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História Bright Smile - Bright Smile


Escrita por: Reika202

Notas do Autor


Peço desculpas desde já :P
Depois vocês vão perceber o porquê :D

Capítulo 1 - Bright Smile


Vi-o descer as longas escadarias daquela casa e não consegui esconder o meu sorriso. Ele era perfeito. De facto, de entre todos os que ali estavam, ele era o mais lindo.

Esta era a minha primeira festa desde que comecei a minha carreira de escritora. Tenho tido algum sucesso e a minha editora decidiu fazer um evento, pois o meu livro tinha-se tornado num best seller. Eu era a estrela deste dia.

Era também neste dia que eu ia conhecer o chefe da empresa. Ele anda sempre muito ocupado, mas pelo que já ouvi dizer, anda ocupado a divertir-se. Lee Jaehwan era o herdeiro da editora e rapidamente ganhou a confiança dos seus empregados devido ao seu muito bom desempenho na escola e na vida. Disseram-me que ela era muito divertido e que gosta de relaxar, mas que às vezes relaxa demais. Espero que tenham razão sobre ele, mas apenas na parte divertida.

A festa começou às 19 horas e muitos dos meus colegas, escritores, jornalistas e alguns actores já me tinham vindo dar os parabéns. Eram agora 21 horas e eu ainda não tinha visto o Sr. Lee.

Reparei que o meu copo já estava vazio e fui à mesa buscar um outro copo de vinho. Assim que lhe toquei, ouvi as portas a abrir e, tal como todos os outros presentes, os meus olhos rapidamente ganharam um novo foco.

Eu nunca tinha visto uma pessoa assim. Os olhares de todos seguiam-no enquanto ele descia as escadarias daquele lugar. O seu sorriso fazia qualquer uma derreter-se.

Nunca fui daquelas pessoas que se apaixonavam facilmente. Ao longo dos meus 24 anos estive apenas com uma pessoa e depois do que ele me fez, dificilmente volto a confiar em alguém. Não sou pessoa de ter diversões de apenas uma noite. Não sou e nunca serei esse tipo de pessoa. Apenas bebo em ocasiões especiais, não fumo. Sou uma pessoa calma que costuma controlar as suas emoções, sou alguém responsável e cumpro sempre os meus prazos.

O Homem que descia as escadas parou e um dos trabalhadores do hotel aproximou-se com um microfone e rapidamente lho deu.

"Boa noite a todos! Espero que se estejam a divertir! Onde é que está a nossa estrela da festa?" Vimos formar um pequeno caminho abriu-se entre mim e as escadas. "Então como é que a nossa princesa se sente hoje?"

Ele aproximava-se rapidamente de mim e eu sentia o meu coração a acelerar. Isto realmente é estranho, nunca tinha sentido algo assim.

Ele entregou o microfone a um dos empregados que ali estava e rapidamente se juntou a mim.

"Boa noite Choi Yong Ah! Eu sou o Lee Jaehwan! Não sabes o quanto eu te queria conhecer, sou SUPER FÃ dos teus livros."

Eu não sabia o que estava a acontecer naquele momento, parecia que o meu corpo tinha congelado. Eu queria falar, mas as palavras não saíam. Sentia a minha cara a corar. O meu chefe acabou de dizer que é meu fã.

"CUCU!! OH DA CASA!" Via a sua mão a abanar à frente dos meus olhos e a sua cara de preocupação, mas isso apenas me fazia corar mais. "Está tudo Yong Ah?"

Foi nesse momento que as palavras me saíram. Talvez por ele me tratar pelo meu nome, ou por uma outra razão inexplicável.

"Boa Noite Sr. Lee! Obrigada por gostar das minhas obras!" Tentei ser o mais educada possível e por o maior sorriso na minha cara.

"Não me trates assim! Nós temos a mesma idade. Trata-me por Ken!" O seu sorriso era realmente encantador.

"Ken?" Esse nome não tem nada a ver com o seu verdadeiro!

"Sim! Esse nome é mais fofo não é?" Como é que alguém como ele pode ser o dono da maior editora e ainda por cima gostava de livros como os meu. Eu escrevo sobre crimes psicológicos. "Anda comigo!"

Senti a sua mão a puxar-me e eu não tinha forças para recusar. Vamos ser sinceras, a quantidade de vinho que eu já tinha bebido não ajudava muito.

Estávamos agora na larga varanda daquele palácio. Era um espaço agradável, mas estava vazio.

"Yong Ah conta-me como será o próximo livro! Por favor! Eu não conto a ninguém!" Ele parecia estar desesperado por saber como seria o meu próximo livro, mas como é que eu poderia lhe dizer se nem eu própria sabia.

Peguei nas suas mãos e juntei-as. "Desculpa, mas não posso!"

"OH OTTOKAJI?" Ele implorava por uma resposta.

"Ken, desculpa mas eu não posso mesmo contar-te. Se eu te contasse, não terias uma razão para esperar pelo meu próximo livro. Não terias uma razão para o ler." Tentei parecer calma na minha resposta.

"YAH! Passaste no teste! Gosto mesmo de ti Yong Ah!" Ele estava histérico.

"Teste?" E eu estava apenas confusa.

"Sim! Muitos escritores acabam por contar detalhes apenas porque eu sou o chefe deles, muitos até inventam algo que depois acaba por não aparecer no livro. Mas um bom escritor deve manter o sigilo, pois ao não contar estimulamos a atenção do público."

"Ah! E eu fui a primeira a passar?" Porque perguntei isto?

"Não!" Porque é que fiquei triste, eu já sabia que esta seria a resposta. "Mas foste a mais gira!"

"O quê?" Eu olhava-o estupefacta. Eu não queria acreditar que aquilo tinha sido real.

"Desculpa, mas tenho de ir! Aproveita a tua festa! Bye Bye!" Ele deixou-me alí sozinha.

Segui-o apenas com o olhar e reparei que ele estava com alguns jornalistas, mas tinha uma expressão tão séria, nem parecia a mesma pessoa que estava aqui comigo à pouco.

Deixei-o e decidi sentar-me num dos bancos daquele lugar. Sentei-me enquanto bebia o que restava naquele copo. O céu estava particularmente bonito naquela noite. Fechei os olhos enquanto sentia a brisa fresca  a passar-me pela cara.

Imensos pensamentos passavam pela minha mente, muitos deles sem ter uma imagem clara. Pensava no meu livro e do quão bom seria se todos tivessem a inteligência da agente Oh. Mas algumas imagens do Sr. Lee tentavam sobrepor-se às que realmente importavam.

"Menina!" Senti uma mão no meu ombro que me abanava levemente. "Peço desculpas, mas a festa terminou."

Rapidamente tive que descer à terra e livrar-me daqueles pensamentos. Pousei os meus pés no chão e levantei-me.

"Obrigada." Disse-lhe sorrindo gentilmente.

Sentia a minha cabeça a latejar e apenas me queria deitar na minha cama e dormir descansada.

Assim que saí daquele palácio procurei um táxi, mas parecia ser uma missão impossível. Vi um carro parar à minha frente, mas ignorei. Era um BMW preto, parecia ser novo. O carro estava-me a seguir. Reparei que uma janela se tinha aberto.

"Podes entrar! Eu levo-te a casa!" Disse o rapaz com o maior sorriso na cara.

"Ken? O que fazes aqui?"

"Eu estava a ir para casa e vi-te. Eu não quero que aconteça nada à minha melhor escritora." Disse piscando um olho.

Eu não sabia se havia de revirar os olhos ou de derreter. Ele é tão lindo, mas tão playboy.

"Então, entras ou não?"

Reparei que o motorista já tinha saído do carro e que estava agora ao meu lado pronto para abrir a porta à minha frente. Deixei escapar um leve suspiro e aceitei, afinal de contas uma pessoa gosta de poupar algum dinheiro. O motorista abriu-me a porta e eu entrei. Dei-lhe a minha morada e começámos a andar.

Enquanto o Yoon Na (o motorista) nos levava, o Ken deu-me um copo de Champagne e eu senti-me obrigada a aceitar, porque ele é  meu chefe.

"Obrigada!" Disse tentando ter o maior sorriso na minha cara.

Eu estava cansada e apenas queria-me deitar na minha cama e dormir.

Ele tentava manter uma conversa, mas eu não conseguia responder e a minha cabeça continuava a latejar. Os meus olhos fechavam-se e os meus pensamentos voavam.

Voltei a abrir os olhos e notei que já não estava no seu carro. Aquele quarto era-me familiar. Sentei-me e reparei num corpo ao meu lado. Não sabia o que fazer. Eu nem me lembro de chegar aqui. Como é que ele está aqui?

Senti uma mão a agarrar-me e a puxar-me. Eu tentava soltar-me, mas mesmo a dormir ele tinha muita força. Estava agora deitada e envolta nos seus braços.

Num movimento rápido dei-lhe uma cotovelada que fez com que ele acordasse e me soltasse.

"O que é que estás a fazer aqui?" Eu estava assustada. Tinha medo que algo tivesse acontecido devido à quantidade de álcool que eu tinha bebido.

"Tu adormeceste ao meu colo e eu trouxe-te para casa." Ele parecia um cãozinho abandonado, tão fofo.

"E porque é que ainda estás aqui?"

"Adormeci! Estavas tão fofa a dormir e acabei por adormecer." Ele parecia tão relaxado ao dizer isto.

"Se não te importas, vai-te embora!" Disse-o com a maior calma possível.

Ele parecia triste por eu o estar a expulsar, mas eu preciso de trabalhar. Peguei no seu braço e levei-o até à porta.

Assim que o vi sair, fechei a porta e respirei fundo. Agora que tinha algum tempo para mim, fui ao meu quarto, preparei a roupa, visto ainda estar com a do dia anterior e dirigi-me à casa de banho. Quando pus a mão para abrir a porta ouvi baterem à porta.

Bufei e lá fui ver quem tinha batido.

"O que fazes aqui?"

"O meu motorista não estava ali, posso ficar aqui enquanto espero?" A sério... O meu chefe está a pedir-me abrigo.

Deixei-o entrar e mostrei-lhe onde ficava a cozinha. A casa dele ainda ficava a 1 hora dali então ainda ia demorar algum tempo até o Yoon Na vir buscar o Ken.

Mostrei-lhe onde se sentar e fui buscar 2 taças onde despejei alguns cereais. Quando estava tudo preparado, levei as taças e levei para a mesa onde Ken me esperava.

"Espero que gostes de cereais!" Disse com um sorriso falso. Eu apenas queria ir tomar banho e mudar de roupa.

"Obrigado  por me deixares ficar Yong Ah!" Disse enquanto punha uma colher cheia de cereais na boca.

"Ken..." Respirei fundo. "Nunca te ensinaram que não se fala de boca cheia." Mostrei um ar de descontentamento.

Ken começou-se a rir. Quando acabámos de comer, ele pegou na nossa louça e levou-a para a cozinha onde rapidamente a lavou.

Sentei-me no sofá enquanto pensava no meu próximo livro. Queria que cativasse ainda mais o público. Um romance criminal não é tarefa fácil.

"Yong Ah" olhei para ele e fiz-lhe sinal para falar. "Eu sou chato?"

"Sim, muito!" Disse rápida e sinceramente.

Ele olhou-me chocado, talvez com a minha sinceridade, e começou a rir-se.

"Obrigado!"

"Porquê?" Eu acabei do insultar e ele agradece-me.

"Foste a primeira pessoa que foi realmente honesta, e não quis saber se eu era o chefe ou não. Isso é o que mais aprecio numa pessoa." Disse com o maior sorriso.

Senti o meu coração acelerar e as minhas bochechas aquecerem. Pára Choi Yong Ah, ele é apenas um playboy!

Reparei que ele já se tinha sentado ao meu lado e que agora olhava para a casa analisando-a. Isto causava-me algum desconforto. O meu chefe está a analisar a minha casa.

Instalou-se um silêncio um quanto constrangedor. O meu coração acelerava cada vez mais e parecia que ia explodir a qualquer momento. A cada segundo que passava ficava ainda mais incomodada por esta falta de palavras.

"Ken..." Chamei-o, mas fui interrompida pelo som do seu telemóvel. Quando finalmente tinha arranjado algo para dizer, o Yoon Na chegou.

Levantámo-nos e fomos até à porta. Senti um aperto no peito. Parte de mim não queria que ele fosse embora.

"Bye bye" disse com um grande sorriso.

"Adeus" Respondi com algum receio.

Ele saiu e eu fui tomar banho e mudar de roupa, finalmente. Assim que me senti preparada, sentei-me à frente do meu computador e comecei a escrever o que me vinha à cabeça, talvez desse algum resultado interessante para a nova história.

Passado 2 horas, decidi ler todos os tópicos que tinha escrito. Notei que a personagem principal se parecia com ele. Eu queria-o esquecer, mas a minha mente não o permitia. Depois de tudo, porquê?

Desliguei o ficheiro que tinha escrito e peguei nas minhas coisas. Saí de casa, entrei no meu carro e fui para aquele lugar. Sempre que me lembrava dele gostava de ir para aquele lugar, mas havia uma razão para este ser o sítio escolhido.

Este sempre foi o sítio que mais me relaxou. Lembro-me que quando consegui fugir dele, este foi o primeiro sitio que me lembrei. Era um espaço demasiado grande para ele me encontrar. Consegui esconder-me na zona mais remota e comecei a chorar.

*FLASHBACK ON*

As lágrimas escorriam pela minha cara. Eu apenas queria desaparecer. 
Como é que eu tinha vivido estes últimos 3 anos nestas condições. Mas tinha acabado, eu não alia suportar mais 1 dia naquela vida.

"O que se passa?" Ouvi uma voz dirigida a mim.

"Nada!" Foi a única resposta que lhe consegui dar.

Senti algo a pousar nos meus ombros. Toquei-lhe e percebi que era um casaco. Senti-o sentar-se ao meu lado e puxou-me, deitando a minha cabeça no seu colo.

"Chora à vontade. Não te preocupes!"

Não sei porque o fiz, talvez fosse devido à sensação da falta de alguém, ou talvez porque a sua voz era como um calmante. Mas deitei-me no seu colo e chorei Durante 1 hora até que os meus olhos deixaram de verter.

Levantei-me lentamente e olhei-o. Ele tinha uma máscara, então não conseguia ver parte do seu rosto. O cabelo dele ajudava a esconder ainda mais a sua cara.

"Obrigada e desculpa teres ficado aqui tanto tempo comigo."

Apenas pela expressão dos seus olhos percebi que ele sorriu.

"Não te preocupes! Por vezes é mais fácil chorar com desconhecidos do que com quem nos conhece e julga."

*FLASHBACK OFF*

Lembro-me vagamente do seu olhar, mas naquele dia não cheguei a ver a sua cara.

Apesar de não o conhecer quando penso sobre o que eu vivi, venho para este mesmo sítio e a esperança de ele aparecer acalma-me.

Nestes últimos 2 anos nunca o tinha encontrado, mas sentia que hoje seria diferente, talvez por hoje ser o dia preciso em que isso aconteceu.

Fui andando calmamente e quando lá chegar notei um som familiar. Segui-o e notei no seu corpo. Aproximei-me e pus-me ao seu lado.

"O que se passa?" Perguntou-lhe gentilmente.

"Nada." Respondeu-me entre soluços.

Calmamente afaguei-lhe a cabeça e puxei-o para mim. Deitei a sua cabeça no meu colo.

"Chora à vontade. Não te preocupes!"

Deixei-o chorar e quando ele se acalmou, levantou-se e olhou para mim.

"Yong Ah, porque fizeste isto por mim!'

~Rapaz P.O.V.~

Olhei para ela e ela tinha adormecido, enquanto me acalmava.

Parecia como há 2 anos atrás, mas dessa vez tinha sido eu a acalmá-la. Deitei-a no meu colo e pus-lhe o meu casaco por cima.

Ela parecia preocupada com algo. Ela devia estar a sonhar, ou a ter um pesadelo.

"Deixa-me!" Ouvi-a dizer e notei que uma lágrima caía no seu rosto. "Porquê?... Odeio-te!"

As lágrimas escorriam-lhe pela cara. Peguei no seu corpo e abracei-a. Lembro-me que era o que a minha mãe me fazia quando eu era mais novo e tinha um pesadelo.

Senti-a mexer-se e soltei-a. Ela olhava-me com ar de choque.

"Desculpa Yong Ah! Tu adormeceste e estavas a ter um pesadelo. A minha mãe fazia-me sempre isto para me acalmar."

"Mas porque é que estás aqui, Ken?"

"Eu estava cá primeiro! Tu é que vieste me consolar e acabaste por adormecer enquanto eu chorava. Ainda me tens de explicar o porquê de o teres feito."

Ela respirou fundo e explicou-me.

"Há 2 anos eu estava desamparada e não tinha para onde ir. Acabei neste mesmo sítio a chorar. Um rapaz aproximou-se de mim e acalmou-me. Éramos completamente estranhos um para o outro, mas ele ficou comigo até me acalmar." Esta história parecia-me familiar, mas não sabia o que era. "Nunca me vou esquecer das palavras que ele me disse «Por vezes é mais fácil chorar com desconhecidos do que com quem nos conhece e julga.»"

Então era ela. Eu nunca pensei que hoje à encontraria. E logo hoje que faz 2 anos que tudo aconteceu.

* FLASHBACK ON*

Agora tinha provas do que ela me tinha feito. Ela usou-me. Aproveitou-se do meu dinheiro, do meu nome é de mim.

Abandonei-a naquele café e apenas queria relaxar. Lembrei-me daquele parque onde eu já tinha ido algumas vezes quando o stress do trabalho se acumulava.

Assim que cheguei ao meu cantinho secreto, reparei que uma rapariga chorava. Ela tinha longos cabelos castanhos e parecia estar desolada.
Sempre ajudei quem precisasse e ela não seria excepção.

Aproximei-me e perguntei-lhe o que se passava. Como sempre nada se tinha passado, mas as lágrimas continuavam a escorrer pela sua cara.

Aconcheguei-a no meu colo e deixei-a chorar.

Quando parou de chorar perguntou-me o porquê de eu ter ficado ali. Nem eu próprio sabia a razão. Sentia que tinha de ficar ali e fiquei.

*FLASHBACK OFF*

"Alguma vez o voltaste a encontrar?"

"Infelizmente não! Gostava de lhe agradecer, porque graças a ele, agora vejo o mundo de uma forma diferente. E ele fez-me sentir algo novo." Ela parecia realmente querer ver-me outra vez.

É normal que não me reconheça, eu tinha a máscara posta para que ninguém visse as lágrimas que me escorriam.

"Yong Ah, tu acreditas no destino?" Perguntei-lhe receoso.

"Acredito que todos nós estamos ligados a alguém. Sabes a história do fio vermelho no mindinho?" Como não saberia a história, sempre acreditei nas coisas mais mágicas de sempre. "Essa sempre foi a minha história favorita. Uma linha inquebrável que nos une."

Admito que ontem na festa eu estava mais a brincar com ela, admito que sou playboy, mas eu sentia que a conhecia de algum sítio. Ao olhar para ela e ver aquele sorriso fazia-me sentir algo novo.

Sinto o que senti há 2 anos quando a vi pela primeira vez, o coração a acelerar e um sentimento de desejo.

"Promete-me que vais acreditar no que eu te vou dizer!" Disse calmamente. Ela anuiu com ar preocupada e desconfiada. "Eu acho que esse rapaz era eu!"

~Yong Ah P.O.V~

Como assim o Ken é o Homem que eu tenho procurado, o Homem em que eu tenho pensado, durante estes 2 últimos anos. Não pode ser, eu não acredito que seja ele.

"Como é que eu sei que és realmente tu?"

"Porque te posso dizer como tudo aconteceu naquele dia?"

"Ainda tens o que eu te dei?"

Ele pegou na minha mão e puxou-me até ao seu carro. O Yoon Na perguntou o porquê de eu estar ali e rapidamente lho explicámos. Ele levou-nos até casa do Jaehwan.

Entrámos e ele levou-me até à sua sala. Tudo parecia como num castelo. As salas por onde passava eram amplas e decoradas luxuosamente.

"Senta-te aqui Yong Ah!" Sentei-me no meu sofá e vi-o desaparecer.

Enquanto esperava ia observando a sua sala com atenção. Esta sala seria maravilhosa para alguma das minhas obras.

De repente, senti uns braços a rodearem-me. Voltei-me e ao ver o que ele trazia algumas lágrimas apareceram. Ele trazia a máscara.

Quando o conheci, depois dele me acalmar, acabei por desenhar na sua máscara e disse-lhe que essa seria a forma de eu o reconhecer quando o visse novamente.

Como é possível que o Jaehwan e o outro rapaz sejam a mesma pessoas. Eu já sei que são, mas eu não quero acreditar.

"Yong Ah eu sempre te quis encontrar, mas nunca pensei que isso fosse possível."

"O sentimento é mútuo." Disse com um pequeno sorriso na cara. "Na altura eu não te cheguei a dizer o que tinha acontecido, mas penso que te devia dizer."

Voltámo-nos a sentar no sofá. Antes de falar, respirei fundo e preparei-me mentalmente para falar dele.

"Tudo começou quando eu tinha 18 anos, eu conheci um rapaz, kyang Soo, ele fazia-me rir, fazia o meu coração acelerar. Ele fazia-me sentir algo novo, tudo era uma sensação desconhecida, mas agradável. Eu gostava dele. Mais tarde ele disse-me que sentia o mesmo por mim. Começámos a namorar. Tudo parecia correr bem, até aquele dia. Eu estava com um amigo meu no parque e ele chegou, pegou-me por um braço e puxou-me. Quando chegámos a sua casa ele bateu-me. Ele nunca tinha feito algo assim, nem parecia o kyang Soo por quem eu me tinha apaixonado. Durante os 3 anos seguintes eu tentei acabar com ele, mas sempre que o tentava fazer, ele batia-me e obrigava-me a ficar e a fazer outro tipo de coisas." As lágrimas caíam pela minha cara sem cessar. Eu já devia ter dito estas palavras, mas nunca tinha tido coragem para tal. "Naquele dia, eu consegui fugir dele, desde aí que não o vejo. Mas eu não sabia o que fazer e tu apareceste como por magia quando eu mais precisava."

Senti os seus braços a envolverem-me. O meu coração acelerava cada vez mais e parecia que ia-me sair pela boca. Os nossos estavam juntos e isso parecia acalma-me.

Ele pegou levemente na minha cara e limpou as poucas lágrimas que ainda me caíam.

"Yong Ah, nunca pensei que tivesses passado por tal situação. Mas prometo-te que ele nunca te fará nada, enquanto eu estiver aqui."

Aquelas palavras pareciam sinceras.

"Obrigada Ken!"

Os seus braços envolveram-me novamente e os nossos corações batiam como um só. A minha face ficava cada vez mais avermelhada. Senti os seus lábios a serem pressionados  contra a minha bochecha.

"Yong Ah, posso-te proteger todos os dias enquanto for vivo?"

Uma pequena gargalhada fez-se ouvir.

"O que foi Yong Ah?"

"Nunca tinha ouvido um pedido desses, nem nos dramas!"

"Mas aceitas?"

"Com uma condição!" Ele parecia impaciente por saber qual seria a condição. "Muita calma. Essa é a minha condição!"

Não sei porque aceitei ficar com ele, isso nem parecia meu, mas estava curiosa. Ele parecia empolgado e confiante que tudo is correr bem.

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~ Ken P.O.V ~

Ainda a sinto comigo, passados tantos anos desde a sua morte é como se ela ainda estivesse comigo.

"Desculpa Yong Ah! Eu falhei! Eu não te consegui proteger! Desculpa!"

Faz hoje 10 anos desde que ela morreu. O Kyang Soo encontrou-a e nós fugimos, mas ele acabou por nós encontrar.

As suas palavras ainda ecoam na minha cabeça.

"Se não és minha, então também não serás de ninguém!"

Nesse momento as minhas memórias desvanecem, tudo fica envolta numa neblina. Lembro-me das lágrimas a escorrerem-me pela cara, do seu corpo morto à minha frente e do seu riso.

Eu nunca me perdoarei por não a ter conseguido proteger, mas enquanto ele não estiver na cadeia eu não conseguirei desaparecer deste mundo.

The End


Notas Finais


Oi malta!!!
Sinto muito a perda da nossa querida Choi Yong Ah!
Espero que tenham gostado desta One Shot.
Beijinhos carinhosos e cheios de purpurinas :P
Reika



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