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História Breaking the ice - Capítulo 7


Escrita por: jacqueline

Capítulo 8 - Capítulo 7


Fanfic / Fanfiction Breaking the ice - Capítulo 7

 

Yuri estava tão desesperado para ter o máximo possível de Victor que ignorou o próprio cansaço e o fato de que era a sua primeira vez, por isso não deveria exagerar. Fingiu que a dor nas partes íntimas não incomodava e esperou Victor ter alguma energia para atiça-lo novamente, beijando-o e acariciando a pele alva com a ponta dos dedos. Victor não tinha a mesma energia do mais novo, todavia o satisfez mais uma vez, tomando cuidado para que os movimentos não fossem rápidos demais e o machucassem e garantindo que o mais novo chegasse ao ápice todas as vezes. Por fim os dois caíram exaustos na cama, cansados demais até para se limpar devidamente ou se cobrir com um cobertor.

Victor acordou cedo e foi o primeiro a tomar uma ducha, limpando um Yuri adormecido com lenços umedecidos. Após cobri-lo com o cobertor, passou vários minutos encarando o rapaz deitado na sua cama. Em alguns momentos não resistiu e tocou suavemente os cabelos negros, colocando as madeixas atrás da orelha. Yuri, mergulhado em sonhos, sequer mexia. Em algum momento as lembranças da noite anterior vieram forte e Victor não conseguiu ficar parado. Com a ereção incomodando-o, tirou o roupão úmido, deixando-o no chão ao lado da cama e puxou o lençol que cobria o corpo nu de Yuri. Se acomodando o mais melhor que pôde, tocou o jovem Katsuki com suavidade para logo mais levar os lábios ao pescoço dele.

Yuri, só depois de alguns instantes, sentiu o corpo quente colado ao seu e as lambidas no pescoço. Uma mão esfregava com gentileza a genitália com o intuito de masturba-lo. Todo aquele estímulo o fez despertar e soltou um gemido involuntariamente. Abriu os olhos castanhos e, ao mirar Victor tomando-o com lentidão e doçura pela terceira vez, quedou-se por ele. Puxou o russo para um abraço, beijando-o com sofreguidão.

-Yuri... -Murmurou Victor quando se afastou dos lábios macios do mais novo. Iria beijá-lo novamente, mas o celular de Yuri tocou, quebrando aquele momento. Victor se afastou, encarando o pupilo por um par de segundos antes de ir atrás do aparelho e entrega-lo ao dono, pedindo que atendesse. Yuri, frustrado, atendeu a ligação da mãe que perguntava onde ele estaria. Após encerrar a chamada, Yuri encarou Victor que já havia se levantado e coberto o corpo com um roupão.

-Vamos para a China hoje à noite. Talvez fosse melhor arrumarmos as nossas malas. Farei o check-in e sairemos mais cedo para evitar atrasos. -Desviou o olhar de Yuri e passou a mirar a mala em um canto do quarto. Yuri o observou por alguns instantes, desconcertado. Após a noite de paixão que tiveram, não sabia ao certo o que dizer. Talvez devesse perguntar como ficariam, mas tinha medo de que Victor dissessem para esquecer o que se passou.

-Voltarei para casa então. -Tentou se levantar, mas foi pego de surpresa com a dor nos quadris e fraqueza nas pernas. Teria ido ao chão se Victor não tivesse sido rápido o suficiente para pegá-lo e ajuda-lo a sentar novamente na cama.

-Não sei o que está acontecendo. -Desculpou-se ao que Victor sorriu.

-Acho que peguei pesado com você. Perdão. Hoje o dia será de descanso. Posso fazer a sua mala e trazê-la para cá.

-Preciso voltar em casa e me despedir dos meus pais. Eles ficariam aborrecidos se eu não aparecesse. -Suspirou. Estava cansado, física e emocionalmente esgotado. Aquele precisaria ser um dia de muito descanso e conversas triviais, sobre o futuro dos dois após uma noite intensa de entrega de ambas as partes, precisaria ser deixado de lado por enquanto.

-Acho que vai precisar de ajuda para tomar banho, certo? -Victor perguntou, ao que Yuri, timidamente, acenou com o rosto corado. -Ok, vou ajuda-lo com isso. -Pegou o diminuto corpo delicadamente, ignorando os protestos de Yuri que dizia ser capaz de caminhar. Colocou o rapaz sentado em um banco e encheu a banheira com água morna e sais de banho perfumados. Concentrado na tarefa como estava, não viu o quanto Yuri o olhava angustiado, temeroso de que Victor fosse dispensá-lo após afirmar que o envolvimento entre os dois era um erro. Ele já havia feito isso antes, por que não faria agora? O fato dele ter cedido e o tomado não era garantia de um futuro com o russo.

-Vamos, vou entrar com você e ajuda-lo com isso. -Anunciou, desfazendo-se do roupão e entrando junto a Yuri na banheira. Colocou o rapaz sentado entre as suas pernas com a costa colada ao peito dele.

Victor pegou uma esponja, colocando sabonete líquido nela, e passou a esfregar com suavidade as partes do corpo alvo do menino que ele tinha acesso. O processo foi lento e incrivelmente prazeroso para Yuri, que tentou inutilmente controlar a ereção que se formou ao sentir o toque delicado de Victor.

-Victor, eu... -Não conseguia formular algo plausível para dizer. Fechou os olhos e se deixou embalar pela chuva de sensações que o toque despreocupado do treinador lhe causava. Victor continuou com a empreitada, orgulhoso por deixar Yuri daquele jeito tão entregue apesar de não estar fazendo nada extravagante. E teve dificuldades de esconder a própria ereção com aquele corpo lindo e atitudes sensuais do seu aprendiz tão perto dele. Queria toma-lo novamente, mas sabia que abusar do corpo do patinador não era uma boa ideia pouco tempo antes de uma competição.

O dia se passou sem grandes surpresas. Victor e Yuri interagiam como sempre, falando dos planos para a copa da China. Yuri queria fazer a apresentação descartada por Victor, mas Victor insistiu em manter as apresentações de outrora. O japonês não teria como saber, mas para Victor a ideia de alguém ver a apresentação sensual que Yuri aperfeiçoou como ninguém e mostrou na noite anterior não o agradava. Com as malas prontas, os dois partiram em direção ao aeroporto de taxi. Victor já havia feito o check-in e só precisaram despachar as malas e esperar alguns minutos após passar pela segurança para embarcar no avião em direção a China. Yuri, exausto, dormiu durante as horas de voo. Victor não conseguiu fazer o mesmo. Ao invés disso, ficou olhando o seu katsukon adormecido e um misto de alegria e tristeza o tomou. Alegria por que ele, afinal, o amava. Como não poderia amar alguém tão belo, talentoso, interessante e amoroso quanto Yuri? Um amor que começou desde o primeiro contato deles no ano passado quando, durante a festa criada pelos organizadores, Yuri, após beber uma dose considerável de champanhe, dançou com Victor e pediu para que ele fosse o seu técnico.

Havia, porém, algo que causava profunda tristeza no russo. Ele via, atordoado, o pupilo caminhando para uma direção tenebrosa, a mesma direção que alguém muito querido por ele caminhou certa vez. E temia, mais uma vez, ser o responsável pela degradação do jovem patinador como certa vez aconteceu quando ele era mais jovem.

-Dimitri... -Murmurou o nome de forma inaudível, recostando a cabeça na poltrona e soltando um longo suspiro. Aquele era o nome do jovem russo-japonês com quem dividiu o ringue de patinação quando estava na categoria júnior e no início da categoria sênior da patinação individual masculina. Dimitri, um jovem sonhador que ansiava encantar o público com o seu talento na patinação artística e foi treinado por Yakov assim como Victor. Dimitri, o primeiro amor do russo e aquele que foi desastrosamente para o fundo do poço pelo amor que sentia pelo jovem Nikiforov e que ele não soube valorizar. Eles tinham a mesma cor dos olhos e dos cabelos, a mesma altura e o mesmo peso. Até o estilo de se vestir era o mesmo. E quando Yuri sorria, ele podia ver Dimitri sorrindo para ele, na época em que os dois estavam descobrindo juntos o amor, apesar de serem do mesmo gênero e das muitas proibições que existiam na Rússia envolvendo pessoas homossexuais.

Será que ele viveria novamente aquele pesadelo? Só o tempo poderia dizer, mas, dessa vez, Victor não pretendia arriscar. Por que ele havia aprendido com os próprios erros. Por que ele amava Yuri demais. 



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