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História Brazilian Girl - A love Story - Capítulo 1


Escrita por: EddyhMary

Notas do Autor


boaaaa leitura dlçs

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Brazilian Girl - A love Story - Capítulo 1


O inverno havia chegado para mim. Todos os sentimentos estavam congelados dentro de meu corpo, eu não sabia mais o que pensar sobre o meu futuro. Aos poucos, decidi então apenas não pensar, mas não conseguia negar nem mesmo à mim mesma que assistir pessoas carregando seus sorrisos — muitas vezes, não tão sinceros, — era perturbador.

Sim, eu poderia muito bem vestir meu rosto com um sorriso agradável e dizer "sim, estou bem, obrigada" e apenas seguir minha vida. Com uma mala na mão e outras à dois passos de mim, mordi a carne da parte inferior de meus lábios, gentilmente, observei as paredes em tons de púrpura e os quadros que deveriam estar ali, não estão mais.

Observei mamãe colocar sorrateiramente a cabeça para fora no canto da sala, ela sorria, mas por que seus olhos ainda pareciam tão tristes? Aos dez anos, achei que poderia ser tudo que minha mãe precisaria todos os dias, eu achei que realmente estava sendo tudo para ela até o momento em que percebi o choro lastimoso enquanto corria com minha prima de apenas seis anos, Alexia, lembro-me claramente de pedir gentilmente para que Alexia não me perguntasse o porquê dela estar chorando, eu sabia, mas falar em voz alta soaria muito mais doloroso do que realmente era. Então, quando percebi que aos quinze anos eu poderia ser considerada uma garota prodígio ou algo assim, testei minhas habilidades na escrita.

Eu observava as borboletas, na maioria das vezes, brincando uma com a outra e despercebidamente, tirava uma ideia dali. Numa terça-feira úmida, rabisquei uma palavra que desenfreou todo o meu interesse no mundo da literatura, onde eu poderia ser quem eu quisesse, poderia fazer quem eu quisesse. Eu rabisquei liberdade, sim, era preciso ter liberdade antes de qualquer coisa. E eu era livre para colocar minha mente conturbada em um papel qualquer, e esse papel se tornaria uma parte de mim. E qualquer lugar onde eu pudesse alcançar um lápis e passá-lo rapidamente sobre a folha gritante, eu sabia que era um lugar para ser chamado de lar.

— Você parece bem, — ela disse como quem não queria nada, acariciou levemente meu sobretudo escuro e descansou as mãos pálidas em meus ombros. — um pouco desconcertada, talvez? O que há de errado, meu doce ramo de flor?

— Estou bem. — Sorri, despistando qualquer vestígio de infelicidade do meu rosto, molhei levemente meus lábios e pisquei levemente meus olhos para tirar os seus de mim. Ela pareceu acordar e sorriu quase arrependida por ter desligado de forma brusca. — E você?

— Oh, querida, eu estou ótima! É ótimo passar tempo com você, sabe? Eu trabalhava tanto que esquecia do doce par de olhos âmbares que me esperavam em casa. — Ela tirou o cacho que caía desajeitado sobre meus cílios e eu apenas sorri desajeitada, assenti enquanto varria a sala já vazia com os olhos.

— Você gosta da França? Você adorava quando pequena, eu e o... Eu e seu pai adorávamos quando você chegava aos berros quando aprendia uma nova palavra em francês.

— França é um ótimo lugar para se estar, é agradável, — eu distraidamente disse, divagando, meu tom estava duas vezes mais baixo que o normal, coloquei o cabelo lentamente para detrás de minha orelha. — não poderia estar mais feliz em ter escolhido a cidade do amor. Ela desprendeu-se de mim antes que Elliot aparecesse com um meio-sorriso e andando de forma agitada, batuquei meus dedos sobre a minha perna enquanto mamãe conversava com ele e assentia levemente.

O passaporte estava em minhas mãos e conforme suava sobre ele, sentia-me cada vez mais próxima de algo que eu não tinha muita certeza ainda. Eu poderia estar esperando que esbarasse com alguém que me mostrasse o qual não-banal o amor pode ser, mas depois de segundos, percebi que isso era piegas demais e por favor, eu não era essa pessoa! Mas se alguém dissesse que eu estava à um passo de ser conhecida como uma escritora maravilhosa, eu totalmente acreditaria, em algum lugar do mundo alguém deve se perguntar, por que eu me considero uma escritora quando acho o amor tão banal? Isso é simples, eu tenho a mente aberta para qualquer coisa, mas quando o assunto é amor e Blue num mesmo verso, simplesmente não existe sentido.

Eu considero-me uma pessoa horrível em questão desse assunto, não sei conversar adequadamente com pessoas que acham que o mundo gira ao redor de outro alguém, não sei o que dizer, a língua trava, a fala falta e eu me pego tentando me colocar no lugar dessa pessoa. Amar é se entregar, e eu jamais estaria pronta para isso. Não depois de quase ter tido o meu coração arrancado do peito, eu nunca estive pronta para saber que tudo o que chamava de amor, na verdade, era uma verdadeira ilusão, como se nada que eu fizesse fosse certo. Como se eu não soubesse amar, e se eu não sei amar, qual é o ponto de escrever sobre isso, afinal? Amar, talvez, fosse o que eu sentia quando comprava um livro novo e sentia seu aroma, talvez fosse aquela sensação boa de quando eu preenchia as linhas brancas de ideias não-sentimentais. Ouvi meu nome sair da boca de minha mãe e rapidamente sorri, puxando as malas de forma quase desajeitada. Virei-me uma última vez para a casa que, tristemente, parecia acenar em de volta, afinal, não foram somente dois anos ou um, foram dezoito. Paris agora me esperava.
 


Notas Finais


"muito obrigada e até o próximo capítulo"


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