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História Brave Heart - Tábua 1: O Mau Pastor


Escrita por: JessicaJHana e Rosetta01

Notas do Autor


Olá Sasusakus 💛

Mais um capítulo quentinho para vocês. Agradecemos a todos pelos comentários e favoritos.

Nas notas finais teremos um glossário das palavras marcadas durante o decorrer do capítulo.


Enjoy it!


Boa leitura. 💛

Capítulo 2 - Tábua 1: O Mau Pastor


 

 “Utu, Personificação do Sol, Esposo devoto de Aya, Senhora da Luz, Salve! Salve o Irmão de Inanna, Grande Deusa do Amor e da Guerra, aquele que mais uma vez surge nos Umbrais do Horizonte para iniciar sua caminhada pelo céu e encher de luz e vida as terras do Crescente Fértil.

Que tua bênção dourada recaia sobre a criação e traga prosperidade e justiça a todo o povo de Uruk. Que teus raios iluminem a mente e tragam de volta a sanidade ao Rei Pastor Itachi, que massacra vossos filhos e filhas em prol de seus próprios caprichos!”


 

As gigantescas muralhas de Uruk erguiam-se imponentes em meio ao mar de areia. Por seus pesados portões abertos espremiam-se milhares de pessoas. Viajantes, camponeses, nobres e prostitutas se misturavam em um verdadeiro formigueiro humano somente por um propósito: Saudar a passagem do Rei.

No entanto, ao contrário do que se pode pensar, esse povo não estava feliz em ver seu governante, muito pelo contrário. Eles o odiavam, pois em vez de ter um rei pastor, um grande líder, como havia sido profetizado no dia de seu nascimento, tudo o que tinham era um tirano que se valia de ser um terço divino, por ser filho de uma Deusa, para oprimir, pisar e massacrar aqueles que deveria proteger.

— Kakashi, Utu-abzu¹! – chamou o rei, fazendo com que o sábio, um de seus sete conselheiros sagrados se aproximasse de cabeça baixa. — Tu vês aquela moça que vai ali? – o homem de cabelos prateados assentiu ao vê-lo apontar para a moça morena, de olhos claros e curvas equilibradas; Hyuuga Hanabi era seu nome. Ela era irmã de Hinata, sacerdotisa de Inanna, e havia acabado de cumprir seu período no templo. — Traga-a para mim, quero me deliciar com ela mais tarde, pois todas as belas mulheres no interior destas muralhas pertencem a mim e delas é o dever de satisfazer meus desejos mais profundos.

— Mas meu Senhor, Hanabi é noiva e… – Kakashi tentou argumentar, no entanto suas palavras ficaram pelo ar ao sentir a pesada bofetada em sua face.

O assustador olhar escarlate de Itachi agora o fitava alguns centímetros acima do seu e o rei tinha um sorriso diabólico nos lábios.

— Será que precisarei lembrar-te de quem é Lugal-Dimmer-Ankía², seu estúpido insolente. Por acaso tu desejas ter o mesmo destino de Jiraya e Kabuto? – rosnou o rei, segurando com brutalidade o rosto do sábio em sua mão enorme, e o virando bruscamente em direção ao topo da muralha, onde jaziam os corpos de seus dois antecessores.

O Utu-abzu de cabelos de prata tremeu e engoliu em seco, atirando-se aos pés de seu senhor.

— Meu Lugal, sete e mais sete vezes curvo-me perante teu nobre nome! Jamais foi minha intensão irritar vossa majestade, no entanto, preciso informar-te que hoje é o primeiro dia da primavera. Hoje à noite tu deverás deitar-te com Sakura, a Grande Sacerdotisa de Inanna, para a cópula ritual. Vós deveis garantir a fertilidade da terra no próximo ano, meu senhor. Precisas estar bem-disposto!

Itachi, o terrível, sorriu torto e lambeu os lábios, pois unicamente dele era a honra de se deitar com a Grande Sacerdotisa durante esta data tão importante.

Delícia sobre delícia!

— Tens razão, Kakashi… Em muito agrada vosso soberano com esta venturosa notícia. Estás perdoado por tua insolência. – disse o rei, fazendo sinal para que seu auriga tocasse a carruagem de guerra onde estava na direção do glorioso palácio real.

O prateado apenas suspirou aliviado, ao se lembrar de que aos oito anos de idade, o então jovem príncipe Itachi já havia mandado executar mais servos do que seu pai e avô juntos. Ele secou o suor frio que lhe escorria pela testa e agradeceu silenciosamente por estar vivo enquanto observava a carruagem real desaparecer numa esquina qualquer.

Uau! Essa foi por pouco!

Já no grande Zigourate³ de Inanna, também chamado Eanna, a preparação para a grande cerimônia de fertilidade estava a todo vapor. O perfume de incenso e água de rosas preenchia o ar, sacerdotisas cantavam mantras baixinho, enquanto preparavam o leito sagrado para o casamento ritual.

Todo o templo de Eanna era iluminado por candeeiros a azeite, cuja luz cálida e bruxuleante somente realçava a beleza das enormes colunas de pedra recobertas de mosaicos coloridos e de baixo-relevo, que os melhores artesões do mundo haviam dado suas vidas para esculpir. Em algum lugar no interior daquele belíssimo santuário, a Grande Sacerdotisa Haruno Sakura se preparava para a noite.

A filha mais querida da Deusa do Amor e da Guerra era dona de uma beleza quase irreal, capaz de levar os homens à loucura e à guerra em troca de apenas um momento de sua atenção. Seus cabelos longos e em tom rosado caíam como cascata ao redor da cintura bem-talhada, os olhos emoldurados por grandes cílios negros, eram verdes, como as águas doces do grande rio Eufrates.

Seus lábios tenros e carnudos eram mais doces do que as tâmaras selvagens que brotavam no deserto, enquanto a pele, branca e leitosa era mais macia do que o toque da mais suave pluma de ave exótica, e a voz era mais inebriante e encantadora do que o chamado sedutor da sereia mais bela.

A jovem estava sentada junto à janela, enquanto servas penteavam seus cabelos e prendiam a eles a delicada tiara de ouro. Outra serva massageava seus pés pequenos com essência de jasmim e sálvia, quando um eunuco entrou ao aposento.

— Que as bênçãos de Inanna recaiam sobre minha senhora. Sete vezes, sete vezes eu me curvo ante teu sagrado nome, Grande Escolhida da Deusa! – diz o homem, ajoelhando-se ante a sacerdotisa. — Trago-te flores enviadas pelo soberano, com votos de saúde e seus cumprimentos.

A jovem Grande Sacerdotisa, que pela primeira vez realizaria o rito com o rei, apenas se levantou e veio até o eunuco ajoelhado.

— Levanta-te, meu caro. – disse ela. — Devolvas esses presentes para o Lugal, pois bem sei que aceitar tais ofertas do soberano somente trará infortúnio para o templo.

Os olhos do sacerdote se arregalaram sensivelmente.

— Mas, minha senhora…

— Eunuco Lee! – a voz magistral fez com que até mesmo Sakura se prostrasse diante da figura que entrou ao cômodo. Tsunade, a Ex-Grande Sacerdotisa, aquela que iniciou a mulher rosada nos Caminhos da Deusa. — Digas ao rei que Inanna sorri diante se sua generosa oferta, envies a ele nossos cumprimentos e nossos votos de que a graça da Senhora da Lua lhe traga saúde e prosperidade. – disse ela.

— Sim, senhora. – disse o eunuco, se retirando do aposento.

A mulher de cabelos dourados se virou para a antiga discípula.

— Salve Grande Preceptora, Amada de Inanna! Que a Deusa sorria sempre para vós, amada mestra… – disse a rosada, ainda prostrada aos pés de Tsunade.

Tsunade se aproxima da discípula e a segura pelos ombros, fazendo com que fique de pé.

— Levante-se, Sakura! Tu és agora a voz de Inanna entre os mortais. Sou eu quem deve agora beijar teus pés. – diz ela, sorrindo maternalmente.

Sakura cora levemente, entretanto, em seguida, Tsunade lhe lança um olhar inquiridor.

— Agora diga-me, Sakura, porque mandavas devolver os presentes que o Rei lhe enviou?

— Minha senhora, recusei os presentes do rei, pois bem sei que sua amabilidade é falsa. Sei como essas belas e raras flores e joias foram compradas com o sangue de nosso povo sofrido. Não entendo como os Deuses permitem que tão mal pastor conduza Uruk, minha senhora.

Tsunade apenas se senta sobre o parapeito da janela e fita as enormes e imponentes muralhas que se erguem ao longe; ela faz menção para que Sakura se sente a seu lado.

— Tenha paciência com o Lugal, minha querida. Apesar de não caber a nós questionar as ações do soberano, curvo-me ante seu nome, sempre podemos ter a esperança de conseguir, pela Graça de Inanna, mudar seu pensamento. Siga o chamado de Inanna em teu coração minha querida, e deixe que Ela, a Amada e Amante guie vossas ações, pois essa noite tu não serás mais Haruno Sakura, a Sacerdotisa. Hoje à noite tu serás a encarnação da Deusa, e Itachi será a divina encarnação de Duzumi, teu consorte. Aproveita, tenta, com tuas qualidades, adocicar o coração e a mente do Rei.

Sakura suspira profundamente, os olhos esmeraldinos perdidos no horizonte.

— Tens razão, senhora. Mas devo confessar, me deitarei com Itachi esta noite, não por ele, mas sim pelo amor que tenho à Deusa, ao povo e ao chamado em meu coração. Darei o meu melhor para trazer a sanidade novamente ao nosso soberano.

Tsunade sorri largo e abraça a jovem Grande Sacerdotisa.

— Tu és uma filha querida de Inanna, sei que a Deusa tem grandes planos para ti, por isso, não temas.



 

Algumas horas depois…



 

Finalmente era chegada a hora do casamento sagrado. Sakura, ainda em seus aposentos, fazia as últimas preces, enquanto suas leais amigas terminavam de prepará-la para o ritual.

Hinata, que desenhara com henna em suas mãos e braços os intrincados padrões dos símbolos sagrados de Inanna, agora escovava seus cabelos, enquanto cantarolava um de seus hinos preferidos.

— És tão sortuda, querida amiga… – disse a morena, abotoando o fecho do magnífico colar de lápis lazúli e ouro que o rei havia enviado ao templo como presente, especialmente para que Sakura usasse essa noite. — Ai de mim! Jamais serei digna de partilhar do leito de nosso poderoso Lugal. Também, sendo tão desajeitada como sou, jamais ele haveria de me querer se não fosse sacerdotisa.

Sakura sorriu triste.

— Não creio que o que acontecerá entre Itachi e eu, terá alguma base verdadeira de sentimento. Devo confessar caríssima amiga, que temo não ser capaz de oficiar tal rito sabendo que o homem que terei ao meu lado não passa de um assassino sanguinário.

Neste momento, uma terceira jovem adentra ao aposento, saída da sala de banhos. A belíssima loira tem três ou quatro potinhos de barro finamente decorados em suas mãos e Ino era seu nome.

— Que Inanna Suprema não a escute dizer tais infâmias, Sakura testuda. Quantas vezes Tsunade terá de lembrar-te que vós não serás meros mortais esta noite? Acalma teu coração, tu te deitarás com um Deus, não com um rei. – disse ela, delineando com khol os olhos de sua amiga, realçando ainda mais a beleza extraordinária da rosada. — Grande Deusa! Tu estás magnífica, Sakura! Tenho certeza que até mesmo amolecerás o coração do rei com tamanho encanto!

A jovem Grande Sacerdotisa apenas suspira quando outra jovem adentra ao aposento, desta vez trazendo uma belíssima veste de linho transparente.

— Por acaso vós pedistes uma túnica? – indaga a morena, cujo cabelo estava preso em dois coques simétricos no alto da cabeça, em tom brincalhão.

Sakura sorri e despe, em um movimento suave, o roupão rebordado de algodão grosso que vestia até aquele momento. Sua pele reluz levemente contra a luz dos candeeiros e da lua cheia já alta no céu, todo o seu corpo fora maravilhosamente massageado, alongado e perfumado com óleo, o que a deixava ainda mais convidativa e sensual.

— Oh, Tenten! Onde conseguistes tão belo e delicado tecido? Deve ter sido caríssimo! – indaga a rosada, quando Tenten lhe veste a roupa, que seria completamente aberta na lateral se não fosse por um par de laços na altura da cintura, que mantinham a parte frontal e traseira do vestido juntas.

As três moças sorriem juntas.

— Este é nosso presente para ti, Sakura. Estamos tão felizes por teu sucesso! Parabéns! – diz Hinata, para em seguida lançar um olhar cúmplice para as outras duas.— Chegamos realmente a pensar que não chegaria a tempo do Egito para que tu pudesses vesti-lo hoje. Devo confessar que foi um alívio quando Tenten o trouxe agora há pouco.

Neste exato momento a figura imponente de Tsunade aparece junto à porta.

— Está na hora, minha querida!

Sakura assente e se despede das amigas com um abraço apertado.

— Por todas vós, por ti, Senhora Tsunade e pelo povo de Uruk, darei o meu melhor! – diz e sai a passos largos e decididos rumo ao salão principal, onde o rei, agora transfigurado em Duzumi a aguardava.

Poderosa Deusa, Grande Mãe, que eu possa cumprir tua vontade!

Ao chegar no salão iluminado pela luz tênue dos candeeiros, Sakura lançou um olhar ao seu redor e viu estarem presentes as figuras mais importantes do reino e da alta sociedade. Ela respirou profundamente e caminhou regiamente até Itachi, que agora era a encarnação de Duzumi, o Grande Deus Civilizador, Consorte da Sagrada Inana.

Itachi, por outro lado, a analisava cuidadosamente dos pés à cabeça e seu olhar ferino percorria cada curva perfeita por baixo do fino e transparente vestido de linho. Naquele instante, sentiu-se o monarca mais sortudo de todo o mundo, por poder ser o único a poder se deliciar nas curvas daquela Grande Sacerdotisa.

A medida que a rosada se aproximava do altar onde seria realizada a cerimônia, o Alto Sacerdote Guy proferia um poema em forma de invocação, um pedido aos Deuses por prosperidade nas colheitas e fertilidade nas colheitas vindouras.

 

“Nos jardins, que as alfaces e agriões cresçam alto,

No palácio, que haja longa vida.

Que haja cheia no Tigre e Eufrates,

Que as plantas cresçam altas nas suas margens e encham os campos,

Que a Senhora da Vegetação empilhe grãos em montes e montanhas.”

 

Ao mesmo tempo em que se sentia ansiosa, Sakura sentia-se muito orgulhosa, por enfim, estar realizando o seu maior sonho; chegar a Grande Sacerdotisa e encarnar a Deusa em seu ritual mundano mais importante: O Casamento Sagrado. Embora ter que fazer amor com o rei perante todos fizesse apenas parte daquele protocolo, experiente como era nos caminhos da Deusa, ela jamais levaria tal prática para o lado sentimental.

A Grande Sacerdotisa subiu uma escadaria de poucos degraus até estar em frente ao Soberano, que vestia apenas um manto branco preso à cintura. A garota respirou profundamente, sentia-se mais nervosa ainda naquele instante, e para tentar manter a calma, segurou disfarçadamente a lateral do vestido com as mãos. Seu olhar não mais vacilava, pois ela estava focada em não demonstrar seu nervosismo ao poderoso e cruel monarca à sua frente.

Engoliu em seco! Viu o corpo escultural de Itachi e confirmou os boatos que rodavam pelo reino. O rei era de fato o mais belo de todos! Seu abdome perfeito, sem um traço de gordura, os braços fortes e rígidos, as pernas torneadas e grossas… Não havia humano capaz de enfrentá-lo, ele era muito mais do que um mero mortal, era um Deus, e naquele instante era a personificação de Duzumi, Consorte de Inana, SEU consorte, e ela era a Grande Deusa do amor, da atração sexual e da guerra. Nenhum mortal chegava aos seus pés.

Analisou rapidamente o lugar onde estava e se viu já dentro do leito sagrado, onde uma enorme cama os aguardava para o deleite. Ao redor daquele ninho, havia um manto transparente, que logo foi fechado por alguns escravos, deixando apenas os dois ali, um de frente para o outro. Do lado de fora estavam os convidados e em um andar mais acima, em um altar secundário, estavam o Alto Sacerdote, seus seguidores, suas amigas e sua mestra.

Guy prosseguiu com as orações, e todos os convidados o seguiam proferindo as palavras sagradas. Sakura e Itachi apenas se observavam, analisando as feições um do outro. O rei lhe lançava um olhar malicioso, intimidador, no entanto, a rosada não se deixava vacilar, o encarando profundamente.

Após os ritos iniciais, seguiu-se o ritual. A próxima fase seria a libação, em que Sakura e Itachi, fariam o sacrifício das oferendas, derramando arroz e vinho sobre o fogo sagrado, para pedir prosperidade aos Deuses.

Ambos caminharam lado a lado até estarem de frente para a pira sagrada, onde as chamas dançavam ávidas para receber a oferenda. Em seguida, cada um recebeu uma taça de vinho de um escravo que estava com a cabeça baixa em reverência. O vinho foi derramado em honra a Duzumi e Inana e todos os Anunnaki, e logo que derramaram o líquido sobre o fogo extinguindo as chamas, o ritual da libação foi finalizado.

O ato final e a apoteose daquela noite seriam no leito. Sakura corou levemente quando o sacerdote pronunciou o início do Casamento Sagrado. Itachi sorriu satisfeito e já que estava de saco cheio de toda aquela idiotice em sua concepção, queria logo aproveitar essa parte do protocolo. E ele, com certeza, aproveitaria. Oh, sim!

Itachi estendeu a mão para a rosada que logo a segurou, ele estava quente, pois o toque suave e tentador daquela pele imaculada o deixara louco.

Caminharam de volta ao leito sagrado e Itachi a deixou de pé, em frente à grande cama enquanto dava voltas ao seu redor, analisando-a. Os deuses estavam presentes naquele instante. Sakura inspirou profundamente, sentindo o chamado dentro de si se aflorar, enquanto Itachi sentia-se mais poderoso do que nunca. Queria tomar aquela mulher e a tomaria agora mesmo.

Sakura tomou a iniciativa e desfez os laços laterais do vestido, fazendo com que caísse de seus ombros e permitindo que o tecido suave escorresse livremente por seu corpo até os pés, revelando a sua nudez. A Grande Sacerdotisa não se atreveu a tentar cobrir o corpo, ela sabia que aquilo fazia parte do ritual, conhecia de cór cada passo, e jamais se permitiria falhar agora.

Itachi aproximou o seu corpo do da mulher a sua frente e inspirou o seu perfume e se embriagando com o seu cheiro, um doce e perfeito aroma de rosas e sândalo.

De fato combina com sua pele. – Pensou.

Empurrou levemente o corpo feminino, fazendo-o cair sobre os macios lençóis. Sakura se ajeitou sobre a cama, permanecendo atenta a cada movimento do seu rei.

Itachi, já muito excitado com a visão, retirou o manto de sua cintura revelando todo o seu corpo bem esculpido por guerras, treinamentos e exercícios.

Um verdadeiro Deus. – Sakura pensou.

Itachi subiu em cima de seu corpo delicado, e naquele instante, ela se deu conta de ter prendido a respiração pelo nervosismo.

Grande Senhora, dai-me forças para cumprir a tua vontade. Rogou, em uma prece silenciosa enquanto o moreno tocava suas curvas com um pouco de força, fazendo-a morder sua língua para não suspirar de prazer.

O Uchiha, já cego de prazer, desceu seus lábios pela pele feminina até chegar em seus seios, os mordiscava e o acariciava com as mãos, fazendo a rosada fechar os olhos e apertar os lençóis discretamente, pois inúmeras eram sensações sentia naquele instante. Ele sorriu, vangloriando-se do poder que exercia e por ter o mérito e a exclusividade de se deliciar naquele corpo maravilhoso.

E sem cerimônia, Itachi desceu os seus lábios até a intimidade de Sakura que gemeu ao sentir a língua ávida do rei a tocar. O rei Deus, experiente como era, sentiu quando a mesma estava em seu limite e pode saborear o sabor quando ouviu-a gemer e tremer abaixo de si.

O moreno sorriu de lado e sem esperar a Grande Sacerdotisa se recuperar, a penetrou fazendo-a dar um gemido alto. Ele se movimentava rapidamente dentro dela, enquanto Sakura, veterana nas artes de Inana, ergueu uma perna dando-lhe mais acesso em seu corpo e permitindo que ele fosse mais fundo, arqueando levemente as costas.

Sakura afundou as suas unhas no ombro masculino e gemeu mais uma vez, chegando a mais um orgasmo. Logo Itachi chegou ao ápice também, derramando o seu leite dentro dela e selando o Casamento entre Duzumi e Inana, semeando a terra para as colheitas no verão.

Nesse momento, o ritual havia chegado ao fim e todos se retiravam silenciosamente do salão. O rei, no entanto, esperou que todos tivessem saído para então puxá-la mais uma vez e se deliciar mais em seu corpo. Agora longe dos olhos de qualquer um.

 

 

A Montanha Duku era sagrada, pois nela estava contida a Ubshu-Ukkinna⁴, a sala da assembleia, onde os deuses das alturas se reúnem para discutir do destino de todos os mortais.

Enlil, Senhor do Ar, Filho de Anu, Senhor do Céu e Líder dos Deuses Anunnaki, está de pé no púlpito de mármore branca e ouro no centro da grande sala. Sobre seus ombros repousa o manto da realeza e sobre sua cabeça está a tiara cônica, que o declara Senhor de Todos os Céus.

O Grande Deus está irritado e tentando em vão conter a discussão acalorada entre Ninsum e Enki, que brigam por causa da má conduta de Itachi, filho de Ninsum, o mortal que ultimamente tem lhe dado mais dores de cabeça do que o Senhor do Ar gostaria de admitir.

— Quietos! – ele urra, perdendo finalmente a compostura e fazendo com que nuvens escuras e trovões furiosos cortassem o céu. — Vamos agora discutir…

“Grandes Deuses, Senhores e Governantes Supremos do Firmamento, ouçam nosso clamor! Que pecados e faltas teus filhos terão cometido para que nos punissem com tanta ferocidade ao enviar um rei pastor tão cruel para nos guiar? Que o rito do Casamento Sagrado possa aplacar vossa ira!”

A oração do camponês ecoa no salão da assembleia, fazendo com que a confusão se cessasse e Enlil massageasse as têmporas mais uma vez, o Deus suspira e ajeita o manto sobre os ombros.

— Estão vendo? – exclamou Enlil. — Itachi cada vez me irrita mais! Precisamos nos livrar desta besta insolente!

“Grande Senhora, dai-me forças para cumprir a tua vontade.” Agora é a voz de Sakura que preenche o ambiente, enquanto Inana, Duzumi e os Anunnaki se voltam em silêncio para assistir ao rito no templo de Eanna, Inana observa sua filha mais amada, enquanto ela cambaleia para fora do leito sagrado e seca discretamente as lágrimas que insistem em lhe cair pelo rosto.

— Concordo com Enlil. – a Deusa do Amor e da Guerra diz, tomando a palavra e se posicionando no centro do Grande Salão. — Morte à Itachi!

E o coro divino ulula em resposta “Morte! Morte! Morte!”

Enlil, Senhor do Ar, lança um olhar para Shamash, Deus do Sol, que faz brotar a partir de si mesmo, o espectro de um arqueiro ígneo, em cujas mãos a uma flecha de duas pontas (uma votada para o homem e outra ao Deus), única arma que pode matar Divindades e Semi Deuses, como Itachi.

— Vai, meu servo! Dispare sua flecha e extermine esse mau pastor. – diz o Deus Solar.

No entanto, no último instante, uma massa de cabelos negros se atira em frente ao arqueiro, fazendo com que a flecha não acerte o rei, mas sim a base da montanha Duku, explodindo na forma de um raio fenomenal.

— Quem ousa… – a fala de Enlil, Deus do Ar, é interrompida pelo pranto de Ninsum, Deusa mãe de Itachi.

— Se você quer matar meu filho, terá que me matar também! Itachi é uma criança, ele não sabe o que faz! Deem-lhe mais uma chance.

O Deus do Ar inspira profundamente, e para evitar a morte desnecessária de um imortal e o derramamento de sangue celestial, cede ao pedido de Ninsum, dando à Itachi o prazo de um mês para se redimir.

Com a reunião terminada, Ninsum vai até Aruru, Deusa da Terra, criadora dos animais e das plantas, que apenas lhe olha preocupada.

— Como fará, Ninsum? Como evitará a morte de seu filho? – indaga a imortal da terra.

Ninsum sorri torto.

— Darei à Itachi um irmão, alguém capaz de enfrentá-lo sem ódio, o único que poderá fazê-lo voltar à sanidade.

Aruru sorri largo e faz um gesto amplo para o monte de barro vermelho a seus pés.

— Então veio ao lugar certo, minha amiga.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Sasusaku 💛

Glossário:
¹ Utu-abzu = Nome de um dos sete sábios, aqui usado como um título.
² Lugal-Dimmer-Ankía = Rei divino do céu e da terra. Título sumério para o rei.
³ Zigourate = Nome que se dava aos templos e palácios da antiga mesopotâmia.
⁴ Ubshu-Ukkinna = Sala da assembléia, onde os Deuses se reúnem para discutir o futuro da humanidade.


Apesar do capítulo volto a dizer que a fanfic é Sasusaku.

Voltamos em breve com atualização.


Até a próxima... Kisses da Julie'H ಌ


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