1. Spirit Fanfics >
  2. Breathless >
  3. Você é forte

História Breathless - Você é forte


Escrita por: AlyHatake

Notas do Autor


resolvi postar logo o cap.11 espero q gostem <3 confesso q me apeguei bastante a esse

Capítulo 11 - Você é forte


   Acordei sem muita vontade. Na verdade, sem vontade nenhuma, os acontecimentos de ontem ainda se passavam pela minha cabeça repetidas vezes. Tudo me fazia sentir-me pior. Mas infelizmente ainda estava em missão e não podia retroceder agora, tudo o que eu podia fazer era a completar logo para poder ir pra casa. La eu poderia pensar melhor sobre continuar ou não sendo ninja. Criei coragem e me levantei da cama improvisada, me espreguicei e fui para o banheiro. Aquela imagem no espelho ainda me trazia repulsa, eu tinha um curativo perto da sobrancelha esquerda alem do roxo na bochecha e o braço enfaixado, tinha sido do lado que bateu no chão quando caí ontem. Sem contar do corte no lábio, lembrar-se disso me dava arrepios. Apenas lavei e escovei os dentes cuidadosamente já que os machucados ardiam. Tentei dar uma penteada no cabelo, mas suspirei desistindo. Tudo estava me cansando hoje, me sentia totalmente vazia. Eu seria eternamente grata á senhora Tsunami por ter feito os curativos em mim, ainda sentia um pouco de dor já que levei meu corpo ao limite ontem. Sinceramente, nem me importava, talvez eu devesse ter ficado lá mais um pouco e morrido por usar muito Chakra, iria me poupar do desgosto de ser eu. Nem sabia se iria ou não treinar hoje, acho que não. Se eu “Nem deveria ser uma ninja”, então por que me esforçar tanto assim? Sendo assim nem me troquei, estava com uma calça preta larga de dormir e uma camisa branca. Roupas que eu usei para dormir ontem. Desci mesmo assim.

     Quando desci, Sakura, Sasuke estavam tomando café. Kakashi parecia ter terminado faz tempo já que estava sentado na bancada batucando a placa de metal de sua luva. Acho que as pessoas devem fazer isso quando estão com pressa.

 

– Ah! Bom dia Emi, sente-se aqui! Vou pegar o seu prato – senhora Tsunami disse praticamente anunciando minha chegada. Sussurrei um “obrigada” sem nem saber se ela ouviu ou não e me sentei.

   Ignorei os olhares sobre mim, provavelmente eram de reprovação, mas nem liguei. Logo a senhora Tsunami voltou e colocou meu prato com um sorriso. Comecei a comer, mas então reparei uma coisa: Naruto não estava presente ali.

 

– Onde está o Naruto? – perguntei me dirigindo á Sakura, mas ela não respondeu, estava surpresa por alguma coisa.

 

– Naruto não esta aqui. Ele passou a noite fora – respondeu o senhor Tazuna. Senti uma preocupação, tinha medo de que ele se machucasse. Apesar de ser mais forte que eu.

 

– Acho que vocês dois devem ter enlouquecido de vez. De onde veio essa ideia de subir nas árvores na escuridão? – disse Sakura – Vocês poderiam estar mortos! Isso é se o Naruto já não estiver! Sabe como é né? De tanto usar o Chakra.

 

    Encolhi-me um pouco ouvindo aquelas palavras, acho que ela esta certa. Mas não acho justo com o Naruto.

 

– Espero que ele esteja bem. Não quero falar nada que a ofenda Emi, mas passar a noite sozinho na floresta... – a senhora Tsunami começou, apenas sorri tentando mostrar que estava tudo bem.

 

– Não tem com que se preocupar. O Naruto é um garoto levado, mas é um ninja completo e sabe se cuidar – Kakashi disse. Senti-me atingida por aquelas palavras. Praticamente disse: O Naruto sabe se cuidar, já que outras pessoas não.

 

     Bufei me sentindo incomodada. De repente a comida parecia ter perdido o gosto.

 

– A Sakura tem razão – disse Sasuke – Naruto é um perdedor. Ele pode muito bem estar morto em algum lugar lá fora.

 

  Senti um frio na barriga inexplicável. O que Sasuke disse me deixou pior ainda. Não ia conseguir ficar ali, não dava. Levantei-me rapidamente, fui em direção à porta e saí dali. Senti-me culpada pela senhora Tsunami, eu ouvi quando ela me chamou preocupada. Mas o mais importante agora era achar Naruto. Poderia pedir desculpas mais tarde. Queria poder acelerar o passo. Correr, mais meu corpo não aguentaria. Ainda estava fraca demais, o que me fez pensar sobre o despertar do Kekkei Genkai, com o que houve ontem eu me esqueci disso. Foi muito bom estar rodeada por aquela energia, mas... Foi muito pouco. Mal consegui erguer umas folhas. Parecia ser um tipo de telecinese natural, ou algo do tipo. É realmente uma pena eu estar tão sem animo para treinar isso. Tão absorta em pensamentos, me choquei contra algo, ou melhor, contra uma pessoa.

 

– Tenha cuidado – um choque percorreu por meu corpo quando ouvi aquela voz. Eu a reconhecia de algum lugar e boa coisa não era. Afastei-me rapidamente da pessoa. Era uma menina de cabelos negros e olhos cinzentos. Por alguns segundo eu invejei a beleza dela.

 

– M-me desculpa moça – falei um pouco desconcertada. A moça riu.

 

– Tudo bem, mas só pra você saber, eu sou menino – ela, ou melhor, ele falou. Senti um balde de água fria na cabeça. Como assim esse cara não era mulher? Ele era mais bonito que a Ino e a Sakura juntas!

   Fiquei sem saber o que fazer, apenas o observando ir embora. Impossível. Eu não identificaria isso de jeito nenhum. Balancei minha cabeça tentando me recompor e recomecei minha busca por Naruto. Mas ainda estava muito confusa. O que foi aquilo meu Deus? Esse cara era lindo! Mas não uma beleza masculina e sim feminina. Que bizarro! Passei o resto do caminha pensando nisso até que achei Naruto sentado no chão.

 

– Cara! Eu já vi muita coisa estranha nesse mundo, mas essa é a pior delas! – ele falou. Eu ri, provavelmente ele também tinha se encontrado com o garoto.

 

– Concordo plenamente Naruto – me aproximei rindo. Ele tomou um susto ao me ver ali, mas logo abriu um sorriso.

 

– Emi! Caramba, depois de ontem eu achei que não ia conseguir se levantar da cama! – ele falou notando meus curativos. Sentei-me de frente pra ele e concordei.

 

– Eu também achei. Mas por que você resolveu fazer o mesmo? – ele abaixou a cabeça.

 

– Aquele menino, Inari. Descobrimos por que ele é assim! – ele disse e então me contou a história. Fiquei horrorizada. Sabia que Gatou era mau, mas matar o pai adotivo de Inari, o herói que salvou esse lugar? Era imperdoável! Aquilo acabou comigo. Eu nunca pude conhecer o meu pai a não ser por meio de fotos, então eu não sabia como era a dor de perder um. Por isso mesmo que nunca desejaria isso nem mesmo para o pior inimigo. Eu não sei como conseguiria viver se perdesse minha mãe! Senti como se precisasse falar algo para Inari. Dizer o quanto sinto muito e que estaria do lado dele.

 

– Naruto, isso é horrível! Eu nunca conheci meu pai, mas... – deixei a frase morrer sem saber como continuar. Naruto pos a mão em meu ombro.

 

– Eu também nunca conheci o meu. Acho que temos que ser fortes e mostrar ao Inari que os heróis realmente existem! – dei um sorriso triste. Ele vai ser um herói, eu não.

 

– Eu não sei se posso Naruto. Não sou forte como você.

 

      Ele me deu um olhar culpado.

 

– Emi... – mas antes que dissesse algo. Sasuke apareceu do nada e lhe deu um cascudo – Aí! Por que fez isso?!

 

– Seu idiota, você esqueceu o café da manhã?

 

  Sorri vendo aquilo.

 

 

 

 

   Pelos meus cálculos deveriam ser uma da tarde. Os meninos começaram a treinar, eu apenas me sentei a sobra de uma arvore e os observei. Estava orgulhosa do Naruto, ele progredia muito. Estava cada vez melhor, quase alcançando o Sasuke. De vez em quando caía, mas apenas ria como se não fosse nada. Enquanto os via, percebi que não poderia ajudar Naruto a se provar que heróis existem. Eu nunca seria forte para aquilo, era angustiante saber que enquanto eles lutam e provam sua força, eu apenas caio e choro. Será que havia algo de errado comigo? Por que eu era tão sensível? Se tentasse ser durona, iria ficar pior ainda porque eu seria uma falsa. Deixei que a tristeza me tomasse por completo ao me lembrar de que prometi ao meu pai que seria forte, gritei com minha mãe para defender uma promessa que eu mesma quebraria. Ela estava certa, ela sempre esta. Talvez, agora eu entendesse o porquê dela se esconder do mundo, porque ele nos trazia essas dores. Mamãe sofreu muito com a morte do papai, não era errado querer se proteger depois de um golpe duro desses. Lembrei-me de momentos.

 

      Eu corria pela casa com o Yukie, precisa encontrar a mamãe. A pelúcia de Yukie estava vazando. Ela tinha que consertar ele. Era o meu brinquedo favorito. Já estava começando a ficar desesperada, já que não a encontrava em ligar nenhum! O ultimo lugar onde poderia procurar era o quarto dela. Mas mamãe dizia que eu não devia entrar lá dentro de jeito nenhum. Que era proibido. Mas Yukie estava correndo perigo, eu tinha que ir!

   Entrei silenciosamente, olhei ao redor, ela não estava lá. Senti meus olhos lacrimejarem, a cada segundo o Yukie perdia mais pelúcia. Eu ia perder ele! Já ia sair do quarto quando ouvi um soluço vindo de uma porta de lá dentro. Senti uma chama de esperança se acender um mim e voltei para o quarto correndo como uma louca. Mas me arrependi ao entrar naquela porta. Mamãe estava chorando ali, no que parecia ser um closet. Aproximei-me sem saber o que fazer.

 

– M-mamãe! – chamei. Ela se virou pra mim assustada.

 

– O que esta fazendo aqui?! Eu te disse para nunca entrar aqui! – ela disse alto. Fiquei com medo, mas logo vi uma foto em sua mão. Era uma foto do papai.

 

– Por que a senhora esta chorando? E essa foto é do papai? – perguntei. Ela suspirou.

 

– É sim. É que mamãe sente falta dele.  

 

   Aproximei-me mais e a abracei. Achava que abraçar as pessoas quando elas estavam tristes fazia com que elas se sentissem melhor. Senti seus braços me rodearem e me puxarem para o seu colo.

 

– Mamãe... Eu queria sentir falta dele também! – falei pegando a foto.

 

– Querida, um dia você vai. Não como eu sinto, mas você vai desejar que ele estivesse contigo. Nesse dia, eu quero que você lembre que seu pai te ama muito, ele estará sempre com você e estará orgulhoso de você não importa o que faça. Entendeu?

 

  Balancei minha cabeça positivamente, mas ainda não entendia algo.

 

– Mamãe? Como papai me ama se ele nunca me viu? – perguntei virando-me para ela.

 

– As vezes o seu pai acordava no meio da noite e dizia: Eu sonhei com a nossa filha.

 

– É mesmo? E o que mais ele falou?

 

– Falou que você seria linda e perfeita. E ele estava certo. – Ela dizendo me dando um beijo na testa. Eu sorri. Tinha até me esquecido do Yukie.  

 

 

 

 

– EI! EMI! – pulei de susto ao ver Naruto cara a cara comigo. Tinha me perdido em minhas memórias, memórias boas. 

 

– E-eu e-estou bem – falei. Sasuke bufou entediado.

 

– Não está não. Está chorando.

 

     Naquele momento, eu desabei. Não aguentava mais segurar as lagrimas, os soluços. Tudo era intenso demais pra mim, eu só queria poder estar em casa com a minha mãe. Esquecer-se de tudo, esquecer que existia um mundo lá fora. Meu coração estava pesado, nem me importei com Naruto ou Sasuke me olhando. Eu precisava desabafar. Não estava bem e eles sabiam disso. Não eram só as palavras de Kakashi. Era tudo, minha fraqueza, saudades de casa, arrependimento, tudo me atingiu de uma vez só eu não tive forças pra me defender. Acho que chorei pelo simples fato de existir. Senti braços ao meu redor e soube que era Naruto. Só enterrei o rosto em sua blusa.

 

– Ô Emi, não chora não – disse Naruto. Levei alguns minutos para me acalmar e quando me acalmei me senti pior ao ver que estava atrasando o treinamento de meus companheiros. Parecia que eu nasci para atrasar os outros.

 

– D-desculpa... – falei sentindo minha voz falhar, então me afastei do loiro – Me desculpa Naruto, vocês têm que voltar  treinar!

 

– E deixar você desse jeito? Nem pensar! Então é melhor dizer logo o que está errado! –– exclamou. Continuei em silencio – Anda Emi! Fala o que aconteceu! Foi algo que A gente fez pra você? Ou a Sakura? Ou o Kakashi-sen.....

 

– NÃO! – o interrompi bruscamente – Vocês não fizeram nada, na verdade abriram os meus olhos...

 

– Como assim? – Naruto perguntou confuso se sentando na minha frente.

 

– É que... eu não devia estar no time sete! Na verdade, nem devia ser ninja! – desabafei. Ele queria a verdade, e eu não conseguia mais esconder.

 

– Está nos deixando mais confusos – falou Sasuke demonstrando impaciência.

 

– É sério Sasuke! O que eu fiz enquanto vocês mostravam força e coragem?

 

      Ele desviou o olhar sem saber responder.

 

– Do que tá falando Emi? Você nos ajudou com o plano pra libertar o Kakashi-sensei aquele dia! – Naruto quase gritou.

 

– Não. Eu apanhei de Zabuza e ainda dei trabalho pro Sasuke me salvar – falei abaixando a cabeça.

 

– Aonde você esta querendo chegar? – Sasuke perguntou. Suspirei reunindo coragem para dizer aquilo.

 

– Estou pensando em reconsiderar como ninja.

 

     Sasuke tentou se manter impassível, mas ainda demonstrou um pouquinho de surpresa, já Naruto ficou boquiaberto.

 

– COMO ASSIM RECONSIDERAR EM SER NINJA EMI?! ACHA MESMO QUE PODE FALAR ESSAS COISAS ASSIM?! SOMOS UMA EQUIPE VOCÊ NÃO PODE NOS ABONDONAR....

 

    Tampei a boca de Naruto imediatamente. Do jeito que ele gritou, tive medo de que o pessoal na casa de Tazuna ouvisse. Sasuke deu um cascudo em sua cabeça.

 

– Me desculpa Naruto... Mas... eu não vou conseguir. Não sou forte – falei tirando a mão e sua boca. Ele olhou para baixo rosnando.

 

– Então é isso? Você mal tentou e já vai desistir? “Nosso jeito ninja”, o que isso significa pra você? – o loiro disse suas palavras carregadas de rancor. Não consegui responder. Então ele se levantou e ficou de costas para nós – Você não é assim Emi. Quando nos vimos pela primeira vez, você se preocupou comigo, coisa que ninguém jamais fez. Até mesmo me ofereceu ajuda. Sabe o que eu pensei diante aquilo? Ela é diferente. Você saiu do esconderijo no dia do teste pra me salvar, foi atrás do resto da equipe por que se importava. Poderia até mesmo ter nos dado os sinos se tivesse pegado. Acha mesmo que vou aceitar que venha com essa de “Não sou forte”?

      Não consegui expressar reação as palavras de Naruto.

–  Se você apanhou daquele jeito da sua própria mãe por simplesmente sair sem avisar, imagina o que teve que enfrentar para estar aqui agora conosco! Eu vejo que se coloca na frente das pessoas, não importa se sejam boas ou não! Isso se chama coragem Emi! Sabe como se chama o fato de você estar aqui agora quando quase se matou ontem? Resistência! Se isso não é ser forte, então nenhum de nós é! Quer saber, pode até mesmo desistir, mas não me venha com essa de “não sou forte”!

 

       Não sei mais o que sentia perante aquilo tudo. O pior, é que eu não posso dizer que aquilo era mentira. Vejo isso neles, mas nunca parei pra reparar em mim! Não sei mais o que fazer. Só sei que não posso deixar meus companheiros na mão! Seria uma desonra completa. Meu pai... ele... ele se arriscou para proteger a vila. Eu nunca o conheci e não sei como ele era, mas se ele conseguiu, acho que também posso, ou pelo menos morro tentando.

 

– Você fez o mesmo por ele, lembra? – disse Sasuke. De repente me lembrei.

 

“Naruto estava apavorado. Ele se virou para correr, mas eu o impedi.

 

– N-Naruto, o que esta fazendo? – ele me olhou com medo. Peguei sua mão, a que ele havia cravado a kunai – Não pode nos abondonar, v-você prometeu!

 

Ele olhou para o chão. Naruto não vai nos deixar, eu sei que não. Ele tem mais vontade de fogo que qualquer um de nós”   

 

    No dia da luta. Ele podia ter nos deixado. Mas não deixou, ele prometeu, assim como eu.

 

– Aí! Emi! – olhei para Naruto, vendo-o estender a mão pra mim – Você desiste ou não?

 

     Naquele momento, percebi a importância da nossa promessa. Mesmo se eu estivesse sem forças, tanto fisicamente, quanto psicologicamente, eu tinha que me levantar, era o meu jeito ninja! Peguei a mão de Naruto e deixei que ele me ajudasse a levantar.

 

– Nunca! Por que esse é o meu jeito ninja!

 

   Ele sorriu.

 

– É isso aí! Agora vamos subir nessa arvore e mostrar pro Sasuke quem manda aqui – eu ri e assenti.

 

– Acham mesmo que conseguirão perdedores?

 

      Sorri ativando meu Kekkei Genkai e deixando ambos boquiabertos.

 

– Agora é pra valer!

 

 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~x~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

 

 

Sentei-me no galho da árvore exausta. Isso sim é que é treinamento, sorri. Nunca imaginei treinar de pijama, nem havia pensado nisso quando vim procurar Naruto de manhã. Nossa, a senhora Tsunami deve estar preocupada, afinal eu saí sem falar nada depois Sasuke veio atrás e pra completar Naruto ainda estava desaparecido para eles. Daqui a pouco vão colocar nossas fotos nas embalagens de comida. Ri com meu pensamento bobo. Entretanto, tomei um baita susto quando Naruto pulou na minha frente do nada.

 

– Aí Naruto! Que susto! – falei pondo a mão no peito. Meus batimentos estavam acelerados.

 

– Hehe desculpa! – ele riu coçando o pescoço. Olhei ao redor.

 

– Cadê o Sasuke?

 

     Naruto fechou a cara e cruzou os braços.

 

– AH! Logo quando nós íamos competir, aquele emo vazou! – não consegui segurar as risadas. Não acredito que o Naruto chamou o Sasuke de emo!

 

      Agora poderíamos mesmo competir, finalmente conseguimos! Estamos a vários metros do chão. Ainda me lembro de ter ficado uma meia hora tendo que explicar pros meninos sobre meu Kekkei Genkai, sobre como eu despertei e tal. Confesso que estou surpresa comigo mesma. Quando ativei, no inicio do treinamento, não achei que fosse conseguir. Era só pensar em uma palavra chave, que o poder se libertava. Mesmo que não fosse o suficiente para conseguir levitar coisas, ainda me ajudar a moldar o Chakra.

– NARUTO! – ouvimos uma voz gritar. Olhei para baixo vendo que eram Sakura e Kakashi nos procurando. Naruto jogou uma kunai no chão chamando a atenção deles.

 

– O que acham? Esta bem alto pra vocês? Acho que é uma boa descida hein? – Naruto se gabou rindo. Então ele se levantou em um pulo, mas logo se desequilibrou. Senti meu coração acelerar.

 

– Naruto cuidado! – falei desesperadamente. Ouvi Sakura gritar lá de baixo.

 

     Porém, ao invés de cair, Naruto ficou de cabeça para baixo se sustentando pelo Chakra nos pés. Tive vontade de brigar com ele, nos fazer passar por esse susto não era nada legal! Mas não falei nada para que ele não perdesse a concentração.

 

– Haha! Brincadeirinha! – ele exclamou rindo – Vocês caíram direitinho haha!

 

– Grr! Estavamos preocupados com você Naruto! – gritou Sakura. O-ou, isso não era bom. Eles deveriam ficar em silêncio para que ele não perdesse a concentração.

     Então ouvi o barulho de seus pés desgrudando da madeira. Meu coração voltou a acelerar.

 

– Você tem que fazer pressão né exibido? – Sakura gritou.

 

    Antes que eu pudesse fazer alguma coisa. Sasuke apareceu e o segurou pelo pé. Suspirei, só espero que ele não caía também.

 

– Você é mesmo um idiota Naruto – ele provocou.

 

– Ahn? SASUKE! – Naruto gritou em revolta. Nessa hora, eu tinha que rir, foi impossível segurar.

 

–  AH! MUITO BEM SASUKE! VOCÊ É O MELHOR! – Sakura gritou.

 

    Sasuke parecia cansado. Ele me olhou como se pedisse ajuda. Também, o tempo em que nós ficamos treinando fora muito longo. Estendi a mão para ele, que a pegou com um pouco de dificuldade, então fiz um esforço e o puxei pra cima, já ele puxou Naruto. Logo todos nós estávamos em cima do galho novamente. O loiro mantinha a cara de emburrado, não entendi porque, ele preferia ter se espatifado no chão aquela altura do que ser salvo pelo Sasuke? Era isso mesmo?

 

– Naruto... não faz mais isso! – falei tentando recobrar minha respiração.

 

– Foi mal! – o loiro respondeu.

 

–Acho que deve um “Obrigado” a alguém – falei apontando para Sasuke. Ele fechou a cara.

Dei uma cotovelada nele e sussurrei um “Anda logo”, Naruto bufou e então murmurou:

 

– Obrigado Sasuke – murmurou de má vontade. Sasuke sorriu de canto.

 

– Oque? Eu não ouvi!

 

   Okay, se vamos mesmo ser uma equipe, então acho melhor tentar resolver essas implicâncias entre os dois, pareciam até duas crianças. E eu me senti a mamãe tentando botar a ordem na casa.

 

– Sasuke! Não exagera! Você ouviu exatamente o que ele disse – falei em tom de repreensão. O Uchiha me olhou surpreso, e então sorriu de canto, pronto pra descer da árvore.

 

– Tudo bem “mamãe”.

 

   Senti meu rosto corar e desviei o olhar. Aquele garoto era muito atrevido pro meu gosto. Chamei Naruto e nós descemos da árvore andando lentamente, só que, faltando apenas um metro e pouco para chegarmos ao chão, Naruto perdeu a concentração novamente e caiu, e como se não bastasse resolveu me levar junto. Senti o impacto do meu corpo contra o chão, despertando todas aquelas dores. Se antes, já eram incomodas, agora estão piores.

 

– Aí Naruto! Por quê? – choraminguei me levantando.

 

– Desculpa de novo Emi! Eu juro que não faço de propósito! – ele riu nervosamente. Ouvi um pigarreio atrás de nós e nos viramos enfrentando Karachi. Desviei o olhar, mesmo que Naruto tivesse me ajudado a ver com mais clareza, ainda me sentia magoada. Não era mais pelas palavras, e sim pelo tom usado para dizê. Como raiva, desprezo... por quê? Será que eu realmente podia incomodar alguém a esse ponto? Ainda mais ele, quem eu, secretamente, gosto.

 

– Vocês foram bem, deveriam descansar – disse Kakashi.

 

– Oque? Haha até parece sensei! Hoje eu vou subir até o topo dessa árvore custe o que custar! – disse Naruto determinado. Sorri, a energia dele nunca acaba não?

 

– Tem certeza? – perguntei.

 

– Claro que sim! Sempre tenho!

 

   Nem adiantava tentar convencê. Ele não iria me ouvir. Mas ainda sim, Naruto não tomou café da manhã e nem almoçou.

 

– Então... deixa que eu trago algo pra você comer! – falei. Ele riu.

 

– Ta certo! Isso sim é que é solidariedade!

 

 

 

 

 

       Terminei meu almoço e fiz duas marmitas, uma para Sasuke e outra para Naruto. Kakashi e Sakura haviam ido ficar de guarda para o senhor Tazuna. Resolvi lavar a louça para compensar a preocupação que tenho gerado na senhora Tsunami, ainda não entendi porque ela tinha toda essa afeição por mim. Mas achei melhor não comentar. Após lavar o ultimo prato, eu já ia sair quando escutei um barulho vindo do segundo andar, acho que era Inari. INARI!

Corri em disparada quase que tropeçando nos degrais. Chegando ao topo, ouvi soluços. A angustia foi inevitável, eu pude ver aquela criança chorando. Com saudades do pai enquanto olhava o mar. Bati na porta assustando-o.

 

– Inari? – chamei. Ele fungou e virou o rosto.

 

– Vai embora!

 

    Não podia deixar ele daquele jeito. Entrei no quarto e me aproximei dele, estava com uma foto na mão, me senti exatamente da mesma forma que no dia em que vi minha mãe chorando no closet. Mas dessa vez tinha que ser corajosa.

 

– Sinto muito. Eu sei o que aconteceu com seu pai –  seu choro se intensificou. O abracei. O tempo pode ter passado, mas ainda acredito que abraços funcionam – Está tudo bem.

 

– Não, não está. Eu quero meu pai de volta – ele disse.

 

– Eu também quero o meu – falei me amaldiçoando logo em seguida. Por que eu fui dizer isso? Inari se soltou de mim e me olhou.

 

– O seu também... ?

 

    Assenti.

 

– Sim – pus a mão em seu ombro – Eu sei que é duro Inari, mas você precisa pensar no seu pai. Ele não iria querer que você vivesse se escondendo assim, nem que repudiasse a coragem.

 

– Não! Meu pai não devia ter feito aquilo! Não podemos contra Gatou! – eu nem fiz questão de ficar debatendo sobre isso. Não importava agora.

 

– Shii! Vem cá – o abracei novamente – Vamos esquecer isso por agora tá? Ao invés disso, feche seus olhos e imagine que esta caindo algodão doce do céu.

 

    Ele estranhou de inicio, mas logo fechou os olhos e abriu um sorriso.

 

– Que legal! – disse ainda de olhos fechados. Eu ri.

 

     Fiquei alguns minutos ali com ele, brincando de imaginar até que caísse no sono. Tirei seu chapéu e o cobri. Era isso que eu queria. Que ele tivesse um tempo como uma criança normal, algo pra descontrair. Sempre amei crianças, vê-lo daquela forma foi realmente difícil. Eu nunca entenderia sua dor, mas poderia tentar mudar seu coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


é isso. obrigada pelos novos favoritos serio! agradeço aqueles q pararam nem q seja por um minuto pra ler minha fic
ate a proxima kissus de nutella


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...