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História Breathe Me - Sea


Escrita por: AnaLunatica

Notas do Autor


HEEEEEEEEY
Queria agradecer pelos comentários perfeitos do capitulo anterior e pelos novos leitores.
VOCÊS SÃO DEMAIS!
Leiam as notas finais amores♥
XOXO

Capítulo 32 - Sea


Fanfic / Fanfiction Breathe Me - Sea

Louise Rutherford: Três meses depois 

 

Dizem que o tempo repara as coisas. E eu vou dizer a verdade para vocês, não é bem assim que acontece. O tempo não repara, ele ajuda à superar. 

Várias coisas aconteceram nesse pouco período de tempo, uma delas foi meu pai e a mãe de Dave se juntarem para abrir um restaurante.  Eles usariam a casa de praia, porém iriam fazer os devidos ajustes retirando a maioria das paredes.  

Sempre quis que isso acontecesse, mas como não estou trabalhando para ajudar financeiramente dou uma mãozinha na obra. 

E além da minha, os dois ganharam a de Cameron junto.  

Ele gosta de ajudar meu pai, e meu pai parece gostar de receber a sua ajuda. Talvez ambos sentissem falta de uma relação parecida a de uma como pai e filho. Mas sei que não é isso que você quer saber. 

Meu pai com certeza já deve desconfiar que tem algo a mais do que uma simples amizade, porém eu não disse nada porque nosso relacionamento está rotulado como "não sabemos como chamar isso, mas é maravilhoso". 

- Lou, diz para o Dave ajudar? Por que estou aqui a meia hora chamando ele e nada - Cecilia diz enquanto arrumava alguns utensílios com meu pai. 

- DAVE! Tyler tá aqui - Grito e ele aparece na hora. 

- Onde?  

- Dave, vem ajudar aqui pelo amor de Deus! - Diz sua mãe fatigada. 

Olho para ele rindo do olhar de morte que ele joga sobre mim.  

Outra coisa que aconteceu foi o sumiço de Melissa. Que na verdade não foi sumiço. Há cerca de duas semanas atrás ela voltou para Austrália, acho que realmente estava afim do tal de Roman. 

- Hey - Ouço Cameron sussurrar no meu ouvido. 

Olho para ele e abro um sorriso. Me dá um beijo na testa antes de ir cumprimentar os outros. Nos juntamos todos para terminar tudo ainda no mesmo dia e depois que Tyler chega para  ajudar não demoramos muito para isso acontecer.  

- Abriremos amanhã de noite - Suspira meu pai abraçando Cecília de lado e piscando para mim. 

 

(...) 

- ABERTURA HOJE À NOITE DO RESTAURANTE OCEANO, GASTRONOMIA PRAIANA DE DIFERENTES PAÍSES! NA ORLA DA...  

Enquanto Dave gritava com um megafone no banco de trás, Cameron dirigia o carro rindo e eu estava quase desmaiando de calor. A ideia de fazer todo essa publicidade foi do Cameron, mas Davi foi quem mais a abraçou. 

-Vou desmaiar - Suspiro e Cameron ri. 

-Se for desmaiar a hora é agora porque estamos passando em frente ao hospital – Diz piscando. 

Dou uma cotovelada nele pelo comentário.  

- Gente, estou ficando sem voz - Diz Dave rouco. 

- Claro, você tá gritando sendo que isso é um megafone - Respondo rindo. 

- É pra ficar mais marcante, ué!  

Reviro os olhos para variar. Por mais que eu diga ele continua gritando até decidirmos ir para casa.  

- Te vejo mais tarde - Cameron diz me dando um selinho ao final. 

- Vai mesmo?  

- Não perderia por nada a oportunidade de ver você de garçonete. 

- O que tem de engraçado? 

- Não disse que seria engraçado, muito pelo contrário, se você estiver vestida como uma garçonete do Hooters vai ser bem sexy. - Dá uma piscadela.

- Cameron, pelo amor! - Dou risada. 

- Mas falando sério, - Molha seus lábios. - sei o quanto está feliz por seu pai. E se você está contente com isso eu também estou, por isso não vou perder por nada esse dia. 

Sorrio com o que ele diz, dou um abraço apertado antes de entrar em casa. Dave que já havia entrado estava sentado no sofá me olhando com um sorrisinho extremamente estranho. 

- Que cara é essa? - Questiono rindo. 

- Cara de quem viu a ceninha casal maravilha, e não faz cara de sonsa ou eu te desço a mão.  

- Foi muito blé?  

- Quê? Não Louise, meu Deus! Agora é minha vez de revirar os olhos. 

Me jogo no sofá do lado dele e suspiro cansada. 

- Vem cá, quando ele vai te pedir em namoro? 

- Como assim? 

- É filha, já tá na hora! Fica fazendo safadeza sem nem namorar ainda. 

- Meu Deus, Dave! - Taco uma almofada em seu rosto.  

- Se ele pedisse, você aceitaria? 

- Não! - Grito rindo. 

Ele para se ajeitando no sofá com a postura reta e me encara sério.  

- Você está falando sério?  

Respiro fundo fingindo tristeza. 

- Claro... Que não! 

- Ai sua cadela! - Me da uma almofadada, quer dizer, várias. - De qualquer modo, bom saber. 

Molha os lábios e abre um sorriso maléfico extremamente exagerado. 

- As vezes você me dá medo. 

- Eu sei. 

 

(...) 

Fui para o restaurante junto com Dave. Nossos pais já estavam lá junto com dois amigos deles que se tornaram sócios do negócio.  E cozinheiros igualmente. 

- Ansiosa para virar garçonete?  

- Agora não é a hora de jogar horas treinando para levar pratos.  

Ao chegar lá nos surpreendemos com a quantidade de pessoas ao redor do restaurante na praia. Aquela não costumava ser uma área muito ocupada. 

- Ai minha nossa! Esse povo todo veio comer? - Indaga abismado.  

- É o que eu espero - Respondo sorrindo.  

A fachada do restaurante havia ficado demais. Os escritos 'Sea' em letras típicas de Las Vegas deixaram a casa rústica com um ar de mais moderna. 

- Sabe uma coisa que não faz sentido? - Questiona Dave enquanto eu tirava a chave e saímos do carro. 

- Sei de várias, sobre qual quer falar? 

- As letras são parecidas com as usadas em Las Vegas mas aqui é Santa Mônica. E outra, eles não tem praia em Nevada. 

Penso por um momento. 

- É faz sentido, mesmo assim ficou legal. 

- Só acho o nome muito clichê, deveria ser Dave's.  

- Quando fizemos a votação você votou em oceano. 

- Ninguém estava votando em Dave's, não estava afim de passar vergonha - Esclarece dando ombros. 

Entramos lá vendo tudo já organizado, o pessoal estava na cozinha bebendo vinho e começando a adiantar algumas coisas. Eu e Dave fomos proibidos de tomar, diziam não querer arriscar com jovens bêbados que estavam prestes a carregar pratos. 

- Mal sabem que você bebia vodka no meio da aula - Cochicha Dave. 

- E você que bebia ouvindo Lana Del Rey.  

Solta uma gargalhada. 

- Como soube?  

- Você me disse semana passada, quando estava quase dormindo. 

- Eu deveria estar dormindo, na verdade. 

Nossa conversa teve fim quando abriram oficialmente o restaurante. O lugar cheio em um estalo. Começamos a ter que atender feito loucos para dar conta. Mas estava tudo indo muito bem, pelo ao menos até o fim da noite.  

Minha irmã entrou pela porta um pouco desnorteada, como se procurasse por alguém e quando me viu tive a certeza de que era por mim. Ela se senta em uma  mesa e abaixa o olhar para seus dedos, agora entrelaçados uns nos outros. Olho para Dave na esperança dele e estar livre para atendê-la, mas não estava. Levava um prato para uma das mesas. 

Respiro fundo e vou. Não olho em seus olhos, tento focar apenas em um bloquinho azul claro que anotava. 

- Boa noite, seja bem...  

- Louise, não precisa de formalidades - Sua voz, mesmo ainda aguda, por incrível que pareça era calma. 

Pela primeira vez na vida. 

- O que vai querer? - Pergunto sem animação.  

- Conversar com você.  

Ergo o cenho achando estranho a atitude. 

- Tenho que trabalhar. 

- Prometo que será rápido. - Insiste.  

Fito ela por um momento. Penso se depois de tudo que aconteceu ela iria querer reviver aquilo e estragar minha noite. Será mesmo que deveria sentar e escutá-la?  

Dave passa e esbarra em meu ombro. 

- Pode ir, eu dou conta. - Diz baixinho quando passa. 

Solto um suspiro e me sento sentindo meus pés se aliviarem do cansaço.  Ela me olha com os olhos caídos, não era pena mas por um momento penso ser tristeza. 

- Quando soube que papai abriria o restaurante, eu achei que seria um bom momento para vir aqui.  

Dá uma risada sem graça, acredito que ela queria que eu continuasse o assunto mas eu não digo nada. 

- Ficou muito bom.  

- Sim - Digo com indiferença.  

- Não vou enrolar mais, eu queria que soubesse que estou arrependida pelo o que fiz com você.  

Me surpreende, talvez não o fato dela ter dito aquilo, e sim, de ter soado tão sincera. 

- Não precisa me perdoar, só queria que soubesse disso. 

Continuo sem dizer nada, um silêncio pavoroso se instala. 

- Morar com a mamãe é torturante - Solta a risada sem graça mais uma vez. 

- Sei bem, disso - Dou um sorriso murcho olhando para o prato na mesa. 

- Me desculpe... Por tudo - Sua voz vacila. Quanto ergo o olhar vejo uma lágrima escorrer por sua bochecha, ela limpa rápido e tenta sorrir novamente. - Vou deixar você trabalhar. 

- Não vai falar com o papai?  

Ela olha para cozinha e suspira. 

- Não hoje, preciso voltar para L.A. 

Acompanho com olhos ela se levantar e pegar sua bolsa. Antes de ir me olha pela última vez e dá um sorriso.  

- Sempre te achei maneira. 

Pela primeira vez tivemos uma conversa sincera, sem sorrisos cínico, sem ironias e  sem arrogância.  Mesmo que eu não tenha dito quase nada. 

- Obrigada - Digo baixo antes dela ir embora. 

Depois que ela vai embora, eu permaneço sentada por alguns instantes antes de cair a ficha de que precisava voltar ao trabalho. Passo no banheiro e jogo uma água no rosto para ver se ajudaria a me concentrar em outra coisa além do pensamentos da conversa. 

- Está tudo bem? - Dou de cara com Dave. 

- Sim, vou ver se tem alguma coisa para servir. 

- Já terminaram os pedidos, só tem duas mesas agora mas acho que já estão de saída.  

- Ah, então vou esperar me chamarem - Digo dando um sorriso amarelo. 

- O que ela disse? - Pergunta indo direto ao ponto. 

- Acho que ela estava doente, me pediu desculpas e disse que sempre me achou "maneira" - Respondo com indiferença.  

Ele me olha pensativo. 

- Isso não é doença, é arrependimento. 

- Meio estranho vindo dela. 

- Com certeza, gata. - Diz rindo - Mas acho que talvez uma pontinha de juízo tem crescido dentro dela. 

É o que eu espero. Não por mim, mas por ela mesma. Caso continuasse a ser daquele jeito de sempre, talvez cairia nas próprias armadilhas. 

Olho para as mesas vazias e me lembro de Cameron. Uma onda de preocupação invade minha mente. Onde ele estava? 

- Cameron não apareceu até agora. 

- Relaxa, ele está vindo - Afirma com uma tranquilidade que levantava dúvidas.  

- Como sabe? - Questiono. 

- Ele me mandou uma mensagem. - Pisca. - E você pode tirar já o avental! 

- Mas ainda tem gente - Digo como se fosse óbvio. 

Ele revira o olhos. Agora entendo porque reclamam quando faço isso. 

- Louise colabora com o Cameron.

- O quê?  

Ele começa puxar o meu avental e retirá-lo. 

- É uma surpresa. - Diz com um sorriso de canto a canto. 

- Eu não gosto de surpresas. 

- Ah, mas dessa você vai gostar. - Estica o pescoço olhando para a porta e seus olhos brilham. - Ele acabou de chegar, agora vai lá recepcioná-lo. 

Me dá um empurrão de fraco enquanto vai para a o outro lado do salão. Minha vontade era sair xingando ele de todos nomes que vieram na minha cabeça. 

Me aproximo de Cameron, que estava muito bonito. É difícil ele não estar, na verdade. Sorri para mim e me dá um selinho, por dentro sinto um frio na barriga 

Me desculpem mas não dá pra controlar essas coisas clichês de gente apaixonada. 

- Por que a demora? - Questiono com curiosidade.  

- Acredito que a essa hora tenha uma garçonete disponível para jantar comigo. 

- Isso foi um convite?  

- Talvez, o que me diz? - Se aproxima sorrindo. 

- Só aceito porque estou morrendo de fome - Digo rindo. 

- Qual mesa? - Me pergunta. 

Olho para todas e aponto para uma que ficava de frente para uma janela que ia quase do teto até o chão. Ele pega minha mão e vamos até lá.  

Começamos a conversar sobre o que havia acontecido ao longo do dia. Quando comecei a falar sobre atender os clientes não pude omitir a vinda de Emma até aqui. 

- Isso foi... bom - Diz convicto. 

- Acho que sim. - Dou de ombros. 

- Quero dizer, não tão bom quanto minha visita mas deve ter te aliviado de alguma forma. 

Dou risada da primeira parte do comentário.  

- Incrivelmente, me aliviou de certa forma. 

Olho para Dave que deveria estar acertando a conta com uma das duas mesas que ainda tinham pessoas. Quando viro novamente para Cameron que olhava para janela, percebo de canto meu pai vindo com dois pratos e Cecília com uma taça de vinho. 

- Aqui estão os pedidos. - Meu pai diz com um sorriso no rosto. 

- Mas não tínhamos pedido, pai.  

Encaro Cameron que agora me fitava com um sorriso malicioso. 

- Na verdade... eu pedi um jantar especial. 

- Pai? - Indago achando ainda muito estranho. 

- Vou deixá-los sozinhos - Dá uma piscadela e sai junto com Cecília.  

Olho para o prato vendo um risoto de camarão (meu prato preferido desde o dia que montaram o cardápio), nossa taça estavam cheias - Cecília deveria ter as enchido sem eu ter percebido. Encaro Cameron com o cenho erguido. 

- Como meu pai sabia? 

- Ele me ajudou a ter essa ideia, disse até que faria bem a você.  

- A comida? - Pergunto rindo de nervosismo.  

- Eu no caso - Responde sério. 

- Quanto convencimento - Continuo rindo até ver que não deveria ser nenhuma piada. 

Sinto minhas mãos começarem a suar frio. E meu coração ficar a milhão.  

- Tem algo que eu queria te dar depois do jantar mas sei que você já deve estar morrendo de ansiedade - Ri fraco e posso perceber que ele também estava nervoso. 

Ele procura por algo no seu bolço, tento espiar mas só consigo ver quando ele à coloca aberta em cima da mesa. Não consigo evitar abrir a boca em um perfeito 'o'. Haviam duas alianças de prata, uma maior e a outra menor.

- Nunca amei ninguém além de você, Louise. - Ele pega minha mão. - Sei que tudo isso é clichê demais mas não conseguiria esperar mais para fazer isso.

Rimos ao mesmo tempo, e eu nem sei o porquê. Talvez nervosismo.

- Eu... eu...  - Respira e tenta dizer novamente mas não consegue. - É difícil dizer isso sem soar clichê.

- Eu não ligo, - Sorrio. - Eu aceito de qualquer modo.

- Obrigado por facilitar. 

Coloca o anel no meu dedo e eu faço o mesmo em seguida. Ouço palmas e me viro vendo mais nenhum cliente, apenas meu pai, Dave, Cecilia e seus outros amigos olhando para nós dois. 

- Desculpa, pela falta de privacidade. - Cameron sussurra rindo.

- Tudo bem, valeu a pena.

- E antes de qualquer coisa, aceita ir ao baile comigo?

- Mas é só daqui dois meses, porque o convite tão cedo? - Pergunto sem tirar o sorriso dos lábios.

- Eu te devo um baile decente há um tempo.

- Então vou ter que aceitar.

Ele olha para o lado vendo os outros ainda olhando.

- Acho que vamos ter companhia enquanto comemos - Comento.

- Desde que eu tenha você, - Acaricia as costas da minha mão. - estará perfeito.


Notas Finais


Talvez alguns não tenham lido as notas inicias... É com grande alegria e/ou tristeza que digo isso: Esse foi o penúltimo capítulo.
Nem é o último e eu já estou com o coração na mão, desde já agradeço MUITOOOO todos que me acompanharam, comentaram, leram, favoritaram.
Amo vocês♥♥♥♥


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