O dia era como mais um de muitos . Tudo estava normal para Dean . Ele e Sam tinham mais uma vez acordado cedo da manhã , e estavam prontos para resolver mais um caso . Tudo estava como deveria estar . Mas , especificamente , naquele dia , o loiro se sentia meio ... estranho . Era como se , alguma coisa estivesse errada . Era como se alguma coisa faltasse ali . Dean não sabia o que era aquilo . Nunca havia sentio essa sensação antes . Tudo estava perfeito . O que poderia estar faltando ? .
E o mais estranho . Dean havia sonhado com algo muito estranho , ou melhor dizendo ... alguém . Ele não conseguia se lembrar dos detalhes realmente sórdido . Mas apenas uma coisa vinha a sua memória . Um par de olhos azuis . Tão azuis quanto as ondas do mar . Tão azuis como o próprio céu de um dia belo dia de primavera .
---- Tudo bem Dean ? - pergunta Sam , observando Dean com o olhar perdido , sentado na mesa de pesquisa do Bunker .
---- Hã ? ... - fala Dean , levantando o olhar e sacudindo a cabeça , começando a se espreguiçar e balançar a cabeça de leve .
---- Perguntei se você está bem - fala Sam , puxando uma cadeira ao lado de Dean e se sentando , olhando fixamente para o loiro , com um olhar preocupado .
---- C - Claro - fala Dean , tentando disfarçar a sua expressão cansada ---- Por que não estaria ? - pergunta ele , se virando para Sam e dando um selinho no moreno , que esboça um pequeno sorriso .
---- É que você está tão ... - Sam para de falar por um momento , tentando encontrar as palavras certas , para não preocupar Dean ---- Estranho . Hoje a noite você começou a gritar desesperadamente um nome diferente na cama - Sam vê a cara de espanto de Dean , e começa a achar que ter comentado sobre o ataque de pânico de Dean a noite havia sido má idéia .
---- E ... Que nome foi esse ? - pergunta Dean temeroso .
---- Castiel - fala Sam .
Uma forte dor de cabeça envade a cabeça de Dean inesperadamente , fazendo com que o loiro levasse a mão na cabeça e começa a esfrergala rapidamente .
---- Dean ? , o ... Que houve ? - falou Sam , indo até Dean e pegando em seu ombro , vendo o loiro começar a gemer de dor .
Dean sentia pontadas fortes e pesadas na cabeça . Ele ouvia gritos desesperados de um homem . Ele não sabia por quê , mas ele conhecia aquela voz . Uma voz rouca , mas ao mesmo tempo ... conhecida e serena . E derrepente ... um nome veio a sua mente ... Castiel .
---- DEAN ! - gritara Sam , sacudindo o loiro de um lado para o outro , já vendo o suor descer pela testa de Dean , e uma fina linha de sangue descer de seu nariz . Dean abre os olhos lentamente , e observa Sam o olhando desesperado , já vendo algumas lágrimas descerem de seus olhos .
---- Sammy ? - pergunta Dean , com a voz trêmula , já se sentando melhor na cadeira .
---- O que ... O que houve ? - perguntou o moreno , se sentando novamente na cadeira , dando vários suspiros profundos e demorados , livrando a testa das gotas de suor que ainda deixavam .
---- Eu ... eu não sei ! - exclama Dean , começando a se levantar da cadeira .
---- Perai , você vai pra onde ? , agente tem um caso pra resolver e ....
---- Sam ! - fala Dean com um tom mais elevado de voz , vendo Sam ficar sério .
---- Olha , desculpa por ter gritado com você . É só que ... Eu tenho que procurar a - alguém ! - diz o loiro , já vestindo a sua jaqueta que estava em cima da mesa , e tirando as chaves do seu carro do bolso .
---- E quem é ? - pergunta Sam , seguindo Dean , não entendendo completamente nada do que estava acontecendo ---- Por acaso é esse tal de Castiel ? - ppergunta ele , vendo Dean parar no meio do caminho .
---- Eu ... Eu não sei . Olha , eu não sei o que tá acontecendo . Eu preciso tomar um ar e ... - fala Dean , já abrindo a porta do Bunker .
---- Como assim ? . Você não tá falando coisa com coisa . Até uns minutos atrás você tava normal , foi só eu falar no nome desse sujeito que você ...
---- ELE NÃO É UM SUJEITO ! - grita Dean , empurrando Sam contra a parede , o olhando fixamente .
---- O que tá acontecendo com você ? - o tom de voz de Sam era fraco e trêmulo . Os olhos do moreno já brilhavam por causa das lágrimas que estavam prestes a saírem de seus olhos .
----- Eu ... Eu não sei Sam - fala Dean ---- Me desculpe ! - fala ele , tirando os braços dos ombros de Sam , fazendo com que o moreno apoiasse as mãos nos joelhos e respirasse fundo algumas vezes ; Dean podia ouvir Sam fungando algumas vezes .
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Dean remexeu seu carro por inteiro , na busca de encontrar qualquer coisa que fosse para se lembrar , pelo menos de alguma coisa . Dean agora estava completamente sente de que alguma coisa estava a errada . De que alguma coisa estava errada a muito tempo .
---- Droga ! - exclama ele , se sentando de uma vez no banco do motorista , fechando a porta do carro com força .
Não tinha nada ali que pudesse fazer Dean lembrar de alguma coisa . Já estava a ponto de desistir , quando seus olhos avistam , em baixo do banco do seu lado , um livro . Dean pega o livro com um certo receio , sentindo que jamais havia visto aquele livro ali .
" O Hobbit " . Dean passava a mão no livro e o folheava , conforme começava a ler alguns pedaços do livro ( mesmo que não soubesse por quê ) .
Derrepente , a imagem de uma garota ruiva , magra , e segurando o livro que estava nas mãos de Dean .
---- CHARLE ! - exclama ele , fechando o livro imediatamente , o jogando para o banco ao seu lado e ligando o motor do carro .
Charle não saia da cabeça de Dean . Ele sabia que se encontrasse aquela garota , uma boa parcela de seus problemas se resolveriam . Então , era isso que ele iria fazer .
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---- O que aconteceu aqui ? - pergunta Dean , parando uma senhora , enquanto andava , ainda olhando para a casa totalmente destruída . A casa que ele pensava ser de Charle . O cheiro de fogo , mesmo que fraco , ainda pairava no ar .
---- Houve um incêndio - falou a senhora gentilmente , pondo as compras no chão ---- Dizem que a garota que morava aí era meio ... - a mulher o encara por um momento , fazendo um gesto circular com os dedos perto da cabeça ---- Louca - completa ela .
---- Então , ela incêndio toda a casa ? - pergunta ele , tentando disfarçar o tom surpreso na voz , olhando os destroços queimados que ainda sobravam da casa .
---- Disso eu não sei - a velha pega as compras e coloca elas nos braços , ageitando o seu chapéu de palha para não voar ---- Só sei que ela foi enternado por ordem do juiz em um Sanatório para loucos . Ela ficou abordando todo mundos na rua por . Falando uma história absurda . Disse que anjos estavam atrás dela . E que a própria Eva tinha incendiado a casa dela . Imagina só ? , o que a Eva da Bíblia ia querer com ela . Bom senhor , eu preciso ir agora . Tenha um bom dia ! - falou ela , acenando para Dean e seguindo em frente .
Dean da mais alguns passos , pretendendo entra na casa , mas os destroços eram grandes de mais .
Eva .
Esse nome não era estranho a Dean . Não por causa da Bíblia . Mas ... Ele tinha certeza absoluta de que conhecia uma garota assim . Mas então , por que não se lembrava ? . Parecia que quanto mais Dean tentava lembrar das coisas , mas elas ficavam difíceis de se revelarem a ele .
---- Com licença - fala uma garota atrás de Dean . O loiro se vira e vê uma adolescente loira , usando óculos grandes de mais para seu rosto . Usava um sueter rosa e uma saia xadrez azul Olivia , e segurava em seus braços vários papéis .
---- Pois não ? - fala Dean , passando a mão ligeiramente no rosto e se afastando da casa ( ou melhor , dos restos dela ) , tentando ficar com a postura direita , e olhar a garota , que tinha um ar incrivelmente inocente nos olhos .
---- Eu sei que é meio estranho , mas o senhor estaria enteressado em aceitar um desses panfletos ? - fala a garota , oferecendo um a Dean , que pega gentilmente , e vê uma ilustração do que parecia ser um grande hospital
---- É só no caso se o senhor quiser ser voluntário para ajudar os pacientes do Sanatório Mary Dashwood - termina ela .
Dean olha aquele panfleto com um olhar incrivelmente esperançoso . Aquele provavelmente era o hospital em que Charle estava enternada . Ele poderia tirar ela de lá e finalmente talvez por um fim nessa confusão toda ! . Uma grande onda de entusiasmo corre por todo o seu corpo , fazendo com que um grande sorriso se forme em sua face .
---- CLARO - fala Dean , quase que em um grito ---- O-obrigado ! . Sério ! . Até mais ! - fala Dean , já dentro do carro , dando uma largada já na direção do hospital .
---- De nada Dean . A brincadeira finalmente vai começar ! .
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Dean parou o carro no trânsito . Agora era só passar por aquela rua que já estaria no hospital . A cada segundo que se passava , mas é mais perguntas apareciam na mente de Dean . Ele não sabia o que estava acontecendo . Mas sentia que em breve tudo iria se resolver . Embora não soubesse como .
Dean esculta a suada de alguém batendo na janela do seu lado . Como o sinal ainda estava vermelho , ele decide abrir , e a medida que vai abrindo o vidro , ele vê um homem completamente sujo do que parecia ser carvão . Usava uma blusa branca que de tão suja já estava se tornando preta , vestia calças velhas e desgastadas , e usava um sobretudo claro . Os cabelos negros , grande e desgrenhados . Mas , o que chamou a atenção de Dean não foi as suas roupas , ou seja lá o que for .
Aos olhos de qualquer um , aquele homem poderia ser taxado como qualquer outro mendigo miserável que vivia abordando as pessoas no carro , pedindo alguma esmola que seja , mas , algo chamou a atenção de Dean . E ele sabia exatamente o que era . Os seus incríveis olhos azuis da cor do oceano .
Mesmo antes que o mendigo começasse a implorar por qualquer ajuda que fosse , Dean pronúncia um nome , ao qual trouxe um inexplicável e estranho alívio a seu corpo :
---- Castiel ? - pergunta Dean temeroso . Não sabia como . Ou muito menos o porquê , mas ele sentia que conhecia aquele homem . E que tinha passado maravilhosos momentos com ele .
---- Como Você me conhece ? - pergunta o homem do lado de fora do carro , olhando Dean com estranheza .
... CONTINUA ...
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