. A garota tenta realizar um ato de covardia e tenta socar os testículos de Boruto, mas ele prende suas pernas no torso dela e aperta para ela acabar o soltando, sem demonstrar dor. Boruto puxa a kunai e tenta a acertar novamente, mas ela puxa uma kunai, e tenta acertar Boruto no rosto. Então, um dos dois iriam se acertar, e acabariam feridos. Então, quando Boruo loiro acerta a kunai da garota, a kunai é partida ao meio, e Boruto vê onde a parte da Kunai ia parar, e corre antes que a garota o acertasse. A garota sorriu e olha de canto para Boruto, que agora estava de costas para suas costas e fala: O que foi? Me achou sexy, pra quê fugir de uma menina como eu?-Pergunta, tentando seduzir Boruto. Ele não sentia o menor desejo carnal ou interesse na garota sem nome. O que importava era que não era Harumi, e que ela devia ser presa agora ou nunca. Havia matado dezenas de pessoas inocentes, e nada poderia justificar isso. Analisando as palavras e a personalidade dela, ela não sentia o menor remorso por ter feito algo tão desumano. Era uma louca, talvez além de Harumi. Além de louca, era descuidada. 

Você não é do tipo cuidadosa...-Fala em tom zombeteiro, olhando do canto do olho direito, enquanto a garota ainda parada, sem perceber o ferimento que Boruto fez em sua barriga, fala:

Hmm?-Pergunta, para ninguém em específico, enquanto o ferimento que Boruto fez em sua barriga ficava mais pegajoso, nojento e repulsivo de tanto sangue vazando. O pedaço da Kunai havia parado a ponta na barriga dela. Não era profundo, se não, já estaria morta.


Continua...



Notas Finais


Gostaram? Prometo melhorar "^^


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