As noites de festa começavam hoje e os alunos do terceiro ano estavam todos animados para a primeira festa. Eu já tinha escolhido minha roupa para ir e agora estou tentando convencer Justin a ir comigo.
- Justin, vamos? Por favor, por favor, vai comigo
- Não Brooke, eu não vou. Tenho certeza que vai dar alguma merda nessa coisa, e em quem a culpa vai cair? Em mim
- Larga de drama, Justin. Você é muito dramático
- Não estou fazendo drama, eu estou sendo realista
- Nossa, que realista
- Você é muito chata
- Eu sei – sorri
- Brooke e Justin fiquem em silêncio – professor de matemática disse olhando para nós doise não nem eu e Justin conversamos mais.
[...]
Despedi-me de Justin a uma quadra de onde ficava a minha casa, chegando em casa eu fui para o meu quarto, deixei minhas coisas lá, troquei de roupa e fui comer alguma coisa pois eu estava com fome. Descongelei uma pizza e esquentei meu almoço que nos últimos dias não anda muito saudável.
Ouvi alguém entrar, deve ser Julia.
- Brooke, ta ai?
- Sim, estou
- Preciso conversar com você sobre uma coisa
- Que coisa?
- Justin
- Tinha que ser – rolei os olhos – vai me dar sermão ou vai falar o quanto ele é ruim? Você dá muita moral para o que esses fofoqueiros dizem
- Não, não é o que os fofoqueiros dizem, é o que o pai dele diz
- Você sabe que eles se odeiam, você sabe que o Jeremy é doido e você ainda deixa ele colocar merdas na sua cabeça – falei em um tom alto, quase gritando
- Olha como você fala comigo
- Falo do jeito que eu quiser
- Dessa vez eu não quero brigar, eu tenho uma coisa séria para te falar. – a encarei seria com o cenho franzido e sentei-me em uma cadeira – O Jeremy disse que é para você convencer Justin a ir visitá-lo na prisão...
- Claro que não vou conseguir convencê-lo. – a interrompi - Justin não quer ver o pai nem pintado de ouro
- Mas dessa vez ele vai ter que ir até lá, Jeremy disse que quer contar a história...De como a mãe do Justin sumiu e tal
- Como assim? A história de como a mãe do Justin sumiu?
- Também fiquei curiosa, Jeremy não quis me contar da história. Ele disse que o primeiro, o segunda na verdade, que tem que saber dessa história é o Justin
- Justin disse que a mãe dele o abandonou quando ele tinha sete anos
- Pelo que eu percebi parece que não é essa a história verdadeira
A encarei e ela saiu dali. Como assim aquela história não era verdadeira?
[...]
- É serio Justin, seu pai quer que você vá até o presídio
- Pra que? Vou acabar sendo preso também por tentativa de homicídio, vou tentar matar aquele velho lá mesmo
- Seu pai quer falar um assunto sério com você
- Desde quando Jeremy fala sério? – ele estava impaciente e andava de um lado para o outro naquele quarto
- Para de andar de um lado para o outro que está me dando nos nervos – ele parou, me encarou
- Quem disse para você que meu pai queria falar uma coisa séria comigo?
- Minha irmã. Acho que ela foi visitá-lo
- Você acha? – ele riu irônico
- Você está começando a me irritar
- Ok, vou parar. Você sabe pelo menos de que assunto se trata? O que aquele velho idota quer comigo?
- Ele quer de contar a verdadeira história do que aconteceu com a sua... – não sabia se eu deveria adiantar aquele assunto para ele
- Do que aconteceu com a sua...? – ele falou para que eu prosseguisse
- Da sua mãe, do que aconteceu com ela há uns anos atrás
- É obvio essa história. Ela me abandonou com o meu pai, ela me deixou com ele quando eu tinha sete anos. Ela cansou de ter relacionamento com aquele velho idiota drogado e foi viver a vida dela, feliz. Ela não me queria, ela não queria o fruto daquele relacionamento adolescente. Lembro-me quando ela falava que eu era muito parecido com o meu pai,e ela disse que não iria deixar que eu fosse igual a ele. Mas ela sumiu no mundo me deixando com aquele cara que nem de pai merece ser chamado – ele dizia isso tudo gritando com os olhos marejados. Sempre soube que falar sobre a mãe dele o deixava assim
- Justin
- Minha infância foi pedindo esmola na rua e trabalho de lavar carros, nem sempre recebia uma boa quantia. Cheguei a roubar comida de supermercado, pois eu tinha fome e não tinha dinheiro já que meu pai trabalhava só para ele, já que ele gastava todo o seu dinheiro em vários tipos drogas e bebidas alcoólicas. Nem sei como ele ainda está vivo. Quando completei doze anos comecei a trabalhar mais pesado e ganhar mais dinheiro e vem sendo assim até hoje. Aposto que a minha vida seria melhor se minha mãe tivesse me levado com ela.
- Mas você não sabe como se sua vida seria melhor com ela
- Não sei, mas deveria ter sido melhor, provavelmente
- Talvez você não teria me conhecido, eu não teria te conhecido – disse rápido
- Claro que eu teria que conhecido – ele parou na minha frente e segurou meu rosto – Acho que nossos destinos estavam cruzados – ele me aproximou de mim e me beijou
- Será?
- Sim, tenho certeza que sim. – ele colou as nossas testas
Não querendo acabar com esse momento bonito, mas acabando.
- Você vai comigo na festa?
- Eu já disse que não, desculpa. Não quero problemas que sei que vão acontecer
- Como você sabe?
- Apenas sei
- Eu não queria essa resposta
- Mas respondi de forma educada – respirei fundo e sai de seus braços
- Você não quer é ir comigo, né?
- Claro que não é isso. Por mim eu te exibiria como a minha namorada para Deus e o mundo
- Eu não quero ir sozinha
- E não vai. A Mandie vai com você e por que você não chama e o Mike e o idiota do Jackie
- Porque eu quero ir com você, eu quero você do meu lado
- Me desculpe mais uma vez, Brooke. Eu não vou
- Ok, então. Eu tentei, né. Vou ir embora
- Mas já?
- Sim, vim mais só para te convencer a ir conversar com o seu pai. Mas vi que foi sem sucesso
- Fique mais um tempo
- Não posso, está tarde e tenho que me arrumar para ir para a festa hoje
- Fique comigo hoje, vá à festa amanhã
- Já combinei com a Mandie, não posso cancelar. Na quarta eu fico com você, eu não vou à festa
- Mas quarta está longe, hoje é sexta
- Eu sei – respirei fundo – Tchau – dei um beijo de despedida nele
- Tchau – sussurrou – Tenha cuidado, por favor!
- Eu vou ter – sorri e sai do quarto
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