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História Breathless - Cansei


Escrita por: AlyHatake

Notas do Autor


A doida q posta em horários absurdos, mas posta né!
Capitulo 18 (recomendável ler enquanto ouve Breath Me)
Preparem o kokoro!

Capítulo 18 - Cansei


Amanhã é dia de encontrar a equipe, parece um ciclo tedioso. Hoje foi um dia bem agitado, por assim dizer. Ser perseguida por um Chouji raivoso, quase ter os miolos fritos por um ninja da Aldeia do Som, etc. Cansativo. Todos haviam ido pra casa, exaustos, tiveram que treinar metade do dia e defender os amigos de um trio de delinquentes, a vida não esta fácil pra ninguém. Volto a me sentir vazia assim que eles sumiram de vista, eu disse que ia pra casa. Mas não fui, pensei que andar iria me distrair só que parecia fazer-me sentir pior já que estava sozinha. Por que será que quando eu estou sozinha, tudo de ruim que ocorreu comigo retorna à minha mente de forma avassaladora? Deve ser doença. Eu estou desse jeito e nem notei que Naruto e Sasuke, que tiveram que ficar levando agulhadas diversas vezes estão firmes e fortes.

   “Deve ser por que o nem o Sasuke nem o Naruto tomaram um sermão daqueles da pessoa que gosta” Epa! Isso não teve nada a ver..... Ok, quem eu estou querendo enganar? Teve sim. A minha mente e o meu emocional são fracos demais para esquecer. Queria ser mais forte, mas não sei como. Acho que ninguém vai me entender se eu disser tudo que sei é que essa angustia, mesmo que possa ser esquecida por algum tempo, está aumentando e vai acabar chegando à uma hora que não vou saber o que fazer. Tudo parece tão cinzento e pesado, parece até que é difícil respirar. Essa paisagem deveria estar me ajudando por ser tão bonita, mas só que não. Era a primeira vez que eu vinha nos monte Hokage, ver toda a aldeia dali de cima era impressionante, tão alta. Acho que estava sobre o Quarto Hokage... que ironia, eu tão fraca estar acima do Quarto. Eu teria coragem de pular dali, nem sei porque pensei nisso, só pensei. Acho melhor eu ir pra casa, estou começando a estranhar a mim mesma. Andar na rua foi um tanto assustador, depois do que aconteceu, aquele Jounnin, ou melhor, Gai havia nos dito que essas equipes estavam aqui para prestar os exames Chunnin. Poderia haver pessoas assustadoras em qualquer esquina e era isso que eu temia, em minha opinião era um tanto cedo para os exames, quer dizer, tem muito pouco tempo desde que nos graduamos. E até agora não tivemos nada além de missões rank C, deviam esperar mais um mês. Mas se for agora não podemos fazer nada para impedir, e também é uma ótima chance para os mais habilidosos. Talvez até pra mim, de alguma forma eu queria participar. Enfrentar alguém, tipo, cara a cara vai me dar experiência. Nem preciso passar, mas se eu conseguir força e resistência já vai ser uma grande ajuda. Aí eu não ficaria mais em pânico nas missões... É talvez os exames sejam interessantes.

     Ainda bem que não demorou muito para chegar em casa já que as montanhas não são tão longes assim.

 

– Você demorou já esta anoitecendo! Que missão teve? – disse mamãe assim que entrei em casa. Tirei minhas sandálias e deixei no degrau e fui para as escadas.

 

– Ah... as mesmas de sempre, rank D. – não menti, só contei meia verdade. Se minha mãe soubesse que eu havia participado de uma briga na rua eu estaria mais frita que Naruto no campo minado.

 

– O jantar já esta pronto..

 

– Hã.. na verdade mãe... eu não estou com fome! – falei apressadamente. Ela me encarou.

 

– Você não anda se alimentando direito.. por que? – deu ruim. O que eu digo?

 

– É só que... eu não tenho mais tanto fome... ultimamente! – Meu Deus! Que desculpa esfarrapada foi essa?! Qual é Emi! Você é mais criativa que isso!

 

– Tem certeza? – ela perguntou, garanto que ainda estava desconfiada. Quando não está? Pra falar a verdade?

 

– Sim! Não se preocupe mamãe, eu estou bem – falei começando a subir as escadas.

 

– Bem, se esta tudo bem mesmo.. não tem problema, boa noite querida – ela disse voltando a cozinha. Assim que ela sumiu de vista, me virei e corri as escadas como uma louca fugindo. Tomara mesmo que ela acredite, eu ando tão apressada pra ir e voltar logo que mal me lembrava do que era alimento nessas horas, passo mal mas não admito. A verdade é essa.

    A primeira coisa que fiz no segundo andar foi correr para o banheiro, necessitava de um banho frio urgentemente foi o que fiz. Como hoje foi cansativo então não tomei os remédios, achei que não precisasse. A segunda coisa que fiz foi ir para o meu quarto e me jogar na cama, dei uma boa olhada no meu quarto antes de apagar as luzes, precisava de uma faxina. Normalmente mamãe limpava o andar de baixo e eu o de cima, tínhamos estabelecido esse sistema há algum tempo, mas meu quarto estava um caos. Tinha varias roupas e toalhas jogadas no chão, além de kunais e shurikens que poderiam acabar me machucando feio. Se bem que a ideia não me parecia tão mal... espera! Meu Deus! O que há comigo? De repente vi aquela flor de papel, o presente de desculpa de Inari. Ah não... todas aquelas lembranças... de novo não. Aquilo não podia ficar ali. Levantei-me e peguei a florzinha para coloca-la em cima da cômoda. Me lembrar de Inari me fazia tão triste, eu havia prometido que voltaria, nem sei se isso é possível. Mais uma promessa para acabar comigo.

 

 

 

 

 

 

 

 

   O dia já começou corrido. Eu acordei atrasada, sabia que Kakashi não chegaria na hora certa, só que dessa vez eu acordei muito atrasada. Tinha muito medo de não conseguir chegar antes dele, já ia dar onze horas! Corria como uma louca pelas ruas precisava chegar pelo menos 10h56min, no máximo. Esbarrava em varias pessoas, tenho certeza que elas não ouviram meus pedidos de desculpas, mas só que no meio da multidão eu ouvi algumas palavras como: “Já fizeram a reunião?” “Os Jounnins já selecionaram!” “Os novatos?”. Algo assim. Será que todos os novatos (nós) fomos selecionados para os exames? Isso devia me alegrar? Acho que sim. Minha cabeça esta pirada agora, os outros vão participar. Shika, Ino e Chou vão estar lá. Isso me conforta, eu acho. Ainda sim, não é bom ficar me animando assim, pode ser o nosso sensei não nos recomende, vai saber. Entretanto, estava difícil não ficar ansiosa. Logo cheguei ao local, olhei atentamente antes de seguir.

 

– Bom dia! Desculpe pelo atraso – corri até lá. Graças a Deus, cheguei antes dele.

 

– Grrr! Por quê? Por quê? Por quê? É sempre a mesma coisa! Ele marca a hora e a gente fica esperando por ele! – Eita! Cheguei no meio de uma crise de revolta de Sakura.

 

– Isso não é justo! – Naruto apoiou.

 

– E os meus sentimentos? Eu corri tanto que nem tive tempo de secar o meu cabelo! – Sakura desabafou.

 

– E eu que nem tive tempo de escovar os meus dentes ou de trocar minha cueca! – sinceramente Naruto, ninguém precisava saber disso.

 

– Ah... você.. não trocou? – disse Sakura sem jeito – Isso é muito nojento Naruto!

 

   Minha nossa! Eles já trocavam essas informações pessoais e eu não sabia! Às vezes me sinto excluída. Não, espera! Sinto-me completamente excluída.

 

– Oi! Desculpem o atraso. Eu me perdi no caminho da vida – ele anda se perdendo muito no caminho da vida, ou é só impressão minha?

 

– SEU MENTIROSO! – Sakura e Naruto gritaram juntos. Confesso, doeram os tímpanos. Kakashi desceu do arco na ponte em um pulo e se aproximou da gente.

 

– Eu sei que é meio repentino, mas.. eu os recomendei para a prova Chunnin, vocês três – três mas.... – aqui estão os seus formulários.

 

– Os formulários? – Sakura repetiu abismada. Senti minha respiração falhar completamente.

 

– Você esta me repetindo Sakura? Tudo isso é voluntario, se não se sentem prontos esperem até o ano que vem – Naruto pulou no Kakashi o abraçando.

 

– Ae! Valeu Kakashi-sensei! Você é demais!

 

– Ei! Não babe no meu colete! – o mais velho disse o afastando – Sasuke, Sakura e Naruto, se quiser fazer a prova é só preencher o formulário e aparecer na sala 301 da academia. É às três da tarde dentro de cinco dias.  Isso é tudo.

 

   Me virei de costas pra eles e encostei-me à cerca de proteção da ponte. Não Emi! Você NÃO pode chorar agora! Não na frente deles! Ele não me recomendou... foi só isso.. o que ele tem contra mim? Por que todos esses sentimentos tinham que retornar logo agora? Por que o mundo esta desferindo tantas pancadas assim em mim? Não dá mais pra aguentar isso! Eu sabia que não daria!

 

– Haha! A prova Chunnin! A prova Chunnin! – eu queria muito gritar para o Naruto parar, dizer que aquilo estava me machucando cada vez mais, mas seria muito egoísmo meu.

 

– Mas espera... e a Emi? – Sakura perguntou. Senti olhares sobre mim, mas não ousei a me virar e os encarar, era muita humilhação.

 

– Acho que a Emi não esta no nível da prova, muito menos de um Chunnin.

 

    Chega! Se ele queria me destruir, já conseguiu. Preciso sair daqui, não dá mais pra segurar o choro.

 

– Mas... EI EMI! ESPERA! – não dei ouvidos ao Naruto, só corri.

 

   Corri pra longe daquele lugar, pra longe deles. Não queria vê-los nunca mais! NUNCA. Pra mim já deu, eu já sabia que era fraca e inútil, ele já tinha deixado bem claro, mas jogar na minha cara daquele jeito? Realmente, deveria estar escrito na minha testa pra jogar tudo isso em cima de mim. O choro foi algo incontrolável, apenas deixei vir quando já estava longe o suficiente. Aquele sufoco, aquela dor parecia ter se triplicado, sentia vontade de me bater, arrancar os próprios cabelos ou qualquer coisa que resultasse em dor física. Dessa vez eu não me desculpei por esbarrar com os outros na rua, teve vezes em que eu quase caí, mas não me importei. As lagrimas estavam embaçando a minha vista, qual o meu problema? Sempre vou desabar assim? Eu... eu me odeio! É isso, eu me odeio profundamente, do fundo da minha alma! Queria nunca ter nascido! Queria que Kakashi tivesse me matado aquele dia! Por que eu estou aqui? Deus! Por que insiste em me deixar viva pra chatear e chorar todos os dias? Não quero mais isso!

 

 

 

 

 

 

 

– Mamãe? Mamãe! – gritei correndo pela casa, mas não obtive resposta. Por favor! Esteja aqui!

 

   Fui para a cozinha, mas ela não estava lá. Tinha apenas um bilhete dizendo que foi ao mercado e que voltava logo. Permiti-me cair no chão e chorar livremente.

“Burra mesmo. Nunca que ele gostaria de mim!”

“Deveria morrer por ser tão ingênua!”

“Achei mesmo que teria chance de ser forte? Só sei iludir a mim mesma”.

– PAREM! POR FAVOR, ME DEIXEM EM PAZ! – gritei tentando fazer as vozes pararem. Minha mente estava uma bagunça, varias coisas me passando pela cabeça, varias vozes me acusando. Estava machucando... estava machucando muito!

 

   Então olhei pela janela e vi. Os Montes Hokage.. tão alto. Eu fiquei louca, já era. Não tinha mais solução, eu podia ouvir o meu coração batendo desesperadamente de tanta emoção e ansiedade, me levantei e o corri casa afora. Preciso acabar com essa tortura, tinha razão eu era frágil demais. Alguém como eu jamais poderia aguentar isso, jamais poderia ser uma ninja. Eu sempre seria tudo de ruim, decepcionaria todo mundo. Meu pai já devia ter desistido de olhar por mim... se ele estivesse vivo agora nunca assumiria que eu era a sua filha. No entanto, meus pensamentos acelerados foram interrompidos por uma forte pancada no ombro, quase caí. Essa não!

 

– Ei! Pra onde vai com tanta pressa? – Ino tentou se aproximar, mas eu a empurrei – O que deu em você Emi?

 

– Fiquem longe de mim! – falei voltando a correr, sabia que Ino, Shika e Chou iriam me seguir, eu não queria que eles vissem. Mas não importa! Não vão me impedir.

 

 

– EMI ESPERA! POR QUE TA CORRENDO TANTO?! – a ouvi gritar, provavelmente estava atrás de mim. Não pense neles! Não pense neles!

 

   Já estava próxima do meu destino, ou melhor, do fim dele. Eu sinto que tenho que acabar com isso, poupar as pessoas de mim. Elas não merecem ter que conviver com lixo.  Subir aquelas escadas foi a pior parte. Elam longas demais e me deixavam com mais raiva ainda, podia ouvir os passos dos outros atrás de mim, como se os gritos estridentes de Ino não bastassem. Eles estarem lá só piorava a minha condição, mas me acalmava saber que logo isso ia acabar, pra sempre. Terminei de subir as escadas, o vento forte lá em cima assoprou meus cabelos. Aproximei-me da beirada lentamente. Era muito alto, o bastante pra me fazer ficar tonta e querer vomitar, já estava hiperventilando a essa altura.

– O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO?! – me virei vendo Ino, ela havia chegado primeiro. Andei pra trás sabendo que apenas dois passos e eu não teria mais chão – EMI! SAI DAÍ AGORA!

 

– Ino, me desculpe... sinto muito – as lagrimas manchavam minha roupa – Eu não consigo mais lidar com isso..

 

– Não faça isso! Pelo amor de Deus Emi, saia daí!

 

– Meu sensei... ele t-tinha razão...

 

– Do esta falando? Ele não tinha razão! Nunca teve e nunca vai ter!

 

     Nesse momento, Shika e Chou chegaram e correram pro lado de Ino.

 

– Emi! O esta fazendo?! – disse Chou. Shika parecia meio que paralisado.

 

– Sinto muito Chou...

 

– Ei! Me escuta, não faço ideia do que te deixou assim, mas.. – Shikamaru tentou, mas eu interrompi. Não queria ouvir.

 

– Eu sei Shika! Mas eu não consigo... eu não sei ignorar as pessoas! Eu me odeio!

 

– Pare de dizer essas coisas!

 

– Emi... só vem pra ca, ta legal? Por favor, não faça isso – Ino tentou ficar um pouco mais perto de mim, mas eu dei mais um passo pra trás. Agora só faltava um... e tudo acabaria – Não! Vamos ficar do seu lado, você sabe disso!

    Aquilo só piorava as coisas, ela estava chorando.

 

– Eu não posso... eu cansei.. – dei de ombros me virando de costas pra eles – Amo vocês.

 

 

     Fechei os olhos e dei meu ultimo passo. Tudo parecia mais pesado, o vento parecia solido contra minha pele, e respirar era quase impossível. Ino havia gritado, mas agora era tarde demais.... A escuridão estava tomando conta de mim, não sei quando atingiria o chão.. mas parecia que agora era hora de ir, não conseguia mais respirar e minha cabeça doía muito. Eu me entreguei ao descanso. Finalmente, liberdade.

 

  

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Falei pra prepararem o Kokoro não foi?
bjos até o próximo ❤💋


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