História Boyfriend or Friend - I missed you.

" Matt? Eu preciso de você... "

" Oi maninha, a quanto tempo. Aconteceu alguma coisa? "

- Sim, mas eu não quero falar sobre isso no telefone. Tem como nós nos encontrarmos em algum lugar?

" Claro, pode ser naquela pracinha perto da sua casa? "

- Sim, vou levar uma pessoa que eu quero que você conheça.

" Vish, já vou ter que aturar namoradinhos seus? "

- Não besta, é um amigo, me encontre lá às 19:00.

" Sei, esta história de amigo não cola, até mais Sah "

Desliguei o telefone percebendo a quanto tempo eu não falo com meu irmão e a saudade que eu estou dele.

- Cameron Alexander Dallas, vem aqui agora - gritei.

- Sarah, o que aconteceu, você está bem? - disse eufórico e assustado, eu apenas ria da sua cara. - Ai garota, que susto, pareceu minha mãe agora - respirou fundo com a mão no peito.

-Certo, me desculpe, enfim, temos compromisso- falei simples.

- Oque? Com quem? - perguntou.

- Surpresa - cantarolei e ele bufou.

                        *   *   *

Rumo a praça, o céu estava começando a escurecer, dando lugar a um lindo por do sol, puxando do azul, tons alternados entre laranja e rosa, com a lua e as estrelas dando um pequeno sinal de que elas estavam aparecendo. Vi a figura de um garoto encostado em uma árvore, apertei mais meus olhos e percebi que se tratava de meu irmão.

- Matt - gritei, eu mancava e ele abria os braços, rindo, para me receber, agarrei em seu pescoço e ficamos balançando de uma lado para a outro - que saudade que eu senti de você. - não deixei de me emocionar, pois fazia algum tempo que não nos falavamos.

- Princesa!!! Como está diferente cada vez mais baixinha - falou rindo, que invejinha daqueles dentes.

- Ei eu não sou baixinha, você que é gigantão - ri.

- Nunca. Mais. Fique. Tanta. Tempo. Sem. Falar. Comigo. Ouviu bem? - a cada pausa ele deferia um tapa.

- Ai tabom, para de me bater. Para!!! - e já estavamos nos estapeando como duas crianças, quamdo me lembrei de alguém que até então não havia se pronunciado, estava de cabeça baixa, com as mãos no bolso de sua calça, obviamente sem graça pela cena de segundos atrás. 

- Ah, Matt, este aqui é o Cameron, meu amigo.

- Ah sim, Sarah falou muito bem de você - falou apertando a mão de Cam.

- É mesmo? - alerta, vergonha chegando - Bom saber disso - rimos.

- Vou dar um troféu para vocês, como melhor dupla em me fazer ficar sem graça - bati palmas.

- Certo, certo, você disse que queria conversar comigo - lembrou.

- Ah, sim. Vamos sentar. Foi assim... - Então eu contei tudo para ele, foi muito bom. De uma certa forma, ele me transmitia calma e tranquilidade, como ninguém havia conseguido, apenas a minha mãe.

- Sarah, eu não fazia ideia. Não se preocupe, tenho certeza que não foi nada de muito grave e outra coisa, ela está no hospital, sendo observada a todo instante, ela vai sair dessa. - eu sorri, o sorriso mais sincero e verdadeiro que dei nos últimos dias, um sorriso de emoção por ter escutado palavras sabias de alguém que eu amo e que me ama também, um sorriso por perceber que mesmo eu me sentindo sozinha, finalmente consigo ver pessoas que realmente se importam.

- Obrigada, obrigada aos dois- olhei para Cam, me enrosquei no pescoço de cada um, dando um abraço em grupo. - Matt, como está o meu pai ? - perguntei engolindo em seco.

- O mesmo de sempre, trabalhando que nem um louco, não para um só segundo.

- Ele tem perguntado de mim? - meus olhos brilhando de esperança, porém foram trucidadas ao ver Mattew negar. - Ah, tudo bem - falei triste, não sei o porquê desta reação, pois lá no fundo, eu sabia qual seria a resposta. Eu não entendo, porque meu pai trabalha tanto? Será que é por isso que ele não me liga? Me preocupo com ele, não sou uma pessoa de guardar rancor dos outros e ser assim é maravilhoso, pois você vive sem magoas e estress, se torna alguém pacífico.

Nos despedimos, depois de eu me fazer contar o que aconteceu com meu pé, que por acaso, lhe rendeu muitas risadas, fui o caminho inteiro de volta, agarrada a Cam, pois já era noite e um vento frio se instalara, o tempo passou rápido.

Chegamos em casa e encontramos Gina e Sierra na cozinha, meu amigo e eu nos entreolhamos, já prevendo a bela bronca que dona Gina nos daria, tentamos passar de fininho e em silêncio, missão completamente falha, em direção à escada,mas quando pisamos no primeiro degrau...

- Isso são horas crianças? - giramos os calcanhares e encontramos uma Gina com cora de desconfiança, braços cruzados... Juro, quando ela quer dar medo, ela dá medo.