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  3. Capítulo IV

História Boys In Luv 3: (Jikook) - Capítulo IV


Escrita por: Tae-s2sjshinee

Capítulo 4 - Capítulo IV


Fanfic / Fanfiction Boys In Luv 3: (Jikook) - Capítulo IV

// Park Jimin //

– Que droga! – Suzy gritou colocando o telefone no gancho com brutalidade. Jackson se assustou e ficou olhando para ela.

– O que aconteceu? – Perguntei curioso, vendo-a esconder o rosto entre os joelhos e abraçar as pernas.  

Ela fungou. Quando levantou a cabeça, seu olhar se fixou em qualquer coisa na sala, seus olhos marejados de lágrimas.

– Não consegui. – respondeu desanimada. Seu rostinho começou a ser enfeitado por lágrimas, senti um aperto no coração ao vê-la naquele estado.

– Desiste, minha filha. – Sua mãe disse com desdém. – Sabe que isso é tudo enganação, ninguém ganha nada de graça...

Revirei os olhos.

– Su, já sortearam todos?

– Eram cinco, agora restam dois. – Balbuciou. 

– Só te aconselho uma coisa: Se você quer muito, não desista em circunstância alguma. 

Suzy me olhou com seus olhinhos tristes e abriu um sorriso meigo. Enquanto sua mãe me deu uma olhada feia, sem dúvida alguma, achando ruim eu apoiar sua filha, sorri rápidamente e voltei a dar atenção ao Jack que a propósito fez uma surpresinha em sua fralda, Levantei-me e fui trocá-lo.

Entrei dentro do seu quarto, o deitei no berço, peguei as coisas necessárias e aproximei dele. Jackson brincava com a chupeta e falava alguma coisa não compreensível.

– Você deveria fazer cocô quando estiver com a sua avó. – Falei, ele sorriu. – Não estou brincando, é a verdade, rapazinho.

Depois de trocado, o peguei no colo. Dei de cara com Jungkook na porta, ele sorriu e estendeu às mãos para o bebê que não recusou, foi direto para os braços do pai. 

– Então, sobre a mensagem... – começou ele, falando de um jeito que parecíamos dois estranhos. – Qual é a sua ideia?

Passei as mãos pelos cabelos, puxei ele para dentro do quarto e encostei à porta.

– Achei que seria uma boa ideia a Suzy passar às férias aqui, cuidando do Jack. – Fui bem objetivo. Jungkook me olhou pensativo, enquanto balançava o bebê em seu colo. – Então, assim ele não irá para a casa de nenhuma das avós e não brigamos mais.

– É, parece ser uma ótima ideia. Temos que ver se ela vai querer... – Ele mordiscou os lábios. – Se ela ficar... estaremos de boa?

Não consegui ficar sério por tanto tempo, deixei um sorriso escapar, parecíamos dois adolescentes depois de uma briguinha boba. Jungkook sorriu também. 

– Claro, vamos ficar de boa.

***

Para o alívio de Jungkook, sua irmã aceitou ficar e cuidar do nosso filhote, o que foi ótimo, assim ele não ficaria sob os cuidados de um desconhecido. Embora aparentasse ser mais velha, ela tinha apenas dezessete anos de idade, ou seja, era uma adolescente entrando na fase adulta. Depois que minha querida e amada sogra se foi, recomendo uma lista de mil coisas que Suzy não poderia fazer sob circunstância alguma, como se ela ainda fosse uma criança de cinco anos, demos a nossa palavra de que jamais a deixaríamos ela fazer alguma coisa prejudicial. Claro que não me comprometi tanto assim, já que convivo com adolescentes todos dos dias e eu sei bem como são, duvido que ela não irá aproveitar ao máximo longe dos olhos de sua mãe e isso me deixava receoso. 

Cheguei mais cedo do que eu pensava, mas não reclamei. Pela primeira vez, não houve nenhum problema no colégio, todos os alunos se comportaram e eu pude dar minhas aulas em paz, até pareceu que eu estava falando com as paredes já que o silêncio reinou de uma forma extraordinaria. Jackson estava dormindo tranquilamente, enquanto Suzy dançava no meio da sala, imitando coreografías que se passavam na TV. Achei engraçado vê-la daquele jeito, pois lembrei do tempo em que eu tentava dançar também. Quando ela notou minha presença, parou na hora e ficou vermelha. 

– Desculpe, eu não queria atrapalhar. – falei sem jeito, jogando a pasta na poltrona. 

– Chim Chim. – Murmurou ela, timidamente. – Você... ah...

– Não precisa se explicar. – Sorri. – Aliás, cheguei cedo mas pode continuar o que estava fazendo... eu vou comer alguma... coisa.

Suzy sorriu docemente, ainda corada. Me virei rápidamente e corri para a cozinha. Preparei um pouco de lámen, enquanto eu comia, a observava dançando, mas não era porquê eu queria, simplesmente dava para ver de onde eu estava sentado, só isso. A música eu conhecia, era de uma cantora chinesa, Meng Jia. A letra eu não entendia absolutamente nada, mandarim não era o meu forte, mas pelos movimentos dela, deveria ser algo um pouco apimentado igual Kim Hyuna – mais ou menos isso.

Fechei os olhos para desviar a atenção. O que estava acontecendo comigo? Eu não era assim e isso não estava certo. Respirei fundo várias vezes, pensando somente em Jungkook. Até que funciounou, então peguei o celular e mandei mensagem para ele.

"Quando sair, me encontre naquele restaurante Tailandês que você adora. Vou estar te esperando lá. Te amo. Jimin."

E ele respondeu na mesma hora:

"Amoooor!!! Não vejo a hora. Também te amo. Seu precioso, Jungkook. "

Soltei um riso baixo ao ler "seu precioso". Fiquei alguns segundos sentado pensando nele, até que me lembrei de uma coisa, eu precisava fazer uma reserva, por isso liguei na mesma hora para o restaurante. Por sorte consegui. Soltei um suspiro aliviado e sorri para o nada, como se os fantasmas ao meu redor pudesse parar de me julgar por causa dos meus estranhos pensamentos. Dei uma ajeitada na cozinha antes de ir para o quarto tomar um banho e me arrumar.

Olhei para o relógio, já estava perto de Jungkook sair do hospital, então tratei de ir mais rápido. 

– Suzy, eu... – quando desci as escadas, ela já não estava na sala dançando, a TV estava desligada. – Suzy? – chamei-a procurando pela casa. 

Quando a encontrei, ela estava no quintal pintando as unhas do pé e ouvindo música clássica pelo celular. O jeito que estava sentada na espreguiçadeira me intrigou um pouco, pois sua perna estava completamente exposta, o que me fez cair em pensamentos por alguns segundos. Logo cai na real e ajeitei o colarinho da minha camisa social antes que ela me pegasse no flagra. 

 – Encontrei você. – Falei tentando parecer o mais natural possível, sorrindo. 

Suzy parou o que estava fazendo e olhou para mim, sorrindo. 

– Jack acordou?

– Não. Er... Tem algum problema você sozinha a essa hora? É porquê vou sair com o Jungkook...

– Ah, claro que não. Pode ficar tranquilo. 

– Se for assim... Então... até mais tarde. Qualquer me liga que eu virei o mais rápido possível. 

– Ta bom, superman. – brincou ela, rindo em seguida. Sorri para não deixar a situação sem graça. 

Fiquei mais aliviado quando entrei no carro. Respirei fundo várias vezes antes de dar partida, era estranho o que estava acontecendo comigo, pois de repente meus pensamentos estavam me deixando doido. Eu convivia com várias meninas-adolescentes e com os hormônios a flor da pele e eu ficava normal, bom, um pouco irritadiço porque não era nada fácil, mas aí, aparece uma que eu brincava quando ela era uma criança e vira o meu mundo de cabeça pra baixo. 

Errado. Muito errado isso.

Bati na minha cabeça, decidi não cair nessa tentação que minha própria mente atormentava-me. Liguei o carro e sai, indo em direção ao restaurante Tailandês que o meu esposo adorava.

– Reservas em nome de Park Jimin. – Falei ao me aproximar da recepção. 

– Seja bem vindo, senhor Park. – a mocinha de cabelos longos e castanhos disse, sorrindo educadamente. Ela me levou até a mesa que reservei, era um pouco escondido, mas em compensação tinha um enorme aquário perto da mesa e Jungkook amava observar aqueles peixinhos enquanto comia. Sentei-me na cadeira, sem tirar os olhos daquela moça, ela aprentava ter uns vinte e cinco anos, sua maquiagem era forte e combinava com o seu uniforme de trabalho, era vermelho. – Fiquei à vontade, senhor Park.

Seu sorriso me lembrou de Suzy, mas por ela eu não conseguia sentir o mesma sensação estranha que sentia perto da minha cunhada. Droga! Minha cunhada! Aish...

Ela afastou-se me deixando perdido em pensamentos, olhei para o aquário e decidi pensar em Jungkook, que aliás, estava atrasado. De repente meu celular tocou, era ele, então atendi.

– Alô. Amor? – A voz de Jungkook me acalmou. Relaxei.

– Sim? Sou eu amor.

– Me diz que você ainda não saiu de casa? – Perguntou meio nervoso e nem me esperou responder, continuou. – Não vou poder sair agora, houve uma emergência de última hora e...

– Não se preocupe. – Interrompi. – Está tudo certo. Ainda não sai de casa. – Menti. – Trabalhe duro. Nos vemos em casa. 

– Desculpe-me meu amor. Mas...

– Tudo bem, Jungkook. Vou pedir uma pizza e jantar com a Suzy. Não esquenta.

– Te juro que vou te recompensar. Te amo muito, Jimin.

– Eu também. 

Desliguei. Respirei fundo discretamente, contando até dez. Eu sei que isso acontecia o tempo todo em seu trabalho e não era a primeira vez, mas chega um ponto em que irritar. Toquei a campainha e chamei a garçonete. Fiz dois pedidos, mas para viagem e quando recebi, voltei para casa completamente frustado. Enquanto dirigía de vagar, sentindo raiva e vergonha por fazer duas reservas, e ainda chegar em casa sem ele, o que Suzy iria pensar? E os meus próprios fantasmas? Iriam rie internamente de mim por isso. Respirei fundo, liguei a rádio para me distrair.

– Oh, Sandara? – Perguntei ao vê-la caminhando na calçada cheia de sacolas, pareciam pesadas. Andei com o carro de vagar para acompanhá-la e gritei. – Sandara? 

Ela olhou assustada, quando viu que era eu, relaxou. 

– Jimin. – Sorriu. 

– Entra aqui, eu te levo. – Falei, ela me olhou pensativa, mas logo concordou.

– Muito obrigada, Jimin. – Disse ao fechar a porta e se sentar ao meu lado. – Minhas mãos estão doloridas. 

– De nada. Poderia ter me ligado que eu te acompanhava.

– Que isso. Eu não queria incomodá-lo. 

– Não é incomodo algum, sabe que faço qualquer coisa por você. Você fez algo que ninguém mais faria por aqui. Te devo muito, Dara.

Ela sorriu, timidamente. 

Quando chegamos em sua casa, ajudei-a com as compras. Sua filha de sete anos estava sozinha, no meio da sala fazendo o dever escolar, quando olhei para a garotinha, lembrei de Suzy. Sandara me arrastou até a pequena cozinha, tratou de preparar chá para mim, mas neguei. Convidei-a para jantar comigo, já que eu tinha comida Tailandesa dentro do carro. Ela negou, mas insisti e ela aceitou. 

– Então, onde está seu marido? – Perguntei desconfiado, pois ele sempre estava em casa quando eu aparecia e me convidava sempre para beber alguma coisa com ele, embora eu sentisse que ele não gostava muito de mim, mas sabia que podia se sentir seguro quando eu estava com a sua esposa.

Sandara, ficou sem jeito. Mandou a filha ir para o quarto jantar lá e assistir TV. Sem pensar duas vezes, ela foi.

– Ela foi embora... – Respondeu, parando de comer por alguns instantes. 

– Se... se não quiser contar, tudo bem... eu...

– Sei que posso confiar em você. – Sorriu. Seus olhos se encheram de lágrimas. – Ele nos deixou, mas disse que irá voltar e tirar minha filha de mim... e eu não sei o que faço. Nossa relação já não estava nada bem, nos não se amávamos mais, mas querer tirar minha filha de mim... É um absurdo. – ela começou a desabafar, apenas a escutei – Ela não faz nada da vida e disse que vai provar para o juiz que eu não sou capaz...

Fiquei sem saber como reagir, já que ela estava chorando. Então, Levantei-me de onde estava e fui até ela, abracei-a.

– Não se preocupe, Dara. Estou aqui e vou te ajudar. – Beijei sua testa.

Dara limpou o rosto. Terminamos de jantar e depois a ajudei arrumar a cozinha. Ficamos um tempo conversando sobre coisas aleatórias. Sandara era uma mulher com cinco anos mais nova do que eu, embora já tivesse tido dois filhos, um meu, é claro. Seu corpo era perfeito, em comparação a outras mulheres que são mães, pelo que pude ver através do vestido amarelo florido. Sua cintura era fina e tudo pareceu muito bem em seu lugar, sem deixar de lado o seu sorriso. Foi divertido, fazia um tempo em que eu não fazia isso, mas quando deu umas meia noite, decidi ir para casa.

Entrei no carro me sentindo bem, mas não muito bem. Dei algumas voltas pelas ruas, sem vontade de ir para casa, passei em uma loja de conveniência e comprei algumas bebidas, já que as minhas estavam acabando. Continuei dando voltas, até o ter que ficar parado no semáforo vermelho, olhei para os lados tentando reconhecer aonde eu estava, quando avistei de longe em um barzinho, Jungkook. 

Jungkook? Franzi o cenho tentando enxergar direito. Parecia ser ele. Peguei o celular e liguei. O mesmo homem que parecia ser ele, correu para fora e atendeu o celular.

– Oi, amor. – sua voz saiu tremida.

– Jungkook, como esta ai no trabalho? – fechei a cara, o observando de longe.

– Desculpe-me, mas esta uma correria... preciso voltar.

– Claro. Faça isso. 

Antes dele desligar, ouvi alguém o chamando de Cookie. Me irritei na hora, abri uma das garrafas de soju e comecei a beber, sem me importar com nada. Quando cheguei em casa, abri mais outra garrafa, fiquei no quintal, olhando para a piscina enquanto bebi com mais raiva ainda. Ascendi um cigarro para tentar ficar calmo mas não adiantou nada. 

– Jungkook. – murmurei. – Você me paga. 

– Ai, meu zeus. – A voz de Suzy interrompeu meus pensamentos. – Você já chegou... nossa... que susto.

Suzy riu. Não comentei nada, apenas fiquei olhando-a. Ela se espreguiçou, se eu fosse ela, evitaria usar aquele biquíni, mas como não sou, só olhei. Rápidamente se jogou na piscina e ficou por lá um bom tempo.

– Aconteceu alguma coisa, Chim?

Neguei. Acendi mais um cigarro e bebi mais umas doses de soju, Jungkook estava me deixando irritadiço. 

– Você está tão sério. – Ela fez um bico. Se aproximou um pouco, sem sair da piscina. – Por que não entra aqui e relaxa.

– Não. Melhor não. – Apaguei o cigarro e entrei dentro de casa. Me joguei no sofá, infelizmente não consegui parar de pensar nela. – Droga! Droga!

– Jimin?

Suzy apareceu. Estava enrolada na toalha me encarando confusa, sem pensar direito, Levantei-me do sofá e me aproximei dela. Toquei em seu rosto molhado com as duas mãos, quando percebi, nossos lábios estavam colados. Suzy ficou sem reação alguma, pedi desculpas pelo inconveniente, mas quando dei as costas, senti sua mão tocar em meu braço. Nos entreolhamos rápidamente antes de tudo acontecer outra vez.



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