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História Briefing - Deadline


Escrita por: sparkly

Notas do Autor


Hey :3 Voltei com a última parte de Briefing depois de um tempo mais longo. Devido ao aniversário do Jongdae que estava próximo e eu decidi postar o último capítulo no dia do aniversário dele, e como é dia 21 na Coreia, estou postando agora. Portanto, feliz aniversário ao Jongdae ♡

Hum, tenho algumas considerações a serem feitas aqui, caso se interessem.

Todos os títulos estão relacionados a termos usados por jornalistas e de certa forma se encaixam com seu capítulo correspondente, como já expliquei antes, o foco de Briefing nunca fora o romance, mas sim na Wendy, em toda a história em si. Espero não ter decepcionado com essa escolha, afinal, essa foi a minha transição dos imagines, para algo que irei escrever com frequência agora.

E, eu tive ideia para este plot após assistir uma O.V.A de Tokyo Ghoul, vou deixar o link nas notas finais, caso queiram assistir.

Obrigada pelo apoio e pelos 50 favoritos ♡

Espero que gostem :3

Enjoy It!

Capítulo 3 - Deadline


Fanfic / Fanfiction Briefing - Deadline

 

"The moon is my sun,
the night is my day.
Blood is my life,
and you are my prey."

– Unknown

 

Um simples ruído no corredor aonde ficava o apartamento de Wendy, foi o suficiente para que ela ficasse alerta, como se estivesse cometendo um crime. Desde o ocorrido na noite passada, a garota parecia estar a ponto de enlouquecer, tudo devido ao fato de que sua mente insistia em alegar que a coloração avermelhada nos olhos de Jongdae não era fruto de sua imaginação, tampouco resultado do álcool que estava em seu organismo. Alegações essas que impediram a ruiva de conseguir dormir durante a noite, tendo que passar a noite em claro, não com medo de que algo invadisse seu apartamento pela madrugada, mas sim para encontrar alguma explicação para o que estava acontecendo, não conseguindo chegar a nenhuma conclusão.

Quando iria passar da sala para a cozinha, avistou um papel no chão, próximo a porta, Wendy andou até o lugar que o papel estava e o pegou, abrindo o envelope com destreza e pegando um pedaço de papel que se encontrava dentro.

 

"Vá a casa abandonada na rua 130 hoje, estarei te esperando lá à meia noite."

 

A garota lia e relia aquele bilhete escrito com letras garrafais, sentindo seus músculos ficarem tensos em antecedência ao que poderia lhe ocorrer, caso acatasse ao pedido escrito no papel.

Jogou o envelope sobre a mesa de centro que ficava na sala e rumou para o quarto, pegando seu celular e digitando o número da polícia, incapaz de completar a ligação. Por mais que não tivesse sido ameaçada, começava a se sentir desesperada, afinal, sabia bem que o culpado pelos assassinatos cometidos no lugar mencionado no bilhete, tinha todas as informações que precisaria para chegar até ela. E tudo era culpa da sua curiosidade excessiva que a guiou para dentro da casa naquele dia.

Desistindo de ligar para a polícia, a ruiva selecionou um número que já havia decorado após realizar tantas chamadas para ele nos últimos dias, não sabia como Jongdae poderia ajuda-la, mas apenas ouvir a voz dele já a deixaria mais calma, apesar de ainda se sentir incomodada com o modo estranho que ele agiu na noite anterior.

A voz eletrônica avisando pela décima vez que a ligação não poderia ser completada começava a preocupar Wendy, que desenhou uma linha imaginária no chão de seu quarto a percorrendo sem parar, de um lado para o outro, passando as mãos por seus fios vermelhos, os deixando bagunçados. Inúmeras hipóteses sobre o que poderia ter acontecido com Jongdae passavam pela cabeça da garota.

— Talvez seja esse o motivo do bilhete. – Ponderou após certo tempo.

Cogitou ligar para a polícia novamente, e mais uma vez desistiu antes de concluir o ato, lembrando-se que os oficiais não iriam acreditar em suas palavras, explicando que precisariam esperar 48 horas para reconhecer o sumiço de Jongdae.

Teria de enfrentar o seu medo de voltar àquela casa sozinha.

 

O céu estava completamente escuro, nenhuma estrela ousava presentear Wendy com seu brilho naquela noite fria. O corpo da garota tremia, não por causa da sensação térmica de menos cinco graus, mas pela proximidade que ela se encontrava da casa. A garota olhou para a rua, procurando por alguma movimentação suspeita, antes de ultrapassar a faixa amarela da polícia que demarcava a cena do crime. Abriu a porta com facilidade, se assustando com o barulho alto que ela fez ao se fechar quando uma corrente de ar passou dentro da casa.

Ela permaneceu parada no mesmo lugar por certo tempo, até começar a se sentir inquieta, com o pressentimento de estar sendo observada. Deu alguns passos para a frente, quando seus olhos se acostumaram com o local mais escuro, conseguindo distinguir a sombra dos poucos móveis do lugar. Wendy ouviu um ruído a poucos passos de si, virando de imediato, conseguindo enxergar um vulto passar rapidamente bem a sua frente.

Um barulho no andar de cima, fez a garota alterar seu foco que antes estava no grande espaço vazio a sua frente, para a escada que a levaria para a origem do som. Respirou fundo quando pisou no primeiro degrau da escada, ouvindo a madeira ranger sob seus pés, mesmo no escuro, ela conseguiu enxergar algumas manchas do sangue seco de semanas atrás maculando a madeira. Receosa, Wendy percorreu o corredor sem parar até que estivesse de frente para a porta do mesmo cômodo que adentrou naquele dia.

Suas mãos estavam oscilantes quando alcançaram a maçaneta, com medo do que poderia encontrar do outro lado. Abaixou a cabeça e fechou os olhos com força, girando a maçaneta e forçando a porta para frente, a abrindo com certa dificuldade. Com a visão focada em suas botas, avançou para dentro do cômodo hesitando a cada passo que dava, até que parou ao ver que estava prestes a pisar em um pequeno rastro de sangue, que parecia ser recente.

— Você está atrasada, Wendy. – Uma voz bastante conhecida pela garota falou, ela levantou a cabeça subitamente, seus olhos quase saltando de suas órbitas ao se certificar a quem a voz pertencia.

— Jongdae? – Sua voz saiu falha, enquanto ainda olhava desacreditada para o homem a sua frente, que lhe lançou um sorriso em escárnio.

Um gemido sôfrego impediu a conversa de ter uma continuidade. O rapaz se virou na direção que o som veio, deixando a Son, que permanecia em estado de choque, sozinha no meio daquele cômodo. A ruiva recobrou a consciência ao ouvir uma voz masculina implorando para ser solto, obsecrando por sua vida, aquilo a fez ter noção do que estava prestes a acontecer, o que a levou a dar meia volta, caminhando cautelosamente em direção a porta, na intenção de fugir dali o mais rápido possível.

Quando se preparou para correr o mais rápido que conseguisse, a porta se fechou em um estrondo, o que fez Wendy instintivamente dar passos para trás, recuando para o lugar aonde estava antes.

— Eu quero que você veja isso. – Jongdae falou, olhando fixamente para a garota assustada, a deixando ainda mais apavorada. — Talvez você consiga terminar sua matéria e saciar suas dúvidas agora. — Ele falou com normalidade, pegando com leviandade o corpo desacordado do homem, que momentos antes estava suplicando para não ser ferido.

— O que você... – A Son começou a perguntar, mas se calou, sabendo que aquela seria uma pergunta estúpida. Era óbvio o que Jongdae faria.

— O que vou fazer? Ora Wendy, não seja ingênua, você sabe o que vai acontecer aqui. – O moreno se virou para olhar a ruiva, com um sorriso irônico nos lábios, deixando à mostra seus caninos que começavam a ficar afiados, na medida que seus olhos adquiriam uma coloração avermelhada. Wendy acabou de ver o que seria o principal motivo para que começasse a crer em criaturas sobrenaturais; havia assistido à mutação de um vampiro bem a sua frente.

— Você não pode continuar matando pessoas inocentes para se alimentar, Jongdae. – Wendy falou, como quem quer chamar a atenção de uma criança por algo errado que ela tivesse feito. Estava desafiando um ser sem misericórdia e parecia não se arrepender.

— Acho melhor você calar a sua boca. – Em questões de segundos o vampiro estava na frente de Wendy, segurando com força o seu rosto, chegando a causar certa dor na mandíbula da menor. — Se ousar abrir sua boquinha mais uma vez, aí sim, terei sangue de uma pessoa inocente nas minhas mãos. – Ele disse por fim, empurrando a garota que acabou por cair ao chão, se sujando com o sangue que evitou pisar mais cedo. — Esse homem agride sua mulher e filhos, Wendy... – Jongdae começou a explicar, voltando a segurar o corpo que estava estirado no chão. — Pessoas assim não merecem a chance de viver. – O moreno perfurou o pescoço alheio com suas presas, se deliciando com sua refeição.

A garota se levantou, sentindo suas pernas bambas demais para se sustentar, voltando a cair no chão, dessa vez por conta própria. Ela fechou os olhos com força, se negando a assistir a cena a sua frente. Jongdae deixou o corpo agora sem vida cair ao chão, caminhando com lentidão até aonde a Son estava, se agachando na sua frente, pegando uma mecha do cabelo da ruiva e a colocando atrás da orelha da mesma, conseguindo ter uma visão melhor de seu rosto apavorado. Evitando ser tocada por aquele ser que pensava conhecer, Wendy recuou, indo para o mais longe que conseguiu, até sentir suas costas se encostando na porta, ficando encurralada.

— Eu não vou te machucar. – O moreno falou, voltando a se aproximar da garota, que pressionou mais seu corpo contra a madeira da porta, acreditando que poderia atravessar aquele pedaço de madeira.

Wendy estava prestes a desmaiar de medo quando sentiu o toque álgido de Jongdae em seu pescoço, os dedos finos exercendo certa força, tornando difícil para a garota respirar. O corpo frágil foi erguido com facilidade, ela abriu seus olhos, encontrando as orbes vermelhas e sem emoção do maior a fitando com intensidade. Colando suas mãos sobre o pulso de Jongdae, Wendy tentava em vão se soltar, a força que ela fazia para se livrar do aperto em seu pescoço parecendo inútil.

Com os olhos lacrimejados, a ruiva começou a perder a consciência, sua visão aos poucos ficando turva, conforme seus pulmões começavam a queimar pela falta de ar. Suas mãos já haviam largado os pulsos de Jongdae; Wendy tinha desistido de lutar. Antes que a garota perdesse totalmente seus sentidos, o rapaz a colocou no chão, a segurando pelos ombros impedindo que ela caísse, ele não entendia a razão de ter agido daquela forma, tinha consciência de que Wendy sabia demais, não poderia sair daquela casa com vida, porém Jongdae não conseguia pensar na possibilidade de tirar a vida daquela jovem; ele alimentava algum sentimento que desconhecia por ela.

— Vá embora, Wendy. – Ele pediu ao ver que a garota se recuperou do seu estado de lipotimia, ela ainda se apoiava nele, respirando com certa dificuldade.

Ainda um pouco tonta, a Son conseguiu se afastar do maior, não compreendendo o que ele estava fazendo. Ela tentou se aproximar, tentou toca-lo, porém fora impedida antes que conseguisse, o rapaz segurou seu pulso a abstendo de chegar mais perto. Jongdae a olhou nos olhos, a garota percebendo a mudança da coloração na íris dele, o vermelho que a assustava não estava mais lá, dando lugar ao castanho sereno que ela estava acostumada. A sua frente estava o verdadeiro Jongdae, aquele por quem ela se apaixonou.

— Você tem que sair daqui. – O moreno falou ao ver que a garota permaneceu parada, sem fazer menção de sair do lugar em que estava. — Por favor. – Jongdae estava praticamente suplicando para que Wendy partisse.

A Son ignorou mais uma vez ao pedido, voltando a se aproximar, dessa vez não sendo impedida. Ficando nas pontas dos pés, ela colocou suas mãos nos ombros de Jongdae, colando seus lábios em seguida. Abraçando a cintura da garota, ele aprofundou o ósculo, tornando-o mais urgente. Ambos pareciam não querer que aquele momento tivesse fim; mas tudo ali tinha o gosto de despedida. A contragosto, Wendy encerrou o beijo, ainda mantendo seu corpo colado ao de Jongdae, se recusando a ir.

— Agora vá. – O maior sussurrou no ouvido da ruiva, abandonando seu corpo em seguida, virando-se de costas para ela.

Wendy compreendeu que não poderia permanecer por muito mais tempo ali, então suspirou e se virou, caminhando relutante até a porta. Indo embora sem olhar para trás, sentindo seu coração se apertar a cada passo que dava na direção oposta de Jongdae.

 

☆☆☆

 

"O Índice de Criminalidade Aumenta no Distrito de Harlem.

Por Wendy Son.

Nova York tem sido o cenário de inúmeros crimes brutais nos últimos meses. Nenhuma das vítimas possui características físicas semelhantes, entretanto a polícia se mantém firme ao dizer que todos os assassinatos foram cometidos pela mesma pessoa. "Todas as vítimas tinham cometido algum crime, por isso acreditamos que tenha alguém querendo limpar as ruas desses infratores", explicou o Sargento do Departamento de Polícia do Harlem.

[...]

Nossa cidade parece ter ganhado um Justiceiro que está disposto a acabar com o "joio" que a polícia deixa por se misturar ao "trigo". Talvez ele seja um herói com princípios mal interpretados, que acabam o tornando um vilão."

 

— Essa matéria nunca vai ser publicada. – A ruiva suspirou ao ler a última frase de sua matéria, tudo o que ela escreveu após seu último encontro com Jongdae, parecia um discurso que um advogado de defesa faria. — Essa é uma verdade que ninguém precisa saber. – Pensou alto enquanto apagava o último parágrafo que escreveu.

 


Notas Finais


Eu estou orgulhosa por ter escrito Briefing, deve ter sido a primeira vez que realmente fiquei satisfeita ao escrever algo, e encho a boca parar falar que é sim, uma boa história. Portanto, deem as suas opiniões nos comentários, digam se gostaram, ou se faltou algo. Críticas construtivas são sempre bem vindas, ainda mais se tratando de algo que é a primeira vez que escrevo.

O perfil que utilizei para postar essa história está em hiatus, caso queiram ler minhas próximas fanfics, vão para esse perfil @gyeouI

O.V.A de Tokyo Ghoul que resultou na história: http://mais.uol.com.br/view/15743813

Não se esqueçam de falar o que acharam de Briefing ^^

See Ya ♡


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