História Brigas de Amor - Capítulo 37

POV’s Henrique

Depois da gravação do DVD vi que não conseguiria passar mais um dia ao lado de Vanessa, assim que voltamos ao hotel chamei-a pra conversar, mas, como eu esperava ela não aceitou de boa fez um escândalo, me ameaçou e o pior ameaçou contar para a imprensa que a Liz, que tinha uma reputação invejável no meio de produção de eventos, dormia com os contratantes para conseguir fechar grandes negócios, eu sabia que aquilo era mentira e que ela estava apaixonada por mim assim como eu estava por ela, então depois de uma longa briga Vanessa fez a mala dela e saiu, eu estava com tanta raiva que fiquei cego e quebrei tudo o que pude, mas não esperava que a Liz fosse entrar no quarto e eu fizesse a burrada de machucá-la, Juliano a levou para longe, ela não queria me ver e a entendo, estou completamente confuso, ouço alguém entrar pela porta que separa meu quarto e o de Liz, minha esperança é que seja ela, me viro e...

-Você ficou doido Henrique? – Juliano entrou agitado. – A Liz foi pro hospital levar pontos.

-Ela ta bem Nim? – Me levantei da cadeira. – Eu vou até lá.

-Você não vai em lugar nenhum, ela não quer olhar pra você, e agradeça que o pai e a mãe não ficaram aqui no hotel, se não eles iam te esfolar vivo.

-Eu sei e mereço ser esfolado mesmo. Só faço besteira.

-Para de se lamentar e pensa em como pedir desculpas eu vou pedir pra verificarem se alguém gravou isso. – Ele suspirou. – Já imaginou o escândalo se isso sair no jornal?

-Isso é o que menos me importa, quero saber da Liz. – Eu estava muito agitado.

-Vai tomar um banho, assim você esfria a cabeça. – Ele disse saindo do quarto. – Aah e vou pedir pra levarem a Liz de volta pra Goiânia assim que ela sair do hospital, melhor que vocês não se encontrem. – A dor de ver a decepção que causei ao meu irmão só não era maior que a dor de saber que machuquei a mulher da minha vida e que ela nunca vai me perdoar.

POV’s Liz

Fomos ao hospital, Letícia arrumou minhas coisas, fez meu chek-out e foi nos encontrar.

-Liz, conseguimos um helicóptero pra te levar pra Goiânia, você quer mesmo ir embora assim?

-Sim Letícia, só quero voltar pra minha casa. – Ela assentiu e seguimos para o heliporto.

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Algum tempo depois eu já estava desembarcando em Goiânia, peguei um taxi e fui direto para minha casa, cheguei, tomei um banho e me deitei, mesmo já tendo amanhecido o dia.
Olhei no relógio que marcava 20:30, meu Deus, dormi  por mais de doze horas, peguei meu celular e haviam diversas mensagens de João, estava preocupado pois não havia dado noticias, entre tantas mensagens havia uma de Henrique que dizia:

“Sei que pedir perdão não vai resolver, nem vai curar esse corte, mas quero que saiba que a dor que você esta sentindo pelo ferimento eu sinto três vezes mais por machucar você, o amor da minha vida. Fica bem e seja feliz com JP, eu nunca serei o cara certo pra você”.

Meus olhos se encheram de lagrimas, eu não queria perdoar Henrique, sabia que ele tinha passado de todos os limites, por mais que eu gostasse dele aquela atitude foi imperdoável.
Logo em seguida meu celular tocou, atendi e era João, eu já não agüentava mais esconder dele tudo que havia acontecido, então disse que havia chegado e que precisávamos conversar, ele aceitou imediatamente, me levantei, tomei um banho, coloquei uma t-shirt de manga comprida com um ombro caído, calça destroyed e ankle bott preta, não me maquiei, os pontos na testa parecia chamar mais atenção que qualquer coisa, joguei o cabelo pra frente na tentativa de cobrir aquilo, respirei fundo e fui ao encontro de João.
Ele me abraçou apertado e encheu-me de beijos pelo rosto.

-Eu estava morrendo de saudades de você minha pequena. – Disse me abraçando.

-João, precisamos conversar. – Falei séria e ele me olhou e percebeu o corte até então escondido pelo cabelo.

Expliquei toda a historia para ele, e já estava preparada para ele me expulsar de sua casa, dizer que não queria me ver, me expulsar de sua vida pra sempre, mas, em vez disso, ele me abraçou.

-Liz, eu sabia desde o inicio que vocês tinham alguma coisa, mas achei que poderia despertar um sentimento em você. – O olhei espantada. – Sabia que essa viagem seria definitiva pra vocês, pois passariam muito tempo juntos e se mesmo assim não se acertassem eu poderia me jogar de cabeça no nosso relacionamento. – Eu apenas o escutava estava sem saber o que dizer. – Se você ainda me quiser estarei ao seu lado como o homem apaixonado que sempre fui.

-João... Isso é... – Eu não conseguia dizer nada apenas chorava e o abracei forte.

-Eu estou aqui, vou cuidar de você, esse cara nunca mais vai te machucar. – Beijou minha testa.

Fiquei em silêncio por um bom tempo, ele fazia carinho em meu cabelo enquanto eu ainda chorava.

-João você é a melhor pessoa que conheci, não sei se mereço que esteja sempre ao meu lado. – Minha voz ainda estava baixa e saía entrecortada pelo choro.

-Ei, já te falei que vou te proteger. – Ele me puxou para seu colo e me abraçou forte.

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(Uma semana depois)

Retomei minha vida, eu e João estamos namorando e parece que essa historia não fez com que ele mudasse comigo, pelo contrario aumentou ainda mais seu carinho, com relação a Henrique depois de diversas ligações não atendidas acho que desistiu de me procurar.
Minhas malas já estão prontas, embarco amanhã para Tailândia, João parou todos seus projetos para viajar comigo, depois de passar uma semana realizando a viagem dos sonhos iríamos direto para Paris para cuidar dos últimos detalhes e da inauguração do novo Alquimia do FOgO.

-Já esta com tudo pronto pra melhor viagem da sua vida? – João me abraçou por trás enquanto eu lia os cartões de embarque.

-Sim, a única coisa que me faltava chegou. – Sorri e o beijei.

-Amor, vou ter que ficar no restaurante hoje até fechar, tudo bem? – Ele sorriu desanimado.

-Sem problemas meu bem, já esta com tudo pronto? – Ele assentiu.

-Te espero pra dormir então. – O Abracei.

Pouco depois ele saiu, fui para sala e enquanto via TV ouvi meu telefone tocar:

 (Ligação on)

-Ia embora sem se despedir?

-Claro que não bobo.

-Vou passar aí na sua casa.

-Vamos dar um volta então, pode ser?

-Claro, onde vamos?

-Sei lá, a gente resolve na hora.

-Ta bom, te espero aqui em casa.

(Ligação off)