Por mais que Donghyuck jurasse de pés juntos, Minhyung não acreditava de forma alguma quando ele dizia que o amava. O mais velho já havia passado por aquela fase de adolescente, já sabia que para Donghyuck, ele era nada mais, nada menos que uns amassos trocados nos fundos do prédio da escola. Tinha dezessete anos, fugia de responsabilidades como o diabo fugia da cruz.
As declarações vinham naqueles momentos a sós que tinham, quando conseguiam fugir da cola dos amigos no almoço ou quando fugiam da sala de aula. Entre uma mordida e outra, o mais novo deixava um “eu amo você” escapar; embora Minhyung simplesmente fingisse não escutar. Conhecia a laia de Donghyuck. Era um fuckboy típico que nascera para atazanar a vida do pobre canadense, que nascera para lhe tirar toda a razão que levou dezoito anos para construir.
Era só aquilo, na verdade. Eram só os encontros escondidos ou as noites que o coreano entrava escondido na janela do quarto do mais velho, talvez pela saudade dos lábios alheios ou então só a vontade de conversar estupidamente sobre o nada.
“Você é especial, hyung.”. O Lee mais velho desacreditava, fingia não ouvir ou lançava como resposta um olhar desaprovador. “Não torne isso difícil, Donghyuck-ah.”. Eram. Só. Amassos. Ou pelo menos ele tentava se convencer de que eram.
Mas Minhyung amava Donghyuck, de verdade. Deixou-se levar por aquele rosto bonito e aquele jeito de fazer biquinho quando falava, o sorriso que, da forma mais clichê e melada o possível, dava inveja nas estrelas do céu. Assumia, enfim: não eram só amassos, não para ele. Queria que fosse mais, mas aprendeu que não se podia confiar em meninos da idade de Donghyuck. Não se podia procurar o amor aonde ele não existia.
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