Me levantei da cama depois de um bom tempo deitada nela. Vi as horas no relógio e era três horas da tarde. Gemi de dor e fui até o banheiro, tomei um banho longo e frio. Fiz minha higiene matinal, sai do banheiro e vesti uma roupa. Desci as escadas em uma moleza enorme e encontrei com Julia sentada na poltrona balançando as pernas, ela parecia nervosa.
- Aconteceu alguma coisa?
- Nada, nada
- Ok então. To com fome
- O almoço está dentro do forno
Meu estomago não parecia muito bom ainda, mas eu estava com fome. Esquentei a comida e antes de eu comer tomei um remédio para melhorar o fígado e outro para a dor de cabeça. Não sei se essa mistura iria fazer ou não mal, mas mesmo assim tomei o remédio.
Almocei e subi para o meu quarto novamente, peguei meu celular e vi que tinha oito mensagens do Justin e dez chamadas perdidas do mesmo, ri e enviei uma mensagem para ele:
“Eu to bem, não precisa se preocupar. Acordei agora a pouco, tomei remédio e já almocei. Mais tarde passo ai na sua casa. Beijos, Brooke”
P.O.V Cler On
Madrugada de sábado. 2:30 AM. Local desconhecido.
Acordei com a minha cabeça doendo um pouco, eu ainda estava bêbada e não reconhecia o lugar onde eu estava. Tinha árvores e o chão cheio de folhas secas.
O que eu estou fazendo aqui? Como eu vim parar aqui?
Me levantei do chão e olhei para os lados, o medo começava a me consumir e minhas batidas cardíacas aceleraram. Eu me sentia observada, eu estava sendo observada por alguém.
Meu vestido preto tomara que caia estava sujo de terra e um pouco rasgado em minha coxa. Ouvi barulho de folhas secas, pareciam passos. Havia uma pessoa ali. Lágrimas começaram a se formar em meus olhos e o desespero me consumiu.
- Tem alguém ai? – não ouvi nada além das folhas das árvores baterem uma nas outras por causa do vendo e depois mais uma vez ouvi passos – ME RESPONDE, PORRA. TEM ALGUÉM AI? ME AJUDE. ONDE EU ESTOU?
Comecei a caminhar em frente, mas quando mais eu caminhava mais parecia que eu estava no mesmo lugar, as árvores pareciam às mesmas. Eu caminhava e cambaleava quase caindo por causa da bebida alcoólica que ainda estava no meu organismo.
- ME DEIXA EM PAZ – gritei quando ouvi passos rápidos atrás de mim
- Linda, pare de correr – ouvi uma voz calma e serena atrás de mim
- QUEM É VOCÊ? – eu corria devagar, pois não agüentava mais
- Me diga você, quem sou eu? Seu pesadelo? Seu paraíso? Sua morte? – senti uma pancada em minha face e cai para trás, mesmo com a força eu não desmaiei, mas estava doendo demais
Olhei a figura que se vestia de preto a minha frente, ele tinha uma faca na mão, ou melhor, um facão.
- Me deixa em paz – a pessoa estralou a língua nos dentes três vezes
- Vamos brincar, vamos brincar de pique esconde. Você corre e se esconde em um tempo determinado, eu vou atrás de você e te acho. Mas essa brincadeira vai ser um pouco diferente, vai ter as minhas regras – eu deslizada no chão olhando para aquele ser na minha frente – Pare de deslizar no chão garota, não olhe com esse olhar de pavor para mim – ele riu – Vou começar contar. 1...2
No dois eu me levantei o mais depressa que eu pude, senti uma tontura mas corri, corri dali. Eu desviava das árvores escuras. Cheguei a bater três vezes nelas, pois estava escuro e não tinha muita luz, mesmo sendo noite de lua cheia a luz da lua não ajudava muito.
Eu ouvia calmamente aquele ser contando pausadamente: 10...11...12. Quando chegou no 20 ele parou. Olhei para trás e quando olhei para frente trombei com aquela pessoa.
- Era para você se esconder e não correr. Brincou errado. Não está certo.
- Me deixe ir embora – eu disse chorando
- Não, vou deixar não. – ele me pegou pelos cabelos e me arrastou. Minutos depois nós estávamos dentro de uma cabana de madeira velha.
Minhas pernas estavam com riscos vermelhos de sangue, cortes um pouco profundos e outros nem tanto, mas ardiam demais. A pessoa me jogou no chão e desse ao pé do meu ouvido.
- Agora que vai começar a brincadeira mesmo
Ali, naquele momento, eu vi a morte de perto e ela iria me levar. Sem dó e nem piedade.
P.O.V Brooke On
- Você ficou sabendo do que aconteceu?
- O que aconteceu? – perguntei para a Mandie com o cenho franzido
- Encontraram o corpo da Cler
- O que?
- Estava todo esfaqueado, dizem que a cabeça foi quase arrancada do resto do corpo
- Credo – coloquei a mão no meu pescoço – mesmo a odiando eu acho que ela não merecia isso
- Será? Talvez a pessoa que fez aquilo tinha um por que
- Vamos ficar falando daquela garota mesmo? – Jackie interrompeu a conversa entediado
- Não, não vamos. Ah, hoje tem mais festa – Mandie disse animada fazendo uma dancinha mesmo sentada da cadeira
- Por que o Justin não foi na festa ontem?
- Ele não queria, disse que ia dar problema
- Será que ele foi atrás da Cler? – Jackie me encarou e eu senti o sangue subir na minha cabeça
- Cala a boca, Jackie! Pare de julgá-lo antes de saber o que aconteceu
- Mas ele não foi na festa
- Só por que ele não foi significa que ele matou a Cler? A Lia não foi, então ela também ta na lista dos suspeitos? – eu gritava em meio a lanchonete, estava pouco me lixando para as pessoas que estavam lá
- Justin já matou uma pessoa, a ex namorada dele e quase matou o amigo dela também
- Provavelmente essa ex deve ter dado motivos para ele fazer tal ato. Por que o Justin é apontado como o monstro da história?
- Ele é doente, Brooke – afirmou – E ela não dava motivos
- E você é idiota. Você por acaso estava lá para ver o que aconteceu? Você o viu matando a ex? – ele resmungou algo inaudível
- Você está cega de amor por ele
- Foda-se. Cuida da sua vida, Jackie – peguei minha bolsa e sai dali
Mereço, Jackie ficar falando merda.
Já cansei dessa história do Justin ter matado a ex. Só por que ele matou ela significa que ele vai me matar?
Cheguei em casa e me deparei com três policiais e um oficial da justiça na sala e minha irmã com o celular no ouvido.
- Ah, eu estava ligando para você
- O que houve?
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