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História Brands - Sook


Escrita por: Aninhaszz

Notas do Autor


FELIZ NATAL SEUS CAPOPPE <3
Trouxe um cap novinho em comemoração~~
Espero que gostem <3

Capítulo 5 - Sook


- É melhor irmos, as aulas já vão começar. - Jackson nos alertou e nós assentimos.

- Desculpe Mark, eu fiquei meio… Irritada. Espero que não tenha te assustado. - Mordi a bochecha.

- Não, tudo bem. - Ele falou. - É a realidade de muitas aqui.

- Não vamos ficar estranhos um com o outro por causa disso, né? - Perguntei.

- Você é mesmo a Jennie que eu conheci? - Ele brincou. - Claro que não! Agora vamos.

- Certo. - Assenti.

Chegamos até uma sala, e nos sentamos nos últimos lugares vagos – que por sinal, nos distanciavam bastante. E eu estava, novamente, no lado da janela. É, tem coisas que nunca mudam.

A professora entrou na sala com alguns livros e logo os colocou em cima da mesa.

- Bom dia turma. - Tossiu. - Ok, não irei mentir para vocês, é um saco ter que acordar cedo.

Já gostei dela.

- Continuando, hoje irei passar um “trabalho”. Como todos já passaram em artes, não irei cobrar algo de nota ou alguma coisa assim. Quero somente que vocês tirem fotos de vocês e seus amigos, guardem memórias, porque vocês também são arte. Tudo é. - Ela fez uma pausa. - Claro que não é obrigatório, mas vocês irão me agradecer muito quando se tornarem adultos, acreditem em mim. As memórias nos mantém vivos.

Meu peito começou a doer e as lágrimas começaram a sair. Eu sinto tanto a falta deles. Mais do que as palavras poderiam dizer, mais do que as palavras jamais poderão dizer. Eles eram como a minha família. Principalmente ele, que já era praticamente da família.

As vozes naquela sala já não tinham mais significado, eu não entendia mais nada. Só via o borrão em meus olhos. Eu estava chorando.

De repente, tudo para. Todas as vozes se vão e um segundo de silêncio prevalece, até que escuto uma voz:

- É Jennie, certo? - Limpei os olhos e vi a professora.

- Sim. - Forcei a voz para não sair uma voz de choro e limpei as lágrimas, porém meu rosto vermelho me denunciava.

- Preciso falar com você. - me ajeitei na cadeira. - Primeiro: Sobre suas notas, sua outra escola havia uma média muito maior do que aqui, e com a transferência de histórico e tudo, você não precisa se preocupar com isso, acabou tendo a sorte grande de já ter zerado o boletim, todas as suas notas já são completas, ao máximo. Então, parabéns! - Ela fez uma pausa. - E segundo: Está tudo bem?

- Não gosto dessa pergunta. - funguei.

- Por que?

- Porque é vazia. É retórica, não faz diferença se eu disser sim ou não. - Levantei e peguei minha mochila. - Culpe o nosso amado piloto automático.

Quando estava prestes a sair pela porta a professora disse:

- Eu concordo com você. - suspirou. - As pessoas andam vazias e menos sentimentais cada vez mais, mas ainda há gente que se importa. Eu sei pelo o que você está passando, sua omma me contou quando fez a matrícula aqui, sem contar que está praticamente estampado na sua testa. - ela fez um pausa. - Ontem encontrei um amigo que eu não via há anos. Um amigo daqueles que a gente conhece quando é criança e, com o tempo, inevitavelmente, acaba se afastando, sem motivos. O engraçado é que quando o vi, dei um abraço nele e senti como se ainda fôssemos tão próximos quanto antes. Acho que amizade é isso… Não importa quanto tempo passe ou o quão distante estamos, quando nos encontrarmos, o sentimento será sempre o mesmo.

- Obrigado mesmo, por tentar, sabe? Não quero ser grosseira nem nada, mas… Por que se importa?

- Por que isso faz com que eu me sinta bem. - Ela deu de ombros, sorrindo. - Vou perguntar de novo: Você está bem?

Me arrastei até meu lugar novamente e coloquei a mochila no chão.

- Tá. Quer a verdade? Eu não estou bem faz tempo. Não parece real. Nunca imaginei que tudo que está acontecendo ia acontecer, eu pareço estar trancada numa maldita novela depressiva metida a adolescente. Mudei de casa, de cidade, deixei meus amigos e meu namorado em Seoul, vim para um lugar com um sinal horrível que eu não consigo manter contato, as passagens de ônibus são muito caras e meus avós estão doentes. Tudo parece estar desmoronando lentamente. Eu só… Queria que nada disso tivesse acontecido. Só de pensar em tudo que está acontecendo me dá vontade de chorar.

- Você não pode se apegar ao passado por que não importa o quão forte você o segure, ele já foi. A vida é assim, um dia ruim, outro pior ainda, outro ainda pior, mas ai um dia as coisas melhoram. Espere por dias melhores, Jennie, ou faça eles se tornarem melhores. Você parece forte… - A cortei.

- Se eu sou forte, por que choro tanto?

- As pessoas choram não porque são fracas, mas porque elas são fortes por muito tempo. - dei um pequeno sorriso. - Além de professora de artes, sou psicóloga, se quiser desabafar ou qualquer coisa do tipo, eu estou aqui, é só me procurar pelos corredores.

- Obrigado, mesmo. - Sorri verdadeiramente. - Nossa, me desculpe, qual seu nome?

- Professora Kim Sook para você. - Ela brincou. - Brincadeira, me chame só de Sook.

- Obrigado Sook.

- De nada Jennie. - ela pegou seus materias. - Agora eu preciso ir, é intervalo.

Todas aquelas palavras rodeavam na minha cabeça de uma maneira inexplicável. Foi como um relâmpago dando um choque em minha cabeça perturbada.

Eu acho que havia chorado demais. Já era hora do intervalo. Três aulas se passaram… A Sook tem razão. Eu não posso me apegar ao passado por que não importa o quão forte eu o segure, ele já foi. Tudo já foi, por água abaixo. Mesmo que toda essa falta me doa, eu vou ter que aprender a viver com isso.

 


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim!
Não sejam leitores fantasmas, gosto de interagir com vocês!
Feliz Natal *de novo* que vocês recebam seu utts e bias enrolados num pacotinho :3
Vejo vocês na próxima att~~


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