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História Breathless - O Especialista em Taijutsu


Escrita por: AlyHatake

Notas do Autor


Voolteeeei! Ok, sei que querem me matar agora! Mas tive problemas! Foi mal mesmo gente! Perdão! Recentemente eu me mudei para a casa do meu irmão - basicamente milhares de anos-luz de distancia da minha antiga - estamos nos estabilizando ainda. Tivemos um grande problema em relação a internet e vida escolar, mas agora já esta tudo dando certo. Graças a Deus! Enfim, não vou enrolar muito. Boa leitura!

Capítulo 40 - O Especialista em Taijutsu


 

 Acordei com a cama toda bagunçada, não demorou muito para lembrar-me de todo o episodio de ontem e o sorriso voltar. A única tristeza é que mais tarde terei que passar esses lençóis, que estão amassados devido a minha ideia de pular neles. Aquela fora uma das raras manhãs em que eu abri as cortinas sem me importar com a forte luz do sol nos olhos, talvez eu parecesse ridícula com toda aquela alegria, mas não me importei. Fiz uma arrumação básica na cama e corri até meu guarda-roupas saltitando, agora posso admitir que era a primeira vez que demoro tanto para escolher algo para vestir, no final acabou sendo apenas uma calça preta e um suéter largo na cor azul escuro. Dirigi-me ao banheiro e fiquei uns bons minutos debaixo da água fria, dava uma sensação de frescor. Após terminar o banho, me vesti deixei o banheiro. Respirei fundo lembrando-me que hoje iniciamos o treino, quem será o nosso primeiro sensei? Não sei por que, mas aposto no Gai-sensei. Não sei porque, mas me sinto disposta para treinar Taijutsu hoje.

  Desci as escadas correndo ao passo que ouvia o assovio do bule de chá fervendo. Rezava mentalmente para ser chá verde.

 

– Bom dia mãe! – exclamei a abraçando. Ok, agora eu me assemelhei a Ino, mas não importava.

 

   Mamãe me olhou de maneira estranha e ao mesmo tempo desconfiada. Tudo bem, ela tinha motivos, afinal eu não era assim sempre.

 

– Bom dia – ela se virou depositando o bule na mesa – Aconteceu alguma coisa?

 

– Como assim alguma coisa? – nossa! Obvia demais Emi! Repreendi-me sentando-me a mesa.

 

    Ela continuou com aquele olhar, mas apenas deu de ombros. Imaginei que se isso acontecesse há algum tempo atrás, eu provavelmente ficaria de castigo durante uns três dias. Atualmente, agradeço a mim mesma por ter tido coragem para mudar e seguir em frente. Na verdade, essa parte é mais para os meus amigos que sempre me apoiaram. Shika e os outros... acho melhor eu ir visita-los. Desde que o exame começou é só treino, que mal pude vê-los direito.

 

– Eu não sei, mas você parece estar tão animada – disse terminando de colocar os pratos.

 

– Não aconteceu nada de extraordinário, mas...

 

– Emi, isso tem relação com o fato de você ter chegado tarde ontem?

 

  Engoli seco. Não dá para esconder as coisas dela, e de qualquer forma eu odeio ter que esconder algo de alguém. Principalmente de mamãe.

 

– Na verdade, tem sim... – me enrolei um pouco – É que eu finalmente conheci o meu oponente da terceira fase.

 

– Mesmo? E quem é ele?

 

– Eu não sei, ele não disse o nome. Ficou falando umas coisas estranhas e meu antigo sensei chegou e...

 

    Já sabia que ela estava ficando nervosa.

 

– E? – insistiu.

 

– Bem, o garoto foi embora. Então o Kakashi-sensei me disse varias coisas e me trouxe para casa.

 

   Não foi uma explicação digna. Mas foi uma, eu apenas não detalhei. Até porque não queria detalhar.

 

– Francamente Emi, isso não explica nada. O que ele te disse? E porque isso te fez tão feliz? – suspirei internamente. Por alguns segundos, me concentrei em aproveitar meu café da manhã para ganhar tempo.

 

– Ele... desculpou-se por qualquer coisa que tenha dito de errado pra mim. Foi por eu ter saído da equipe.

 

– Foi uma ação admirável a dele. Porque a maioria daqueles Jounins não tem responsabilidade ou maturidade alguma!

 

– Eu estou feliz por todos estarmos de bem um com o outro.

 

  Voltei a comer rezando para que tivesse sanado todas as suas desconfianças. Tentava me organizar mentalmente, depois disso acabei por relembrar diversas vezes o que aconteceu ontem. Ainda tinha o garoto misterioso, não é a primeira vez que eu tenho que enfrentar pessoas bizarras, mas aquele cara ultrapassou isso. Não dá pra acreditar que ele me chamou de “amor” e “querida”, eu sequer o conheço! Tenho que começar a me acostumar com o fato de que minha vida é uma serie de momentos estranhos.

 

– Que bom. Você não tem treino hoje?

 

   Ah meu Kami! Esqueci! É inacreditável.

 

– Meu Kami.. – terminei o chá e sai correndo para o banheiro.

 

   Tropecei e machuquei meu pé em um degrau, mas tudo bem. Escovei os dentes em uma velocidade impressionante e voltei para a sala. Tenho mesmo que aprender a não ser tão avoada assim! Nem vejo o tempo passar!

 

– Mamãe, eu tenho que ir agora! – calcei as sandálias apressadamente e de modo desajeitado. Se eu continuar nessa lerdeza, vou me atrasar!

 

– Emi, não volte tarde hoje! E não fale com estranhos!

 

   Ouvi apenas isso antes de fechar a porta demasiadamente forte. Pulei os três degraus da pequena escadinha de entrada e me pus a correr. Com todo o desespero, quase que eu realmente me perdi no caminho da vida. Todos os moradores começando o seu dia nas ruas, fiquei confusa. Mas quando vi as arvores, não pensei duas vezes antes de acelerar o passo para aquela direção. Por alguns segundos, senti nostalgia ao passar pelo campo do time sete e ver aqueles troncos lá, foi como se eu ainda visse Naruto amarrado ali. Sorri lembrando disso, se eu não tivesse soltado o loiro ele ficaria preso lá a tarde inteira. Eu também deveria visita-los mais tarde. Além de passar no hospital para ver Hinata, Lee e ver se Chou ainda esta lá. Talvez ele já tenha saído, afinal seus ferimentos não foram tão graves. Meus pensamentos foram interrompidos ao sentir uma dor forte no ombro. Essa não! Atropelei alguém sem querer!

 

– Ai senhor... meu dia já começa assim.. – não acredito! Haruo! Será que ele se machucou?

 

– Haruo! Me desculpa! – disse tentando ajuda-lo – Foi sem querer mesmo!

 

    Ele se levantou e balançou a cabeça. Para se livrar da tontura, eu acho.

 

– Caramba Mimi, pra que isso? – eu quase ri, ele me olhava assustado.

 

– Foi mal, é que eu acabei me distraindo e tive medo de me atrasar – dei umas batidinhas em seu ombro, que estava todo sujo de terra – Sinto muito mesmo! Se machucou?

 

– Não, que isso. É tão comum eu ser atropelado por loiras no caminho que nem machuca mais – dessa vez eu ri. Zé da Praça sempre aqui para animar nosso dia.

 

– Bom dia – ouvimos. Virei-me vendo Kaede bocejando.

 

– Bom dia – respondemos.

 

– Eaí? Dormiu bem branquela? – disse Haruo sorrindo – Porque, pela quantidade de remédios que ingerimos ontem... meu Kami, nem jantei.

 

– Ah é verdade... desculpe por ter demorado pegar as coisas de Ren. Eu podia ter impedido isso – falei. Eles riram.

 

– Mimi, pare de se responsabilizar por tudo. Não foi sua culpa – disse Kaede. Senti-me melhor com isso.

 

– É, eu queria estar com uma câmera na hora para fotografar aquele momento – zombou o Zé. 

 

    Então eles iniciaram uma de suas belas discussões sem sentido. No entanto, ainda tinha algo que me incomodava. E eu sentia que devia dizer isso a eles.

 

– Preciso contar uma coisa – após eu dizer aquilo, iniciou-se um silencio profundo. Eles esqueceram-se dos insultos que jogavam um no outro para me observar atentamente.

 

– O que Mimi? Fala logo! Porque se alguém machucou você, eu vou...

 

– Quase isso. – respirei fundo – Ontem, quando eu estava voltando pra casa um estranho tentou me atacar. Ele se dizia meu futuro oponente.

 

– Como era o doidão?

 

– Alto, pálido, olhos azuis extremamente claros. Acho que é só olhar para ele e você sente um calafrio – falei dando de ombros. Os meninos se entreolharam.

 

– Eu levantei algumas informações sobre nossos oponentes. – proferiu Kaede – De acordo com o que o Genma-sensei disse, e você esta ferrado Zé.

 

   Haruo franziu o cenho, parecendo estar confuso.

 

– Dizem que a sua adversária é meio tarada – ele riu. Quê?!

 

– Que isso mano? – perguntou o Zé.

 

– Como assim, Kaede? – me manifestei também.

 

– Ouvi dizer, que ela gosta de dar uma pegada nos caras enquanto luta. Principalmente os fofinhos.

 

– Se é louco? Desde quando eu sou fofo? – cruzou os braços e fez bico. Own!

 

– Haruo, nisso eu concordo. Você é uma criatura muito fofa! – apertei suas bochechas fazendo-o rir.

 

– Só não ganho de você, né Mimi?

 

  Em minha opinião, ele ganhava sim.

 

– Você conseguiu mais alguma informação? – perguntei. Kaede assentiu.

 

– Sim. O sensei disse que esses caras foram treinados rigorosamente. O “doidão”, como disse Haruo, é um Genin da Aldeia da Pedra. As habilidades dele envolvem psicologia.

 

   O que? Psicologia? Ah como eu queria que o Genma-sensei estivesse aqui agora para me explicar isso tudo direito. Ontem, quando ele chegou perto eu não cosegui me mexer. E aquele chakra brilhante em sua mão.

 

– Espera aí! Você quer dizer, tipo, entrar na mente dos outros? – questionou Haruo. Kaede deu de ombros.

 

– Não sei. Não ouvi direito, mas acho que é isso.

 

– Mas e o seu adversário Kaede? – indaguei tentando fugir do assunto por enquanto.

 

– Um cara que completa a equipe da Pedra. Os jutsus dele são obviamente liberação de terra.

 

   Se for liberação de terra, como Kaede irá combater com ele? Essa prova estará em um nível totalmente diferente das preliminares. Temos que estar preparados, falando nisso, cadê nosso sensei?

 

– Nosso sensei esta atrasado – observei olhando ao redor. Nenhum sinal.

 

– Verdade. Seja quem for o primeiro, precisa de despertador – disse Haruo. Concordei.

 

– No entanto, pode ser que... – Kaede foi interrompido por um forte estrondo.

 

     Algo levantou poeira entre nós. Cobri meus olhos sentindo agradecendo por estar de roupas longas, assim os grãos de terra não batiam na pele. Acho que eu estava certa.

 

– Cara, só podia ser... – disse Haruo assim que a poeira baixou. Vimos Gai-sensei nos olhando com aquele sorriso brilhante de sempre.

 

– Bom dia meus queridos alunos temporários! – exclamou fazendo sinal positivo para nós.

 

– Bom dia Gai-sensei – cumprimentei. Kaede e Haruo o encaravam tentando ignorar a “originalidade” dele.

 

   Ficamos silencio por uns segundos. Confesso que era estranho ser alvo daquele olhar de alegria e determinação sem razão aparente. Também confesso que estava com um pouco de medo do que aquilo iria resultar, eu já tinha os visto treinando umas duas vezes e Gai-sensei realmente pegava pesado com Lee.

 

– Desculpem pelo meu atraso, meus jovens! Estava competindo com meu eterno rival!

 

– Seu eterno rival?

 

– Você já o conhece Emi. – oi?

 

– Conhece? – perguntou Kaede. Olhei para Gai-sensei.

 

– Conheço?

 

– Claro que sim. Afinal, Kakashi foi seu sensei!

 

  Espera.. não! Espera! Ele era mesmo rival do Kakashi? Mas ele é sempre tão tranquilo, na dele. É difícil o imaginar competindo com Gai-sensei.

 

– Como é que você conseguiu se tornar rival do Kakashi? O cara é mais calmo que um monge! – falou Haruo. Eu também estava curiosa.

 

    Gai-sensei sacudiu as mãos, como se aquilo não fosse o tópico de agora.

 

– Isso não interessa agora. Genma me pediu para aprimorar o Taijutsu de vocês e é isso que iremos fazer. Iremos mostrar o fogo da juventude hoje!

 

    Juro que vi fogo nos olhos dele. Aquilo me preocupava.

 

– Mas a gente tem um Taijutsu diferente. – disse Kaede. O sensei assentiu.

 

– Sei disso. Genma me deixou a par de tudo. Ele foi bem criativo na hora de ensinar vocês, mas eu sou diferente. Espero que tenham vindo preparados.

 

    Sorrimos. Claro que estávamos preparados, almejamos a vitoria no Exame Chunin mais que tudo atualmente.

 

– A Mimi veio super preparada. Até me atropelou hoje de tanta emoção.

 

 

 

 

 

 

 

   Quando o Gai-sensei disse que ia pegar pesado, realmente falou sério. Fizemos ao todo quatro corridas ao redor da floresta o que já nos cansou muito. E então veio o sensei com a ideia de nos enfrentarmos. Nem preciso dizer que perdi para o Kaede, mas o Kurosaki e o Amano empataram. E pra não ficar naquilo, o Gai-sensei encerrou a luta. Agora ele havia nos dado vinte minutos de descanso. Os meninos estavam mortos, praticamente jogados no chão. Eu estava tentando me recompor, estava determinada a dar o meu melhor naquele treinamento.

 

– Cara, agora eu passo a respeitar o sobrancelhudo. Sério! – disse Haruo se arrastando até uma arvore para conseguir se sentar.

 

– Concordo – falou Kaede.

 

– Falando no Lee, eu ia perguntar se vocês não queriam ir ao hospital visita-lo mais tarde? – perguntei. Kaede assentiu em concordância.

 

– Por mim tudo bem – disse.

 

– É, se eu não for morto pela falta de Dango no organismo ou abduzido por aliens no caminho, vamos sim – rimos. Falta de Dango no organismo? Mais essa criatura comeu isso ontem!

 

   Entretanto, não pude contestar porque Gai-sensei apareceu na hora. Ele estava sorrindo estranho mais uma vez.

 

– Então meus alunos temporários, estão muito cansados?

 

– Esta me zoando? Estamos morrendo! – exclamou Haruo.

 

– Sério? Eu sabia que Genma pegava leve demais com vocês – disse de maneira convencida. Entreolhamos-nos confusos.

 

– Como é? – questionou Kaede.

 

– Só estou dizendo que meus alunos executam esse treinamento todo o dia como quem bebe água. – deu de ombros – Vocês não deveriam estar nesse estado.

 

   É impressão minha, ou Gai-sensei esta tentando nos afetar de alguma maneira? O jeito como ele fala, é como se estivesse nos criticando negativamente.

 

– É, mas nós não somos como eles, então... – tentei dialogar, mas fui interrompida.

 

– Claro que não são! – riu como se eu tivesse contado uma piada – Se fossem seriam considerados uma equipe forte.

 

  Ok, agora eu senti o insulto. E não só eu, como Kaede e Haruo estavam o encarando como quem diz: “Ah, é mesmo?”

 

– Com todo o respeito Gai-sensei, apenas um de seus alunos passou para as finais. – falou Kaede, era nítido que ele estava se sentindo afetado.

 

– Já a gente esta na final como uma equipe – adicionou Haruo. Concordei com eles.

 

– Sim, eu entendo. Mas será que vocês vão passar mesmo? Até agora as habilidades que me mostraram são totalmente ineficazes.

 

– Ineficazes? Mas estamos dando tudo de nós – falei da maneira mais calma que podia naquele momento.

 

– Então, com certeza vocês não irão passar! Ah Genma havia me dito que vocês serão ótimos Shinobis. Acho que se enganou! – disse sarcasticamente.

 

  Em fração de segundos, tivemos que nos levantar para segurar o Haruo. Tomei o maior susto ao vê-lo se levantando para avançar em Gai-sensei. Confesso que segurar o Amano não é uma tarefa tão fácil, na verdade, não é nada fácil.

 

– Ei Zé! Calma cara! – disse Kaede o empurrando – Ignora.

 

– Ignorar? Fala sério, esse cara esta praticamente nos chamando de inúteis! Como eu ignoro isso?

 

  Gai-sensei sorria como se estivesse satisfeito com o estado dele. A cada segundo eu ficava mais confusa.

 

– Ora, não precisa ficar bravo Amano. Eu só disse a verdade! – aquilo o fazia ficar mais irritado ainda.

 

    Eu não entendo o que esta havendo aqui, mas sinto que tem algo nas entrelinhas. Gai-sensei não é um cara assim, que insulta os outros do nada. Desconfio que haja um motivo para querer nos tirar do sério.

 

– Estão vendo? Ele está tirando com a nossa cara! – disse Haruo. Kaede riu deixando-o confuso.

– Esquece Zé. – falou virando-se para encarar Gai-sensei – Ele é só mais um que toma decisões precipitadas.

 

– O que você quer dizer com isso meu jovem?

 

– Quero dizer que você apenas diz que somos inferiores, mas na real, não tem coragem de comprovar isso.

 

   Fiquei sem palavras diante a declaração de Kaede. Sinto-me muito orgulhosa dele por saber lidar com essas situações estressantes e sei que ele também desconfia que haja algo por trás disso. Por isso é nosso líder.

 

– Não acho que seja necessário uma luta para mostrar isso, mas se vocês querem... me mostrem do que são capazes!

 

  Ah não! Ele não devia ter dito isso. Em míseros segundos, Gai-sensei foi obrigado a defender um chute de Haruo. Não o seguramos dessa vez, ele ataca o sensei sem pudor, o que fazia o Jounin ter que pular pra trás e consequentemente se afastava de nós. Embora o Amano estivesse determinado a lutar, ainda havíamos corrido varias vezes em volta da floresta. Ele estava cansado e isso era visível em seus golpes, que estavam mais lentos. No entanto, o orgulho é maior.

 

– Vamos. – Kaede chamou. Concordei e seguimos rumo à batalha daqueles dois.

 

    Gai-sensei apenas se desviava, nunca atacava e o sorriso nunca deixava o rosto. Aquilo estava me preocupando. Kaede se aproximou e tentou um soco fazendo-o desviar sua atenção de Haruo. Rapidamente, Haruo movimentou-se em uma rasteira tentando pegar sensei distraído após se desviar de Kaede, mas Gai-sensei de alguma forma bloqueou os dois ao mesmo tempo. Ele jogou Haruo para longe em um chute e torceu o braço de Kaede prendendo-o. Essa não! Eu não pensei que isso iria chegar a tal nível!

    Corri até eles ignorando a dor do cansaço no corpo, precisava libertar Kaede. Pisei em uma pequena pedra no chão me impulsionando para uma voadora com chute, Gai-sensei pôs o outro braço em frente ao corpo, se protegendo. Nesse momento, o Kurosaki aproveitou a brecha e girou o corpo libertando-se. Pulamos para longe criando certa distancia.

 

– Viu só? Eu disse que vocês não são capazes! – zombou rindo. Sei bem que isso despertou ainda mais fúria nos meninos.

 

    Respirei fundo tentando recobrar o fôlego. Sentia como se meu peito estivesse pegando fogo, jamais íamos conseguir lutar cansados daquela forma. Ainda mais contra um especialista em Taijutsu.

 

– Vamos ver então! – Haruo quis avançar, mas Kaede o parou.

 

– Espera aí Zé! Vamos pensar. – disse encarando o sensei – Estamos cansados e ele esta nos provocando...

 

   Como eu suspeitava, Kaede também esta analisando a situação.

 

– Suspeito né? – falei. Ele concordou. Haruo finalmente parecia estar se acalmando.

 

– Afinal, vocês não vão lutar? Não me digam que aceitaram a fraqueza? – ele quer nos irritar, acho.

 

– Se ele realmente quer nos testar então lutaremos. Juntos – disse o Kurosaki.

 

– Sim – eu e Haruo respondemos juntos. Preparei-me mentalmente quando vi Gai-sensei entrar em posição de luta.

 

   Agora a parada era séria. Genma-sensei disse que quando temos que lutar pra valer, é bom limparmos nossa menta. Esquecer-se de tudo e só focar no presente, era isso que eu tentava fazer. Mas a fadiga do corpo após aquele esforço era o que me enfraquecia. Não importava, só preciso dar o meu melhor.

   Precisamos sempre usar a nossa estratégia de equipe. Haruo correu em disparada dando uma voadora de ajoelhada em Gai-sensei, que usou os braços para se defender. Não perdi tempo e fui até eles girando o corpo em um chute giratório, mas o sensei se abaixou. Kaede apareceu e antes mesmo que pudesse tentar qualquer golpe, o Jounin pegou o pelo braço e derrubou, logo depois deu um chute em Haruo que vinha por trás dele para ajudar nosso amigo.  Tive que pular por cima de Kaede, que ainda permanecia caído, para tentar atingir o sensei, mas ele segurou minha perna dessa vez e me empurrou fazendo-me cair.

   Senti meu corpo se chocar contra algo, que obviamente caiu comigo. Só então vi que havia atropelado o Amano sem querer. Mas a culpa foi do Gai-sensei!

 

– Desculpa! – falei. Ele murmurou um “Tudo bem” e nos levantamos.

 

   Naquele instante, Kaede tentava inutilmente acertar o Jounin. Haruo correu até eles segurando o soco que Gai-sensei iria acertar no Kurosaki, o que abriu uma brecha para que Kaede lhe desse uma cotovelada no estômago. Imediatamente, abaixei-me acertando suas pernas numa rasteira. Entretanto, quando menos esperávamos, Gai-sensei desapareceu em uma nuvem de fumaça.

 

– Mas que merda! Substituição! – disse o Amano irritado.

 

– Fiquem atentos – alertou Kaede. Olhei para todos os lados tentando encontrar o especialista em Taijutsu.

 

– Vocês estão ouvindo iss..

 

Furacão da Folha! – ouvimos o grito seguido de um estrondo forte no chão. Então tive que tapar meus olhos por causa da poeira que foi levantada.

 

   Pelo jeito, aquilo iria durar muito. Ouvi um barulho ao meu lado, como se alguém tivesse tomado um soco. Ai como eu queria poder usar o Jutsu Foice de Vento e acabar com aquela poeira toda. Fechei os olhos e respirei fundo tentando me concentrar um tudo a minha volta, até o mínimo tumulto. Senti alguns fios do meu cabelo voarem com a movimentação envolta de mim, instintivamente me abaixei ouvindo o barulho de alguém ser acertado atrás de mim.

 

– Ouch! Cara! Quem me acertou? – ouvi a voz de Haruo.

 

– Ah Kami... desculpa Zé! Achei que fosse o Gai!

   

    Precisamos colocar os pensamentos em ordem, saber o que fazer. Tenho quase certeza que o intuito de Gai-sensei foi mesmo de fazer com que nos atacássemos sem perceber quem é quem.

 

– Meninos, se concentrem! Temos que dar um jeito nessa situação – falei alto, mesmo sabendo que poderiam estar perto de mim.

 

     A poeira estava se abaixando aos poucos e surpreendentemente dava para visualizar poucas coisas. Pelo menos eu conseguia ver a silhueta dos meninos, isso me deixava um pouquinho menos insegura. Eu não entendo como aquele tal de Furacão da Folha poderia ser tão forte a ponto disso. Não chamam ele de especialista em Taijutsu atoa.

  De repente, pulei de susto com grito de dor perto de mim. Alguém foi atacado.

 

– Haruo! – ouvi Kaede chamar, mas ele não respondia. – Emi! Fica esperta, ele está brincando com a gen...

 

     Ele não pode completar a frase antes de desaparecer do nada também. Senti meus batimentos cardíacos acelerarem, obvio que eu vou ser a próxima. Embora eu fique me convencendo de que aquilo era um treino e o sensei não ia nos machucar de verdade – espero.

 

– Eu estava certo. Vocês não são isso tudo! – imediatamente me afastei. Nem sei para onde ia, mas assim que ouvi a voz de Gai-sensei sabia que ele estaria por perto.

 

– Gai-sensei! Por que está fazendo isso?! – Vi uma sombra correndo em minha direção. Foi tão rápido a ponto de eu não ter como desviar.

 

    Tenho quase certeza que fora um chute que me mandou para metros daquele lugar. Pelo menos aonde eu me encontrava agora não estava coberto por névoa de poeira. Meu braço, local aonde fui atingida, estava doendo muito. Me levantei depressa assim que avistei o sensei à minha frente.

 

– O que fez com Kaede e Haruo? – perguntei seriamente, não queria demonstrar que aquilo doera. Ele apenas riu.

 

– Eles estão muito ocupados no momento para te defender.

 

    Preparei-me para lutar.

 

– Quem disse que quero que me defendam? – girei meu corpo em num chute, mas ele se abaixou. Tentei acerta-lo com vários golpes, mas Gai-sensei sempre conseguia se esquivar ou bloquear. Distanciei-me vendo o quão aquilo era inútil. Por que eu não consigo lutar de verdade? Libertar todo o meu potencial?

 

– Não quer. Mas pelo o que eu estou vendo, precisa.

 

  Aquilo me ofendeu. Eu não quero ser protegida o tempo todo, é por isso que estou lutando. Para deixar de ser um fardo. O vi se aproximar correndo e rapidamente me esquivei de um soco, eu tinha que ficar me afastando. Mesmo bloquear seu golpes era doloroso, eu tinha que pensar. Deixei que me acertasse, prendendo-o em uma chave de braço, mas o sensei ainda escapou. Fiquei tentando me lembrar das poucas aulas que tivemos com Genma-sensei antes do Exame começar, principalmente as que tínhamos que batalhar contra ele, que envolviam Taijutsu.

 

  “– Vamos lá Emi! Não vai me dizer que desistiu? – Genma-sensei insistia. Eu não conseguia vencê-lo de forma alguma. Aquele tipo de Taijutsu era complicado! Ainda me perguntava como Kaede e Haruo pegaram o jeito tão rápido?

    Levantei tentando acerta-lo de novo, mas fracassei novamente. Ele torceu meu braço levemente e me deu uma rasteira. De novo no chão, mas que ótimo!

 

– Sensei... eu não vou conseguir! Não posso lutar contra você! – lamentei me sentando. Tentei controlar a respiração acelerada. Genma-sensei suspirou se agachando perto de mim.

 

– Tem razão – ele concordou dando leves batidas no meu ombro – Você não pode lutar contra mim. Tem que lutar contra alguém muito forte, tipo o Hokage! Que tal Kazekage? A gente pode convidar ele para uma batalha. Ou melhor! O velho Teuchi.

 

– Sensei, para! – eu ri, ri muito. Sei que ele estava tentando me animar.

 

– Tô falando serio. Do jeito que aquele cara faz Lamen... meu Kami, me pergunto por que ele ainda não foi Hokage. – não sei se agora eu tava com dificuldade para respirar devido ao cansaço ou às risadas – Agora, realmente falando sério Emi, você pode sim derrotar inimigos mais fortes.

 

– Mas como?! Eu sempre acabo no chão..

 

– Você precisa aprender a pensar antes de agir. Tentando me atingir assim nunca irá conseguir nada.

 

   Fiquei confusa.

 

– Como?

 

– Eu já disse isso inúmeras vezes pra vocês, deixem seu oponente atacar primeiro.”

 

 

    Eu não vou perder. Não vou ser um fardo novamente. Sou a ultima Arai, é meu dever deixar a marca desse clã no mundo. Respirei fundo e corri até Gai-sensei dando uma cambalhota no chão para me livrar de um pontapé que provavelmente iria doer muito. Defendi todos os seus socos usando os antebraços, mesmo que doesse. Não vou mesmo me deixar perder.

 

  “Levantei-me do chão o olhando, deixando clara a minha expressão confusa.

 

– O que quer dizer?

 

– Quero que você use sua defensiva. Use a força de seu oponente conta ele.

   Nesse momento, comecei a pensar. Até que era verdade, eu tinha me destacado muito em chaves e escapar delas. Acho que minha flexibilidade me ajudaria nisso.”

 

  Aquele treino nunca tinha vindo à tona em minha mente, até agora. Esforcei-me para segurar o soco de Gai-sensei e girei o corpo torcendo seu braço, antes que ele se livra-se disso aproveitei a brecha e tentei uma ajoelhada em seu estomago, mas ele defendeu. Pulei em um mortal pra trás para fugir de uma rasteira. Me impulsionei na arvore para tentar acerta-lo numa voadora, mas o sensei se desviou. Tive que me abaixar em uma velocidade quase que sobre-humana para não ser chutada, mas não tive como escapar do outro que me acertou fortemente.

 

 – Olha Emi, se quiser desistir por mim tudo bem! – Gai-sensei disse. – Mas de qualquer jeito devo dizer que esperava mais de vocês.

 

  “– Agora você está indo bem. – Genma-sensei disse pulando para trás para esquivar-se do meu chute – Só tem um ultimo obstáculo a ultrapassar.

 

– Qual?

 

– Você.

 

  Aquilo foi um choque e tanto. Como assim eu era um obstáculo para mim mesma?

 

– Genma-sensei... eu não entendo..

 

– Você entendeu sim, mas não consegue encarar a verdade – eu analisava para ver se ele falava serio mesmo – Eu quero que pare de lutar de modo seguro.

 

– Mas..

 

– Lute de verdade Emi. Mesmo se sua força física for inferior, não a reprima. Não se esqueça de que seu equilibro é tudo nas batalhas, mas você é inteligente o bastante para saber que quando tem uma brecha, precisamos usar a força.

 

– Mesmo se eu for inferior...

 

– Sim. Mesmo quando for inferior, estiver enfrentando alguém mais forte que você. Não tenha medo de machucar seu oponente, não tenha medo de que ele te machuque. Apenas dê o seu melhor. “

 

   

 – Não tenha medo.. – sussurrei para mim mesma. Ao mesmo tempo pus o braço na frente do rosto evitando seu golpe. Respirei profundamente deixando meu corpo mais leve, mas me defendia livremente.

   Usei o outro braço dando uma cotovelada em seu estomago. Até mesmo eu me surpreendi com minha própria velocidade. Tive que dar outra cambalhota para passar para o outro lado. Me levantei rapidamente voltando a bloquear todos os seus golpes, eu dava um passo pra trás a cada soco e chute que defendia. Até o momento em que senti minhas costas baterem no tronco da arvore, essa é a hora certa pra contra atacar. Desviei em um ultimo minuto fazendo com que Gai-sensei acertasse o tronco. Aproveitei isso dando um chute na lateral de seu corpo, seguida de um soco no ombro e outro chute no tronco que o fez se afastar. Havia posto toda a minha força, como diria Genma-sensei: “espere o momento certo”.

    Tentei um soco, mas como era previsto, ele logo se recuperou e bloqueou. Segurei seu braço e fiz uma sequencia de chutes em seu estomago, mas ele conseguiu me empurrar, no entanto, continuei segurando seu braço fazendo com que ele só tivesse o outro para se defender. Sabia que ele era mais forte fisicamente, e logo usou o braço que eu estava segurando para me prender. Disferi diversas cotoveladas em sua costela para tentar me soltar do mata-leão na qual ele me mantinha. Vi a arvore a minha frente como salvação, pisei nela fazendo um salto mortal para trás que o obrigou a me soltar. Quase antes mesmo de chegar ao chão senti um chute forte no ombro que me fez escorregar, mas mantive o equilíbrio. Gai-sensei era muito rápido. Naquele instante, percebi isso.

   Antes que eu pudesse pensar em mais alguma ideia, senti algo estranho na minha bolsa armas, mas não ousei tirar os olhos de Gai-sensei. Eu sabia o que significava aquilo. Desde o dia da prova escrita, usávamos para avisar que estávamos perto. Eu só precisava aguentar mais um pouquinho. Prendi a respiração quando o sensei vindo, pus as mãos na frente segurando o seu soco. Senti minhas palmas doerem com a força de seu golpe, ele forçou o soco me empurrado pra trás.

 

  Gai-sensei automaticamente quebrou o golpe ao ser atingido por uma voadora de ajoelhada. Suspirei aliviada. Meninos!

 

– Mimi, você esta bem? – perguntou o Amano mantendo os olhos no sensei.

 

– Estou sim, obrigada – me assustei quando Kaede chegou de surpresa e examinou minhas palmas. Estavam vermelhas. – Vocês estão bem? Onde estavam?

 

– Tivemos um pequeno problema com os clones. – Clones?! – Mas acho que esse é o ultimo.

 

– Clones?! – perguntei exasperada.

 

– Pois é. Kaede descobriu tudo – respondeu Haruo – esse cara está jogando com a gente!

 

– O objetivo dele era nos separar, porque não pode lutar contra todos ao mesmo tempo – adicionou Kaede. Imaginei que tivesse um motivo oculto, mas não isso.

 

– E esse...?

 

– É um clone também. Apenas uma copia barata, não luta como Gai-sensei! – respondeu o Kurosaki. – Eu vou acha-lo, vocês cuidam dele?

 

– Mimi? – Haruo perguntou. Acenei positivamente.

 

– Vamos nessa.

 

  Aproximei-me de Haruo, ficando frente a frente com o clone. O que Gai-sensei esta aprontando? Separando-nos? Para quê? Ok! Não era hora para pensar naquilo! Tenho que me concentrar. Olhei para Haruo, ele me devolveu o olhar afirmando que faríamos como no treinamento. Algo que o Genma-sensei deu extrema importância era o trabalho em equipe. O clone alternava seu olhar, de Haruo para mim. Corremos até ele fazendo juntos uma sequencia de três chutes giratórios em sincronia, mesmo assim o clone levantou os braços defendendo os dois. Rapidamente soltei o meu golpe chutando seu estomago. O clone tentou me acertar, mas me abaixei, tentei acertar sua perna, mas ele a levantou. Ainda com a minha perna no ar, girei dessa vez, o acertando no ombro. Haruo não perdeu tempo e aproveitou a brecha dando outra voadora com dois chutes em seu tronco.  Assim que ele se afastou, me aproximei rapidamente fazendo uma rápida sequencia de socos em seu estomago. O clone me empurrou tentando me socar, mas eu abaixei. Haruo correu à minha frente e fez a mesma sequencia de socos no clone finalizando com um chute em seu pescoço. Não perdi tempo e pulei dando em chute em seu peito assim que o Amano se afastou. Distanciamos-nos um pouco. Aquilo era estranho, ele é resistente.

 

– Cara, que bizarro... – Haruo resmungou. Aposto que ele notou a mesma coisa.

 

– O que a gente faz? – Haruo olhou de relance para uma pedra enorme de terra que ele mesmo havia feito ali com a ajuda de seus jutsus de água. Em nossos treinos anteriores, assim que adotamos aquele lugar como nosso.

 

– Mimi, lembra-se de quando brincamos de bomba d´água? Quando o sensei se recusou a me dar mais Dango?

 

   Ah não... vai dar ruim.

 

– Lembro sim – olhei seu sorriso faceiro que deixava o clone confuso – Mergulho mortal na terra?

 

– Só se for agora.

 

   Entendi. Corremos até ele fazendo chutes giratórios em perfeita sincronia, era assim que aos poucos nos aproximávamos. Já perto o suficiente, Tomei a dianteira e dei um mortal de estrela sem as mãos que obrigou o clone a se afastar. Haruo avançou nele com uma voadora que ele bloqueou, mas o Amano praticamente se jogou nele dando-lhe cotoveladas. Ele puxou a perna e deu uma rápida rasteira que fez o clone cair sobre a pedra. Haruo o prendeu em uma chave de braço fortemente. Ele me olhou afirmando que era agora.

   Dei alguns passos para trás distanciando-me.

 

– Ah isso vai doer... – falei. Respirei fundo começando a correr até eles. Fiz um mortal dando impulso a vários outros, já perto o bastante deles dei a mesma estrela sem as mãos. Era o salto mais alto que eu sabia fazer.

    Sem pensar, deixei meu corpo cair sobre eles sentindo o impacto forte quebrar a pedra abaixo de nós, reduzindo-a a pedaços. Claro que a dor foi forte, mas ignorei isso como no dia que brincávamos. O barulho característico de quando os clones desaparecem foi imediato. Suspirei de alivio me levantando.

 

– Aiai.. Haruo, você esta bem? – temi tê-lo machucado.

 

– Bem? Está falando sério?! – dei de ombros – Estou ótimo! Cara, a gente têm que fazer isso mais vezes!

 

   Eu ri.

 

– Vamos? Temos que achar o Kaede! – falei. Ele assentiu em concordância.

 

– Vamos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Achar Kaede e Gai-sensei não foi tão difícil. Estavam no meio do campo de batalha se encarando. O Kurosaki mantinha um semblante sério enquanto o sensei tinha aquele sorriso de sempre. Vai entender!

   Corremos para o lado de Kaede, o que fez Gai-sensei sorrir. Meu corpo estava me matando, estava toda dolorida e meu peito pegava fogo com a falta de ar.

 

– Ah meus queridos alunos temporários! Estávamos esperando vocês! – nos entreolhamos confusos – Agora é uma boa hora para afirmar que.... vocês são demais!

 

   Agora sim, eu posso afirmar que ele é meio doido. Não estou entendendo mais nada, se é que estava antes!

 

– Quê?! Como assim doido? – perguntou Haruo.

 

– Vocês passaram no primeiro treinamento com êxito!

 

– Kaede? – chamei.

 

– Que?

 

– Acho que ele é meio louco.

 

– Concordo.

 

  Estávamos todos confusos e sem saber reagir. Realmente, não sei se minha cabeça dói com o cansaço ou a confusão!

 

– Deixem-me explicar. Desde o primeiro momento desse treinamento, eu estava testando vocês!

 

– Espera aí! – Kaede interrompeu –Quer dizer que as voltas que tivemos que dar antes foi...

 

– Exato. Apenas para fazer vocês ficaram cansados. Dessa forma não conseguem pensar direito. Mas vocês superaram isso! Usaram seu Taijutsu em conjunto de forma perfeita! Acho que nem mesmo Lee conseguiria tal proeza com alguém!

 

– Então quer dizer... que todo aqueles insultos.. Poxa vida! – lamentou Haruo.

 

– Ah, queiram me desculpar por aquilo. Foi necessário, vocês não teriam aceitado lutar cansados daquele jeito sem um bom motivo.

 

– E todos os clones? – perguntei.

 

– Testei primeiro a habilidade em conjunto de vocês e depois as individuais. Assim como eles você foi ótima, não se preocupe!

 

– Ata. Quem bom!

 

– No próximo treino, vocês irão enfrentar oponentes que tenham a mesma habilidade e nível.

 

– Quem? – Kaede perguntou.

 

– Será um segredo! – ele fez sinal positivo – Com certeza Genma tem razão ao se orgulhar! Vocês são ótimos, parabéns! O movimento que vocês dois fizeram pra destruir o clone, foi incrível!

 

  Kaede nos olhou em duvida.

 

– O Grande Salto Mortal meu amigo – Haruo disse. O Kurosaki assentiu lembrando-se – Só que dessa vez, em uma pedra.

 

  Kaede fez careta, como se tivesse sentido nossa dor. Sorri, já era uma evolução. Lutamos morrendo de cansaço, soubemos lidar com provocações e provamos ser bons individualmente também. Eu me orgulho de estar junto a esses dois cabeças duras em uma equipe. No entanto, meu corpo esta reclamando por causa desse treino.

 

– Valeu Gai-sensei! É uma honra estar treinando com um especialista! – o Kurosaki disse. Os olhos de Gai-sensei se encheram de lagrimas.

 

– Oh! Vocês, jovens! Tão emocionantes e intensos! – Disse fazendo pose – Isso merece uma comemoração! Fiquem aqui e eu já volto com Dango e refrigerante!

 

  Ele nem deixou a gente responder e saiu correndo. Sentamos no chão exaustos.

 

– Conseguimos! – falei.

 

– É – eles responderam fracamente. Estavam muito cansados, Era obvio.

 

   Ficamos apenas calados por um tempo, apenas observando o homem de verde sumir em meio às arvores.

 

– Só eu notei o quanto as sobrancelhas dele são grossas? – disse Haruo.

 

– Haruo! – repreendemos juntos.

 

– Tá! É brincadeira gente! Credo!

 

 

    Depois de um tempo, Gai-sensei voltou. E ele realmente tinha trazido juntos varias latas de refrigerante e sacos de Dango. A cada segundo que que se passava ficava cada vez mais difícil ignorar aquela dor no corpo. Eu queria poder tomar um banho e deitar, e só me levantar amanhã. Eu praticamente fui correndo para a casa com esse pensamento.

   Ao ver minha casa de longe, acelerei o passo. Mesmo que minhas pernas doessem mais ainda! Precisava descansar! Precisava mesmo!

 

 

– Emi! Você me assustou! Não bata a porta dessa forma! – ouvi mamãe esbravejar. Sem querer a empolgação de poder descansar logo tomou conta de mim e acabei entrando em casa feito uma louca.

 

– Desculpa mãe! Não vou almoçar hoje, tá? Fizemos um longo treino e muito cansativo! – falei rapidamente quase que tropeçando nas palavras, deixando minha mãe confusa.

 

– Hãn.. tudo bem, mas você vai ficar sem comer?

 

– Bem, o sensei de hoje comprou Dango pra gente!

 

– Ah! Você anda comendo muito essas porcarias ultimamente! – nossa, imaginei que se Haruo estivesse aqui agora faria uma cena daquelas. Mas muito provavelmente estava desmaiado em uma cama agora. – De qualquer forma, deixei o balde e o esfregão no banheiro, lá em cima!

 

– Como assim?

 

– Pra você poder limpar o seu quarto. Aquele lugar esta uma zona Emi! Como pode deixar aquilo daquele jeito? Você sempre foi tão organizada!

 

  Ai! Poxa vida.... justo hoje..

 

 


Notas Finais


Por favor! Pleaseee, me perdoem mesmo pela demora! Minha vida é complicada e ainda mais agora, mas com fé em Deus e vivendo um dia de cada vez, tudo dá certo! Espero que tenham gostado. Fiquem com Deus e até o proximo!


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