Quando o despertador tocou às sete da manhã, senti todo meu cansaço tomar conta do meu corpo ao notar que a noite de sono não havia adiantado de muita coisa. Acontece que desde que assumi o cargo de Chefe do Departamento de Execução das Leis Mágicas, tenho tido um trabalho árduo.
Temos uma equipe imensa para cuidar dos mais diversos problemas que podem acontecer no mundo na magia, mas quando essa equipe não consegue resolver os problemas (o que é muito frequente), o problema é repassado para mim e eu fico responsável por grande parte das coisas.
Obviamente eu adoro estar sempre no meio de tantas coisas, sempre foi o meu sonho em trabalhar em um cargo que realmente pudesse proporcionar mudanças para melhor no nosso mundo. Acontece que estou necessitando de uma pessoa que equilibre todas essas tarefas para mim e até mesmo resolva as coisas pequenas que eu acabo por não dar tanta atenção e não resolvendo de imediato.
Preciso de um assistente.
Por esse mesmo motivo que acabei colocando um anúncio no Profeta Diário e O pasquim de que estava procurando por candidatos não necessariamente especializados na área para me ajudar com essas tarefas. Todos tiveram um mês para se preparar para a entrevista que acontecerá hoje, na minha sala, às oito e meia da manhã.
Ouço Ronald ao meu lado se espreguiçando e acordando junto comigo. Assim como eu, ele iria para o Ministério para trabalhar de auror com Harry. Abro meus olhos e sinto seus lábios se pressionando contra os meus em um beijo carinhoso. Sorrio quando nos separamos.
- Bom dia. - digo para ele, que sorri e se levanta, indo para o banheiro tomar um banho..
Nosso casamento está marcado para daqui dois meses, e eu não poderia estar mais feliz. Os preparativos estão corridos, mas já consigo me imaginar de noiva no altar. Dois meses. Tão pouco tempo. Enquanto isso, ele ainda mora com a mãe e eu moro no meu apartamento no centro de Londres. De vez em quando ele dorme aqui em casa, como foi o caso da noite passada, mas grande parte das noites eu durmo sozinha.
Quando nos casarmos, ele se mudará para cá por um tempo até que arranjemos uma casa para morar. Já vi que ele anda pesquisando preços de casas por aí, mas por algum motivo não me sinto tão motivada quanto ele. Estou bem como estou no momento, e não acho necessária tanta pressa para arranjar uma casa.
Me levanto aos poucos, preguiçosamente, e caminho com calma até o armário, olhando pela janela qual a aparência do dia. É inverno em Londres, portanto está frio. Porém, meu escritório é aquecido por dentro e não sinto calor, então pego uma blusa rosa bebê de mangas compridas de gola fechada, com uma saia preta que vai pouco acima do joelho. Um sutiã, uma calcinha, e espero Ronald tomar seu banho.
***
Quando desço as escadas, o café já está quase pronto. Ronald me olha confuso quando desço com a blusa e a saia, junto com um salto de 15 cm, um batom clarinho e o cabelo bem liso, além de uma bolsa que combina com a blusa e um brinco de ouro. Acontece que não é comum eu ir tão bem vestida para o Ministério. Geralmente uso roupas mais neutras e sapatos mais baixos. Suspiro, largando a bolsa na cadeira e servindo um pouco de café na xícara, sem dar nenhum tipo de explicação para sua confusão, porque sinceramente não sinto a menor vontade de me explicar quando o assunto é Rony. Obviamente me sentia mal por essa falta de vontade de contar as coisas para ele, mas Gina me convenceu que era normal, então simplesmente aceitei.
Ele dá de ombros, ainda confuso, mas parece ter resolvido deixar o assunto de lado, pois não faz nada além de se sentar e começar a comer. Me sinto junto, e comemos em silêncio. O café está terrível, mas não gosto de reclamar das coisas que ele faz com tanta boa vontade, então simplesmente deixo de lado.
Ninguém consegue me fazer gostar de outro café que não seja o meu, de qualquer maneira.
- Então… Quem era no meio da noite? - ele me pergunta curioso, e eu não entendo sua pergunta por alguns instantes. Até que um clarão invade minha mente e me faz notar a que ele se refere.
- Luna. - digo - Queria saber sobre uma entrevista de emprego para um amigo dela que estava lá. Não consigo imaginar que tipo de amigo seja, às duas da manhã, mas estava tão cansada que nem dei tanta conversa.
- Amigo? - Rony replica e dá uma risada debochada - Luna estava é…
- Nem ouse dizer isso, Ronald. - o interrompo, tomando o último gole da bebida - Não preciso saber da vida sexual da Luna às sete e meia da manhã. - ele ri.
Me levanto e me tranco no banheiro novamente. Escovo os dentes, arrumo o cabelo pela última vez e saio de lá já colocando o sobretudo que estava pendurado na porta. O expediente de Rony começa apenas meia hora após o meu, o que significa que ele nem havia colocado suas roupas ainda. Ele continua a comer quando termino de abotoar o casaco e pego a bolsa na cadeira.
- E então? Não vai me contar o motivo de estar toda arrumada desse jeito? - ele perguntou, e parecia estar levemente enciumado. Por algum motivo, fiquei irritada.
- Só fiquei com vontade. - respondi grossa, dando um beijo em seus lábios e indo em direção a sala para ir pela rede de flu até o Ministério - Tenho muita coisa para fazer hoje, então não sei que horas chego. Vai dormir em casa? - pergunto.
- Sim. - ele responde de boca cheia - Boa entrevista! - ele grita depois de engolir e me permito a sorrir de canto. Então ele lembra sim, concluo revirando os olhos enquanto entro na rede de flu.
Quando piso no Ministério da Magia, o movimento já é intenso. São 08 horas da manhã, e falta meia hora para o início do dia. Caminho até minha sala com calma, sem encontrar nenhum amigo. Algumas pessoas me cumprimentam, mas nenhuma fala diretamente comigo. Geralmente, tenho uma rotina sozinha.
Meu departamento fica no sétimo andar. Ele é cheio de mesas com pessoas que trabalham atendendo aos pedidos de cidadãos bruxos sobre a execução falha de certas leis. Meu escritório fica no fundo do departamento, dentro de uma área com uma sala de espera que leva até o meu local de trabalho.
Cumprimento meus colegas e abro a porta da sala de espera, que leva ao meu escritório. Levo um susto. Esta já está cheia de homens e mulheres candidatos à vaga de assistente, esperando ansiosos pelo início da entrevista. Percebo que eles já estão com suas fichas nas mãos e suspiro.
- Bom dia! - exclamo tentando recepcioná-los bem, e recebo cumprimentos acalorados, que não seria típico de qualquer pessoa às sete da manhã. Sorrio de leve para eles e entro na minha sala, deixando leves murmúrios para trás.
Minha sala é exatamente do jeito que sempre imaginei que deveria ser. Tem uma enorme janela que dá vista para Londres ao fundo, e acho incrível como o ministério consegue se esconder tão bem dos trouxas mesmo com prédios enormes na frente deles. O resto do local é com paredes em cinza, preto e branco. Um enorme tapete felpudo no chão e duas cadeiras confortáveis na frente da minha mesa, que é enorme. Tenho uma estante cheia de livros em um canto, um abajur ao lado da mesa e vasos com algumas plantas que sempre achei bonitas. No geral, a sala é exatamente do meu jeito.
Ronald, por outro lado, nunca gostou muito. Achou as cores muitos sóbrias e sérias, dando um tom estressante ao lugar. Lembro-me de ter ficado magoada com o seu comentário quando ele viu a minha sala por cerca de uma semana, porque fiquei mais ou menos dois meses tentando decorar como eu me sentia bem
Depois de um tempo, simplesmente me acostumei com isso, assim como o café ruim e minha falta de vontade de lhe contar as coisas. Acho que tudo que faço no nosso relacionamento é me adaptar, mas pelo menos eu gosto dele.
Sento-me na minha cadeira e começo a escrever algumas coisas que já deveria ter terminado ontem. Estou cansada e entediada. Sinto que o dia vai ser extremamente longo e sem nenhum tipo de mudança. Quero, nesse momento, ir para casa. Mas há cerca de vinte pessoas na sala ao lado esperando para uma oportunidade de emprego, e não posso deixá-las (e ao mesmo me deixar) na mão.
Perco noção do tempo enquanto escrevo, e quando vejo já é 08:35. Respiro fundo, ajeitando meu cabelo e roupas e beliscando um pouco minhas bochechas para dar um pouco de vida à minha fisionomia. Há um botão que permite que minha voz seja ouvida do lado de fora, e o olho com certo receio. Por que estou com tanto medo do que essa entrevista vai trazer?
Reviro os olhos. Estou sendo boba, isso sim. Sorrio confiante para mim mesma e aperto o botão, ouvindo um bip e logo o som de que a linha está preparada.
- Candidato número 1, por favor. - digo e espero com calma até que um homem de cabelos loiros encaracolados entre.
Ele tem um sorriso simpático e parece ser eficiente, mas está muito nervoso. Está molhado de tanto suor e ofegante. Tenho a decência de pedir para que se acalme, mas o homem não parece estar muito disposto a fazer isso. Suspiro e pego um formulário com perguntas elaboradas por mim mesma, recusando o currículo que o mesmo já estende a mim.
- Hoje vou avaliar somente pelo que conseguem me provar ao vivo. Não quero o currículo de ninguém para ser justa com todos. - respondo docilmente e ele assente, visivelmente preocupado - E então? Podemos começar com seu nome. - digo, anotando “candidato número 1” no formulário.
- Michael Ackermann. - ele responde nervoso enquanto anoto seu nome.
- Certo, Michael. Por que está aqui?
- Para… Para… Uma entrevista de emprego…
- Sim… Isso é visto. - digo com cautela - Mas o motivo de querer o emprego…?
- É… Para trabalhar?
Suspiro. O dia realmente vai ser muito longo. A medida que os outros candidatos passam, vou ficando mais frustrada. O número dois parecia muito preguiçoso, número três muito exaltado, número cinco misterioso demais, número seis impaciente demais e o número sete era muito mais nervoso que o um, tendo saído da sala chorando antes mesmo de perguntar seu nome. Os candidatos foram passando aos poucos, mas nenhum parecia bom de verdade.
Ao chegar no número vinte e cinco, já estou sem esperanças. Olho para o botão que chamaria o próximo candidato, mas não quero apertá-lo. Esfrego minhas mãos nos olhos e penso que poderia ter evitado tanto transtorno se houvesse simplesmente ficado em casa e dormindo. Quero chorar de tanto cansaço, e me pergunto quem é o candidato de Luna e se ele já passou.
Me levanto para pegar um café que havia feito antes do segundo candidato entrar e fico surpresa ao notar que já são 10:30 da manhã. Carl, um colega meu de outro departamento, havia feito a gentileza de me avisar que haviam 30 candidatos do lado de fora, faltando então somente cinco para que a entrevista esteja acabada para valer. Não consigo acreditar que vou encontrar o candidato perfeito nesses quatro, mas não posso ser injusta com o resto. Preparo o café do jeito que gosto e volto a me sentar na minha cadeira. Fecho os olhos e rio para mim mesma. Talvez eu devesse simplesmente pedi-los para preparar o meu café, e o melhor ganha. É difícil me agradar nesse quesito de qualquer maneira.
Mordo a almofada do polegar quando coloco a xícara que ganhara de Gina de amigo secreto no fim de ano, escrita, por algum motivo: “I’m sexy and I know it”. Engulo um pouco do líquido e sinto uma onda de disposição me invadir. Suspiro, apertando finalmente o botão.
- O candidato número 26, por favor. - digo cansada.
Olho para a porta, mas o candidato demora um pouco para chegar. Me pergunto se ele foi embora. Ou talvez tenha ido ao banheiro. Dou de ombros, tomando mais um gole e esperando que ele entre. Timing nunca foi bem um problema pra mim, honestamente. Desde que o atraso não seja exorbitante.
Começo a batucar os dedos calmamente na mesa, ainda olhando para porta até ouvir o leve clique da porta quando esta se abre. Do lado de fora, entra uma pessoa alta com cabelos loiros que já conheço faz muito tempo. Ele está de costas, e sinto minha fisionomia endurecer e minha expressão ficar confusa quando ele entra na sala. Fico ereta na cadeira e tento fazer minha melhor cara de desentendida quando ele se vira.
- Desculpe, tive um pequeno problema com minha… - ele começa, mas sinto dizer que a cara dele de desentendido é muito melhor que a minha.
Por um momento, Draco Malfoy até mesmo parece estar em choque. Ele para perplexo na porta, e fica olhando para mim com certa confusão. Eu continuo a olhá-lo em busca de uma explicação, porque não consigo entender o motivo dele ter vindo até aqui. Até que um clarão invade minha mente e eu percebo que talvez ele não esteja aqui por causa de mim, mas sim por causa da entrevista de emprego.
Sinto meu sorriso se abrir em uma expressão debochada e provocadora.
- Bom dia, Malfoy. - digo, e sinto que o meu dia está para mudar para muito, muito melhor.
- Granger? O que está fazendo aqui? - ele pergunta, olhando para todos os lados.
- Eu sou a dona do escritório, Malfoy. Isso que estou fazendo aqui. - respondo, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Ele continua confuso, até que vejo seus olhos se arregalarem em entendimento e sua boca formar um perfeito “o”. Rio internamente. Ele coloca a mão no rosto e ri secamente, sem olhar para mim. Agora é minha vez de ficar confusa.
- Eu vou matar a Luna. - ouço, e então percebo que ele é o tal amigo que ela falara na noite passada. Deixo meu olhar se levar pela incredulidade. Oras, desde quando Malfoy e Lovegood se bicam?
- Essa é uma coisa que eu nunca pensei que veria. Um Malfoy vindo fazer uma entrevista para ser assistente de um Granger. É para isso que está aqui, não é? - confirmo, olhando-o seriamente, apesar de sustentar um sorriso de canto levemente debochado.
- Bem, eu vim fazer uma entrevista de assistente, mas eu nunca pensei que seria para seu assistente. - ele responde cínico e rabugento, cruzando os braços.
- Se não está contente, é só virar as costas e ir embora. - respondo com um sorriso malvado.
- É o que eu deveria fazer, porque não existe a menor possibilidade de uma Gryffindor heroína de guerra me aceitar no próprio escritório.
- Olha aqui, a Gryffindor heroína de guerra é muito justa quando o quesito é emprego, mesmo quando o candidato é um Slytherin de merda. - perco a paciência e vejo seu sorriso ficar debochado dessa vez.
- Sua atitude de chefia é muito insolente, Granger. - ele alfineta, sentando-se na poltrona na minha frente e colocando as mãos na mesa.
- E sua atitude de candidato é mais ainda, Malfoy. - sibilo, olhando em seus olhos e revirando os meus logo depois - Então vai fazer a entrevista ou não? - pergunto.
- Eu preciso do emprego. - ele dá de ombros.
Olho em seus olhos novamente, mas ele está olhando para um ponto fixo. Franzo as sobrancelhas confusa e suspiro logo depois, pegando um formulário. Pego um lápis e mordo a ponta, sentindo meu coração acelerar um pouco enquanto encaro seus cabelos loiros. Acontece que todos os outros candidatos foram horríveis e eu sei que Draco Malfoy exala talento e confiança. Procuro sempre ser justa no meu conceito, mas não quero trabalhar com ele. Ele ficará diariamente me provocando e enchendo o saco, e isso é tudo que não preciso no momento. O problema é que se ele fizer a entrevista, é certo que o emprego é dele. Que vida injusta.
- Acho que quem deveria estar tentando seduzir aqui sou eu, Granger. - ele profere me olhando nos olhos - Eu que preciso do emprego. - completa debochado, e só então noto que estou mordendo o lápis de maneira levemente provocante enquanto o olho.
- Só tentaria mesmo, Malfoy. Com essa cara de fuinha é meio difícil conquistar uma garota. - retruco.
- Pergunte para metade das meninas de Hogwarts para saber se elas pensam o mesmo.
- Eu sei que elas não pensam. De fato, elas nem mesmo pensam em ti para pensar alguma coisa. - digo calmamente e ouço sua risada.
- Cresceu em argumentos, Granger. - ele admite.
- Aprendi com o mestre. - respondo, e nunca havia notado que se eu aprendera alguma coisa sobre resposta a altura, fora por causa das constantes provocações dele.
- Porém sua altura não cresceu muito. - ele constata.
- Isso é verdade. - respondo - Mas os garotos que eu beijo são sempre cavalheiros e me alcançam um banquinho.
- É o mínimo. - ele responde debochado e o silêncio reina.
Olho o formulário e respiro fundo. Pura bobagem. Draco tem as respostas para cada uma das perguntas na ponta da língua e eu sei disso. Reviro os olhos, amassando o formulário e jogando no lixo. Cruzo as mãos e ele já está prestando atenção.
- Okay, Malfoy. Vou mandar a real. Reconheço seu potencial, e honestamente ninguém até agora foi muito bom. Nem vou perder meu tempo perguntando aquelas coisas bobas, porque sei que não precisa disso. Infelizmente, devo admitir que você é tão inteligente quanto eu. Então, só vou fazer uma pergunta: você está preparado para encarar esse emprego?
- E por que não estaria? - ele retruca confuso.
Rio.
- Bem, primeiramente: você estaria recebendo ordens de uma sangue-ruim, pelas suas próprias palavras. Em segundo lugar: a mídia falaria pra caramba, e você sabe disso. Colocar um ex-comensal como assistente da chefe de execução das leis mágicas é como colocar Hitler para controlar o armamento da Alemanha e sim, eu sei que você não sabe quem é Hitler, não me olhe com essa cara. Em terceiro lugar: o trabalho é puxado, e não admito corpo mole. Só que eu sei que pode ser preguiçoso quando quer, Malfoy. Quarto: o pessoal do ministério debocharia a cada canto, não tenho certeza se aguenta isso. Quinto: você…
- Granger. - ele me interrompe - Eu preciso do trabalho. Não vou desperdiçar a oportunidade que Luna me deu de mão beijada. Eu aguento seja lá o que for que ache que não vou aguentar. Oras, eu até mesmo já assimilei o fato de que você vai me dar ordens. - ele faz uma careta e eu reviro os olhos.
- Tudo bem. Eu vou entrar em contato, porque tenho outros quatro candidatos. Mas é quase certo que o emprego é seu.
Assim que digo isso, sei que minha vida vai virar de cabeça para baixo. Não vamos nos aguentar sem nos matar nem por dois meses. Mas por algum motivo, parece o certo. Me levanto para levá-lo até a porta, diferentemente do que fiz com o resto, e vejo seu olhar nas minhas roupas. Ele, porém, não fala. Nada. Nem mesmo agradece. Somente acena e sai da sala, me deixando com um único pensamento na cabeça: Ronald vai me matar.
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