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História Boy Next Door. - Verdades.


Escrita por: DressaYoshida

Notas do Autor


Hello guys, voltei depois de um tempo!

Capítulo 12 - Verdades.


"Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?" — Eduardo E Mônica — Legião Urbana.

Alguns dias haviam se passado desde o início do relacionamento dos líderes dos esportes do colégio. Os alunos planejavam uma festa de inauguração da nova quadra de esportes, obviamente que uma festa cheia de adolescentes e sem adultos por perto, não daria muito certo. 

Namjoon estava caminhando pelos corredores da escola, carregando algumas caixas com copos descartáveis e garrafas de álcool, tomando todo cuidado para não ser pego pelos olhares desconfiados dos professores. Heechul, o único adulto que estava sabendo da festa, ou melhor, de alguma forma o loiro acabou descobrindo os planos maliciosos de seus alunos, interceptando. Depois de alguns minutos de conversa e muitos pedidos, o homem fora convencido de que não poderia impedir seus alunos de festejarem, ele também já foi jovem, afinal de contas. 

O moreno de fios esverdeados deu de cara com um dos professores mais rudes do colégio, dando broncas em seus alunos por estarem atrasados para a aula. Suspirou, escondendo-se em uma sala vazia. 

— O que você está fazendo aqui? 

O garoto surpreendeu-se ao notar o dono da voz, aquele que vinha fugindo dele há alguns dias. Os fios rosados desalinhados, os lábios finos ainda mais brilhantes por causa do gloss que o garoto usava. As mãos sujas de tintas. 

Observou ao redor, dando-se conta de que estava no ateliê de arte do colégio. 

— E-Eu... - Seus olhos perderam-se nos botões um pouco abertos da camisa do rapaz, estava calor, o suor escorria de seu rosto, descendo até sua clavícula. — Ahn... - Gemeu ao acompanhar com os olhos, o caminho das gotículas de suor. 

— Você? - Seokjin indagou. 

— Estou excitado demais para falar qualquer coisa. - Namjoon deu alguns passos na direção do rosado, vendo o garoto permanecer parado no mesmo lugar. — Vou encarar isso como um sim. 

Ele não sabia como, mas de alguma forma em poucos minutos suas roupas jaziam no chão, espalhadas. As caixas encostadas à parede branca. Os corpos semi-desnudos dos rapazes entrelaçavam-se em busca de um contato um pouco mais íntimo. 

Se alguém perguntasse a Kim Namjoon se algum dia ele imaginaria que estaria com o rosado em seus braços, disponível e receptivo. Ele riria, dizendo convicto que o outro Kim jamais se entregaria para si. 

Naquele momento, o de fios esverdeados mantinha os olhos abertos encarando os lábios rosados de Seokjin envolvendo seu pênis com destreza. Suspirou, agarrando os fios rosas do rapaz - com um pouco de força - e mordiscando os próprios lábios. A língua do mais velho fazia loucuras em seu membro. 

— J-Jinnie. - Gemeu lânguido. — N-Nós precisamos conversar. - O mais novo gemeu, pedindo. 

O de fios rosados riu, erguendo a cabeça e limpando os lábios com as costas das mãos. O mais novo suspirou, apoiando-se nos braços. 

— O que você quer conversar? 

— O que eu quero? - Riu. — Nós não nos resolvemos ainda, Seokjin.

— Hm. - O rosado sentou-se na mesa, passando as mãos pelos fios coloridos despreocupadamente. Passou as mãos sujas de tinta e esperma no paninho sujo que usava para limpar os pincéis. 

— Eu quero explicar que a menina que você foi comigo é minha... - Namjoon não pôde concluir sua fala. 

— Eu sei, eu sei. Sua prima, certo? - O rosado riu, encarando a expressão surpresa do mais novo. — Ela me procurou. 

— Como? 

— Yumi, ela me procurou. Disse que estava voltando para o Japão e que não queria ir embora com as coisas mal resolvidas. - Seokjin levantou-se pegando a camiseta jogada no chão. — Segundo ela, você é um idiota que não saberia como se desculpar e explicar as coisas. - Riu. — Ela estava certa. 

Seokjin estava prestes a colocar a camisa, quando sentiu as mãos quentes e grandes de Namjoon tocando seu corpo, impedindo-o de se vestir. Suspirou, encarando o rosto do homem. 

— Uma parte foi resolvida, falta a outra. - Namjoon riu, aproximando-se do rapaz e roubando seus lábios. — Antes, preciso saber de uma coisa. Não quero ser um idiota que transará com você e será descartado dois minutos depois. - Passou as mãos quentes pelo pescoço do garoto, retirando sua camisa e jogando em algum canto da sala. 

— Sim, eu gosto de você. Seu grande e tremendo idiota. 

Os braços do mais novo enlaçaram a cintura do rapaz, erguendo o corpo esguio do chão e jogando-o na mesa. Sorriu ao ver os olhos brilhantes e desejosos de Seokjin. 

Desceu os dedos fazendo a trilha até o cós da boxer preta que o rapaz usava, brincou um pouco com o tecido, arrancando um gemido desgostoso do mais velho, riu gostosamente, enfiando os dedos dentro do tecido e brincando com o membro rijo do rapaz. Seokjin gemeu ao sentir o toque aconchegante em sua área erógena. 

As unhas curtas e afiadas de Seokjin desceram pelas costas largas e cobertas de músculos do mais novo. Talvez, atletismo não fosse tão ruim assim, constatou ao notar os músculos existentes por ali. 

Para o Kim mais novo, não importava se ele estava ali para fugir dos professores enquanto levava as bebidas para a festa que ocorreria mais tarde, nada mais importava a não ser o rapaz em seus braços, recebendo seus beijos e sendo tão recíproco consigo. 

Namjoon tocou o corpo alvo do rapaz com delicadeza, talvez por medo de tudo aquilo ser um sonho e a imagem de Seokjin desaparecesse a qualquer momento. 

Os lábios do mais novo desceram pelo pescoço do outro, trilhando beijos e lambidas por aquele pedaço tão delicioso. Gemeu baixinho ao sentir as unhas do mais velho arranharem suas costas com força, aquilo deixaria marcas, com toda certeza. Apertou o membro do outro com um pouco mais de força, deslizando as mãos pela estrutura dura e quente. Estava pegajoso devido o pré-gozo. 

— Jonnie, por favor. - O mais velho gemeu, agarrando os fios esverdeados do mais novo. — Só me fode logo, não vou aguentar. 

O de fios verdes riu, passando a língua pelos lábios fazendo seu "namorado" ansiar pelo que estava por vir, Namjoon retirou a boxer do homem em um único golpe, jogando-a longe. Passou a língua pela extensão branca e pegajosa, sentiu o gosto levemente salgado, franzindo o cenho, não era muito diferente do sabor de uma mulher. Estranhou um pouco a consistência do líquido, acostumando-se em seguida. Sugou com os lábios grossos, fazendo o mais velho revirar os olhos com o prazer que sentia. 

Os toques de Namjoon em si estava levando-o a loucura. Estava louco de deixar-se ser tocado por um homem daquela forma, pior de tudo, louco de amá-lo com toda aquela intensidade. Nunca quis aceitar seus sentimentos, pelo fato de seu amado ser um homem e não uma mulher, aquilo mexia consigo e com sua mente, tinha medo de não ser aceito, medo do preconceito, olhares tortos em sua direção. As pessoas o julgavam somente por gostar de rosa e usar gloss. Permitiu-se deixar levar pelos toques e prazeres que o outro fazia o sentir, nada importava para o outro naquele momento, então por que sua mente continuava trabalhando em argumentos de que aquilo era errado? 

— Ahn... - Gemeu ao sentir seu orgasmo próximo. Puxou o rosto do homem para cima, beijando seus lábios. 

— Por que? - Namjoon questionou confuso. Havia feito algo de errado? 

— Porque eu irei gozar, e eu não quero gozar na sua boca. - Seokjin sorriu, mordiscando o lábio inferior do rapaz. 

 

 

[...] 

 

 

Os olhos de Namjoon reviravam com os arranhões de Seokjin em sua pele, descendo e subindo, deixando marcas pelo caminho. Gemeu ao sentir os lábios do mais velho mordiscarem seu pescoço. 

— I-Isso é m-muito bom. - Gemeu baixinho sentindo as paredes quentes - e úmidas pela saliva - espremerem seu dedo. Mordiscou o lóbulo do Kim mais velho, sentindo as unhas curtas afundarem em sua pele. Algumas gotinhas de sangue podiam ser sentidas. 

Seokjin estava no céu sentindo os dedos e carícias ousadas do rapaz de fios verdes em si, os dedos faziam movimentos de vai e vem dentro de si, para fazê-lo se acostumar com a invasão. O garoto nunca havia sido tocado de tal forma, pelo menos por um homem. Suspirou, deixando-se entregar e sentindo o prazer de ter Namjoon dentro de si, por completo. 

— Jonnie... - Gemeu dolorosamente. — D-Dói. 

— Sh, vai passar. - Namjoon sussurrou próximo ao ouvido do mais velho. Embora nunca houvesse tido relações sexuais com um homem, mas havia tirado a virgindade de diversas garotas. Precisava ser carinhoso e ficar quietinho até o rapaz acostumar-se consigo. — Eu vou ficar parado até você se acostumar. - Beijou o pescoço do rapaz. 

O de fios verdes manteve-se parado dentro do rapaz, enquanto usava a destra para acariciar o membro rijo, fazendo-o ofegar entre dor e prazer. 

— Ahn... - O gemido baixo e sôfrego de Seokjin foi o suficiente para fazer o rapaz começar com suas estocadas. 

Cada movimento levava o mais velho a um paraíso nunca antes conhecido, os toques e beijos que o mais novo deixava em sua pele, seu corpo queimava em um fogo, incendiando seu baixo ventre e fazendo-o contrair seus músculos, apertando ainda mais o rapaz dentro de si. Aquilo estava o enlouquecendo, Deus, se ele soubesse antes das sensações que uma simples transa lhe traria, teria se entregado para Namjoon mais cedo. 

— J-Jonnie. - Seokjin chamou. — M-Mais rápido. - Pediu entre gemidos, estava tão absorto em prazer. 

Os olhos de Namjoon focavam no corpo esguio e marcado por suas mordidas, as pernas do rapaz entrelaçadas em sua cintura, o corpo movendo-se de acordo com suas estocadas, balançando a mesa, bagunçando os pincéis e tintas ali presentes. 

— T-Tão apertado. - Namjoon rosnou baixo, atingindo o ponto de prazer de Seokjin. — Tão gostoso... - Sussurrou, mordiscando o próprio lábio. 

Os olhos do rapaz desviaram-se do corpo de Seokjin para um quadro escondido no canto da sala, podia jurar que conhecia a figura desenhada e pintada no quadro. Desviou o olhar, encontrando os olhos do mais velho fechados e as bochechas coradas. 

— Abra os olhos, amor. - Pediu, passando uma de suas mãos pelos lábios entreabertos do homem. — Olhe para mim. 

Seokjin abriu os olhos, encarando a figura majestosa e suada de Namjoon, sorrindo para si. Mordeu os lábios para prender o gemido alto que tentara escapar. Sentiu o membro - nada pequeno - enchendo-lhe e acertando sua zona erógena. 

— Olhe para seu homem. - Namjoon sussurrou. — Enquanto eu lhe fodo e dou o maior prazer que você jamais sentiu. - O de fios verdes sorriu, debruçando o corpo por cima do mais velho. — E-Eu sou seu. 

— M-Meu. - Seokjin gemeu, sentindo o seu ventre se contrair. Conhecia aquela sensação, gozaria logo. — M-Mais forte. - Pediu dengoso, sendo obedecido de imediato. 

Namjoon lhe preencheu com sua essência, sentia o líquido viscoso escorrer e sujar suas pernas. Seokjin chegou ao orgasmo em seguida, sujando ambos os abdômens. Os dois homens sorriram, calados. 

— Não tenho ideia de como limparei essa sala. - Seokjin cortou o silêncio, após Namjoon sair de dentro de si e deitar-se ao seu lado na mesa. — Minha bunda dói. - Gemeu. 

— Me desculpe. - O mais novo pediu, envergonhado. Era incrível como o Kim mais jovem conseguia ser duas pessoas ao mesmo tempo, minutos atrás enquanto faziam sexo, era um verdadeiro homem com palavras ousadas. Minutos após o orgasmo, um menino tímido com medo de ser repreendido. 

— Não desculpo. - Seokjin riu, virando-se de frente para o rapaz e acariciando seu rosto. — Porque essa não será a única vez. 

 

 

[...] 

 

 

Hoseok estava ajudando os mais jovens a organizarem a "decoração" para a "festa". Passou o braço pelo rosto sentindo o suor escorrer, estava quente e o sol não estava colaborando. Retirou a camisa, exibindo o corpo feito de músculos e a pele amorenada coberta de gotículas de suor. 

Os músculos tensionados devido o peso das caixas que carregava, a calça jeans rasgada na área dos joelhos e apertada nas coxas deixava-o ainda mais sensual. As garotas e até mesmo alguns rapazes ali presentes pararam suas atividades, dedicando-se a encarar a figura imponente. 

Jimin riu, aproximando-se do amigo com uma garrafa de água em mãos. O ruivo estava sem camisa, assim como o amigo, ajudando a carregar caixas e pendurar objetos. 

— Está fazendo sucesso, 'Seok. - Jimin disse, entregando-lhe uma garrafa de água. — Os jovens não conseguem desviar os olhos de seu corpo. 

— Olha quem fala, Park. - Hoseok riu, abrindo a garrafa de água e dando um gole. — Eles só faltam pular em cima de você e arrancar suas calças. - Ofereceu a garrafa para o amigo. Ele não entendia como Jimin podia sentir-se inseguro com um corpo tão bonito quanto o dele. 

— Oh, Hoseok. Você é tão sensual com essa calça apertada! - Jimin caçoou, afinando a voz e passando as mãos pelo abdômen exposto do amigo. 

— Minnie, continue a passar as mãos em mim e arrancarei sua calça com os dentes. - O mais velho riu, mordendo a orelha do amigo. 

Enquanto os dois amigos brincavam entre si, os jovens observavam tudo aquilo com olhares maliciosos, alguns garotos correram para o banheiro com as mãos à frente de suas calças. 

 

 

[...] 

 

 

Jimin havia decidido que contaria ao seu pai que era gay, mesmo que Jungkook e Hoseok achassem muito precipitado, nada e nem ninguém conseguiam mudar a decisão do jovem teimoso. 

O ruivo esperou que seu pai chegasse em casa na hora do almoço, assim que todos estivessem à mesa, contaria a sua família. 

— Jihyun, me passe a salada por favor. - Senhor Park, pediu ao filho mais novo. Assim que pôs as mãos na vasilha com a salada, virou-se para o filho mais velho. — Então Jimin, o que gostaria de me contar. 

— P-Papai. - Jimin gaguejou, estava com medo e assustado, queria que Jungkook estivesse ali consigo. — Eu preciso contar algo a vocês. - Sua voz saía baixa. 

— Não me diga que engravidou alguém! - Senhor Park arregalou os olhos, encarando a expressão assustada no rosto do filho. 

— E-Eu sou gay. 

O ruivo arregalou os olhos assustado quando a vasilha de plástico voou em sua direção, acertando a lateral de seu rosto. Os gritos de seu pai, os pedidos de sua mãe, aquilo estava o matando. Sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto, manchando a pele alva. 

— Ele é seu filho! - Senhora Park gritou, abraçando o filho e passando a mão pelo rosto de Jimin. 

— Ele não é meu filho. - Senhor Park disse, sentando-se na cadeira. — Eu não tenho filho viado. 

— Pai! - Jihyun gritou, correndo até o irmão e abraçando Jimin. — O hyung não tem culpa, não aja assim. - Implorou. 

— Por que? Você é viado também? - Perguntou virando-se para o filho mais novo, o garoto arregalou os olhos. — Era só o que faltava, dois filhos e os dois são gays. - O mais velho levantou-se, jogando as coisas da mesa no chão. — Eu só não te bato por causa da sua mãe, agradeça a ela! - Vociferou encarando o filho mais velho. — A partir de hoje, você não é mais meu filho. Quero você fora daqui! 

— Querido! - A mãe de Jimin gritou. — Ele é seu filho, você não pode fazer isso com ele. - Implorou para que o marido repensasse. 

O homem a ignorou, caminhando até seu quarto, suas mãos sangravam com o corte que havia feito ao jogar as coisas no chão. Não aceitaria um filho gay. Seu coração doía por estar tomando aquela decisão, doía por estar dando as costas ao seu filho e expulsando-o de casa. Só que agora, não voltaria atrás. Se Jimin quisesse levar uma vida libertina e pecaminosa, que fosse longe de si e fora de sua casa. 

 

 

[...] 

 

 

As lágrimas escorriam do rosto do ruivo, suspirou terminando de contar ao Jeon tudo que havia acontecido. Sentiu os braços do moreno envolverem seu corpo, apoiou a cabeça no peito do mais novo, sentindo o cafuné que ele fazia em seus fios vermelhos. 

O moreno não sabia o que dizer, estava revoltado com a atitude do pai do rapaz, embora soubesse que o Park mais velho fosse um homem extremamente intolerante, jamais esperaria tal atitude do homem. Antes de tudo, Jimin é seu filho. 

— Amor, por que você não me esperou? - Jungkook questionou, passando a mão pelo rosto alvo do menor. Sentiu seu coração doer ao notar a marca avermelhada no rosto. 

— Seria pior se você estivesse lá. - Jimin fungou. — Ele só não me bateu porque minha mãe não iria permitir, mas se você estivesse lá, ele com certeza teria feito algo. 

— Ele não pode me bater, Jimin. - Jungkook retrucou com o namorado. 

— Ele pode te expulsar do colégio, eu não quero isso. - Jimin levantou-se e encarou o olhar inexpressivo do mais novo. — Então por favor, não faça nada. - Pediu, beijando os lábios do rapaz. 

— É melhor não irmos na festa de hoje. 

— Eu quero ir. - Jimin sorriu. — Eu quero me distrair, eu já sabia que seria assim, então não é surpresa. 

Jungkook concordou, abraçando o corpo do menor. Deitou-se na cama com o corpo de Jimin em cima do seu, encarou os olhos castanhos do garoto e sentiu-se culpado. 

— A culpa não é sua. - Jimin respondeu, como se estivesse lendo sua mente. — Minha mãe e meu irmão ficaram do meu lado, eu tenho você e meus amigos, isso me basta. - Jimin sorriu, tentando passar tranquilidade para o moreno. Temia que o rapaz fizesse algo. 

Park Jimin estava cansado de ser quem não era, vestir o que não gostava, andar e falar o que não queria. Cansado de ser apresentado como o primogênito promissor, cansado de ser visto como um bibelô. A partir de agora, ele só iria fazer o que quisesse, agir como quisesse e vestir o que quisesse. Se tornaria o libertino pecador que seu pai odiava. 

 

 

[...] 

 

 

Yoongi estava nervoso, jamais havia levado alguém ali. Sentiu as mãos suarem enquanto esperava Hoseok chegar. As mãos do loiro continham um buquê de rosas brancas, todos os anos ele sempre visitava o lugar e deixava as flores que seu pai mais gostava. 

Seus olhos focaram na figura de Hoseok, as mãos trêmulas e os olhos arregalados. 

— Um cemitério? - O moreno questionou, segurando a mão de Yoongi. — Por isso você me pediu que viesse de preto. 

— Sim, viemos ver uma pessoa. - Yoongi sussurrou. 

Os dois caminharam até a entrada do local, onde o loiro identificou-se como parente de um dos falecidos, sendo liberado a sua entrada. O lugar era cercado de árvores e flores, uma trilha de pedras os levava até as covas. No caminho, Hoseok surpreendeu-se com a quantidade de seguranças ali presentes.

Yoongi parou em frente uma cova de mármore, a lápide repleta de flores brancas. A imagem de seu pai, a última foto que o homem tirou antes do suicídio. 

— Pai. - O loiro começou a falar. — Este aqui é Hoseok, meu namorado. 

O moreno arregalou os olhos, apertando a mão de Yoongi. Encarou a lápide sem nome e data, apenas a foto de um homem parecido com o loiro. 

— O-Olá. - Hoseok disse tímido. — Eu prometo fazer seu filho feliz, senhor Min. 

— Pai, antes do senhor morrer, o senhor pediu para que eu fosse feliz de novo. - Yoongi sorriu em meio as lágrimas silenciosas. — E eu estou sendo, pai. Obrigado por colocar Hoseok na minha vida. - Agradeceu, depositando as flores no túmulo. 

Hoseok abraçou o corpo magro de Yoongi, o mais velho apoiou a cabeça em seu pescoço, fungando baixinho. O moreno beijou o topo da cabeça do loiro, sentindo uma brisa passar entre eles. O cheiro de rosas pode ser sentido pelos dois. 

Era como se o senhor Min, estivesse ali os abençoando. Permitindo Hoseok de amar seu filho, e foi com esse pensamento que o moreno sorriu. 

 

 

[...] 

 

 

Os dois homens estavam sentados abaixo da árvore, encarando os túmulos e os familiares passarem para visitar seus entes falecidos. Alguns seguranças passavam de um lado ao outro, rondando o lugar. 

— Por que tem tantos seguranças? - Hoseok perguntou, curioso. 

— Aqui é um cemitério especial para criminosos, por isso as lápides só possuem fotos e há seguranças rondando. - Yoongi respondeu simples. — Meu pai era ligado a máfia. Por isso as pessoas tem medo de mim, por isso eu tive de mudar de escola. 

Hoseok assentiu, absorvendo as informações. Agora entendia todos os boatos ligado a personalidade do Min, todo o temor dos estudantes em relação ao rapaz assim que ele ingressou na escola e o respeito dos professores com ele. Heechul era o único que o tratava de forma igual. 

— Foi por causa disso que o pai da minha namorada não permitia nosso namoro. - O loiro fechou os olhos, apoiando a cabeça na árvore. — Eu era filho de um mafioso, embora meu pai fosse extremamente gentil, havia feito escolhas erradas. 

— O que aconteceu com seu pai? 

— Ele se matou. - Yoongi sussurrou. — Por minha causa, ele não aguentava me ver daquela forma, sentia-se culpado. Na cabeça dele, a culpa era dele por ser mafioso e eu ter que pagar por isso. 

Yoongi suspirou, encerrando o assunto e apoiando a cabeça no ombro de Hoseok. Havia muitas coisas a serem reveladas, tinha medo da reação do rapaz. Não aguentaria perder mais alguém por causa de seu passado. 


Notas Finais


Então, aconteceu algo triste, estou sem internet! Por isso estou demorando a atualizar as fanfics, desculpe :c

Aos poucos algumas coisas do passado de Yoongi são reveladas, uh

Seokjin e Namjoon finalmente né?

Jimin dando a louca!

Espero seus comentários, elogios ou críticas, beijos (: Até a próxima!


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